Série Curiosidades Metal – [CAPÍTULO 1]

Como comentei no prólogo, o ponto de partida é o Black Sabbath. E como comentei por lá também, o intuito aqui é trazer / destacar / comentar ALGUMAS curiosidades, coisas mais pontuais mesmo, e não comentar TODA a história de TODOS os fatos. Afinal, hoje isso já tem de monte por aí…

Mas vamos lá. Black Sabbath. A origem é a margem da socidade inglesa. Desempregados e de origens “suspeitas” aos bons princípios.

Francis Anthony “Tony” Iommi, filho de imigrantes italianos, trabalhava em uma fábrica e, nos seu último dia de trabalho lá, sofreu o “famoso” acidente que lhe custou a ponta de dois dedos da mão direita.

John Michael “Ozzy” Osbourne era o quarto filho de uma família de seis. O apelido veio do (pouco) tempo que esteve na escola, do primário. Saiu quando tinha 15 anos. Descobriu, amou e ama até hoje os Beatles. Chegou a trabalhar em um matadouro e foi preso por roubo de roupas na Winson Green Prison por seis semanas, sem qualquer grana para pagar a fiança.

Mas até aí, cada um seguia o seu caminho.

Iommi tinha uma banda com William Thomas “Bill” Ward, o Bill Ward. Chamava-se Mythology e durou até 1968.

Já Ozzy e Terence Michael Joseph Butler (o Geezer Butler) tinham a “Rare Breed”.

Colocando um anúncio em uma loja de música local, Ozzy dizia: “Ozzy Zig Needs Gig- has own PA”. Foi assim que, emprestando o nome de um comerciante de tapetes de Birmingham, a banda “The Polka Tulk Blues Band” (se acha muito por aí na internet com o nome “Pulka Tulk” também) trazia a conhecida primeira formação do Sabbath, com uma sonoridade mais “blues”.  Naquele agosto/1968, havia mais um guitarrista no pedaço, Jimmy Phillips, além de Alan Clarke no saxofone.

Depois, por um breve período, “Polka Tulk” passa a se chamar “Earth”…

Mas aí a banda deixou de lado estas notas “bluezeiras” para o que depois ficaria mundialmente reconhecido como Sabbath…

Após um curto período, o nome da banda foi novamente alterado pois havia outro grupo denominado Earth. A escolha do nome, mais tarde, veio à ideia de Butler, um grande fã dos romances de “magia negra” e “terror” de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de terror italiano do diretor Mario Bava, I Tre Volti Della Paura (As Três Faces do Medo) de 1963, mas exibido com o nome de Black Sabbath na Inglaterra e EUA, e escreveu uma canção que incorpora o título do filme.

Com a sonoridade totalmente única, ensurdecedora, assustadora, profunda, fúnebre, distorcida, real questionadora do sistema, enfim, os adjetivos, por mais que sejam usados, nunca conseguirão chegar a musicalidade que se ouve no momento em que a banda lança o primeiro disco, homônimo, já com o nome Black Sabbath. Bill Ward comentava que a banda nunca tocava “no tempo”, mas que isso não significava perda da unidade musical: a afinidade e aquela sonoridade única faz esse papel.

N.R.: ouvir Black Sabbath é ser levado a uma outra dimensão. Uma dimensão nova, cheia de elementos que não se enxergam facilmente se você não é “capturado” por aquilo. Fica difícil explicar em palavras. É enxergar e mergulhar em um mundo praticamente oposto ao que, por exemplo, os Beatles fortemente pregaram durante os anos 60.

Paramos por aqui. Para o próximo capítulo, voltaremos a partir de 13/fevereiro/1970, com mais curiosidades do metal.

Espero que tenham gostado deste primeiro capítulo… e fiquem a vontade para comentarem, sugerirem, criticarem… tanto o conteúdo quanto o formato. Ah! E quem tiver mais curiosidades e quiser complementar / corrigir alguma coisa neste capítulo, fique a vontade…

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Artistas, Black Sabbath, Curiosidades, The Beatles

2 respostas

  1. Link interessante sobre os “outros” vocalistas do Sabbath fora do eixo do “conhecimento comum”:

    http://whiplash.net/materias/especial/120384-blacksabbath.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Nova obra sobre o Sabbath: “How Black Was Our Sabbath: An Unauthorized View from the Crew” – por David Tangye, assistente pessoal de Ozzy Osbourne em seus tempos de Black Sabbath, bem como na parte inicial de sua carreira solo e Graham Wright, assistente pessoal do baterista Bill Ward no Sabbath dos anos 70:

    http://whiplash.net/materias/livros/081295-blacksabbath.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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