Up The Irons, galera!
Dando sequência aos 5 shows da turnê SBIT (2008 / 2009) do Maiden que pude participar, trago para vocês um pouco de como foi a ida para Buenos Aires, com meus amigos Marcus [106] Batera e Murillo (este que foi para lá pela viagem, mas amigo como é, participou de tudo, inclusive da guerra do show, mesmo não conhecendo nada da banda (agora ele até canta o refrão de 11:58 P.M., vai!).
Viajamos na tarde anterior ao show, uma quinta-feira.
No avião, praticamente fretado, encontramos mais alguns “malucos” também indo para o show, e que fizeram/editaram este filme, além de um argentino fã da banda. Os caras tem um banda cover do Maiden, “Maiden Maniaxs”, muito boa, por sinal. Fizemos amizade no voo, trocamos ideias, ouvimos Iron Maiden e os sons deles e a viagem passou rápida. Apesar de termos nos despedido no aeroporto, nos encontramos novamente do lado de fora do estádio Ferrofcarril Oeste antes de entrarmos para o show, e a festa foi completa. Depois acabamos encontrando os caras em outras oportunidades, como na exibição do filme Flight 666, desta turnê, em pleno Shopping Anália Franco em São Paulo e depois encontramos os caras mais um vez no segundo show do Heaven And Hell em São Paulo.
Os caras tiveram o trabalho de editarem um vídeo com as partes onde Murillo, Marcus e eu estamos. Fica aqui registrado o vídeo e meu especial agradecimento a eles!
Infelizmente, que tirou a foto abaixo tremeu, e bastante. Mas fica o registro da galera e da faixa que eles fizeram, já no saguão do Aeroporto em Buenos Aires.
Depois de chegarmos ao lugar onde domiríamos passaríamos míseros minutos por noite, era hora de deixarmos tudo organizadinho:
Era hora de irmos para o hostel e nos prepararmos para o show. Infelizmente, não levei minha máquina para o show, e hoje vejo que, apesar da ausência de fotos, foi a melhor decisão da viagem. O show foi uma verdadeira guerra. Chegamos e logo vimos a gigantesca fila da pista – não tinha a mercenária pista VIP disponível.
As filas eram grandes e iam esquinas para dentro. Conseguimos como em São Paulo, “brasileirar” e furar em um destes cruzamentos nos posicionar bem no meio dela. Era um dia quente. Pouco antes do início do show da Lauren Harris, vimos uma demosntração de como os caras pulam, no maior esquemas “La Bombonera”. Ficamos impressionados, e olha que shows no curriculum não faltam.
Ao início de Doctor, Doctor, pensei que o estádio iria desmoronar. Os caras pulavam e cantavam como malucos. A porrada comeu solta. O aperto era como em raras ocasiões metálicas. Algo assustador mesmo. Rolou toda a intro do show, e olha que demora, e fomos indo cada vez para para trás, tentando enxergar um pouco do palco, e agarrados ao Murillo que, claro, não tinha a mínima noção de show.
Mas foi assustador mesmo. Não dava para ver nada, e mal conseguíamos ir para trás. Aqui no Brasil, ir para trás é a coisa mais fácil do mundo.
Conseguimos chegar lá trás já na segunda / terceira música do show, quando sossegamos um pouco e o show, para nós, começou, mesmo com visão praticamente nula.
Pensei que os argentinos dariam uma aula de cantar e agitar. Era engraçado eles gritando “AIRON MAIDEN” (leia como se fosse em Português para entender)…
Estava esperando por isso, por uma cantoria sem fim. GRANDE ENGANO. Os argentinos, que não andam bem nem no futebol destas eliminatórias, só cantaram o refrão, e bem mal cantado, de Fear Of The Dark, não cantam absolutamente NADA. Vou repetir para deixar bem claro: NÃO CANTAM NADA. Foi uma enrolação só… e não é que eles não cantam para respeitar o próximo, bla-bla-bla, como na Europa. Eles não conheciam nada mesmo.
O show, pelo que vi ouvi, foi excelente, como esperado. Logicamente, valeu!
Na saída, mais zona, tanto para sair do estádio quanto como CONSEGUIR UM TRANSPORTE para voltarmos. Simplemesnte NENHUM TAXI parava para pessoas que saiam do show – camiseta preta. Tentamos de tudo, virei minha camiseta no avesso para tentar me passar por alguém que não tinha ido ao show, mas simplesmente fomos ignorados taxi após taxi. Era a hora do ônibus, mas só constatamos isso umas duas horas depois. Pegamos um ônibus com destino “X”, e descemos no ponto final dele. Ainda fizemos amizade com um simpático casal argentino. O ônibus? Velho e lotado. Só neste ponto final que conseguimos pegar um taxi, já que o taxista provavelmente nem sabia da existência do show…
Chegamos no hostel e decidimos tomar um banho para dormir sairmos de novo! Pegamos um taxi as 2h3o da mattina com destino a Hard Rock, na Recoleta.
O jeito foi arriscar uma baladinha ao lado. Na baladinha, era engraçado ver os PUTS-PUTS internacionais sendo intercalados com músicas eletrônicas latinas, rolando sempre com a abertura de uma sirene. Os argentinos deliravam com aquele lixo som!
Ficamos umas duas horinhas na balada, mas era hora de voltar para dormirmos logo umas duas horas e continuar o final de semana que conseguimos conhecer, pelo menos, 90% da cidade!
Mais passeios. A noite, hora de trocarmos o metal pelo tradicional tango, na melhor casa da cidade:
Para mantermos o contexo histórico da coisa, insisti com os dois para visitarmos no domingo pela manhã a Plaza San Martín, onde fica a Torre dos Ingleses (agora renomeada para Torre Monumental), a estação de trem/metrô Retiro, e toda a lembrança da conhecida Guerra das Malvinas, com o Memorial da Guerra, o Círcolo Militar com bombas e canhões ingleses expostos.
A título de curiosidade, o amargo gosto da guerra fez com que os argentinos proibissem o Maiden, por muitos anos, de usar a bandeira da Grã-Bretanha durante a execução de “The Trooper” (alguns bootlegs, inclusive, foram alterados e a bandeira da Argentina foi colocada no lugar da britânica). Esta proibição caiu.
O Maiden visitou o mesmo lugar no mesmo horário, só que no DIA ANTERIOR. Não tinha ninguém com eles por lá. Claro que, para variar, não foi dessa vez que consegui conhecer os caras…
Mudando de guerra para futebol, ainda fomos no bairro La Boca, claro…
É, galera, apesar de temos ficado muito pouco tempo, conseguimos fazer muita coisa por lá. Fotos e vídeos não faltam. Valeu muito, mas MUITO a pena.
Fica aqui a lembrança destes dias especiais de mais em minha vida. E parabéns a você que, de forma heróica, chegou ao final deste post. 🙂
Até o capítulo 3 desta série, no Rio de Janeiro, em 2009.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
Categorias:Bootlegs, Cada show é um show..., Curiosidades, Discografias, Iron Maiden, Off-topic / Misc, Resenhas
Realmente essa viagem foi demais! Começou meio que como brincadeira eu e o Du conversando sobre ver o Maiden na Argentina… até que a gente começou a levar o negócio mais a sério e resolvemos ir.
E fizemos tudo direitinho. Compramos passagem e garantimos hospedagem com antecedência, planejamos passeios, e claro, GARANTIMOS OS INGRESSOS!!!
Faria tudo de novo! Na verdade, não vejo a hora de termos outra oportunidade. Da próxima vez, quem sabe, não vamos para vôos mais altos, tipo EUA, Europa… quem sabe o Wacken!!!
Abraços…
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É, cara… é isso aí. Outras oportunidades virão, sim.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Hey moçada, gostaria de saber, qual foi o valor do ingresso da pista vip para este show? Em reais se possível =)
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Olá Eduardo, primeiramente, seja bem-vindo ao Minuto HM. Aproveite o espaço.
Este show não teve pista VIP. O palco também não estava montado da forma tradicional, atrás de um gol. Ele estava na lateral do meio de campo, para que se pudesse aproveitar a arquibancada central do estádio. O estádio, que é pequeno, estava totalmente tomado e a pista foi uma das mais cheias que já vi na vida.
O ingresso custou 90 Pesos – convertendo para Real na cotação atual, dá R$ 36,77. Isso mesmo: R$ 36,77. O que me recordo, na época, é que era algo “em torno de R$ 50,00”.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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