Kiss discografia 19a parte – Álbum: Lick It Up

Com a segunda mudança na formação, a banda toma um passo arriscado e decisivo, preparando seu retorno às paradas neste novo capítulo desta discografia:

Lick It Up  - A capa do vinil da edição brasileira

Lick It Up – A capa do vinil da edição brasileira

ÁLBUM: LICK IT UP

  Lançamento: 18/09/83

  Produtores: Michael James Jackson, Gene Simmons & Paul Stanley

  Primeiro Single: “Lick It Up” – em 09/83

  Segundo Single: “All Hell’s Breakin’ Loose” – em 01/84

  RIAA Gold Certification em 22/12/83

  RIAA Platinum Certification em 19/12/90

  O Álbum atingiu #24 nas paradas

No cd remaster - o padrão original do vinil é mantido

No cd remaster – o padrão original do vinil é mantido

Faixas:

1- Exciter – 4:10 6- All Hell’s Breakin’ Loose – 4:34
2- Not For The Innocent – 4:23 7- A Million To One – 4:17
3- Lick It Up – 3:59 8- Fits Like A Glove – 4:04
4- Young And Wasted  – 4:04 9- Dance All Over Your Face– 4:13
5- Gimme More – 3:41 10-And On The 8th Day – 4:02

A volta ao som pesado, tão prometida desde os fracassos pops do ínicio da década 80, havia sido realizada, de forma contundente, no álbum Creatures Of The Night, mas ainda sem obter a repercussão que a qualidade do trabalho merecia. O Kiss estava com a imagem muito desgastada, e precisava arriscar um pouco mais para readquirir o sucesso do início da carreira. A cartada era previsível, mas muito ousada: Se somente o som não bastava para retomar o topo, o jeito era mexer com o visual e eles optam por deixar a maquiagem de lado, uma vez que talvez fosse esta imagem que não os fizessem mais serem levados a sério. Decidida esta nova estratégia, resolvem optar por manter o som pesado do álbum anterior, embora sem o mesmo som de bateria, mas trazendo a modernidade do som dos anos 80 das guitarras de Vinnie Vincent, mantido na banda.

O padrão do álbum anterior é mantido neste encarte, porém há a inversão de fundo para branco, seguindo o modelo de LICK IT UP.

O padrão do álbum anterior é mantido neste encarte, porém há a inversão do fundo para branco.

Reunidos com Michael James Jackson, produtor dos últimos dois trabalhos da banda, e também numa co-produção com Simmons e Stanley, o conjunto começa a gravação do novo trabalho no estúdio The Right Track Studios em Nova York. Vinnie Vincent teria participação decisiva em quase todas as faixas (sendo co-autor de 8 músicas), atuando majoritariamente nos riffs destas canções e às vezes nos arranjos, que ficaram mais a cargo de Stanley e Simmons. LICK IT UP é  juntamente com o novo álbum da banda (SONIC BOOM), o único trabalho do KISS onde todas as músicas foram feitas exclusivamente pelos membros do conjunto, e também traz uma das duas únicas canções até então em toda a discografia que foi composta pelos quatro músicos, All Hell’s Breakin’ Loose. A outra é a instrumental Love Theme from KISS, do primeiro álbum. Vinnie contribui em muito com a nova sonoridade proposta pelo grupo, trazendo os maneirismos característicos do estilo dos guitarristas da moda da época, como Eddie Van Halen e Randy Rhoads, e buscando trabalhar os solos de forma bastante atual. Ele recebe de Grover Jackson 6 guitarras modelo Jackson Randy Rhoads de cores diversas, que seriam sua marca registrada durante a turnê do álbum. As guitarras haviam sido encomendadas para o próprio Randy Rhoads, que faleceu pouco tempo antes de chegar a utilizá-las. Gene Simmons também recebe de Jackson um novo baixo no estilo machado, em substituição ao modelo anterior, feito pela Hammer, usado desde a turnê de DYNASTY. Vincent, porém ficaria muito contrariado ao perceber que Exciter, a faixa inicial de LICK IT UP não teria seus solos, pois Simmons e Stanley preferiram utilizar um outro guitarrista, Rick Derringer, na canção. Gene atribui nota 4/5 ao trabalho, assim como Paul Stanley, mas ambos ainda consideram CREATURES OF THE NIGHT um álbum melhor.

Na contracapa do vinil brasileiro - o padrão branco mantem o aspecto clean.

Na contracapa do vinil brasileiro – o padrão branco mantem o aspecto clean.

A capa do álbum traz a foto que revela a identidade de cara limpa dos membros do KISS num fundo branco. O álbum tem todo o seu restante em branco, para que a foto tivesse o destaque em relação ao restante da arte gráfica. A banda prepara uma estratégia de marketing condizente com a cartada da retirada das máscaras e a primeira providência é aparecer de forma exclusiva no dia de lançamento de LICK IT UP em uma entrevista na MTV americana (disponível no Kissology Vol 2).

A TV a cabo fazia muito sucesso na época nos Estados Unidos e seria decisiva nesta nova retomada de popularidade da banda. Os clips de Lick it up e All Hell’s Breakin’ Loose (presentes no home vídeo Exposed de 1985) tem alta rotatividade na emissora e colocam o KISS no mercado novamente.

A turnê é cercada de curiosidade e é sucesso, comprovando que a decisão foi acertada. Em 11 de outubro eles fazem o primeiro show sem máscaras em Portugal (As duas primeiras músicas deste show (Creatures of the Night e Detroit Rock City) estão disponíveis no Kissology Vol 2). É notório que os trajes usados nos show, muito mais leves, permitem uma melhor movimentação de Simmons e Stanley, que literalmente “voam “ em cena. Outro destaque em cena é o tanque estilizado onde a bateria de Eric Carr se situa, já utilizada desde os shows de CREATURES OF THE NIGHT, mas inédito na Europa. A turnê européia se segue durante o segundo semestre de 1983, com boa receptividade de público. No repertório, 9 das 15 músicas são dos 2 últimos álbums . Do novo álbum, além de Lick it up (que é tocada no bis, tal o sucesso conseguido), a banda toca Exciter, Gimme More, Young and Wasted e Fits like a Glove. Estas últimas duas músicas seriam tocadas durante outras turnês durante os anos 80, em especial Fits Like a Glove, presente do repertório dos shows do KISS até a turnê do ALIVE III, em 1994. O relacionamento com Vinnie Vincent, porém, é conturbado, pois o guitarrista busca seu espaço na banda em condições de igualdade com Gene Simmons e Paul Stanley, que não permitem tal atitude. Como conseqüência, Gene e Paul resolvem demiti-lo após final da turnê européia, mas acabam recontratando-o para os shows americanos, que entram pelo ano de 1984. No fim de 1983 LICK IT UP recebe o disco de ouro (O primeiro desde UNMASKED), entregue oficialmente para a banda no show no Long Beach Arena, em Long Beach, Califórnia, no dia 27.01.84. Para a turnê americana, uma troca no repertório: Entra All Hell’s Breakin’ Loose, cujo single havia sido recentemente lançado, no lugar de Exciter. Enquanto o single Lick It Up consegue alguma repercussão, principalmente na Europa (chega ao sétimo lugar na Inglaterra), All Hell’s Breakin‘ Loose falha completamente. Infelizmente, não há registro oficial de um show na íntegra desta Lick it up Tour, apenas alguns bootlegs gravados de forma precária.

A banda consegue repercussão nas revistas especializadas da época, como a Kerrang, estando presente em diversas listas do gênero e sendo eleita como o retorno do ano. Ao fim da turnê,em março de 1984, Vinnie Vincent é definitivamente demitido e a banda parte em busca de um novo guitarrista para manter o caminho em retomada do sucesso obtido na década de 70.

O vinil de LICK IT UP - nosso primeiro álbum novo como fãs do Kiss.

O vinil de LICK IT UP – nosso primeiro álbum novo como fãs do Kiss.

NR : Podemos afirmar que LICK IT UP é sem dúvida um dos pontos altos da carreira da banda durante os anos sem máscara e apesar de ter sempre uma sonoridade pesada, se situa entre o hard rock e o heavy metal. Eu, Bside, considero este o meu favorito entre todos da banda, mas reconheço que é uma opinião estritamente pessoal, ainda que o álbum inegavelmente seja muito bom. Para nós o visual da banda quase nunca foi o chamariz principal e talvez apenas no início dos comerciais para a vinda no Brasil o visual mascarado tenha nos chamado atenção. De qualquer forma se a retirada das máscaras foi algo inusitado para quem tinha acabado de conhecer a banda, imaginamos o quão foi o impacto para os fãs antigos – mas parecia claro que a banda estava à procura de novos fãs e nós éramos um deles. Neste caso, lembramos de ser anunciado no Fantástico o novo clip da banda sem máscaras – Lick it up. No comercial da TV não se mostrava nada da banda, e a expectativa ficou para o dia da apresentação – o problema é que chegamos tarde demais em casa e o clip estava no final, acabamos não vendo ninguém da banda. A única cena a ser vista é justamente a última, onde uma imagem congelada com os acordes finais de Lick it up é mostrada tendo uma das mulheres do clip num close tendo uma caveira próxima a ela. Vejam o clip no youtube , no vídeo Exposed ou qualquer outro local, peguem a cena final do clip e tentem entender a frustração que passamos em pleno ano de 1983 sem acesso a internet e pouquíssimo intercâmbio com o que se passava fora do país, na pré-história do metal em nossas terras, em ter perdido por poucos minutos a chance de pela primeira vez ver o que por 10 anos foi mantido escondido. Acabamos por não lembrar realmente quando afinal vimos a banda sem máscara, provavelmente foi em alguma foto de revista do gênero.

O cd remaster importado mantém o padrão branco da edição original do vinil.

O cd remaster importado mantém o padrão branco da edição original do vinil.

Em termos musicais, a presença de Vinnie Vincent é meteórica e com bastante crédito no ressurgimento da banda. Vinnie tem um modo muito peculiar, barulhento e extremamente rápido de solar, mas não é um guitarrista de Heavy Metal, pois se situa mais na linha Hard Rock (como seria visto em sua carreira solo nos anos seguintes ) e apesar de ajudar em praticamente todas as composições, não foi ele quem determinou o estilo de uma ou outra canção: algumas músicas tem o mesmo peso (mas não a mesma linha de gravação) das músicas do CREATURES OF THE NIGHT, como Not for the Innocent, Young and Wasted e Fits like a Glove, todas cantadas por Simmons, sendo notório que a maioria das músicas a cargo do vocal de Paul Stanley seguem uma linha mais Hard Rock, como a faixa título e A million to one. As diferenças entre os estilos de Stanley e Simmons tornam-se sutis no conjunto do álbum, que é bastante coeso e com bastante qualidade, mas fariam toda a diferença na seqüência da carreira do KISS. Isso pode ser visto já a partir da próxima semana, até lá!

Alexandre Bside e Flávio Remote



Categorias:Curiosidades, Discografias, Kiss, Resenhas

38 respostas

  1. Lick It Up foi um dos discos ouvidos a exasutão. Sem dúvida é um discos onde todas as músicas são muito boas à exceção da música título que acho meio chatinha. eu me lembro que pela primeira vez eu vi o poder da alavanca da guitarra …..o Kiss devia ter colocaod um anúncio assim: “procurasse guitarrista esporrento que possua 03 alavancas na guitarra” ..dai surgiu Vinnie Vicente ao qual eu batizei o porteito do mue prédio em Vila Isabel, vizinho ao prédio do B-Side e do Remote …..eu falava …”e ai Vinnie” e o pobre porteito retrucava com todo o entusiasmo sem ter a mais cretina idéia do que se travava isso ….Fits like a glove é uma das músicas mais pesadas do KISS ……salve lick it up….essa cena do show de portugal sem máscara é hilária por que os caras entram no palco como se estivessem ligados em 220V …é algo que eu nunca vi uma agilidade tão grande

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  2. Cara, o lance do porteiro Vinnie é sensacional. Alias tambem é sensacional a Not for the innocent – que tocamos na DW… Fez até voce gostar da musica – eu porém mantenho minha opinião – o Creatures é o melhor dos caras….
    Flavio

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  3. Me alegro de talvez ter contribuido para que o Rolf deixasse de pular a Not for the Innocent ( e provavelmente a Lick it up)toda a vez que ouvia o álbum , e com certeza foram muitas… Tenho a mesma opnião sobre a faixa titulo que o ROlf , pra mim a mais fraca do trabalho, mas entendo o propósito da mesma no álbum. Quanto a Not for the Innocent, certamente é uma das faixas onde o Vinnie ( não o porteiro do prédio de Vila Isabel ) deve ter usado as tais 3 alavancas no solo, haja esporro !

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  4. eu fiquei decepcionado quando tiraram a mascara e custei a querer a ouvir o disco , só mais tarde vim a escuta lo e realmente é um bom disco .

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  5. Realmente, Marcos, analisando o trabalho deixando de lado o conceito da retirada das máscaras, vemos aqui uma banda buscando uma nova sonoridade e com composições de excelente nível . Evito até comentar sobre este disco, pois eu realmente tenho uma certa predileção por ele . Exceto a faixa titulo, que tem seu mérito por ter sido o pontapé para a retomada da exposição e vendagens da banda , mas não me agrada por ser tão simples, o restante do trabalho é pra mim impecável.
    VAleu !!

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    • Pessoal, concordo com vocês quanto à extrema simplicidade em Lick It Up (a música), mas acho que ela é um marco na carreira da banda – como o BSide bem disse, temos o Kiss renascendo para a mídia com um hit que até hoje (as mulheres principalmente) adoram…

      Eu, particularmente, gosto bastante do som, ainda mais ao-vivo, onde ela cria um clima de festa e alegria… como bem sabemos, o Kiss é mestre em fazer coisas assim, e o grande objetivo é sempre ter um ótimo momento ao-vivo… essa música, portanto, passa a ser item obrigatório se pensarmos assim, como é Rock And Roll All Nite. Mas claro, não estou falando musicalmente, estou falando em diversão apenas…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  6. Quando o assunto é a fase sem máscara da banda, a primeira coisa que eu lembro é justamente do show da banda em Porto Alegre, 15 de Abril de 1999, no qual eles estavam mascarados e com a formação original.
    O que tem a ver, então? simples, este show foi a gota d’água para a minha adoração pelo KISS recebida em 1997.
    É que na época do show eu só tinha olhos para o material da formação original.
    Ou seja, um dia todos fomos ingênuos e superficiais, meio touro, que só olha pra frente ao invés de viver atento ao seu redor e assim ver o que de tudo a vida pode oferecer.
    E um exemplo de algo mais da vida é saber olhar o trabalho de um artista sem arroubos de euforia para atrapalhar o raciocínio, que, desta forma, já tem tudo para nascer datado.

    Sem menção de faixa favorita desta vez.
    Deixemos o disco tocar, simplesmente…do início ao fim. Nunca deixar este hábito morrer.

    Um abraço e

    I Believe in Rock n’ Roll!

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  7. Ta ai um álbum que fez gastar muito as agulhas. Grandes recordações também ajudam a manter a magia desse período. A lembrança de vê-los sem maquiagem ate hoje eh bem clara. Meu pai chega em casa com a revista Manchete, que ainda ecoava o sucesso dos shows no Brasil, e comenta sobre uma reportagem de folha inteira e a foto do Lick it up. Pior que não levei a sério. Então ele abriu a revista e colocou nas minhas mãos. Total perplexidade. So acreditei por que tinha a prova nas mãos. Mas acho que o lançamento no Brasil so ocorreu meses depois. Lembro ainda de ter levado a revista pro colégio e contar a novidade para alguns amigos também fans do Kiss que como eu não acreditaram ate eu puxar a revista da mochila kkkkkk muito bom!!!
    Nessa época os álbuns eram ouvidos repetidas vezes pois não tinha muito material ainda que todos os esforços fossem canalizados para aquisição dos LPs (viva o Natal, aniversario, mesada e qualquer agrado – tudo convertido em vinil!!!)
    A primeira impressão foi boa apesar de ainda preferir o Creatures. Não cheguei a fazer a enquete no prédio que eu morava onde os vizinhos podiam compartilhar minhas audições kkkk. Eles deviam odiar!!!
    Com o passar do tempo vieram as percepções e comparações das diferenças entre os músicos (Erick x Peter e Vinnie x Ace) alem do estilo (anos 70 x anos 80).
    Mas a diferença entre Paul e Gene pra mim era marcante. As musicas com Gene eram mais pesadas e com mais espaço para os solos de guitarra.
    Numa analise comparativa da discografia coloco o Lick it up em destaque.
    Isso aí…

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    • Muito legal o lance da revista e eu lembro bem da Manchete, que manteve a cobertura da banda desde a vinda no Brasil.
      E sim o Lick it up é um ótimo disco, que trouxe a banda de volta ao sucesso
      Nos na época gastamos o K-7. O disco em vinil veio bem depois.
      Flavio

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  8. Saudações BSIDE/FLÁVIO. Ótima resenha do LICK IT UP. Vocês realmente manjam quando o assunto é KISS. Este disco (pra mim) traz três pontos importantes: foi o primeiro disco que comprei com o meu dinheiro; foi o primeiro disco do KISS que comprei e foi o primeiro da banda sem maquiagem. Adquiri o meu em novembro de 1983, ou seja, passei longos cinco meses (contados a partir de junho, quando foi exibido o show do Rio) de maior agonia existencial. Quando cheguei em casa, só ouvia LICK IT UP durante toda a manhã, numa sequência de vários dias (literalmente falando!). Só ficava alternando do lado A pro lado B. Ainda tenho o meu Lp que já me acompanha há 32 anos (altamente conservado). Bons tempos aqueles, boas recordações!! Sinto por vocês não terem visto o clip de LICK IT UP no Fantástico. Eu assisti este como também o de ALL HELL`S BREAKIN`LOOSE. Na época o Fantástico “errava” e acabava mostrando coisas interessantes.
    Abraços Frathernos…
    F.

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    • Essa discografia é mesmo impressionante e histórica
      Em termos de blog talvez um dos maiores feitos que esse blog já fez

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    • Fabricio, acho que somos praticamente coetâneos , quando se trata da banda. O Lick it up foi um álbum ouvido à exaustão, ainda hoje gosto muito de eventualmente colocá-lo pra tocar .O Flávio mantém o vinil em Brasília, das fotos acima, já o cd remasterizado está aqui em casa.
      Pra mim, e entendo que é uma questão mais pessoal, é o álbum da banda. De tal forma a achar a faixa título, que foi importantíssima para banda, a menos boa no meu conceito. O álbum é pesado, e a presença do Vinnie Vincent, de talento inversamente proporcional ao seu caráter, é um divisor de águas.
      Obrigado pelos elogios acerca do nosso entendimento sobre a banda, fique à vontade, seria um prazer ler demais comentários da discografia e nos outros ótimos posts que o Eduardo e os autênticos conhecedores do assunto (metal e suas vertentes) nos brindam por aqui,

      Saudações,

      Alexandre BSide

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    • Excelente comentário, Fabricio. Como disse o B-Side, é um prazer também ler coisas assim por aqui nos posts e será muito legal continuar “te acompanhando” ao longo dos outros posts da discografia e dos posts em geral do blog.

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  9. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  10. Alexandre e Flavio, já disse algumas vezes que nunca fui um grande fã do Kiss e consequentemente não conheço a fundo a trajetória da banda, inclusive nem tenho a discografia completa. Love Gun, por exemplo, adquiri somente após aquele podcast em que o disco foi analisado.
    Bom, Lick It Up foi o primeiro registro que tive da banda e hoje cheguei em casa, nem sei porque, o coloquei pra “rodar”… Cara, como e’ bom esse disco!!!! Já fazia anos que não o escutava, como e’ bom ter “velhas surpresas” como essa. Para mim, de longe o melhor trabalho do Kiss!
    Exciter hoje foi repetida duas vezes, penso que e’ a melhor do disco. Então aproveitei e resolvi ler novamente esse post para acompanhar a audição. Me chamou a atenção a citação sobre a participação do Vinnie Vincent… vocês acham que o guitarrista foi o grande ou maior responsável pelo ótimo resultado de Lick It Up? Será que se ele continuasse na banda Animalize e Asylum poderiam ser tão bons quanto? O gozado e’ que justamente em Exciter Vincent não toca… mas e’ o compositor,essa lição foi muito bem explicada pelo BSide no post “Vinnie Vincent Invasion – ame ou odeie!”, indicando que talvez o guitarrista tenha servido de “inocente útil” para a dupla Gene Simmons/Paul Stanley.
    Pra terminar, mais um grande post!!! Um abraço a todos.

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    • JP, incrível ter em você mais um que tem a predileção por este álbum. Eu entendo por que é um álbum único na discografia, embora a banda tenha outros exemplos (diferentes) também únicos.
      Respondendo seus questionamentos:
      Eu acho que é dificil colocar tudo ou quase tudo que há de tão bom( nisso eu concordo com você) na conta de VInnie Vincent. Hoje, tantos anos depois, enxergo VV como um gênio indomado. Então o grande mérito de Gene e Paul foi justamente ter separado as coisas boas e deixado alguns dos exageros do talentoso guitarrista de fora neste Lick it Up. Isso fica bem explicado se você resolver ouvir os álbuns do Vinnie Vincent Invasion , onde até há coisa boa, mas certamente mais exageros, em especial no segundo álbum
      O segundo questionamento é um exercício de adivinhação , mas eu ouso dizer que os discos subsequentes seriam melhores sim, pois teriam um maior equilíbrio e divisão entre os compositores e mais faixas boas e menos fillers. Mas isso é puro chute;
      Por fim, Exciter é uma sonzeira, mas eu ainda prefiro o peso de Not for the Innocent ou Young and Wasted ( que fica ainda melhor ao vivo na tour subsequente, com o saudoso Carr cantando).
      No KISS uma coisa é bem clara: Se Simmons estiver em forma como compositor, dificilmente o disco é ruim, já que Stanley normalmente é bem focado em entregar boas canções. Lick it Up é um exemplo disso, tendo o gênio indomado para brilhar também.

      Aproveito pra relembrar o saudoso Carr na citada Young and Wasted ao vivo ( na tour seguinte, do Animalize, já com Kulick)

      Saudações

      Alexandre

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  11. Nos aqui bem que poderíamos convocar alguém de fora pra parricpar de um pod cast com algum conhecedor de kiss especialista

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    • Só falta uma coisa, um detalhe. Música boa ou quem sabe algo no mínimo bem tocado. Resta saber se esse show unplugged de dezembro venha reparar todo o blá-blá-blá sem conteúdo musical que eu venho acompanhando desde essa volta .

      Alexandre

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    • Essa foto foi até conhecida nos underground da época, é impressionante que as imagens são realmente da banda , algo difícil de obter.
      Mais incrível ainda é que o mais difícil eles conseguiram e no mais fácil erraram miseravelmente.
      Coisas da pré história da mídia musical,impensável isso hoje.

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  12. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  13. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  14. Para delírio dos gêmeos e do Rolf:

    Drums (re-arranged), Bass (remixed w/distortion), Guitars and Gene’s vocal from Lick It Up
    Paul’s vocal from “Not for the Innocent” 1982 demo

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • É interessante e esses “frankesteins” são uma tendência hoje. Eu prefiro sempre a versão original. Não se deve mexer no que é perfeito. Essa música é perfeita. A gente tocava no Dw, era um peso absurdo. De qualquer forma, é interessante sim.

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