{ Van Halen – álbum 1978 }
Os irmãos Eddie e Alex Van Halen passaram a tocar juntos e para isto criaram uma banda de rock intitulada Mammoth, com apresentações na região de Pasadena, Califórnia. Até que em 1972, encontraram David Lee Roth, vocalista da banda Redball Jet. Os Van Halen ficaram impressionados. Mais alguns shows pela região, novos encontros com Roth até que finalmente resolveram convidá-lo a fazer parte da Mammoth. A aceitação foi praticamente imediata e começaram a tocar juntos. Durante turnês regionais, a banda alternou sua apresentação com outra chamada Snake, onde se depararam com Michael Anthony, vocalista e baixista à época. Mais uma vez impressionados, pediram que Anthony tocasse com eles. Foi uma questão de tempo para ser convidado a integrar a Mammoth.
Neste período, foram alertados de que já existia em terras americanas uma banda chamada Mammoth, e então o grupo decidiu mudar seu nome para Van Halen, em 1974, deixando de lado o fraco nome de Rat Salade (salada de ratos em tradução literal).
Durante os três anos seguintes, o Van Halen (a banda e não apenas os irmãos) se apresentou em clubes, pubs e bares de hotéis em Pasadena, Santa Barbara e Los Angeles. O repertório era constituído de covers de pop a rock, com algumas vezes arriscando com material próprio. A banda começou a ganhar popularidade, e Eddie mais ainda devido a sua técnica singular.
Em 1977, Gene Simmons (do Kiss) financiou uma gravação demo para o Van Halen após assistir uma de suas performances no Starwood Club. Apesar de não resultar em contratação imediata, o produtor Ted Templeman (que mais tarde trabalharia com Aerosmith, Eric Clapton, dentre outros) voltou a assistir apresentações ao vivo do Van Halen, até que acabou por convidá-los a assinar com o selo Warner Brothers.
O debute veio no ano seguinte, 1978, com o álbum Van Halen.
Lineup:
David Lee Roth: Vocal
Eddie Van Halen: Guitarra e backing vocal
Michael Anthony: Baixo e backing vocal
Alex Van Halen: Bateria
Tracklist:
Faixa | Título | Compositor(es) | Duração |
1 | Runnin’ with the Devil | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:37 |
2 | Eruption | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 01:42 |
3 | You Really Got Me | Davies* | 02:37 |
4 | Ain’t Talkin’ ‘Bout Love | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:49 |
5 | I’m the One | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:46 |
6 | Jamie’s Cryin’ | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:30 |
7 | Atomic Punk | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:01 |
8 | Feel Your Love Tonight | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:42 |
9 | Little Dreamer | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:22 |
10 | Ice Cream Man | Brim** | 03:19 |
11 | On Fire | Anthony, Roth, VanHalen, VanHalen | 03:01 |
*Ray Davies, frontman da banda inglesa The Kinks.
**John Brimm foi um ativo músico de blues nos Estados Unidos nas décadas de 50 e 60. Ironicamente, seu trabalho mais conhecido deve-se justamente ao cover feito pelo Van Halen neste álbum.
A guitarra de Eddie na capa do álbum é a popular Frankenstat, pois fora montada por ele próprio, na garagem de seus pais, à partir de braço e corpo de outros modelos.
As fotos de todos os integrantes da banda, que ilustram o LP/CD, foram tiradas na discoteca Whisky a Go Go, um famoso clube noturno na Califórnia que apesar se ser classificado como discoteca contou com inúmeras apresentações de bandas ao vivo, entre elas: The Doors, Janes Joplin, The Kinks, Led Zeppelin, The Police, Metallica…
O solo Eruption era tocado por Eddie em grande parte das apresentações, mas segundo palavras do próprio: “não gostaria que fosse gravado em estúdio nunca”. Um dia, ensaiando para uma apresentação no Whisky, o engenheiro de som Donn Landee encontrou uma brecha nas palavras de Eddie e gravou toda a execução de Eruption. Felizmente naquela ocasião Eddie a tocou inteira e de forma alucinante. Logo que ficou sabendo, questionou Donn ao que respondeu: “Eddie, não gravamos Eruption em nenhum estúdio!”. Após decisão unânime, o solo foi para o tracklist do primeiro álbum da banda.
Avaliação:
Um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos! Esta é a melhor forma de traduzir em uma única frase o primeiro trabalho da banda.
Destaques inevitáveis para a originalidade (como se a banda não tivesse influências, pais) o som é extremamente novo e original, principalmente ao se levar em conta as diversas tentativas de bandas ainda nos anos 80 que tentaram copiá-los e fracassaram vergonhosamente.
A confiança com que Runnin’ with the Devil abre o primeiro trabalho da banda é incrível, e esta energia cativante permanece em quase todas as outras faixas deste disco. Em muitas delas, os ritmos são até mesmo simples, mas isso justamente provê espaço para que os irmãos Van Halen possam ‘correr selvagens’ em suas performances.
Uma estréia estelar, criando tendências, atuações viscerais e é claro, rock’n roll puramente avassalador para nossos ouvidos, cativante e motivador!
Premiações:
Um extenso hall deve ostentar as seguintes premiações, exclusivas a este álbum:
EUA – disco diamante, Canadá – 4x platina, Holanda, Finlândia e Grâ-Bretanha – Platina, França e Alemanha – disco de ouro.
Billboard 200: 19ª posição nas paradas de 1978 e 117ª no chart de 1984.
Para seu iPod:
Avaliação do álbum: 5 estrelas ( * * * * * )
Você JÁ ouviu: Runnin’ with the Devil; Eruption; Ain’t Talkin’ Bout Love
Ouça também: You Really Got Me; Jamie’s Cryin’; Atomic Punk
As cinco músicas restantes deste álbum, apesar de não mencionadas nesta seção, merecem ser ouvidas pois experimentam novas tendências. Ao ouvir, mais faixas serão adicionadas na sua sessão ‘Para seu iPod’.
[ ]’s
Julio
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Contribuiu: Eduardo [dutecnic]
Categorias:Aerosmith, Artistas, Black Sabbath, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Discografias, Instrumentos, Kiss, Led Zeppelin, Músicas, MetallicA, Resenhas, The Police, Van Halen
O Post, assim como o que estamos presenciando nesta irretocável discografia, é sensacional.
O Album VH 1 é um marco, um daqueles trabalhos para se ouvir do início ao fim, sem pontos fracos.
Uma estreia consagradora, um album impecável. Pode ser considerado por muitos como o melhor dos caras.
Parabens e esperemos pelo VH2
Abraços
FR
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Julião, comentei algumas vezes contigo que estava “babando” pela Discografia Van Halen por aqui, no Minuto HM – isso desde que você comentou a ideia, no começo de 2010.
Para mim, pessoalmente, é uma honra ter esse material de tamanha qualidade por aqui, no Minuto HM – estou aproveitando, lendo cuidadosamente e tentando contribuir com alguma coisa, visto que sou um aprendiz de toda a história do Van Halen.
Este capítulo não só está excelente por si só como ainda traz a excelente curiosidade sobre o envolvimento do linguarudo do Kiss no álbum, que fiz o link recursivo agora, e mostra como a Discografia Kiss do Remote / B-Side é impecável e inigualável em termos de qualidade e detalhes.
Sobre o álbum: uma obra-prima purinha, a nata, “é o que há”. Somente lendo os títulos das músicas já dá vontade de ouvir e curtir VH. Realmente um início sem qualquer sombra de outras bandas, algo avassalador, algo que infelizmente não vejo hoje sendo possível de ser repetido por alguma nova banda que venha a aparecer no cenário…
Não há nada negativo a ser comentado no disco – e acho que vale ressaltar ainda a capa do álbum que, em minha opinião, é excelente também.
Parabéns a você, Julio – e a “baba” pelo restante da Discografia VH continua…
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Os complementos, links recursivos e etc são mais que cereja do bolo em cada post!
Eu que agradeço!!
[ ]’s
Julio
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Julio, mais uma vez, já estamos nos deparando com posts de primeiríssima categoria. Muito bom e vamos acompanhando. Outro ponto: I’m the One é a minha preferida deste album. Ouvi a exaustão.
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Julio, mais uma vez super parabéns pelo Post do debut dos VH. Este é sem dúvida , um dos melhores álbuns da banda, e só para ter uma idéia , as músicas que mais gosto ainda não foram citadas por ninguém . São : Feel your love tonight e Little Dreamer. Não há pontos fracos no trabalho, e no meu gosto pessoal talvez somente um álbum , ainda dessa formação, mas um tanto distante deste, tenha elementos para comparar com este (deixemos o assunto pra frente).
Além de tudo, o VH 1 é um divisor de águas, pois todo mundo queria ser o Eddie VH daqui em diante e a maneira de tocar de Eddie revolucionou o som da guitarras, em especial no gênero hard e metal.
Em suma, o VH1 é um álbum obrigatório!
Até o VH 2
Alexandre Bside
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Alexandre, por isso você é o “B-Side”… 🙂
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Van Halen em 1976: quando a banda ainda se chamava ‘Mamooth’ – show realizado no pátio de uma escola, a ‘La Canada High School’.
Fonte: http://whiplash.net/materias/citacoes/135829-vanhalen.html
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Putz, disco arrasador, todas as faixas são excelentes!!!!
e tem Eruption, que assombrou guitarristas mundo afora!!!!
só essa canção já faria esse disco entrar pra história!!!
músicas curtas, mas com atitude rock n’ roll e nada dos teclados pentelhos muito utilizado na fase de Sammy Hagar….
ótimo texto!!!
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Olá Carlos, apenas para lhe agradecer pelo comentário por aqui e lhe dar as boas-vindas, ainda que meio tardias, ao Minuto HM.
Aproveite o espaço e continue conosco.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Mais uma discografia show de bola aqui do Minuto HM que merece seu devido destaque! Parabéns Júlio!
Contribuo aqui com o seguinte link – The Van Halen Story Documentary:
keep halen’
Abilio Abreu
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[ ] ‘ s,
Eduardo.
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[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Impagável a história do ajuste dos watts do amplificador de Eddie. Coisa de um gênio, como ele, que apareceria para o mundo justamente aqui,
Hatts off para Sr Van Halen e banda !
Alexandre
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Um espetáculo:
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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