Cobertura Minuto HM – Twisted Sister em SP – parte 4: pequeno review e fotos

Como não sou especialista na banda, não vou me meter a besta a falar em detalhes sobre algo que não sei. Mas vou falar uma linguagem universal aqui: a linguagem da emoção de estar presente em um show de heavy metal, com um dos caras que sempre defendeu esta bandeira: Dee Snider!

O Via Funchal recebeu um grande público ontem, principalmente na pista “comum”. Na VIP, onde nós 5 do Minuto HM estavávamos, vamos dizer que estava com 60% do espaço cheio. Digo isso pois tínhamos total condições de nos mexermos por exatamente onde queríamos naquele lugar. Eu mesmo, no meio do show, raramente fiquei em apenas um lugar: seja para ver algum membro da banda de mais de perto, tirar fotos, fazer vídeos, ou seja pelo prazer de estar curtindo um metal, cada hora eu ia para um lugar. Em um dos momentos, cheguei a pegar uma gradinha na lateral, onde pude ver o trabalho dos guitarristas de perto. Em outro momento, estava próximo a grade bem ao centro do pedestal do microfone de Dee Snider. Sim, rosa, claro.

Antes do início do show, com um cara da casa vendendo caríssimas doses de Red Label por meros R$ 20,00 (fiquei apenas na vontade, mesmo), estávamos nos divertindo bastante com os telões tocando clássicos do Motörhead, banda esta já confirmada para tocar no mesmo Via Funchal em abril de 2011.

Outra coisa que chamava a atenção era alguns “covers” de Dee Snider, principalmente na pista “comum”. Muito engraçado…

Mas o que chamava MESMO a atenção era um provável pai com uma garotinha de uns, vamos lá, 4 ou 5 anos. Vestidinha de metal, a linda garotinha conversava com o pai e olhava a galera gritando “olê, olê, olê, olêêêêêê… Sister, Sister…” e se encantava. É a paixão do metal passando para mais uma geração. Coitada, fico pensando em como ela, infelizmente, terá poucas oportunidades de ver coisas que realmente prestam no mundo do heavy metal quando ela tiver um pouco mais de idade. Enfim…

O sempre mágico “apagar das luzes” trocou Motörhead pela banda favorita de Dee Snider (vide abaixo o tweet que confirma isso): AC/DC:

Ao som de “It’s A Long Way To The Top” (If you wanna rock ‘n’ roll), a banda ia conquistando seus espaços no palco do Via Funchal.

Não dava para não ter um olho no palco, um olho na linda garotinha, nos ombros do provável pai. Ela pulava nos ombros dele e, com o sinal que 90% do lugar fazia naquele momento, saudava os 5 originais membros do Twisted Sister:

Era divertido demais ver ela fazendo isso. E cantando as músicas, não apenas “abrindo a boca”.

O show foi bastante parecido com o de 2009, em relação a postura da banda. É o famoso “script” que hoje em dia TODAS as bandas de rock e metal parecem seguir. Mas lembro que, dessa vez, como já sabíamos, Dee Snider não estava com a maquiagem que lhe deixou famoso. Foi um show “unmasked”…

Na terceira música, o primeiro clássico do meu disco predileto e talvez melhor álbum dos caras (aliás, como disse, não sou especialista, então esta é uma opinião totalmente pessoal): Stay Hungry, do homônimo, fez o Via Funchal cantar ALTO. Captain Howdy na sequência também me fez muito feliz, assim como uma que veio após Shoot ‘Em Down, a You Can’t Stop Rock ‘N’ Roll.

Bom, a oitava música trouxe We’re Not Gonna Take It, música mais do que conhecida até mesmo por quem nem conhece nada da banda ou mesmo de rock. Não preciso nem dizer o comportamento da público neste momento…

Parem todas as máquinas neste momento. Após um dos maiores clássicos da banda ter sido executado, transformando o Via Funchal em um balde de alegria, Dee Snider aproveitou o momento para falar da maior perda que a história do heavy metal já teve e que ocorreu este ano: o falecimento do nosso amado baixinho Dio. A emoção foi forte neste momento, claro, com direito aos pelos dos braços, pernas, etc., estarem na tomada elétrica.

Dee Snider e CIA homenagearam o mestre Dio tocando o absoluto clássico dos tempos de Rainbow: Long Live Rock ‘N’ Roll emocionou a todos presentes e fez a galera ir a um outro planeta em termos de emoção. Ao final da música, como em uma conexão direta, automaticamente estavam todos com as mãos levantadas aos céus, cada um da sua maneira e com sua crença, falando com nosso amado “patrãozinho”. Era uma coisa maluca. Dee Snider levava o público a parar um momento e celebrar o legado que Dio nos deixou com sua passagem entre nós. Dio, R.i.P. – nós sempre teremos você em nossos corações (e olhos, ouvidos…). Gravei um trecho pelo celular deste momento, desculpem pelo total amadorismo em termos de qualidade do vídeo, mas é o que tinha em mãos para o devido registro… em breve, tenho certeza, outros vídeos muito melhores que este estarão no YouTube!

As fotos também estão com qualidade “de garoto”: ali, só com boa máquina mesmo…

Lembro de ter conversado com o Renato neste momento e havíamos sinalizado que o show poderia inclusive acabar ali, tamanha a emoção sentida. Mas, claro, isso apenas no sentido emocional da coisa.

O show caminhou com outros clássicos, como Under The Blade e a ótima The Price, do Stay Hungry. Muito bom!

Mas o final ainda reservava o que podemos chamar de melhor. O petardo Burn In Hell (não confundir com a magnífica do Judas Priest, hehehe) nos fez mais uma vez lembrarmos de Dio, como o mestre fazia durante Heaven And Hell: abaixava e era iluminado por aquela clássica luz vermelha, vinda do… do… vocês sabem da onde… a imagem de Dee Snider iluminado em 2009, quando Dio ainda era vivo, foi apenas uma coisa. Para o show desde ano, foi algo mais. Olhar para ele era olhar para Dio, pelo menos para mim. Sem qualquer comparação em qualidade vocal pois, mesmo Dee Snider sendo um exepcional vocalista e frontman, ali eu olhava Ronnie James Dio. A música passou que eu nem me dei conta direito, e olha que é uma das minhas preferidas do TS. Foi uma coisa maluca… não tenho como explicar muito mais que isso…

Ao final de Burn in Hell, era hora de um solo de bateria que trouxe clássicos do rock e metal. Se não me engano, tivemos trechos de: Rock And Roll, do Zeppelin ; Walk This Way, do Aerosmith ; Hot For Teacher, do Van Halen ; YYZ, do Rush e uma tal de We’re Not Gonna Take It, de uma tal banda chamada Twisted Sister… foi um momento legal: não foi mais um momento que dá sono como costuma ser em solos de bateria…

A banda saia do palco para retornar em um BIS onde o próprio playback os chamava de volta: “Twisted Sister, Come Out And Play… Twisted Sister, Come Out And Play”… e eles voltaram com esta ótima e divertida música.

Para fechar a noite, a última faixa do Stay Hungry: “Sick Mother Fuckers”, ou para os íntimos, S.M.F..

E assim foi mais um show de uma banda que chamou o Brasil de “second home”.

Setlist da noite:

  1. What You Don’t Know
  2. The Kids are Back
  3. Stay Hungry
  4. Captain Howdy
  5. Shoot ‘em Down
  6. You Can’t Stop Rock ‘n’ Roll
  7. The Fire Still Burns
  8. We’re Not Gonna Take It
  9. Long Live Rock ‘n’ Roll (Rainbow cover – homenagem a Ronnie James Dio)
  10. I Am (I’m Me)
  11. Under the Blade
  12. The Price
  13. Burn In Hell
  14. Drum Solo
  15. I Wanna Rock
    BIS:
  16. Come Out and Play
  17. S.M.F.

Saímos ao som de AC/DC novamente, com a certeza que tivemos um excelente show para fecharmos com chave de ouro uma noite de sábado. Uma noite de celebração do heavy metal!

Confira abaixo o slideshow com todas as fotos!

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Logo após o show, Dee Snider ainda “bateu um papinho” via Twitter com o “Tiãozinho”:

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:AC/DC, Aerosmith, Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, DIO, Led Zeppelin, Músicas, Motörhead, Rainbow, Resenhas, Rush, Setlists, Twisted Sister, Van Halen

23 respostas

  1. Review do Minuto HM publicado no Whiplash:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Ótima a cobertura, Eduardo, a banda trouxe os seus clássicos da década de 80 e certamente fez a alegria daqueles que lá estiveram.
    Muito legal também a homenagem ao Dio, algo que eles já andaram fazendo antes, é sempre muito merecido lembrar do grande Ronnie!
    E deve ter sido impagável ver os clones de Dee Snider, fico daqui só imaginando…

    Alexandre Bside

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  3. Ótima cobertura, cara, conseguiu passar a emoção que esteve presente no show.
    Pra mim sinceramente faltou qualidade nas gravações, mas isso é fácilmente encontrado no Youtube.
    Show de bola, valeu mesmo.

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  4. Excelente review!!! Não ficou devendo nada para qualquer review de “especialistas da banda”!! Parabéns!! Retratou com fidelidade a energia do show!! Ótimo trabalho mesmo!!

    Abração

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  5. Caracas Edu, você virou um jornalista profissional, vc esta mandando muito bem nos posts !!!

    A foto da garotinha curtindo o show eh fantastica !!!

    Parabens meu brother !!!

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  6. Galera, mandei pelo Twitter o nosso post para o próprio Dee Snider:

    Ele, de maneira muito simpática, respondeu através de uma Direct Message:

    Essa valeu, hein?

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  7. Presidente Rolim e amigos, muito boa a cobertura e sensacional a homenagem ao nosso mestre …..long live é um clássico, sendo tocado de forma inesperada então….muito bom

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  8. Pessoal, acabei de receber um mail muito legal da MÃE da menininha mencionada neste post… olhem que legal:
    ____________________________________
    Name: Giovana
    Email: metalhead@metalhead.com.br

    Olá! Aqui é a mãe da “menininha”ela se chama Paulinha e tem 6 aninhos. Queremos dizer que adoramos o comentário!
    Com certeza vcs a verão nos proximos shows LEGAIS!!! Um abraço
    Giovana Arrais e Cesar Nemitz.
    Ah, tem uma foto dela no meu face com o baterista AJ Pero
    carregando ela no colo! da uma olhada, bjs

    É isso, pessoal… a família do heavy metal… e o surpreendete crescimento do blog!
    ____________________________________

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  9. Ola,

    Segue videos do show do Twisted Sister.

    http://www.youtube.com/topo2010

    Abcs,

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  10. Fofa a menininha! E que bom q está sendo bem educada 🙂

    E melhor maneira de homenagear Dio com Long Live Rock N Roll, não há!

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  11. Eduardo :

    Volto a escrever aqui para felicitar-lhe pelos desdobramentos do exclente post acerca dos “Sisters”…Desde o retorno do próprio Dee Snider via twitter, como no surpreendente email que você recebeu da mãe do futuro do heavy metal, acho que este post acabou transcendendo os limites do esperado, graças também ao alto nível de todos que aqui comentam no Minuto Hm.
    Isso faz deste espaço algo diferente na internet!
    E você está de parabéns por nos proporcionar isto!!!

    Alexandre BSide

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    • B-Side e pessoal,

      confesso que quando comecei a fazer estes posts ao-vivo, me perguntava também se eles seriam realmente interessantes. Mas hoje tenho esta certeza. Para mim, além do prazer de poder contribuir e mostrar um pouco do clima que antecede o evento, acho uma ótima forma de eternizar a data.

      Este do Twisted Sister e os dos Paul McCartney foram muito prazerosos mesmo de serem feitos. Mas os mais antigos tiveram também um sabor especial, as vezes me deparo lendo os mais antigos… faz tão pouco tempo, mas parece que já se vão anos dos shows do MetallicA e Guns, por exemplo…

      Concordo plenamente com seu comentário a respeito do alto nível da galera aqui. Isso ajuda a tornar mesmo nosso espaço um lugar único na internet nacional e até mesmo mundial – de verdade, não conheço nenhum blog ou site nos nossos moldes.

      Agradeço pelas palavras e Long Live Minuto HM…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  12. A menininha do show me lembrou essa foto, de um show do GN’R em Moscou:

    Sweet Child O’Mine? Rs.

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  13. Um pouco mais do “Twisted Sister: ensaio de moda com o público metaleiro” + Dee Snider’s da vida…

    http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI190998-15643,00-TWISTED+SISTER+ENSAIO+DE+MODA+COM+O+PUBLICO+METALEIRO.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  14. Dee Snider, via Twitter, enviou o recado um recado aos fãs: enviem o que quiserem por correio, com postagem paga, que eu assino e devolvo – de verdade.

    Está aí uma coisa legal da parte dele e uma oportunidade para os fãs…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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