Kiss discografia 18a parte – Álbum: Creatures Of The Night

Em nossa discografia abordaremos o álbum cuja turnê trouxe o KISS pela primeira vez no Brasil:

ÁLBUM: CREATURES OF THE NIGHT

A capa da edição em vinil brasileira de 1983
A capa da edição em vinil brasileira de 1983
  • · KISS: Paul Stanley, Gene Simmons, Eric Carr
  • · Lançamento: 13/10/1982
  • · Produtores: Michael James Jackson, Paul Stanley e Gene Simmons.
  • · 1º Single: I Love it Loud – 10/1982
  • · RIAA Gold Certification em 1994
  • · Atingiu #45 nas paradas
Na edição importada remaster de 1997 algumas diferenças no logotipo
Na edição importada remaster de 1997 algumas diferenças no logotipo

Faixas:

1 – Creatures of the night – 4:016 – I love it loud – 4:12
2 – Saint and sinner – 4:507 – I still love you – 6:06
3 – Keep me comin´ – 4:008 – Killer – 3:19
4 – Rock and roll hell – 4:089 – War machine – 4:13
5 – Danger – 3:55 

Em julho de 1982, o Kiss retorna ao Estúdio Record Plant para preparar o novo álbum que sucederia o comercialmente fracassado (MUSIC FROM) THE ELDER e a semi-coletânea européia KISS KILLERS. Contando com novos colaboradores na autoria das músicas da mesma forma que já havia sido iniciado em KISS KILLERS, um amigo de Adam Mitchell, Vinnie Cusano traz para a banda uma série de idéias e juntamente com Gene Simmons e Paul Stanley compõe três músicas que participariam do novo álbum. Com Gene rapidamente seriam criadas Killer e I Love It Loud. Com Paul Stanley, seriam criadas I Still Love You, Betrayed e ainda Back On The Streets, sendo que apenas a primeira se encaixaria no propósito da nova bolacha.

Com a crise existente com Ace Frehley, que em nenhum momento se interessa em participar da criação e gravação do álbum, caberia aos outros membros e uma série de “extra-músicos” a tarefa de confecção do disco. O álbum é uma grande confusão em termos de quem toca o quê: Paul Stanley e Eric Carr tocam baixo respectivamente nas músicas Creatures of The Night e I Still Love You e Jimmy Haslip faz o baixo de Danger; As guitarras do disco seriam tocadas por Adam Mitchell (Base de Creatures of The Night), Steve Ferris (Solo de Creatures of The Night), Vincent Cusano faria as guitaras solo em Saint and Sinner, Keep Me Comin, I Love It Loud, Killer, e War Machine, além de backing vocals em boa parte do álbum. Bob Kulick toca a guitarra solo em Danger; Robben Ford em I Still Love You e Rock And Roll Hell. Já havia a idéia de que Ace estava com os dias contados na banda, e alguns destes guitarristas, além de gravar seus solos, estavam participando de uma espécie de audição para a vaga do guitarrista prateado. Como conseqüência, o álbum tem solos inspiradíssimos, de estilos diversos e bastante atuais para a época, ainda que tenha havido muito cuidado para que tais solos mostrassem um mesmo padrão de som durante todo o trabalho, como se apenas um guitarrista-solo tivesse sido o responsável por toda a tarefa. CREATURES OF THE NIGHT seria também o primeiro álbum onde somente Gene Simmons e Paul Stanley fazem os vocais principais das músicas.

No cd da edição remaster - o padrão original em azul e rosa
No cd da edição remaster – o padrão original em azul e rosa

Musicalmente, como já anteriormente prometido, CREATURES OF THE NIGHT seria talvez o álbum mais pesado do Kiss, e até a balada I Still Love You era muito mais pesada do que qualquer outra balada feita pelo Kiss até o momento. A produção do álbum se esforça para garantir o peso esperado, colocando em primeiro plano e num estilo mais pesado a bateria de Eric Carr. A bateria foi gravada em Los Angeles, no estúdio Record One, que era todo revestido de azulejos. Michael James Jackson e Niko Bolas (engenheiro de som) procuraram meticulosamente posicionar um sem número de microfones para que a bateria tivesse talvez o melhor som de bateria que o KISS já gravou até hoje. Este resultado ainda foi melhorado na mixagem feita por Bob Clearmoutain, já em Nova York, no estúdio Power Station.

Havia, porém outro problema a ser resolvido: apesar de estarem certos do novo estilo a ser tomado no rumo de CREATURES OF THE NIGHT, Gene e Paul tem que definir o caso Ace Frehley: Frehley, que eventualmente participaria da promoção do álbum e também da capa, estava de saída da banda. A capa, por sinal, é outro ponto alto do álbum e uma das mais representativas de toda a carreira do grupo, conseguindo traduzir graficamente de forma perfeita o conceito do álbum. Dennis Woloch, responsável por várias capas da banda, considera CREATURES OF THE NIGHT seu trabalho favorito. As partipações de Ace em CREATURES OF THE NIGHT se restringem a play-backs de promoção das novas músicas numa curta ida a Europa, após o lançamento do álbum em outubro e novembro de 1982. Ace, notadamente, desconhece o novo material e não se mostra preocupado em aprender qualquer nota do mesmo, nem mesmo para participar adequadamente dos play-backs descritos (encontramos no Kissology Vol. 2 uma participação no top of the pops em novembro de 82). O clip de I Love it Loud,( disponível no vídeo Exposed de 1987) ainda conta com Ace, mas antes da turnê americana no fim de 1982, um substituto precisava ser escolhido.

Vincent Cusano (ou Vinnie Cusano), renomeado artisticamente para Vinnie Vincent assumiria o cargo de novo guitarrista solo da banda. Este fato se deve principalmente a Gene e Paul terem apreciado muito a participação de Vinnie como compositor já neste álbum. Para seu personagem, Vinnie adotaria o visual de um guerreiro egípcio, com o símbolo Ankh (vida eterna) em dourado como tema de sua maquiagem.

No encarte em P&B da edição brasileira falta um trecho da letra de I Still Love You
No encarte em P&B da edição brasileira falta um trecho da letra de I Still Love You

Quando o álbum é lançado em 28 de outubro de 1982, Paul Stanley define como um álbum que tem não só peso no conteúdo musical, mas também em atitude e determinação. Paul atribui nota máxima para CREATURES OF THE NIGHT, e Gene avalia como 4,5/5, uma excelente avaliação para o sempre rigoroso Simmons. Um álbum para se libertar das reminiscências progressivas de (MUSIC FROM) THE ELDER. Apesar do novo conteúdo e adequação ao estilo que estava em alta na época (Heavy Metal), o álbum fica apenas dezenove semanas nas paradas americanas, atingindo seu ápice em 29/01/1983 com o fraco 45º lugar. Cabe aqui um aparte e um avanço no tempo: O álbum seria relançado em 1985, já numa condição totalmente diferente de popularidade da banda. O relançamento se dá pelo fato de que no primeiro lançamento o resultado das vendas foi muito abaixo do esperado. Este relançamento, porém em nada acrescenta e pelo contrário só traz mudanças negativas ao primeiro e não reflete em grandes mudanças na vendagem original do álbum. As mudanças são: Uma nova capa bem diferente (com a presença de Bruce Kulick, que nunca participou do álbum), a inversão de ordem entre as músicas Saint and Sinner e Killer e um final mais abrupto da faixa título, que juntamente com I Love It Loud e War Machine foram remixadas.

No relançamento desnecessário em cd em 1985 - a capa sem nenhum compromisso com o estilo do álbum original
No relançamento desnecessário em cd em 1985 – a capa sem nenhum compromisso com o estilo do álbum original
O cd sem o padrão em azul e rosa na edição relançada de 1985
O cd sem o padrão em azul e rosa na edição relançada de 1985

A turnê americana (ausente desde 1979) é planejada para iniciar em dezembro de 1982. A turnê batizada de “a turnê do 10º aniversario da banda” se inicia em Bismark, North Dakota, em 28/12/1982 e é claro o declínio de popularidade da banda, refletido nas fracas vendas de ingressos. Para ilustrar claramente o fato, comparando com a turnê de 1977, onde nos estádios mais dezesseis mil fãs disputavam os ingressos disponíveis, em 1982/83 a turnê americana vê normalmente em torno de dois mil fãs em média por show.

Notadamente o pior público se dá em 18/03/1983, quando apenas mil e quinhentos ingressos são vendidos, num estádio com capacidade para quinze mil espectadores. A turnê americana se encerra em 3/4/1983 em São Francisco sem maiores repercussões.

A contracapa da versão remaster mantém o padrão original. A versão remaster traz uma resenha em inglês.
A contracapa da versão remaster mantém o padrão original. A versão remaster traz uma resenha em inglês.

Após a finalização da fracassada turnê americana, ainda existiam shows para serem realizados, pois um promotor brasileiro contata agentes da banda em Nova Iorque afirmando que já estava vendendo ingressos para shows no Brasil, e ninguém da agência ou da própria banda sabia do fato. Enquanto negócio, fazer shows no Brasil, seria a mais arriscada e obscura turnê que o Kiss já havia feito até então. A banda nunca havia tocado fora dos Estados Unido, Europa, Austrália e Japão. O que era claro é que especialmente observando-se a oportunidade de negócio, a banda (após o fracasso da turnê americana) não estava em condições de negar qualquer possibilidade. As negociações para a turnê se estendem por quase dois meses, e um acordo se realiza para execução de no máximo cinco shows em duas semanas no Brasil. Do ponto de vista financeiro e logístico, a visita foi um pesadelo, especialmente devido ao fato de que os promotores brasileiros não fizeram os pagamentos na data estipulada, o que quase cancelou a ida da banda. O grupo viajaria para o Brasil em 13/06/1983 e Gene e Paul não se mostravam entusiasmados com a idéia visitar o Brasil. O lugar parecia muito distante, e muito 3º mundo, e com clima muito quente para seus gostos americanos. Além deste fato havia a barreira do idioma, que não era bem falado nem por repórteres especializados. Gene e Paul gostariam de ter algo mais organizado e mais familiar, em outras palavras, mais americano, como a Austrália. Vinnie, pelo contrário, tratava a visita ao Brasil, como se fossem férias e trouxe sua esposa, Anne Marie, para aproveitar a viagem. Eric Carr aproveitou a noite brasileira, descobrindo as diferenças culturais. Em 18/06/1983 o Kiss toca para mais de cem mil espectadores no Maracanã – Rio de Janeiro.

É a maior platéia em toda a carreira em qualquer país (um compacto bastante reduzido do especial da Rede Globo da época está disponível também no Kissology Vol. 2 e trata-se do único documento oficial da turnê do décimo aniversário).

Em Belo Horizonte o segundo show teve que ser adiado, devido a problemas de alimentação elétrica que aparecem na data do show. No dia seguinte, em atendimento a ordem judiciária, menores de dezesseis anos são proibidos de freqüentar o show, reduzindo em 2/3 da platéia de oitenta mil espectadores com ingressos adquiridos. Em 25/06/1983, no estádio do Morumbi em São Paulo, O Kiss faria seu último concerto da turnê de CREATURES OF THE NIGHT, com mais de setenta mil espectadores. Imediatamente após a turnê brasileira, há boatos de uma turnê que se realizaria na Argentina, fato que não aconteceu. O Show de São Paulo marcaria o ultimo show da banda com máscaras até seu retorno à formação original em 1996.

O vinil original da edição brasileira lançada em 1983.
O vinil original da edição brasileira lançada em 1983.

A contracapa da edição do vinil brasileiro de 1983.

A contracapa do vinil lançado em 1983

*Revisão com inclusão de fotos da edição do 40º aniversário recém comprada

 

NR.: CREATURES OF THE NIGHT é o álbum que marca nosso primeiro contato com a banda. No início de 1983, I Love it Loud tocava freqüentemente nas rádios FM cariocas (especialmente a Rádio Manchete, divulgadora do evento), numa forma clara de promover o Kiss para os shows que viriam no meio do ano e nos atingiu diretamente, ao ponto de, a seguir, termos comprado o disco. Na realidade, e aqui vai uma distinção entre os redatores, Alexandre Bside (sempre lado B) se mostrou interessado na balada I Still Love You e aceitou minha sugestão para comprar o álbum após gostar desta música, e não pela I Love It Loud (que na época era minha predileta do álbum). Não fomos ao show do Rio em 1983, pois éramos pirralhos demais e não tínhamos autorização da família para ir.

De nosso grupo de roqueiros atuais, Marcos foi ao show – seu primeiro – e fez questão de jogar sua camisa, que ficou pendurada no microfone de Paul Stanley, em grande parte da apresentação. Para mim é um orgulho saber que nosso show carioca é o de maior público em toda a carreira da banda, mas temos que ressaltar que a vinda da banda em Terras Brasilis teve seus percalços para a banda: Entre as bizarrices da época, ressaltamos a divulgação que a banda comia pintos e outros animais e eram adoradores do Demônio (afinal Kiss: significava Kids ou Knights in Satan´s Service – Garotos ou Cavaleiros a serviço de Satanás).

A resenha do show no Globo, no dia seguinte, mostrava o quanto nossa imprensa era (ou é) especializada: Ana Maria Bahiana retrata um show onde por exemplo Paul Stanley e Vinnie Vincent tem performances parecidas !?!!??. Isso nos faz questionar se realmente esta repórter viu o show….

Sobre o álbum, outra distinção: eu, Flávio, tive muita sorte em conhecer a banda neste momento, e considero o melhor dos caras até hoje, uma obra prima do puro Heavy Metal, onde não há pontos fracos, apenas destaques maiores: Músicas como a faixa título, I Still Love You, War Machine e I Love It Loud são clássicos que foram tocados anos a fio pela banda, algumas tocadas até hoje. Já Bside tem outro favorito, mas considera o álbum também um dos melhores da banda. Se colocarmos a bolacha para tocar em volume adequado, é um álbum que mantém a pegada do começo ao fim, sem perda de qualidade. O lado A (do antigo vinil) que com exceção da faixa título, contem as músicas menos conhecidas, é também perfeito, pois todas as músicas tem excelente qualidade, a ponto de não saber destacar qual seria a melhor: Danger, Rock And Roll Hell, Saint and Sinner ou a “Zepelliana” Keep Me Comin´. Não dá para deixar de destacar a importância de Eric Carr no álbum, que mostra o que deve ser um baterista de Heavy Metal, atacando o instrumento (perfeitamente equalizado) e contribui com grande parte do impacto que o álbum nos impõe. Com o passar dos anos, eventualmente nossos gostos mudam, e certos discos perdem um pouco da importância que possuíam, quando os conhecemos. No caso de CREATURES, nada disso acontece, e o álbum sempre é motivo de grande apreciação, e a cada audição descobrimos mais detalhes do clássico petardo. Se hoje alguém quiser uma indicação para conhecer a banda, a nossa escolha talvez KISS ALIVE! ou DESTROYER – álbuns que resumem melhor o estilo do grupo. Se esta pessoa desejar conhecer um grande álbum de Heavy Metal, independente de escolha de banda, CREATURES OF THE NIGHT é uma indicação perfeita.

Bom, depois desta babação toda pelo álbum, e voltando ao momento da banda, é interessante notar que o sucesso da banda no Brasil, onde o álbum atingiu o status de Disco de Ouro, motivado pela vinda do grupo naquela época, não mostrava a crise existente. A turnê americana havia sido um fracasso e se musicalmente o álbum era perfeito em termos de se adequar ao ressurgimento do Heavy Metal nos anos 80, ficava claro que o público consumidor americano – o maior responsável pelo sucesso comercial da banda – estava farto do Kiss. Restava (talvez) uma última tacada para recuperação da banda, mas isso será assunto da nossa próxima resenha com LICK IT UP.

Flávio Remote e Alexandre Bside

Colaboraram: Bruno Torres Botelho e Marcos Carvalho



Categorias:Bootlegs, Cada show é um show..., Curiosidades, Discografias, Entrevistas, Guns N' Roses, Kiss, Resenhas, Tá de Sacanagem!, Van Halen, Whitesnake

82 respostas

  1. Fala Velho, Show a resenha, Kiss é e sempre sera Kiss, ali começamos e estamos até hoje (meio enferrujados) mas estamos, Essa banda foi para nós a inspiração, me lembro de combinarmos quem ia tocar qual instrumento… Eles pertencem a nossa história e a de muitos outros “roqueiros”, valeu.

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  2. Brunão
    Valeu o comentário – já temos o Lick it up e o Animalize – todos lembram aquela fase pré banda de encantamento com o tal rock and roll. Enferrujados, acho que não, afinal o show foi show… Um pouco gorditos, aí sem dúvidas….
    Abraços
    Flávio

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  3. este disco em especial marca minha vida de varias formas ,pois foi o responsavel pelo meu primeiro grande show [maraca 83 ], e a certeza absoluta q era isso q eu queria p/ minha vida . Hoje vejo q fiz a escolha certa e considero este disco uma obra prima

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  4. Numa só palavra: Sensacional! Parabéns pela resenha, pela equipe e pelo site. Espero inaugurar o meu logo, logo. Eu tinha cerca de 12 anos na época do lançamento, já curtia o Iron Maiden (álbum Killers de 1981) e viciei com o Kiss por causa deste disco. Passei a escutar e colecionar todos os anteriores. Lembro de um amigão meu até hoje, que tinha que esconder as capas dos discos da mãe, porque pra elao Kiss era coisa do Demo. Ha, ha,ha,ha!!! Acho que todas as bandas da época eram… quem acredita nisso? Sou de BH, e não pude ir no show do Mineirão, mas lembro dos comentários até hoje: Filas de crentes/evangélicos com panfletos e Bílblias gritando na entrada do show, a história dos pintinhos esmagados pelas botas do Gene/”Demônio em pessoa” e comidos por ele, etc. Hoje, eu morro de rir!!! Pra mim, a banda morreu no ano seguinte ao tirar as máscaras e o estilo pop e roupas de estilo/cores duvidosos… Mas depois, acho que eles tenham se arrependido e voltaram atrás na reunião em 1996. Nunca mais fizeram discos bons até o Revenge e o Carnival of Souls (gosto muito de ambos), mas isso é outra história. UP THE IRONS!!!

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    • Olá (Ney, correto?), seja bem-vindo ao blog do Minuto HM e obrigado pelos comentários. Se ainda não viu, temos a discografia do Kiss inteira por aqui, além de muita coisa da banda que você menciona como uma (ou “a”) predileta, o Iron Maiden, entre outros ‘n’ posts de outras bandas e artistas.

      [ ] ‘ s e bem-vindo!

      Eduardo.

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  5. Pessoal, deixo abaixo um vídeo que compila 3 entrevistas da época da tour do Creatures Of The Night (basicamente coisas de 1982 – 1983), que mostra todo aquele lado em que a “religião”, como fizeram para Elvis e Beatles, mais uma vez tentava fazer com bandas como o Kiss, Maiden, etc.

    Imperdível pelo fator histórico e para ver o Kiss da época. E vale ressaltar: parece que nada muda, não é mesmo? Ainda temos coisas assim acontecendo, mesmo mudando de século!

    Mais info: http://www.planet-kiss.com/2010/04/kiss-vs-religious-groups-1982-1983.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. Pessoal, notícias / novidades do Vinnie Vincent:

    O guitarrista Vincent John Cusano, popularmente conhecido como Vinnie Vincent (KISS, Vinnie Vincent Invasion) apresenta, em associação com a Guitarmageddon Guitars, seu modelo oficial personalizado. O lançamento ocorrerá na NAMM (National Association Of Music Merchants), evento que reúne os pesos pesados da indústria musical no Centro de Convenções de Anaheim, Califórnia. A exposição acontecerá entre os dias 13 e 16 de janeiro.

    Caso Vinnie realmente compareça, será sua primeira aparição pública em quinze anos. Sua série de guitarras foi desenvolvida pelo mestre luthier Tom Palecki. A edição é limitada.

    Fonte: http://vansucks.blogspot.com/2011/01/agora-vai.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  7. Essa é uma alternativa pro Rolf, que tem falado constantemente em adquirir uma Jackson Randy Rhoads, a guitarra que imortalizou o Vinnie Vincent no KISS

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  8. B-Side e Remote, teria mesmo Ace tocado em uma (ou mais faixas) do Creatures?

    http://www.kissopolis.com/2011/01/producer-of-creatures-says-ace-frehley.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  9. Pelo estilo dos solos, acho bastante improvável , e não acredito que Ace tenha gravado qualquer base do álbum, então meu voto é para um não bem radical

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  10. Pensei seriamente em fazer um post dedicado a isso, claro, dentro da categoria “Tá de Sacanagem!”.

    Mas aí vi que este imbecil, Pepe Escobar, não estava, nesta época, de sacanagem. Ele era apenas mais um imbecil que, em uma época que o Brasil não recebia shows de grande porte, ou melhor, praticamente não recebia shows (ainda faltavam 2 anos para a primeira edição do Rock in Rio, que foi feita cercada de desconfianças).

    Vou deixar quem viveu a época falar mais, mas este me parece um perfeito exemplo de como as coisas, antigamente, eram muito mais difíceis.

    Este deve ser, provavelmente, um dos textos mais absurdos que já foi publicado.

    Com um saquinho de vômito por perto, clique neste link para ver esta aberração ampliada (apenas no sentido da leitura, pois não dá para ampliar este texto ridículo): https://minutohm.files.wordpress.com/2011/07/kiss_missa_01_saopaulo_morumbi_1983_jornalestadosaopaulo.jpg

    Fonte: http://whiplash.net/materias/news_849/134029-kiss.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Sensacional o resgate, Eduardo. A nossa (assim por dizer) critica especializada brasileira sempre foi (continua sendo) um lixo – o que falar deste texto ? – Patético talvez seja uma boa definição – é o que já haviamos abordado no post… Aliás o que é o tal Pepe escobar? Prefiro um Pepe Legal….
      Um show que é comentado pela banda até hoje, e pelos fãs e roqueiros em geral com saudade, o maior evento do ano, um dos maiores da decada seja descrito desta forma – realmente é um imbecil e não merece muito tempo a perder…
      É como diz um amigo meu: “Deus dá asas a todos, inclusive às cobras que nunca serão capazes de voar”
      FR

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  11. O texto realmente é de uma esculhambação sem tamanho, mas pelo menos o cara não escreveu que o Paul Stanley era canhoto..
    Acredite se quiser, a Ana Maria Bahiana, considerada na ocasião uma crítica musical de talento inquestionável, assim descreveu um dos líderes do KISS na época.
    O que dá pra ter uma noção do que era a tal mídia especializada que o nosso amigo Rolf até hoje tanto se queixa..
    Quando se pensa que o que está acima é o pior que já foi lido, sempre se consegue algo que o supere.

    Alexandre Bside

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  12. Sobre a crise de / com Ace e uma história com Doug Aldrich…

    http://www.saultstar.com/ArticleDisplay.aspx?e=3264096

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  13. Creatures…eh um rolo compressor por parte da bateria de Eric, qm ouve Danger quer aumentar cada vez + o som pq aquela batida mexe com nossos neuronios!!!!

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  14. RIcardo, obrigado por comentar e desculpe a demora em responder .
    SIm, o som de bateria de Eric Carr neste trabalho dificilmente será igualado, concordo inteiramente. E Danger é mais uma das excelentes músicas deste álbum próximo da perfeição

    Alexandre Bside

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  15. O show do Kiss em São Paulo, muito bem detalhado nesta fantástica resenha:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  16. Esse video eu já conheço, foi um dos que consegui descobrir há algum tempo atrás na Galeria do Rock em São Paulo.
    AS imagens são muito raras mesmo, bem diferente do já mais conhecido especial da Globo , que trouxe imagens do Maracanã.

    Alexandre

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  17. Realmente, parece que o ‘Creatures’ deixou uma forte impressão no Brasil, não no sentido cartão de visitas, mas no sentido associação, referência.
    O meu comentário aqui, na verdade, é igual ao demais. Ou seja, só falo da favorita como se só esta me fosse a boa do disco, mas não.
    Geralmente, tenho uma facilidade tremenda para gostar de quase todo o disco, quando não de todo o disco.
    No caso do Creatures é mais difícil, mas acho que levaria “Rock n’ Roll Hell” no bunker das vísceras. É a letra e a maneira como é cantada, além do próprio clima.
    Mas na verdade o bom mesmo é quando o disco inteiro é “a melhor”.

    Abraços e

    I Believe in Rock n’ Roll!

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  18. Uma coletânea de Sucessos da Rádio Manchete que continha um monte de músicas Pop e a mais Pop de todas:
    I Love it Loud
    Em 1983 o Kiss era realmente um sucesso na rádio carioca.
    Alias outro sucesso era a capa do disco….

    Sucessos da Manchete - Capa

    Sucessos da Manchete - Contracapa

    I Love it Loud destoava um pouquinho das outras musicas da coletânea...

    I Love it Loud - a mais levinha do disco....

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  19. Mais: http://www.classicrockmagazine.com/news/simmons-why-i-stopped-eddie-van-halen-joining-kiss/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  20. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  21. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  22. Olá pessoal da Hm, realmente o kiss passou por tudo isso que vocês comentaram mas, só há uma correção á fazer pois, são essas coisas que são ditas na imprensa que na maioria das vezes faz com que uma turnê que tem tudo pra ser a mais famosa e mais rentável pra uma banda, se transforme em um fracasso total, porque esses “boatos” também afetam o emocional de uma banda. Sobre a colocação da tradução da suposta sigla: K.I.S.S., Me desculpem mais como Paul e Gene já deixaram bem claro em várias entrevistas em jornais, t.v., e revistas especializadas, quando a banda foi formada a única intensão era se divertir e pegar umas garotas, é claro que o Gene sempre quis ser famoso mas, á princípio era essa a ideia de popularidade “A Farra!”. Então, não caberia ao nome da banda fazer a apologia á rituais satânicos e músicas que firmassem essa mensagem obscura (obs. vale lembrar que o ritual que o Gene começou a fazer em 76 de dilacerar suposta carne podre de animais no palco foi uma jogada de marketing em cima dos “boatos” de que a banda era satanista, isso mesmo, era pra tirar onda dos fanáticos por religião da época), por isso meus amigos, KISS, é KISS mesmo ou seja… BEIJO em inglês. Parece frescura mais não é, a intensão era fazer as menininhas da época [EDITADO] pros caras da banda, só isso e mais nada! É por isso que a banda é tida como a mais marqueteira de todos os tempos na história do rock internacional, porque isso chama a atenção das pessoas, como pode uma banda tão famosa como o KISS ter um nome tão bobo e besta, porque é assim que se faz sucesso, como música boas e simples e nomes mais simples ainda. (Exemplos, THE BEATLES, ANGRA, METALLICA, etc.)

    Obrigado á todos e viva o Heavy Metal e o KISS!-(REIS INTERNACIONAIS DA SACANAGEM SADIA)… hehe, tão vendo como é fácil!?!?!?!

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    • Sandrão muito obrigado pelos comentários e concordo que o tom do Kiss sempre foi muito fortemente o marketing e a procura incessante pela formula do sucesso.
      Esse disco ter sido relançado posteriormente mostra que a banda via um bom potencial nele mas como em 1982 estava tão desgastada nos EUA dificilmente faria sucesso com qualquer material. Numa nova jogada de marketing relançou o num momento mais apropriado, mesmo assim não rendeu o esperado.
      Esperamos outros comentários . A discografia esta toda disponível e temos outros artistas e assuntos variados, fique á vontade.

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  23. Amigos, fiquei sabendo de uma edição em vinil do Creatures of The Night chamada Glow in The Dark, a capa que brilha no escuro. Vocês tem? é legal, vale a pena? onde é melhor para comprar na internet? grato.

    I Believe in Rock n’ Roll!

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  24. Excelente resenha. Excelente álbum. Não lembrava dos detalhes micelaneos da gravação. Lembro que foi um segundo álbum que ouvi. O primeiro foi o Killers. Eu ouvia tanto o Creatures que fazia questão que o resto dos vizinhos tivessem a oportunidade de curtir também kkkkk.
    Estava ouvindo no headphone e percebi um detalhe que me chamou a atenção o que me levou a reler a resenha e participar com um post. A música Danger tem duas marcações de contra tempo diferentes sendo uma rápida no lado esquerdo e outra do lado direito. Curioso.

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  25. Rapaz…

    meus parabéns ao Claudio Villanova!

    Tá bem baixinho, mas o contratempo mais rápido está no ouvido esquerdo, Bside.

    Agora, como ele reparou isso?! Considero até que houve um erro de não apagar a pista (da mesa) desta gravação

    Sensacional!

    Daniel

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  26. Percebo a marcação o tempo todo da
    Música. Veja lá.

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  27. Mais da época e numa versão não editada de um show (entrevista)

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  28. Então meus amigos… conseguiram perceber a marcação dupla? Talvez apenas com headphones se perceba. São dois tempos diferentes em cada um dos canais. Como a gravação desse álbum foi toda cheia de detalhes talvez tenha sido um rebuscamento a mais. O que acham?

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    • Claudio, eu nunca havia reparado nisso e quando fui ouvir achei que era uma questão de mixagem dos bumbos mais alto em um dos lados, criando uma espécie de ilusão auditiva de que a marcação no contratempo era cortada (portanto parecendo duplicada) pelo bumbo.
      Tive uma grande dificuldade de me convencer de qualquer das hipóteses (parecia o Eduardo não ouvindo a respiração de Dickinson em Revelations)
      Resolvi acionar uma ajuda e ao que parece ele concorda com você e Daniel.
      São marcações distintas nos dois lados do estéreo.
      E o motivo: dificil confirmar, mas aparentemente é o mesmo efeito de se gravar duas vezes as guitarras ou mesmo três ou quatro vezes: dar peso à gravação.
      Logo a bateria teria sido gravada duas vezes, para dar mais peso – o que faz muito sentido ao se falar no Creatures e o que se desejava na época.
      E pelo que conversei com o meu amigo, a gravação duplicada se repete em vários outras musicas do disco.
      Sensacional a descoberta e é uma pena que não podemos conversar com o autor das execuções e consolidar a teoria e sua justificativa.
      Saudades de nosso velho Eric…
      Abraços
      Flavio

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      • Cláudio, demorei um tempo considerável para me ater a este detalhe, e, sem dúvida, está lá, embora eu precise dizer que jamais teria o crédito por esta descoberta, isso é coisa para ouvido de tuberculoso ( como dizia a minha vó ) ou baterista de ofício.
        O mundo está perdendo um baterista, meu amigo, já que ( ainda bem) você não tem tuberculose. Que tal pensar de novo a respeito?

        Em referência ao motivo, aí piorou ainda mais história.
        Tenho hipóteses:
        -Gravação que não se apagou de uma versão embrionária com o contratempo mais acelerado ( este, o quase inaudível, o quê de tuberculoso).
        -Adição para dar algum tempero ( peso, destaque, sei lá) ao instrumento.
        -Tentativa pelas duas hipóteses que acabou agradando por qualquer outro fator.
        -Tempo escasso, a coisa tinha ficado, depois não dava mais para apagar…

        Enfim, eu sugiro uma coisa e elogio outra:

        -Sugestão :Procurar versões demo da música, para tentar entender qual era a proposta original.
        -Elogio : Ao batera , RIP, Eric Carr, você deixou registrada uma das melhores baterias já gravadas na história do rock!!

        Alexandre

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  29. Alexandre,
    ouço muito as musicas com headphones, mais especificamente com os do iphone (EarPods). Já havíamos discorrido há algum tempo sobre as audições com headphones e as percepções possíveis. Talvez com o advento da digitalização ou remasterização seja possível perceber nas gravações nuances que no formato analógico não fosse possível. Mas isso é só especulação minha.
    Nunca ouvi as tais gravações 5.1, mas acredito que a qualidade seja absurda e que seja possível aos ouvidos mais atentos perceber um “algo a mais”. De qualquer forma é curioso.

    Quanto a tocar bateria você sabe… É um sonho antigo. Quando eu puder comprar uma bateria de treino ou uma eletrônica eu realizo o sonho.

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  30. Amigos, tomando como base o comercial do The Elder que tem no YouTube,

    que termina com a “foto inteira” da capa do disco sendo “recortada” no formato quadrado e formando a capa do disco com a adição dos dizeres na mesma, pergunto onde posso conseguir a “foto inteira” da capa do Creatures of The Night, além daquele reduzido formato quadrado?
    Grato!

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  31. Quem tiver interesse nesse bootleg que ainda se encontra no youtube, aqui trago o show de Montreal, em 1983, em boa parte ( 53 min). Destaco, é claro, a parte do solo de Vinnie Vincent, aqui ainda usando, no meio da maravilhosa barulheira, um trecho com arco de violino. Ele desistiria da presepada durante a tour.

    Alexandre

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  32. E em 1982, após o lançamento do disco e ainda contando com Ace, a banda dizia que a Tour iria explodir nos EUA. Nem a Tour e nem o Ace emplacaram…

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  33. Sobre “It’s My Life”, música desta fase e que ainda gera discussão e disputas entre Stanley e Simmons…

    http://www.blabbermouth.net/news/paul-stanley-disputes-gene-simmonss-version-of-how-its-my-life-was-written/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  34. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  35. Esse álbum realmente é muito f… Ontem estava matando a saudade e ao terminar a audição tive a impressão de que a música Killer tem o riff com a pegada mais Metal da banda. Dei uma passada no Lick it up, mas me convenci que realmente (para mim) Killer faz jus ao título.
    Valeu!

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    • Um riff que provavelmente é do Vinnie Vincent. Bacana a referência buscar algo do Lick it Up. Também muita coisa do alavanqueiro ali. Not for the Innocent é muito boa. E o riff do Gene em Fits like a Glove também é muito bom.

      Alexandre

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  36. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  37. [ ] ‘ s,

    Eduardo

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  38. E olha o Ace “aprovando” o disco, vai enganar…

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  39. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  40. Tirando o título a la revista Caras, vale a curiosidade:

    Quando Slash tentou entrar pro Kiss mas foi rejeitado por um motivo cruel: https://whiplash.net/materias/news_716/343794-slash.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  41. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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