Kiss discografia 9a parte – Álbum: Double Platinum e extras

Hoje o nono capítulo, onde falaremos mais detalhadamente sobre o álbum DOUBLE PLATINUM, mas também abordaremos os álbuns THE ORIGINALS I e II, além do filme KISS MEETS THE PHANTOM OF THE PARK.

ÁLBUM: THE ORIGINALS

  • Lançamento: 21/07/1976
  • Produtores: Kiss, Kenny Kerner, Richie Wise e Neil Bogart
  • Faixas: Três álbuns contendo as faixas dos álbuns KISS, HOTTER THAN HELL e DRESSED TO KILL, utilizando as mesmas seqüências destes álbuns.
  • O Álbum atingiu #36 nas paradas
A capa de The Originals - Vinil

A capa de The Originals – Vinil

ÁLBUM: THE ORIGINALS II

  • Lançamento: Março/1978 – apenas no Japão.
  • Produtores: Kiss, Bob Ezrin e Eddie Kramer.
  • Faixas: Três álbuns contendo as faixas dos álbuns DESTROYER, ROCK AND ROLL OVER e LOVE GUN, utilizando as mesmas seqüências destes álbuns.
A capa do vinil japonês - The Original II

A capa do vinil japonês – The Originals II

THE ORIGINALS I foi lançado em 1976, logo após DESTROYER atingir RIAA Gold certification, com intuito de estimular as vendas dos três primeiros álbuns.  THE ORIGINALS I foi lançado apenas nos EUA, Canada e Japão e contém os três primeiros álbuns reunidos. O álbum que existe apenas na versão vinil (qualquer versão em cd será pirata), contém um livro com 16 páginas da história da banda até 1976.

As fotos encartadas no Vinil The Originals

As fotos encartadas no Vinil The Originals

THE ORIGINALS II foi lançado em março de 1978, apenas no Japão, exatamente um ano após o lançamento de THE ORIGINALS I.  Assim como o lançamento do primeiro no Japão havia sido em função da turnê Sneak Attack, o segundo foi lançado no retorno da banda ao Japão no outono do ano de 1978.  THE ORIGINALS II contém a trilogia DESTROYER, ROCK AND ROLL OVER e LOVE GUN.  O álbum que também somente existe na versão vinil (portanto qualquer cd deste será uma edição pirata) é considerado como um dos mais raros da discografia, um dos mais caros.  Contém um livro colorido com 8 paginas (apenas fotos), além de um outro livro em preto e branco com uma biografia e letras das músicas em japonês. Também incluso, vem quatro máscaras dos membros da banda em 12 pol X 12 pol, em cartolina, que podem ser “vestidas”.

Uma das Mascaras de Cartolina do The Originals II

Uma das Máscaras de cartolina do The Originals II

ÁLBUM: DOUBLE PLATINUM

A capa do Vinil Holandês

A capa do Vinil Holandês

*O Disco Japonês “da época”, recém comprado – com o “Logo” correto.

*O Disco Japonês “da época”, recém comprado – com o “Logo” correto.

  • Lançamento: 02/04/1978
  • Produtor Executivo: Jimmy Ienner
  • Primeiro Single: “Strutter ‘78”
  • RIAA Gold Certification em 16/05/78
  • RIAA Platinum Certification em 16/05/78
  • O Álbum atingiu #22 nas paradas

Faixas:

1- Strutter ‘78 – 3:32 11- Deuce – 3:03
2- Do you love me – 3:34 12- 100,000 Years – 3:22
3- Hard Luck Woman –3:23 13- Detroit Rock City – 3:35
4- Calling Dr. Love – 3:19 14- Rock Bottom (intro)/She – 5:27
5- Let me go, Rock ‘n’ Roll – 2:14 15- Rock and Roll All Nite – 2:47
6- Love Gun – 3:17 16- Beth – 2:46
7- God of Thunder – 4:14 17- Makin’ Love – 3:13
8- Firehouse – 3:19 18- C´mon and Love Me – 2:55
9- Hotter Than Hell– 3:32 19- Cold Gin – 4:25
10-I Want You-  3:03 20- Black Diamond – 4:17
A capa do cd brasileiro - versão remaster

A capa do cd brasileiro – versão remaster

*A parte interna do Disco Japonês “da época”, recém comprado – uma edição caprichada.

*A parte interna do Disco Japonês “da época”, recém comprado – uma edição caprichada.

A parte interna da capa dupla do vinil holandês em alto relevo

A parte interna da capa dupla do vinil holandês em alto relevo

E quanto ao DOUBLE PLATINUM?  O ano de 1978 para o Kiss foi um ano de projetos individuais ou externos que contribuíram para o distanciamento de interesse entre os membros da banda.  Um desses projetos se chamava DOUBLE PLATINUM.  A turnê de ALIVE II termina em 3 de fevereiro de 1978, em Providence, ainda há como complemento uma ida ao Japão em março de 1978.  Após esta data a banda quase não trabalhará musicalmente em nada até o final do ano. No próprio mês de março, alguns dos membros começam a trabalhar nos álbuns solos (que serão vistos posteriormente na Discografia Kiss), cumprindo a extensão do contrato da Casablanca no final de 1976. O contrato previa o lançamento de mais 5 álbuns de 1977 a 1979, sendo que cada disco solo contaria como a metade de um álbum. Este fato demonstra claramente que os álbuns solo eram planejados anteriormente ao ano de 1978, alterando o que é largamente difundido, para dirimir os problemas internos da banda ainda neste ano.

Em fevereiro de 1978, a banda se reúne no Electric Lady Studios em Nova Iorque para regravar Strutter, num estilo mais aproximado do estilo “disco” (em moda na época).  Strutter ’78 (como identificada no álbum) continha algumas diferenças em relação à original, com a inclusão de um solo de guitarra e algumas frases de Paul no fim da música, além de uma batida percussiva no estilo aproximado ao estilo “disco”. O resultado não desagrada, nem entusiasma nenhum membro do grupo (Ace em particular, não via nenhum motivo para a regravação).

O restante da empreitada em DOUBLE PLATINUM caberia a Sean Delaney e Mike Stone, que iriam remixar uma coletânea de músicas dos 6 álbuns anteriores, em alguns casos até modificando a sequências de algumas músicas ou mesmo retirando ou inserindo efeitos ou repetindo vocais de apoio.  As 20 faixas (mais a intro de Rock Bottom ) escolhidas seriam remixadas em nove dias, e um problema maior se acusa no início do processo: Bob Ezrin (DESTROYER) utilizou-se de um processo de gravação em que os efeitos eram inseridos no processo inicial, sendo impossível retirá-los. Como se desejava uma uniformidade em DOUBLE PLATINUM, todas as outras músicas dos outros álbuns (com exceção de DESTROYER) teriam que ser aproximadas da produção de Bob Ezrin. Para realizar a uniformização de estilos, as fitas masters originais tiveram que ser levadas a Inglaterra. Somente para melhor exemplificar, cada produtor tinha sua maneira de gravar, e, por exemplo, Eddie Kramer (ROCK AND ROLL OVER e LOVE GUN) gravava a bateria em mono, enquanto Ezrin, em estéreo. Misturar estes dois estilos causaria uma grande diferença de som das músicas, num mesmo álbum.  Paul Stanley e Ace Frehley não apresentam nenhum entusiasmo com o resultado final do álbum. Com toda a remixagem realizada nas músicas, o álbum é preparado para ser lançado em abril/1978. Ainda em março uma amostra promocional é enviada às rádios, com as novas versões remixadas de Strutter ’78”, “Do You Love Me”, “Love Gun” e “Firehouse”.

O cd contem um prêmio ao fã - um certificado de platina.

O cd contém um prêmio ao fã – um certificado de platina.

Durante a turnê japonesa da banda, com 5 shows “sold out”, batendo o recorde anterior dos Beatles, DOUBLE PLATINUM é lançado em 02/04/1978.  O álbum atinge o vigésimo segundo lugar nas paradas americanas, enquanto o single Strutter ’78 falha totalmente.  Sobre o álbum resta apenas dizer que é um dos que apresentam a maior diversidade de formatos (embalagens) nos variados países que foi lançado, até com erros nas figuras em alto relevo na parte interna do álbum, onde Paul e Gene aparecem duplicados, e Ace e Peter não aparecem. Ironicamente, o álbum acabou não recebendo até hoje o status de dupla platina.

A capa do filme: Gene e seu superpoder e o vilão(embaixo)

A capa do filme: Gene e seu superpoder e o vilão(embaixo)

Para finalizar o post, ainda no período de maio/junho de 1978, a banda participa de um projeto extra musical: um longa metragem chamado KISS MEETS THE PHANTOM OF THE PARK.  O filme é produzido pelos estúdios de Hanna-Barbera, com o roteiro escrito por Jan Michel Sherman, e possui uma versão veiculada na TV (menor, tendo a trilha sonora com músicas mais conhecidas do KISS e com várias alterações na dita sequência original) e outra versão (constante no KISSOLOGY II) com basicamente uma trilha que traz várias canções dos álbuns-solos. Trata-se de uma história onde a personagem Melissa (Deborah Ryan) chama o Kiss para ajudá-la a encontrar seu namorado que se perdeu num parque de diversões. Os membros do Kiss têm poderes especiais, mas são clonados pelo vilão Abner (Anthony Zerbe) que produz suas cópias robôs, além de conseguir comandar o namorado de Melissa após um implante de um chip. O resultado final se dá num concerto do Kiss em Magic Mountain (California), onde há um confronto entre os verdadeiros membros do Kiss e seus clones, que obviamente são derrotados, além do resgate do namorado de Melissa. Ainda sobre o filme cabe descrever que Peter e Ace estavam notadamente sem interesse e furiosamente questionando a validade do projeto, Paul e Gene participam mais ativamente (Gene descreve como um aprendizado interessante). Peter é dublado em várias frases do filme (devido a erros ou áudio mal gravado em suas falas).  Em outras cenas há a substituição, principalmente de Peter e Ace (devido à ausência nas filmagens em determinadas datas).  Talvez as partes mais interessantes do filme sejam uma versão acústica de Beth, que Peter não se lembra de ter gravado, e o show em Magic Mountain, onde Ace descreve como a única parte onde eles estavam realizando o que deveriam – isto é: tocar ao vivo.

Os membros do Kiss em uma das cenas patéticas do filme.

Os membros do Kiss em uma das cenas patéticas do filme.

Embora os projetos deste ano tenham sido principalmente o filme e os álbuns solo, a banda fatura mais de 200 milhões de dólares em merchandise em 1978. Quando os álbuns solo são lançados em setembro deste ano, o futuro da banda com os membros originais encontra-se seriamente ameaçado, mas isso será mostrado mais claramente nos próximos posts.

N.R: Os álbuns THE ORIGINALS e THE ORIGINALS II nunca fizeram parte de nosso acervo, até porque não acrescentam nada à coleção original e nunca foram lançados no Brasil. Lembramos de ter visto o primeiro THE ORIGINALS numa loja de vinis importados, por um preço absurdo para qualquer ser normal deste planeta. DOUBLE PLATINUM em vinil também nunca foi lançado no Brasil, mas pelo menos contém novas versões das músicas originais e o destaque maior no alto relevo reluzente de sua capa. Foi um dos nossos últimos vinis a ser adquirido, é holandês, e contém o logotipo alterado com os SS do Kiss invertidos, da mesma forma que os nossos vinis DRESSED TO KILL, DESTROYER, ROCK AND ROLL OVER e LOVE GUN.  O cd DOUBLE PLATINUM, pelo contrário, é um dos itens mais comuns a ser encontrados da discografia do Kiss. Nossa versão é remasterizada, brasileira e nenhuma versão possui o charme do vinil, onde o que se destaca, como dito anteriormente, é a capa. Consideramos DOUBLE PLATINUM uma boa coletânea com versões alternativas das duas primeiras fases da banda, porém, como toda coletânea, faltam músicas importantes, como Shout It Out Loud, Parasite ou mesmo I Stole Your Love.  Ainda assim, em muitas músicas não se percebe qualquer remasterização ou mixagem que diferencie as mesmas das versões originais. Se observarmos bem, temos além da Strutter ’78, variações significativas em Hard Luck Woman, Calling Dr. Love, Firehouse, Detroit Rock City, Rock Bottom/ She e Black Diamond, ou seja, apenas 7 das 20 músicas da coletânea.

O vinil holandês - uma edição caprichada.

O vinil holandês – uma edição caprichada.

Sobre o filme, talvez a melhor classificação que poderíamos dar seria patético ou ridículo, com performances deploráveis dos membros da banda como atores e uma história que talvez sirva de entretenimento apenas para crianças.

Talvez pior do que a performance dos membros como atores, somente a escolha de dublês que não se parecem fisicamente com os originais, nem mesmo com maquiagem e usando a indumentária característica da banda. O filme seria um razoável passatempo para uma sessão da tarde, se não tivesse 2 detalhes: o KISS e seus dublês. Até a próxima semana com o primeiro dos 4 discos solos oficiais da banda: ACE FREHLEY.

Flávio Remote  e Alexandre B-side

*Post Revisado com inclusão de fotos do novo “velho” vinil japonês em 29/07/2015.



Categorias:Curiosidades, Discografias, Kiss, Resenhas, Trilhas Sonoras

12 respostas

  1. Dei muita risada quando fui atrás do filme, confesso que já tinha ouvido algo sobre, mas nunca tinho ido atrás.

    E os personagens?

    * Gene Simmons – The Demon
    * Paul Stanley – Starchild
    * Ace Frehley – Space Ace
    * Peter Criss – Cat Man

    Realmente… patético!!! Hahahaha.

    Mas olhem isso: segundo a fonte do link que coloquei no próprio post: “O filme obteve quando foi exibido, a segunda maior audiência da ABC de 1978”. Estou indo atrás para assisti-lo, pelo menos vai valer pela, digamos, experiência!

    É o poder que a banda já tinha, no ano que faturou uma bolada fenomenal…

    BTW, acabei de procurar / achar meu CD Double Platinum. Aqui estou eu, ouvindo-o.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Eduardo,
    Ver o filme por curiosidade, e para dar outras gargalhadas (pelas situações patéticas) até vale, mas nada além disso. Legal notar que os posts evocam a vontade de ouvir novamente os cds – no meu caso estou ouvindo novamente a discografia a cada novo post. O Double é uma boa coletânea, explorada a cada niquel possivel…
    Flavio Remote

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  3. A respeito do filme : Honestamente, não dá …..volto a dizer :
    Seria um filme para assistir na sessão da tarde, mas com o Kiss e seus impagáveis dublês , nem isso…

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  4. Ok, quando vc conseguir ver o Chemical Wedding, que tal uma resenha ? O cd é excelente….

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  5. B-Side, Remote, achei este vídeo por aí, o que seria “isso”? Como não consegui ver o filme citado no post até o final, seria isso a première européia, mesmo com outro nome?

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. Puxa vida, a minha provável primeira experimentação com “filme-sonífero” deve realmente ter sido esse ‘Phantom of the Park’. Lamentável…
    Mais valia esperar o início dos anos 90 e fazer um snes-game do Kiss no estilo Final Fight, só um exemplo.
    Aí sim, o Kiss melhor como heróis através do controle de um joystick.

    Abraços e

    I Believe in Rock n’ Roll!

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  7. Os mitos… The Originals I e ll até hoje nunca botei a mão. É como o Sound House Tapes, Saci Pererê. Ouvia falar mas ficava só no imaginário. Até mesmo a foto da capa era difícil.
    Double Platinum já era mais real apesar de demorar um bom tempo para encará-lo frente a frente. Lembro que quando ouvi a primeira vez foi na Visconde de Abaeté com um monte de postar gigante envolta. Fomos direto para as mais diferentes… Strutter 78 me deixou estarrecido. Alias… tudo que era novidade me deixava estarrecido, até por que novidade era algo raro nos idos de 83/84/85 etc.
    Mas curiosamente esse álbum ficou faltando na coleção. A justificativa era simples. Muito dinheiro para nada inédito enquanto outras bandas faziam fila na minha cabeça.
    Como já é de conhecimento público, agora o Doble Platinum reina único e em lugar de destaque.
    É uma produção belíssima. Praticamente uma obra de arte. Já o The Originals parece não ter nada de mais, mas gostaria de te-lo. Quem sabe um dia. Uma questão de querer gastar.

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  8. Bela análise! Parabéns mesmo, Flávio Remote.
    Só gostaria de fazer algumas considerações.
    “Se observarmos bem, temos além da Strutter ’78, variações significativas em Hard Luck Woman, Calling Dr. Love, Firehouse, Detroit Rock City, Rock Bottom/ She e Black Diamond, ou seja, apenas 7 das 20 músicas da coletânea”.
    Não é bem assim! Se prestarmos mais atenção, vamos ouvir uma gravação de Deuce bem diferente da original, por exemplo. É uma nova mixagem com instrumentos, como a bateria, por exemplo, bem mais nítidos. Gostaria de ter todo o primeiro álbum com aquela qualidade. O áudio está muito melhor!
    Aliás, tanto o primeiro, quanto o hotter than hell mereceriam uma nova mixagem. Resta saber se as fitas multitrack ainda existem.
    “…Eddie Kramer (ROCK AND ROLL OVER e LOVE GUN) gravava a bateria em mono…”.
    A música “Makin’ Love” tem uma virada de bateria quase no fim da música, em que os tons da bateria passam de um lado a outro. Aquela gravação da bateria é estéreo sim!
    “I Want You” também! A música tem a caixa e hit-hat no lado esquerdo, mas viradas de tons que vão da esquerda para direita. Além da “Take Me” que tem pratos também no lado direito. Kramer tinha preferência por usar a bateria mais inclinada à esquerda, mas não mono. Há peças da bateria em todo o panorama, em modo estéreo sim. “Plast Caster” tem a caixa e hit-hat no lado esquerdo e prato de condução na esquerda, a partir do tempo de 2m13s.
    Já o Ezrin no Destroyer parece ter optado por uma bateria mais central, com pouca panorâmica e até quase nenhuma dinâmica! Ele sim parece ter uma sonoridade mais próxima do mono! Sendo bem sincero, acho o som da bateria desse álbum bem fraquinho. Creio que dos discos do Kiss lançados na década de 70 só perde para o som da bateria do Hotter Than Hell, que tem todo o áudio muito estranho! Na minha opinião, a bateria mais bem gravada é a do Dressed to Kill! Sem contar que Peter estava arrasador nesse álbum!

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