Cobertura Minuto HM – MetallicA no Rock in Rio 2011 – parte 4 – resenha

Engraçado que não acho nem um pouco difícil falar de MetallicA – simplesmente por ser, como o Iron Maiden, a banda que tem lugar cativo no coração – alguns altos e baixos, claro – como em tudo que amamos – mas MUITO mais admiração do que decepções.

Mesmo assim, acho difícil iniciar este texto, de um final de semana que foi fantástico. Difícil porque quero falar tudo de tudo, e acho que não é o caso – então, sem qualquer planejamento prévio, vou falar um pouco desta fantástica experiência que foi ver o MetallicA pela quinta vez. E vou falar mais, claro, simplesmente porque não tenho a capacidade da síntese quanto o assunto é este…

Começo lembrando que, se tivesse que apostar em 2010, após os ótimos shows em Porto Alegre e os dois de São Paulo, que a banda retornaria para a América do Sul. Antes de 2010, a banda havia passado por aqui apenas em 1999. E, diferentemente do Iron Maiden, que realmente AMA nosso país, o MetallicA gosta mesmo é do México – creio que isso não é segredo para nenhum fã da banda – haja visto o (melhor) álbum ao-vivo da banda, Live Shit: Binge & Purge e o mais recente lançamento na terra da tequila, Orgullo, Pasión y Gloria: Tres Noches en la Ciudad de México.

Mas voltando (aliás, já vi que isso vai ser um vai e volta lascado), foi com muita alegria e até uma alta dose de surpresa que recebi a informação que o MetallicA estava confirmado  justo em um festival do porte e importância do Rock in Rio. O planejamento foi feito com muito cuidado para tudo dar certo (e acabou tudo saindo melhor que a encomenda). Fizemos, inclusive, uma camiseta (camisa) especial a Cliff Burton – que se foi há 25 anos – pois sabíamos que, de uma forma ou outra, o MetallicA homenagearia este grande músico que nos deixou tão cedo. E, até nisso, tudo foi perfeito.

Foto: app LiveMetallica

Foto: app LiveMetallica

Vamos então direto ao ponto, antes que eu “viaje” com outros assuntos relacionados. Não há como não se emocionar, mesmo após tantos e tantos e tantos e tantos anos, com a abertura do show com The Ecstasy Of Gold, que veio depois do AC/DC que tocava na PA, como em 2010. É como se hoje aquilo (aquele playback) fosse realmente do MetallicA. O vídeo, que nem consegui assistir direito – aliás, como várias outras coisas que “perdi” – pois novamente me encontraria chorando nesta parte (novamente pois chorei algumas vezes mesmo antes do show começar, com aquela expectativa danada, ao lado de pessoas que gosto tanto – faltou apenas o Rolfístico).

Lembro que a galera já tinha o setlist em mãos, divulgado no Twitter do Rock in Rio. Lembro de ter implorado para não me contarem, apesar de ter ouvido que a abertura seria com “Creep” (o que faz com que não possa deixar de comentar agora mesmo que, o Multishow da Globo, com todo seu “conhecimento”, ficou usando os apelidos das músicas durante sua transmissão na TV, que vi depois – mais uma coisa bizarra que somente quem não tem o mínimo conhecimento do que está fazendo pode fazer).

Um cada vez mais careca Lars, vestindo uma calça jeans (!), que já foi meu ídolo maior em seu instrumento – aliás, acho que acabarei falando dele bastante por esta resenha, infelizmente mais criticando do que elogiando – invade o palco confirmando a penúltima faixa do Ride The Lightning como abertura. Qualquer pessoa que ouve o MetallicA hoje já sente como Lars já não toca como antes, mas de uma forma que chega até a comprometer algumas músicas. E vale ressaltar que, de “camarote”, atrás da batera, estavam alguns membros do Slipknot, Stone Sour e simplesmente Mike Portnoy (que tocou com esta última banda no dia anterior)!

Bom, Creeping Death talvez não seja o melhor exemplo dessa “preguiça” do Lars mas, mesmo assim, já dá para notar. O restante da banda também ganha o Palco Mundo e Papa Het, com um cabelinho de playboy 🙂 , levanta os braços, saudando as 100.000 pessoas, para um delírio ainda maior da galera que já cantava a parte instrumental da música. É muito claro como James já tem essas pessoas em seu colo antes mesmo da coisa engrenar, já deixando o primeiro refrão para o público berrar cada sílaba. Vem o maravilhoso primeiro solo da noite, executado por maestria por Kirk, enquanto a galera já começa a babar para gritar DIE, DIE, DIE… a coisa acontece com a banda olhando para o público satisfeita com a reação extremamente alta deste, enquanto Rob e Lars tocam seus instrumentos para a galera cantar por cima, já criando todo o clima de um show de metal. Cabe ainda ressaltar o ótimo vocal de James na música, aliás, algo que se confirmou durante a noite. O solinho dobrado dos guitarristas é um pouco comprometido com a performance não tão boa de Lars lá trás, mas nada ainda que pudesse, digamos, “comprometer”. Um grande momento, sem dúvida, e uma ótima música para abrir o show.

“ROCK IN RIO”, grita James já no final da música e com a cama feita para que eles pudessem continuar no álbum de 1984, desta vez com For Whom The Bell Tolls. A emenda foi ótima para continuar aquela alegria imensa que vinha de nós, no chão. O baixo de Rob se ouvia perfeitamente para aquele início que, mais uma vez, lembrava o saudoso Cliff Burton, já que Rob também não usa palhetas. Como sempre, temos James em frente ao Lars e Kirk dando início ao espetáculo de riffs e solos desta fantástica música. A alegria é imensa nesta hora para nós, e já nesta faixa, começo a pensar: “não é possível que já está na segunda música, como passa rápido”. E é isso mesmo: como passa depressa um show de uma banda como esta. Não podiam faltar o apagar de luzes no “take a look to the sky just before you die, it’s the last time he will”, recebido com muita alegria por nós, nem James apontando para os olhos em “now they see, what will be, blinded eyes to see” ou muito menos um adjetivo como o “absolutely” ao final da letra, enquanto Lars se levanta para espancar a bateria no final da música, com Kirk solando e preparando terreno para o término desta faixa.

Ainda teríamos mais duas faixas deste álbum de 1984, mas a banda prefere caminhar para 1997, com a faixa de abertura do Reload. Hora de começar um pouco de pirotecnia, com aquelas sempre tão legais e bem aceitas labaredas de fogo. Legal ainda que em “Turn on, I see red”, as luzes do palco realmente estão vermelhas. Aqui James mostra um pouco dos sinais do tempo de suas cordas vocais, desgatadas principalmente durante a enorme tour do Black Album – como ele sempre explicou, principalmente com a execução de So What? praticamente todas as noites – mas nada também que chegasse a incomodar, principalmente ao-vivo. Aqui temos alguns erros do homem que mais erraria (ou deixaria de tocar – depende do ponto de vista), Lars. É só ouvir com atenção como o som “empobrece” um pouco com a falta de viradas e pratos que podemos ouvir na versão original da música. A cada “Hey”do refrão, as labaredas de fogo “incendeiam” o público (Burn, baby… BURN!), que reage muito bem a esta música, ainda mais considerando que este é um disco bastante criticado por tantos. Mas as 4 faixas deste primeiro disco são sempre boas pedidas ao-vivo e, nesta noite, teríamos apenas esta sendo executada. O solo de Kirk é muito bem executado e literalmente o Rio está em mãos de James Hetfield, que saúda o público com “Rio, Rock in Rio, are you feeling good? I’m feeling better”. E ele desafia o público a se sentir tão bem quanto a eles, dizendo que há novos fãs da banda ali (claro) que podem não conhecer as coisas do passado.

Bom, a grande maioria conhece, James. Ele faz sua primeira troca de guitarra e a banda então retorna ao disco de 1984 para mais duas músicas. A primeira é a faixa-título, um furacão, um monstro, assim como o frontman desta banda despeja todo seu talento durante o petardo. Nossa alegria foi total, com todos pulando muito e comemorando como se fôssemos jogadores de futebol ganhando um torneio. É tão impressionante ver James concentrado nesta música, como se tivesse possuído. É simplesmente incrível e essa energia contagia a todos. James deixa uma parte do refrão ao público que, mesmo tendo os tais novos fãs, grita de volta. Aqui acho que em “I can feel the flame” poderia ter tido uma labareda acompanhando – ou estou sendo chato demais? 🙂

Fato é que esta fantástica música, que ainda bem que a banda voltou a incluir com mais frequência em seus sets, funciona maravilhosamente bem. Aliás, parece tudo funcionar bem com os Kings Of The Road, forma como a banda sempre foi conhecida no cenário do metal. Uma emenda um pouco não natural na música após a segunda vez que “I can feel the flame” foi entoada, antes de Kirk assumir o foco das atenções. Lars usou sim o artifício do bumbo duplo, o que ajudou e bastante a dar o peso que essa música merece. James pergunta ao público se estão prontos para ajudá-lo antes do refrão de Kirk. É impressionante como esse solo de Kirk é marcado por um Lars não inspirado, dando aquele ar que está alguma coisa errada na música. Lars faz apenas o “arroz com feijão” (e sem sazon) a partir daí na música. Já o solo de Kirk é executado novamente com muito acerto. Essa música tem .. a volta – o milagre do retorno e é impressionante notar, novamente, como a banda está cada vez mais dependente de Hetfield. Fantástica música, de qualquer forma, sempre.

Kirk então ganha as atenções para seu primeiro solo da noite, estilão hard rock, bem-recebido pelo público. É nesse momento que os mestres B-Side e Remote já estão notando que o violão está sendo colocado naquela passarela superior. Viria, portanto, ou Fade To Black, ou The Unforgiven.

Como já “estraguei” dizendo que a música era do Ride The Lightning, vamos cortar o caminho e admirar aquele maravilhoso início com James no violão (já muito bem explicado pelo B-Side por aqui, que me dou no direito de repetir: “som do violão durante a execução de Fade To Black (no ínicio era o som original, violão de nylon, depois o som se transformou tecnologicamente para o de um violão de 12 cordas”). O que dizer de Fade To Black??? Não há, por mais que eu pense, uma forma de descrever o que é esta música. Ela é uma das grandes músicas da carreira do MetallicA e do metal como um todo. Está tudo ali – não falta absolutamente nada. A reação dos headbangers, muitos chorando, inclusive este que vos escreve, e de amigos que estavam comigo, é linda demais também: simplesmente a parte instrumental é cantada aos berros pela maioria. James abandona o violão para sua guitarra, em um grande momento. Realmente fico com dificuldades em escrever sobre isso, tamanha minha emoção na hora e agora, de frente a este editor de textos sem graça. Jaymz retorna ao seu violão e canta, de olhos fechados. A emoção é contagiante. Me recordo de ter olhado para um pessoal que estava ao lado, e que curtiu muito o show de uma banda que não é da predileção do nosso grupo (Slipknot). Havia uma garota mais nova, com seus 14, 15 anos, mais ou menos, e sua mãe. Nitidamente, ambas estavam impressionadas com a melodia de Fade To Black, talvez ouvindo a música pela primeira vez. Este foi mais um termômetro que, mesmo em lágrimas, consegui captar no momento.

“Rio? Rio? Do you feel it? Yeah… do you feel it? Rio, do you feel what I feel?”, pergunta The Het sempre com um resposta alta do público (e comigo brincando de imitá-lo, provavelmente com a Suellen nesta hora). É muito legal, mesmo após tantos shows vistos, por este momento. E é agora que vem um dos mais curiosos momentos, com uma “atrapalhada” justamente de Het. Ao-vivo, pensei que tinha sido uma falha do som, mas fui logo ao final da música avisados pelos mestres B-Side e Remote que o próprio Hetfield havia se “embananado” com os botões de sua guitarra. E isso foi justamente o que aconteceu, e é curioso ver como ele está mesmo estranhando tudo aqui, nesse momento que com certeza será recordado com muito carinho por nós no futuro. Um erro, claro – daqueles para se recordar que “cada show é um show”. Hetfield toca com sua “unplugged guitar” e nós, no chão, trocamos olhares, rindo do momento, ainda mais com ele gritando seu “YEAH”. Registro aqui o comentário mais técnico do Rolfístico sobre o acontecimento: “a guitarra de James está sem a distorção e soa muito simples para o ambiente da música. A guitarra não está com a distorção e ele rapidamente muda um potenciômetro da própria guitarra para obter o timbre correto”. Ele finalmente corrige o problema e a coisa volta ao patamar Hetfield de se tocar. Ele ri ainda do momento, assim que a distorção volta a estar ligada, e fica rindo com a língua para fora, como um “garoto que fez besteira”. Grande momento para o futuro, para ser lembrado com muita saudade.

“MetallicA! MetallicA! MetallicA!”. A galera grita pela banda enquanto nosso genial Hetfield faz piada dele mesmo, voltando a tocar, todo sorridente, aquele trecho de Fade To Black dizendo, ao final: “so heavy… usually, it’s heavier… it’s ok, you get the idea”. Fantástico – e ele tem moral de sobra para essa brincadeira. E ainda elogia o público, dizendo que está “loud” e que isso é ótimo para ele – o que remete ao Live Shit, quando ele sempre falava isso durante várias músicas. Ele elogia tudo, pergunta se o público está curtindo o festival, com respostas 50% yes, 50% no, e diz que aquela é a melhor noite – e é claro que foi – e continua elogiando os artistas que tocaram antes deles, dizendo que é uma honra para eles estarem ali – uma aula de humildade deste monstro chamado James Hetfield. Ele faz, ainda, uma menção mais do que especial ao Motörhead, “The Godfather of all of this, Lemmy”.

Ele pergunta a mim e aos outros 99.999 presentes se nós temos o álbum Death Magnetic. Sim, era hora de ouvir material do mais recente álbum de estúdio da banda. A primeira música escolhida era Cyanide. Apesar de achar, em minha opinião, a música como a mais “fraca”, mais “simples”, deste último álbum de estúdio da banda, confesso que também acho que ela funciona bem ao-vivo, sendo bem mais divertida. “Estamos juntos? Estamos juntos?”, pergunta Het antes de gritar o nome da música, com boa resposta do público ao som, que já não é tão mais “novo” assim – a galera já canta a música. A banda vai bem na execução da música, com destaque, claro, para Hetfield, que parece se divertir bastante com a ela. O primeiro solo de Kirk, que antecede o solo principal da música, e mesmo o solo principal, estão um pouco diferentes do que se ouve no disco original, mas bem divertido.

Após “Cyanide for Rio”, começa o playback para uma música que eu particularmente adorei a inclusão: All Nightmare Long. Esta música não foi tocada em nenhuma data de 2010 aqui no nosso país e é um dos pontos mais altos do DM, sempre em minha opinião – e nada como uma música “inédita” ao-vivo para confirmar como “cada show é um show”. A “entrada” da banda tocando a música mesmo é feita com maestria, assim como o andamento dela como um todo. E como é bom ouvir Papa Het cantando “but your luck runs OUTAAAAA”. Hetfield ainda brinca um pouco com o tom da música, dando um tom mais, digamos, “maléfico” em algumas partes. Os solos de Kirk são bastante inspirados e muito próximo da versão original, sendo que o segundo é devidamente acompanhando pelo bumbo duplo de Lars, mas sem o “peso” com as mãos, como se ouve no disco original – ainda sim, bem pesado. A “paradinha” da música é excelente e a volta é marcada por Lars.

Hetfield prepara terreno para um clássico da banda que viria (a partir de agora, somente clássicos absolutos mesmo), fazendo aquela brincadeira de tantos anos, perguntando ao público se já estão cansados, agora que eles estão aquecidos. Quando ele pergunta “You feel like singing?”, fiquei feliz pois era para mim a confirmação que viria Sad But True com um início que, pelo que sei, nunca rolou por nossas terras, ou seja, com ele cantando a música sem o instrumental – como a banda faz sempre em festivais, caso do último lançamento no México. Ele brinca que o público pode então subir ao palco, hehehe. Apenas “palhetando” a guitarra, ele entoa o refrão da segunda faixa do disco mais vendido da era SoundScan, que é acompanhando a plenos pulmões pelos emocionados presentes. Só este momento já foi sensacional por si só. E ainda teríamos a música, claro. Lars não se abaixa mais nas paradinhas, mas Marcus Batera e eu sim, claro 🙂 . É um momento que nos divertimos há mais de 11 anos, sempre que estamos juntos ouvindo a música. Rob ajuda “Jaymz” com os backing vocals. É impossível pelo menos não mexer o pescoço com esta música. Bom, eu posso dizer que os presentes mexeram muito mais que o pescoço, curtindo o som. Hetfield parece estar se divertindo e volta rindo em alguns momentos depois do solo de Kirk, cantando. A presença de palco dele nesta música é impressionante, com seus movimentos das mãos conforme vai cantando a música.

Rob faz seu solo bem recebido pelo público. Ele vai desafinando o baixo sem parar de tocar e o som vai ficando cada vez mais “macabro”. Não dá para entender porque as pessoas gritam “olê, olê, olê, olê … Metaaaa-llicaaa”. Chega a me dar uma vergonha esse tipo de coisa sem rima. Por cima disso, veio a maravilhosa introdução de Welcome Home (Sanitarium), uma música absurdamente excepcional. A alegria é imensa neste momento – tudo que eu quero é que aquele momento durasse para sempre. A música é realmente tão linda que até mesmo agora me faltam palavras. Hetfield mostra que realmente está feliz rindo ao iniciar o “whisper things into my brain”, mas já se concentrando para fazer maravilhosamente bem o “assuring me that I’m insane”, com aquele tom de voz que ele, e somente ele, pode entregar. Depois de gritar “just leave me alone”, Hetfield vai curtir com Lars esta parte, em um grande momento destes 2 que, apesar de tantos desentendimentos off stage, mostram como um sabe da importância do outro e como, no palco, eles se entendem. “Reach for me, Rio”, canta esse fantástico frontman antes dos felizes solos e do acompanhamento com o bumbo duplo de Lars.

“Say hello to my friend, Mr. Lars Ulrich”. Até aí, tudo bem. Mas quando ele vai apresentar o baixista da noite, imediatamente se ouve a distorção de Orion, que faz eu gritar alucinadamente com os amigos presentes que o MetallicA REALMENTE tocaria a música. Foi de imediato, antes mesmo de Hetfield acabar de apresentar Rob, que eu virei já falando aos amigos que sim, a música que tanto apostávamos que tocaria, que tanto queríamos, que fizemos a homenagem, que é tocada em raríssimas oportunidades, seria executada. Ainda apresenta ” lead guitar, Kirk, The Ripper, Hammett” mas, de verdade, eu só conseguia esperar por aquele início maravilhoso. A minha alegria, bem como dos amigos por perto, era imensa. A sensação é indescritível. O contraste também é engraçado, pois não é uma música, digamos, “acessível” do grande público, de quem não é fã assíduo da banda, então muitas pessoas ao redor nitidamente não entenderam o que estava acontecendo neste momento.

Mas o fã de MetallicA, do eterno Cliff Burton, entendeu perfeitamente. Era o nosso momento do show, sem dúvida alguma. Tenho certeza que posso falar tranquilamente aqui que foi o grande momento do show. E não posso deixar aqui de destacar o grande trabalho do atual baixista da banda, Rob. Ele tem um jeitão surfista de se vestir, é esquisitão, faz aquela dancinha “caranguejo”, mas é um belo músico, muito profissional, bastante perfeccionista, e seu talento pode ser observado e admirado nesta instrumental tocada na íntegra do disco de 1986, acompanhado pelo outros 3 membros que estiveram ao lado de Cliff nos três primeiros álbuns do MetallicA. “In spirit and in our hearts, Mr. Cliff Lee Burton”. O público responde gritando de volta pelo músico. Que momento lindo, histórico.

Hora de seguir em frente com a música que ajudou a levar o MetallicA ao status de uma das maiores bandas do mundo, após a banda finalmente gravar seu primeiro videoclip, depois de muito resistência. E, por mais que eu adore a música e a ache indispensável quando se fala em MetallicA, creio que a performance de Lars comprometeu, e bastante, este clássico. Era hora de One.

As explosões iniciais da música, tão características, são maravilhosas. Os fogos de artifício também ajudam a dar um clima muito especial até aqueles simples mas clássicos acordes darem o ar da graça, para delírio dos presentes, que acompanha-os com “oh, oh, oh, oh”. Até um sinalizador é aceso bem no meio da pista. Hetfield se destaca, para variar, enquanto seu parceiro de criação de banda lá trás, o dinamarquês das baquetas, infelizmente vai entregando uma versão que chega a dar vergonha quando comparamos com a versão original da música ou mesmo com alguma versão ao-vivo até, digamos, o S&M. Perceba como ele não somente não faz mais as viradas, mas como muda completamente a música em seu andamento e convenções. Eu, que estou fazendo minhas aulinhas iniciais no instrumento, confesso que não tenho aqui argumentação técnica ainda, mas meus ouvidos não me deixam em paz se eu não criticá-lo fortemente por aqui. A performance de Lars é realmente lamentável. Basta ouvir a música. Entretanto, nada desabona os outros 3, que fazem sua parte como de costume – mas o resultado final, sem a bateria, fica comprometido. Lars sempre foi uma referência para mim na minha vida quando o assunto era bateria. Sempre o elogiei, chegando a dizer, em seu momento áureo, que ele era o grande nome do mundo. Mas hoje, a coisa mudou radicalmente. Uma pena. Outro detalhe da música, este bastante positivo, é a explosão que sempre ocorre quando Hetfield canta “landmine”. Eu acho isso muito legal e sempre fico esperando por este momento. Para terminar sobre o Lars, fico imaginando como, pelo menos nesta música, se o Portnoy, que estava ali atrás o show inteiro, tocasse no lugar de Lars e sua calça jeans (onde já seu viu, tocar bateria vestindo calça jeans?). Desculpem a sinceridade.

O fim da música do …And Justice For All cria a emenda para uma das minhas músicas favoritas da vida, aquela que eu costumo dizer que “sempre parece ser a primeira vez que escuto”. Trata-se de Master Of Puppets e todo o seu poder. Não há como não olhar para aos mãos de Hetfield nesta música, fazendo tudo aquilo se tornar uma coisa simples. Que música fantástica. O vocal de James está ótimo, diga-se de passagem. Ele pede para que “todos juntos” acompanhemos aquela sequência maravilhosa que culmina no solo de Kirk e na dobra dele com Hetfield, e a galera canta alto – sempre muito lindo. Rob assume os backing vocals enquanto os riffs preparam terreno para mais um bom solo de Kirk, enquanto Rob e James estão ajoelhados, um de frente ao outro, curtindo o momento. Lars novamente não chega a comprometer como em One, mas é nítido como falta coisa naquela bateria – literalmente, seu kit também já não é mais o mesmo há tempos. Hetfield levanta o pedestal do microfone e deixa o Rio cantar muito. O momento da risada, sempre tão aguardo, é demais – ele nunca falha. Hetfield é o verdadeiro dono da noite. “My only Master of Puppetssssszzzzzzz … ÁÁÁÁÁAÁ”, deixando reverberar o ÁÁÁAÁÁ. Dá todo um clima. Fantástico.

Sem qualquer intervalo para respirar, aquele playback de algo que sempre foi meu sonho ouvir ao-vivo começa. Já havia realizado este “sonho” em 2010, mas como é bom ouvi-lo novamente. Trata-se da música de abertura que considero uma obra-de-arte de um disco que é igualmente uma obra-de-arte. Blackened e sua perfeição emocionam este coração tão apaixonado pela banda. A galera responde alto, satisfeita por estar ali ouvindo aquilo que viria a ser iniciado pelo monstro James. Outra vez, temos um Lars cumprindo tabela lá trás, só no “arroz e feijão” (sem tempero), principalmente nas horas que música tanto exige dele. Hora de termos mais pyro sempre que a palavra FIRE é cantada pelos 100.004 envolvidos. O clima é ótimo, claro. Todos batem palmas para acompanhar quando Hetfield pergunta “are you out there?”. Lembro de ter me divertido brincando de cantar e esperar o backing vocals dos amigos com Opposition…Contradiction…Premonition…Compromise… Agitation…Violation…Mutilation…Planet Dies, e depois em Termination…Expiration…Cancellation…Human Race… Expectation…Liberation…Population…Lay to Waste. Não dava para ser mais divertido que aquilo para mim.

A música termina com a banda tocando uns riffs bacanas até James voltar a apresentar Kirk ao público. Kirk vem com sua guitarra sem distorção para mais uma música do disco mais preto da banda. Aproveita para tocar um som “brasileirado” para fazer aquela média, antes de tocar aqueles riffs que ele sempre toca e que antecedem a bonita Nothing Else Matters. O público bate palmas, mostrando que estava com ele naquele momento.

Hora de dar uma respirada após o furacão que estava passando – o que não significa, de maneira alguma, deixar de curtir a música. Mas, se até Hetfield toca grande parte dele sentado, nós também merecemos um descanso. Pelo menos até a parte que a música “cresce”. Claro que o público responde a esta que é talvez a mais acessível música da banda e que até os que não gostam da banda conhecem e cantam. É hora de se recompor mesmo, pensar na vida – a letra dela sempre me faz pensar bastante e refletir da vida. Cada vez mais, na verdade. Lars, mais uma vez, não vai bem na música, em minha opinião. Ele simplifica tudo – que preguiça, Lars. De qualquer forma, outro grande momento principalmente aos menos hardcores fãs da banda. O show vai se encaminhando para o fim.

Hetfield está ajoelhado e, como vem fazendo ultimamente, mostra sua palheta, desta vez do Death Magnetic. Hora de outra música do Black Album, a de abertura do disco, tão conhecida também: Enter Sandman marca o retorno dos foguetes. Não há ninguém parado neste momento, todos pulam ao som do riff maravilhoso criado sem querer por Kirk Hammett. Não tem jeito: não dá para o MetallicA não tocar esta música, sempre que se vê a reação do público e considerando que sempre teremos as pessoas vendo o show pela primeira vez e, claro, querendo ouvir esta música. Fazendo uma analogia, ela é a Fear Of The Dark do MetallicA – nunca deverá sair de um set da banda – quer a gente queira, ou não. Hetfield se destaca com seu “yeahhh” na parada que a música tem, antes do retorno para novos foguetes nas laterais do palco ganharem os céus. Não posso deixar de destacar que fazendo backing vocals, Kirk é um grande guitarrista… 🙂 . “MetallicA family of Rio de Janeiro, together, off to never, never land”. James agradece o público com um “brigadoooo” e a banda é ovacionada pelo público, dividindo-se os gritos por MetallicA e Seek And Destroy. Calma, gente, não conhecem mesmo a estrutura do setlist da banda para pedirem Seek agora? 🙂

Começamos a discussão sobre qual cover a banda faria na noite. Bom, me lembro de ter comentado com a Suellen, segundos antes, que viria Am I Evil? – e não é que eu acertei em cheio? Dou sorte mesmo nestes pedidos de música! A música do Diamond Head era o cover que eu mais queria ver e que faltava no meu “curriculum”. Não mais. Após um breve intervalo, James e banda retormam ao palco e James pergunta se o público está cansado e faz aquele discurso tão padrão, que estavam esperando “for a long time to see you, bla-bla-bla”. Ele anuncia que era a hora de tocar uma música que celebrasse o passado deles e fazer um tributo às bandas que inspiraram o MetallicA a tocar música. O início da música, com a bateria tão característica, traz um Lars que erra e arranca risadas de Hetfield (sei lá se foi por isso também) e do próprio baterista. Mas que Lars errou, errou (e feio) – mesmo estando muito empolgado, não deixei de notar. Apesar da música não ter sido executada na íntegra, foi um momento muito divertido para mim, que fui cantar o refrão com cada um dos amigos que estavam por perto.

“Three words for you: KILL ‘EM ALL”. Era hora do primeiro álbum do MetallicA. E, dessa vez, não adivinhei a música – aliás, não adivinhei e, apesar de entender o que estava acontecendo, parece que tive meu maior momento de descontrole. Há relatos que deitei no chão (me lembro de algumas ajoelhadas, mas como todo mundo falou que eu cheguei a deitar de emoção, está bem, eu deitei!) para comemorar a música que eu mais poderia querer ouvir do disco de 1983 da banda – ainda mais já tendo ouvindo Motorbreath, Hit The Lights, Seek and Destroy, The Four Horsemen e Phantom Lord anteriormente. Sim, WHIPLASH. Minha alegria foi total. Se Orion foi o grande momento do show, Whiplash foi ainda mais surpreendente, pelo menos para mim – pela expectativa que eu sempre tive. Quem me conhece, sabe que eu sempre falei que um dia, UM DIA, eu veria Whiplash ao-vivo. Esse dia chegou. Foi como um presente para mim. Aliás, não só para mim, mas para todos os presentes e que amam esta banda como eu. “Rio de Janeiro, are you out there? Are you alive? ARE YOU ALIVE?”, grita Hetfield antes da contagem 1, 2, 3 e 4 seguido daquele riff tão importante para o a história e nascimento do thrash metal. Mesmo a banda não tocando a música na íntegra, dando um bela cortada no início dela, inclusive, eu me diverti como em poucas vezes na vida (mesmo com o Lars também dando aquela força para o momento não ser tão legal – é brincadeira a preguiça dele). “We’ll never quit, cause YOU ARE MetallicAAAAA”  – assim cantada esta noite. Valeu, valeu demais…”Whiplash for you, Rio de Janeiro… the Metallica family of Brazil”. Hetfield agradece o Rio em nome da banda e finalmente viria a tão pedida faixa do mesmo disco. É a hora que alguns dos amigos com voo marcado para São Paulo se despedirem rapidamente e começarem a ir para trás.

Lars vai para a frente do palco (aquela politicagem de sempre dele, que já conhecemos) e Hetfield, mostrando todo seu carisma, dá um tchau com a mão e, fazendo sinal que está na hora de ir para a casa, com aquele tradicional sinal de “fazer naninha”, ele arranca risadas do público. Quem diria que aquele Hetfield que arregaçou o mundo nos ano 80, hoje estarei fazendo algo assim, né? Hahahaha… ele continua brincando com o público, dá mais um tchau e fica fingindo tirar a guitarra e entregá-la ao roadie. Fica tirando e pondo, brincando por várias vezes, e apontando a hora. Depois, ele finalmente entrega a guitarra ao roadie, mas apenas para efetuar uma troca. “You’re beautiful, Rio”, diz um amável e cada vez mais dono do brinquedo James Hetfield.

Como de costume, ele pede para que todas as luzes sejam acesas e apontadas para o público pois “we need to see the Metallica family of Rio”. Pergunta se todos estão prontos para cantar alto e darem o tudo que sobrou de energia para aquele momento. O riff de Seek And Destroy é iniciado pelo Kirk que “dá uma garoteada” e erra, não chegando a comprometer o andamento, mas me lembro de ter olhado para o Remote e darmos risada do momento. Muito legal que a banda tenha trazido também aquelas bolas pretas gigantes usadas durante a World Magnetic Tour em grandes shows pelo mundo (aqui no Brasil não rolou este lance em 2010). Dá um belo clima de fim de festa, de comemoração, de diversão. Ainda é tempo de notar como Lars também parece não mais se importar mesmo com todos os detalhes da música, mesmo quando em destaque após Hetfield falar “Rio, it’s Lars”. A música volta e Kirk desta vez toca direito o riff 🙂 e o Hetfield falando “we’re not done yet”. Vê-se algumas rodas abrindo por perto nesta música. Ainda dá tempo de Hetfield subir na plataforma mais alto do palco e gritar: “Rio, did you have fun tonight? So did we. If you did, follow me!”. Seek And Destroy é realmente ótima para se terminar um show e mais uma vez tivemos aquele finalzinho com a banda tocando mais um pouquinho depois da música.

“MetallicA loves Rio de Janeiro”. A banda é ovacionada pelo público, que começa lentamente a caminhar para a saída da Cidade do Rock. Os amigos cariocas e eu ainda ficamos mais um pouco, esperando pela tradicional despedida da banda, onde cada um vai ao microfone falar algo. Mas a grande surpresa, antes disso, foi a banda levantando a bandeira abaixo, em homenagem a Cliff Burton, que fechou com chave de ouro nossa alegria de também ter homenageado este que nos deixou tão cedo, com nossa camiseta com a MESMÍSSIMA foto da bandeira. O público, mais uma vez, gritou por Cliff. Que lindo.

A bandeira para Cliff - com a mesma foto que usamos para nossa camiseta - linda homenagem para aquele que sempre merece ser lembrado com muito saudade

A bandeira para Cliff - com a mesma foto que usamos para nossa camiseta - linda homenagem para aquele que sempre merece ser lembrado com muito saudade.

Depois do bandeirão, que falamos e incentivamos por aqui, o primeiro que foi ao microfone agradecer depois de Hetfield foi Kirk e sua “criatividade: “yowwww Rio, obrigado. We love you, thank you”. Depois, Rob e seu “all right Rio, let me get a UUUUUUU A-HA-HA”. Bem no script MetallicA de se despedir. Faltava o dono do script, Lars, e seu discursinho do “2011, 1 show in South America, don’t think a better place to do it, bla-bla-bla love you and we will see you very soon” (além dos palavrões cortados). Sim, o script estava completo e o show havia mesmo chegado ao fim.

A noite foi fechada com fogos de artifício sincronizados com a música-tema do Rock in Rio.

Gostaria, por fim, de dedicar este post a todos os amigos que estiveram comigo neste maravilhoso final de semana e no show. E também a Clifford Lee Burton, que nunca será esquecido aqui no Minuto HM. São 25 anos de muita saudade, Cliff. Genial Cliff.

Obrigado, MetallicA. Voltem logo, voltem sempre.

[ ] ‘ s,

Eduardo.



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55 respostas

  1. Ótimo post, você em minutos fez com que estivesse no show… Estas palavras expressam o verdadeiro fã, aliás, acho esta denominação inadequada quando falamos de paixão, emoção e puro sentimento, sentimento este que se torna inexplicável, mas que você conseguiu reproduzir a nós leitores em poucas palavras. Obrigada por este momento, onde pode mostrar toda a sua essência e que o Brasil não é somente a terra do samba, funk, axé e sertanejo. Somos sim em menor número, mas com uma paixão imensa pelo ROCK !

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    • Olá Cris, muito obrigado pelo comentário e pelas palavras. É sempre muito difícil, para mim, falar tão aberta e francamente de algo que gosto muito, costumo me perder nas palavras, então fico feliz em ver que o que escrevi está sendo legal para outras pessoas também, ainda mais para conhecedoras como você.

      Valeu!

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      Eduardo.

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  2. Eduardo, termino de ler o post aqui com uma grande emoção. Você escreve muito bem e rebusca os detalhes de forma muito boa, e, aliado a todo o seu conhecimento da banda, você ainda consegue transmitir muita emoção que contagia todos que seguem a narrativa do post. Consigo claramente captar a emoção de todos estarem lá. Eu realmente me emocionei com todo o relato e fico muito feliz de ver que você e todos os nossos amigos que estavam lá tiveram um banquete da banda. Vocês ainda foram brindados com Orion que realmente não era esperado.

    Eu também fico impressionado com a resistência dos canais de comunicação em colocar pessoas que minimamente conheçam de música pra comentar coisas de música. As pessoas que fazem os comentários e estão lá de frente pra camera não são culpadas. Elas fazem o melhor que podem, afinal, estão ali pelo critério de serem belas e de minimamente falarem o inglês – skill raro no Brasil – então a minha crítica vai pros meios de comunicação de transmissão que minimizam a importância de considerar o conhecimento musical nas pessoas que transmitem programas de música, como no caso da transmissão do RiR.

    Elas tinham na mão o repertório e os comentários foram impressionantemente ruins dado algo tão precioso e raro de se ter antes da apresentação de qualquer banda. Elas sequer reconheceram o Lars quando este passou para ir ao palco e deram várias informações desencontradas, mas não as culpo de forma alguma, afinal, não estão ali por terem skill musical ou por conhecerem de música. A culpa principal é nossa de criar expectativas positivas de um canal de TV que despreza o gênero. Talvez a gente ainda viva pra ver o Metal sendo minimamente considerado nos meios de comunicação de massa no Brasil. Os “empreendedores” brasileiros um dia ainda vão atentar para o fato de que o público do metal pode sim ser respeitado e considerado como opção comercial de veiculação dada o público fiel e imenso que ele detém. Sobre associar a imagem de patrocinadores, acho que o mundo já evoluiu muito nesse sentido e o que antes podia ser considerado um “gênero marginalizado” hoje com certeza é dos gêneros mais respeitados no meios artísticos e de entreterimento.

    Rolim, meu irmão, parabéns por toda a cobertura do show e vamos em frente

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    • Rolf, nossa, muito obrigado pelas palavras. Realmente procurei transmitir com o máximo de detalhes um pouco do que é a emoção de ver os 4 cavaleiros que ainda dão um belo de um espetáculo… fico feliz que o texto tenha lhe emocionado – só faltou você lá, conosco – espero que no próximo finalmente dê certo de estarmos juntos.

      Já a continuação do seu comentário é OUTRO exemplo de como um comentário aqui do Minuto HM é quase sempre melhor que ARTIGOS em outros lugares. Seu texto é impecável e faz realmente a gente pensar. Concordo plenamente com a questão do “inglês” – nós sabemos que, na verdade, hoje em dia, quase ninguém fala direito a língua (quando muitos afirmam que falam). Realmente é muito triste ver que estas canais tão importantes de comunicação minimizam a questão do conhecimento musical (e não adianta dar uma “estudadinha”, uma “coladinha” antes, pois isso pouco ajuda na hora de realmente abordar a banda ou entrevistar um músico) e valorizam, sei lá, outros atributos menos importantes.

      Verdade também que somos nós os errados em criticar. Eu já tinha perdido as esperanças logo no primeiro dia do Elton John. Mas como dependemos destes canais, não tem jeito – ficamos reféns de vermos tantas e tantas bobagens – incluem-se aí aquelas entrevistas na área VIP, uma das coisas mais chatas dos últimos tempos.

      E sim, não sei se viveremos, ou mesmo sem o heavy metal tradicional viverá (afinal, todos estes mega artistas caminham a passos largos para o fim – infelizmente – não é drama, é realidade) para vermos a mídia considerando o gênero com o respeito que ele merece. Tomara.

      Cara, grande comentário, de verdade – dá gosto de ler e reler. Não podia ser diferente vindo de quem veio…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Acho que o único programa que um dia levou o Heavy Metal a sério neste país foi o saudoso Furia Metal, apresentado pelo Gastão, na MTV.
      Conheci muita coisa com aquele programa. Inclusive o Kill ‘Em All que tinha Metal Militia como a música de abertura do programa e Seek And Destroy como vinheta. Vi o Gastão entrevistando o Ozzy, Bruce Dickinson, Deep Purple… Depois o Gastão saiu, o Furia Metal virou só Furia, sem apresentador, só passando clipes e aos poucos a MTV foi virando essa coisa que conhecemos agora.

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      • Verdade, Su. E hoje em dia temos somente o That Metal Show como opção de heavy metal na TV. Existe também o Stay Heavy, nacional, mas o foco é metal brazuca.

        Já a MTV… não dá nem para comentar… cheguei a conhecer o canal, fui pessoalmente com o Marcus Batera fazer um trabalho de faculdade por lá. Conhecemos a Penélope, conversamos bastante com ela (principalmente de Beatles, que ela disse ser grande fã). Nesta época, começo dos anos 2000, a coisa já estava desandando.

        Hoje em dia, não dá nem para considerar este canal como uma opção… até quando RARAMENTE ela passa algo que remete aos velhos tempos, ela consegue estragar, com apresentadores “moderninhos”, comentários que nada acrescentam (pelo contrário) e, principalmente, INTERMINÁVEIS intervalos. Uma pena…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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  3. Eduardo, só mais um ponto que eu gostaria de comentar e depois perguntar a você e aos demais conhecedores da banda:
    – As cenas do filme inicial com 03 homens em conflito – tradução brasileira de The Good, The Bad and The Ugly com Clint Eastwood, Lee Van Cleef e o outro eu não me lembro o nome agora ……. ……aquele é ponto do “duelo” final entre os 03 e o filme é ambientado no final da guerra civil americana e ali é onde os caras procuram um suposto tesouro enterrado e onde os 03 convergem pras sequências finais do filme ….bang-bang clássico da melhor qualidade e da melhor safra italiana ……. foi muito legal……….as pergunta é: o Metallica tem algum apreço por Enio Morricone? ou o filme tem aklgo específico com a banda……

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  4. Ótimo post! Estava a frente de vc no show (sou amigo da Suellen!), e foi um grandioso show.

    Mais a frente, perto do palco, foi grande a movimentação e alegria quando tocaram Fuel. Pulação doida! Acredito que foi pelos “novos” fãs que estavam mais perto e que estavam lá pelo Slipknot. Música mais nova, etc…

    Meu terceiro concerto do MetallicA e foi o melhor. Por tudo. Pela som, alegria da banda e público e por tocarem Ride, Fuel, Welcome Home… Nunca tinha ouvido!

    Abraços e sucesso

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    • Olá Glaysson, primeiramente, seja muito bem-vindo ao Minuto HM.

      Valeu pelo comentário. O show foi realmente grandioso, espetacular, nos divertimos bastante mesmo.

      O bom da banda sempre variar os sets é justamente isso: nós, que já assistimos a banda no passado, sempre temos a oportunidade de ouvirmos músicas “novas” ou ainda a esperança de ouvirmos músicas mais “raras”, como Blackened, em mais de uma oportunidade.

      Novamente, seja bem-vindo, continue conosco por aqui e até uma próxima!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  5. OI, BOA TARDE, POR FAVOR, EU GOSTARIA DE DEIXAR UM COMENTARIO POR FAVOR, OBRIGADO……………HAHAHAHA
    Salve galera……só queria dizer que foi realmente do car***** o fds no Rio, desde do sábado onde eu realmente perdi parte da minha audição com Rolf, Remote, B-Side e Marcus Batera tocando, (alias tocando muuuuuito), passando pelo passeio de asa delta no domingo e fechando o fds com um show espetacular do Metalica (devo dizer que tbm fui parado e questionado onde eu tinha comprado a “camisa” do minuto HM). Queria agradecer a todos (em especial ao Renato (cão) ) pelo fds fantástico, queria aproveitar para dar os parabéns ao Eduardo pela cobertura do show do guns, aproveitando para comentar, vcs viram como o Axl suou durante o show?……ele suou tanto que encharcou o palco todo e acabou precisando de 2 caras com rodos tirando todo aquele suor, algumas pessoas disseram que na verdade chovia muito na hora do show, mas nós sabemos que no Rio ñ chove, então a única explicação para o Axl estar molhado e o palco encharcado é que ele estava suando muito……rsrsrsrs
    É isso ai galera, obrigado pelo fds….parabéns pelo minuto HM e ate uma próxima vez
    Danilo (vulgo orelha)

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    • Fala “Orelha”, o provável melhor irmão do mundo… digo isso porque aguentar o Sr. Renato “Cão” Coelho não deve ser tarefa fácil – eu que o vejo 8 horas/dia que o diga…

      Quando vi o começo do comentário, até pensei que fosse alguma sacanagem, tudo em maiúsculo… depois que entendi, hahaha.

      Cara, brincadeiras a parte, você entrou no clima muito rápido e sua companhia foi muito boa. Agradeço também ao seu irmão por ter insistido na sua ida ao Rio, incluindo aí a Asa Delta, que subimos juntos depois.

      Creio também que não restaram dúvidas sobre o que é um ensaio ALTO e o que é ESPANCAR (com técnica e talento) uma bateria. Hahahaha… você ao lado do Rolf durante um tempo e depois saindo, falando “vou ficar surdo ou morrer se continuar por aqui” foi muito bom, hehehe.

      Legal que tenham perguntado da camiseta do blog, realmente foi um sucesso / acerto pleno. Fico muito feliz.

      E, claro, a chuva, o tempo fechado, nublado, a garoa… tudo fruto da nossa imaginação, sabia? 🙂

      Cara, um grande abraço e até um próxima!

      Eduardo.

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  6. Eduardo,

    sempre muito legal ler suas resenhas! A riqueza dos detalhes que você trás faz com que a gente viva novamente o show!
    E como disse nos emails que trocamos, muito legal assistir o show com vocês, pessoas que realmente conhecem e gostam da banda, que estão lá pra curtir o show com você e não somente pra te fazer companhia. Isso faz toda a diferença!!! Fica tudo muito mais divertido assim!

    E conforme eu havia comentado, o set foi quase idêntico ao show do Big4, que tinha ocorrido uns 10 dias antes. Só o bis que foi diferente – lá rolou Overkill e Battery.

    James Hetfield está em ótima forma e hoje em dia é, sem dúvidas, o grande nome do Metallica. O seu carisma e o domínio que ele tem sobre a platéia são impressionantes! É impossível ficar indiferente.
    A respeito do Lars, nem vou falar sobre sua atuação como baterista. Você ja disse tudo, não há mais nada a complementar. Mas em sua defesa, se a calça jeans que ele usa for daquelas de stretch, como a que as mulheres normalmente usam, essas calças tem uma certa elasticidade e são bastante confortáveis. Logo, não vejo problema nenhum com a calça do Lars, hahahaha.

    Grandes momentos do show, eu citaria Ride The Lightning, Fade to Black, Blackened, Orion e Whiplash.

    Fade to Black é aquele tipo de música belíssima que, acredito eu, qualquer um que se dispõe a ouví-la, gostando de heavy metal ou não, reconhece o quão linda ela é.
    E Whiplash, que momento!!! Você deitou no chão, agradecendo ao céu! Todos ao redor olhando assustados, preocupados se você estava passando mal ou algo assim hahaha

    Camisa do Minutinho com o Cliff foi sucesso absoluto! Experimentem usá-la do lado ao contrário, com o Cliff virado pra frente. Tambem fica muito legal!

    Grande show! Grande domingo, que começou com um voozinho de asa-delta e teve até um show do Metallica no fim! 🙂

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    • Su, muito obrigado, como sempre, pelas palavras. Esse post realmente foi de coração. Sua companhia é e sempre será muito bem-vinda conosco, afinal, você verdadeiramente gosta e respira heavy metal – e manja como poucos.

      Sobre o set, verdade: faltou eu comentar por aqui – obrigado pela lembrança. E sim, chegamos a comentar isso durante o próprio show! Deixo aqui o link do setlist do show anterior ao do Rock in Rio, show este com as outras 3 bandas (Slayer, Megadeth e Anthrax): http://www.setlist.fm/setlist/metallica/2011/yankee-stadium-new-york-ny-4bd02faa.html

      Sobre o lance da calça do Lars (hahaha), bom, mulheres sem dúvida podem falar melhor deste assunto. De qualquer forma, não acho que calça, seja ela qual for, é a melhor pedida para um batera. O cara não vai nem suar, mesmo? E o calor da energia de tocar? Enfim, vestuário à parte, se focarmos no que realmente interessa, que é a performance, a decepção realmente está grande.

      Seus destaques de músicas foi perfeito, com um “carinho” AINDA mais especialpara as três últimas, que são mais raras de serem executadas nos setlists mais recentes.

      Pois é, galera: eu ter deitado no chão em Whiplash significa que eu devia estar mesmo em outro planeta, tamanha a felicidade daquilo estar acontecendo – mesmo a música não tendo sido executada na íntegra.

      Sobre a camiseta ser usada ao contrário (principalmente esta versão do Rock in Rio / Cliff), verdade, fica sensacional também. Melhor ainda no seu caso, já que você mandou ajustar e a gola ficou igual para qualquer lado. Hehehehe.

      Foi mesmo um final de semana incrível, desde o sábado, comendo no Porcão com o Marcus, o maravilhoso ensaio, a asa delta e toda a correria e… até o show foi bom, né? 🙂

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  7. Pessoal, deixo aqui meu comentário sobre esse show, meu segundo do MetallicA … e sobre o meu Domingo no RJ …
    Como só fui ao Rio de janeiro no domingo, não curti a Jam Session do B-Side e Remote, Rolf, Marcus e do vocalista Eduardo … perdi essa performance que já me disseram ser de alto nível e de altíssimo volume!!! Perdi também o vôo de asa delta …
    Bom … cheguei no Rio e a galera estava ausente (no tal vôo de asa delta), somente Marcus estava no Hotel e ficamos conversando esperando o povo retornar para almoçarmos … algo que não aconteceu, pois o pessoal se atrasou e eu e Marcus Batera tivemos que nos dirigir a um shopping e almoçar às 15h00!!! Estávamos famintos!!! Voltamos ao Hotel e já era hora de nos dirigirmos à Cidade do Rock … tudo estava dentro do horário e todos animados … Enfim … após uns 45 minutos de “viagem” chegamos à Cidade do Rock … e no momento estávamos ouvindo o Angra tocando no palco Sunset … entramos, e tive o prazer de conhecer pessoalmente o B-Side (meu parceiro em termos de conhecimento de Dream Theater – na verdade ele manja bem mais que eu, do DT e de música, mas é humilde para admitir …) e o Remote, seu irmão gêmeo, ambos muito simpáticos e receptivos à nossa comitiva vinda de SP.

    Deixa eu falar logo do Show … foi mais um show que somente o Eduardo consegue detalhar aqui no post, com músicas que ficam na nossa mente e momentos que nunca serão esquecidos … O Eduardo realmente deitou no chão agradecendo ao “Deus Metal” a presença de Whiplash no setlist. Foi uma experiência que todos curtimos muito e agradeço a todos que estavam por lá!!
    Abraço a todos!
    P.S.: Parabéns ao Eduardo pelo post quilométrico, mas que não perde nenhum detalhe do show. Aliás tem muitas coisas que eu, ao lado dele, não reparei simplesmente por eu ser um fã de Metallica, alguns degraus de conhecimento abaixo dele … (uns 200 degraus abaixo) … impressionante!!!!

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    • Chris DT,

      para mim, é muito legal pensar que, nestes 2 shows do MetallicA por você vistos, eu estava contigo em ambos. E posso dizer que você viu os 2 melhores dos 5 que eu já vi da banda – claro que, infelizmente, não vi a banda nas tours antes de 1999, como os amigos cariocas que puderem ver a tour magistral do magistral …And Justice For All.

      Uma pena você ter perdido a jam session de sábado. Ver meu nome misturado aos dos outros 4 é até estranho… isso (eu cantando), você não perdeu, mas a performance dos outros, ah cara, aí lamento. Outras oportunidades virão e tomara que dê certo de você assisti-los – vale MUITO a pena – assim como vale muito a pena o voo de Asa Delta que espero repetir e, claro, sua companhia será mais do que bem-vinda.

      Lembro que o B-Side lamentou bastante você não estar presente no ensaio. A frase dele foi: “não está aqui meu parceiro de DT”.

      Agradeço agora pelas palavras sobre o post, fico feliz que tenha curtido. Muito obrigado. E sim, já acredito que deitei no chão… hahahaha.

      Obrigado mesmo pelas palavras e vamos torcer para que um próximo show chegue logo. Estaremos lá.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Sensacional seu post, Eduardo.

    Sempre me considerei insanamente apaixonado por Metallica.. Mas vc me surpreende..rs

    Eu tb estava lá e curti demais. Pra mim, o ponto alto foi ride the lightning… escuto qse todo dia e foi a primeira vez que vi ao vivo..sem palavras..

    E que fase está o Hetfield hein? Acho qhe é a melhor dele como frontman.. ele se move e se comunica de uma maneira única e até mais espontânea do que antes..30 anos de estrada..
    E é muito legal ver isso pq o James estava irreconhecivelmente apatico lá pelos fins dos anos 90 e começo dos anos 2000.. Que bom que ele superou seus problemas e voltou a ser esse monstro.

    Contudo, confesso que minha diversao foi grande mas em algum momento ficou limitada. Eu tb vi os shows do dia 24, nao estava muito bem instalado no rio e o fim de semana foi uma aventura desgastante..

    O Metallica começou a tocar às 01:20 da matina..isso depois de eu já ter entrado em tudo qnto eh roda no show do korzus- banda que eu adoro. E tb agitei bastante no show do slipknot – sim, eu gosto.

    Acho que 1 e 20 eh hora do show estar acabando.. Entao, eu estava bem cansado e ainda roubaram meu celular no show do motorhead..

    É claro que como era Metallica eu superei tudo…mas qndo o James puxou sad but true e minha voz simplesmente nao saiu, eu vi q a coisa tava ficando feia..rs.. Acho que por conta disso, acabei preferindo o show de 2010. Afinal, saí confortavelmente da minha casa para um show que começou por volta das 22:00..

    Mas é isso aí..

    Parabéns pelo trabalho

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    • Fala, Fernando!

      Cara, ainda bem que aquele churrasco de reencontrou da escola rolou e tivemos a oportunidade de reatarmos tantos contatos legais. E saber que crescemos e continuamos com nossa paixão pela banda é muito legal, né?

      Apesar de não termos conversado muito, vi que você é um grande fã da banda e é sempre bom reunir pessoas como você por aqui. Fico feliz que tenha tido a oportunidade de ouvir Ride The Lightning ao-vivo pela primeira vez, música esta que você tinha comentado que gosta em especial. Pena um pouco a performance de Lars na música mas, de uma maneira geral, foi excelente ouvir este som ao-vivo (para mim, novamente).

      Muito bom seu comentário sobre a fase do Hetfield. É exatamente isso. Sua observação sobre o final dos anos 90 / início dos 2000 foi muito bem colocada – o MetallicA tinha “murchado” nesta época, principalmente após o lançamento do S&M.

      O Hetfield chegou a ser internado em 1999, creio, em uma clínica de reabilitação, devido ao problema dele com álcool, algo tão presente nos 15, 18 anos anteriores na vida dele desta época. Os problemas eram imensos, o relacionamento com Lars estava insustentável e, para piorar, Jason sairia logo a seguir. Com o lançamento do St. Anger, a morte da banda se aproximava para qualquer um que olhasse. Mas ele (principalmente ele) deu a volta por cima e retomou um post ainda mais importante na banda, hoje mais fundamental do que nunca, mais frontman do que nunca. Voltou a se cuidar, ficou mais “família” e voltou a cantar muito bem – tocar ele nunca deixou de tocar.

      Fico triste pelo fato da aventura do final de semana ter sido um pouco desgastante e que seu celular tenha sido roubado. Ouvimos bastante destes problemas de furtos / roubos, mas ainda não tinha a notícia de alguém mais “próximo”. Uma droga. Isso vai de encontro com a quantidade de ambulantes e cambistas que circulavam livremente na área externa da Cidade do Rock – algo que poderia ter sido contornado com mais policiamento e fiscalização. Medina, 2013, está ouvindo aí?

      Por fim, cara, muito obrigado pelo elogio ao blog. Muito bom ter você comentando por aqui. Continue conosco!

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      Eduardo.

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  9. Link para este review publicado no Metallica Remains: http://www.metalremains.com/news/2796.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  10. Eduardo :
    Òtimo post ( não poderia ser diferente, vindo de quem vem…) e estarrecedor nível detalhes…. Difícil é agregar mais alguma coisa .
    Eu preciso realmente apenas ressaltar que a convivência com todos foi ótima e que experiências como esta precisam se repetir.
    Pra mim, em especial, foi como preencher uma lacuna em relação ao tempo que não via o Metallica ao vivo. Foi a segunda vez, e após muito tempo, pois apenas os vi por aqui em 1989, há inacreditáveis 22 anos !!!!
    Vou concordar quando o assunto é as opiniões sobre os músicos do “furacão” Metallica, nos prós ( em especial ao Hetfield, cada vez mais senhor dos palcos) e nos contras ( e é de se preocupar o estado musical de Lars).
    No fim deu o óbvio , ou seja, o Metallica fez o melhor show do Rock in Rio, de um nível muito distante de qualquer outra atração.
    E acrescentar o que mais, depois dessa aula em forma de resenha ?
    Ah…pra ser chato, lembrei só de mais um detalhe : Na música Seek and Destroy , o gran-finalle da noite, a afinação das guitarras ( reparem bem, eles usam a mesma dupla de intrumentos usados em Sad But True) baixou um tom para provavelmente melhor se encaixar no atual vocal de Hetfield. Na versão original, a afinação é padrão .Pronto, falou o chato maníaco por afinações…
    Amigos, esse fim de semana histórico vai ficar para sempre na minha memória, muito obrigado a todos.
    E obrigado ao Metallica também!!!!

    Alexandre Bside

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    • B-Side, só posso também lhe agradecer não somente pelas palavras deste post, mas também pela ótima companhia que você foi nestes 2 dias que estivemos juntos. Realmente, me diverti demais tanto no sábado, quanto no domingo, e espero MESMO que esse tipo de coisa se repita por muitas e muitas vezes.

      Só posso lhe invejar pela parte do show de 1989 – meu sonho de consumo em relação a MetallicA. Só de imaginar um show ATÉ o …And Justice For All já me deixa maluco de ter nascido na época errada, como já conversamos tantas vezes… hahahaha.

      Eu vi os shows do Rock in Rio, inclusive os “não-rock” (a maioria, né?) e concordo plenamente que o MetallicA ficou anos-luz de todas as outras apresentações. E não somente por uma questão de gosto… é a pura realidade…

      O comentário da afinação, eu não consigo discutir, hehehehe. Mas, claro, vindo de quem vem, só posso concordar. Leigamente, sim, dá para ver a diferença entre esta versão e a versão de estúdio – mas aí acho que todas as faixas do Kill ‘Em All acabam mudando ao-vivo, principalmente nos shows mais recentes. Este primeiro disco do MetallicA é único, é diferente mesmo…

      Termino lhe agradecendo novamente, como sempre, pela recepctividade, atenção, planejamento do sábado e, novamente, pela companhia sempre tão boa. Obrigado, cara. Thank you, Axl, thank you, B-Side, thank you, MetallicA. Hahahaha.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  11. kkkkk chega ser comico ver uma pessoa falando mal do Lars… eu so dei risada “desde quando um baterista toca de calça jeans” o que o rapaz que criou esta resenha ja fez na vida para que 100 mil pessoas fossem la para ver, isso não e fã do metallica fã não vai num show reparar detalhes eu fuim em porto alegre e pra min podiam errar e fazer o que fossem é o metallica e nothing else matters…

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    • Olá, Eduardo. Bem-vindo ao Minuto HM. Também me chamo Eduardo e fui eu o rapaz que escreveu o review do show, sempre em minha opinião.

      O comentário específico sobre a calça jeans foi um dos outros milhares que fiz – creio que você tenha lido o post e todos os comentários na íntegra. O fato da calça jeans é um comentário paralelo, claro que o foco é sim na performance do músico. Você ter falado que foi ao show de Porto Alegre, creio que o de 2010, onde estive presente também, mostra que você gosta mesmo da banda, então deve saber que Lars não é mais o mesmo há muito tempo – e, infelizmente, anda sim comprometendo em algumas músicas em especial. Você deve ter lido no artigo também que sempre fui fã incondicional do cara, ele sempre foi uma referência para mim em seu instrumento, mas não posso ser cego ao ponto de achar que está tudo bem.

      Mas, de novo: esta é a minha opinião. E o que seria do amarelo se não tivéssemos o vermelho, o verde e as outras cores? Por isso que o espaço aqui é aberto, para discussões, desde que bem fundamentadas e argumentadas. Fique a vontade para comentar tecnicamente da performance dele, principalmente em comparação com o passado do músico.

      Aproveite o espaço do blog!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  12. O que eu vi em porto alegre foi uma banda no auge de sua performance e nunca reparei em erros e nem se tivesse notado lembraria so comentei seu post pois esta falando do fundador da maior banda de heavy metal do mundo e so lembrando que Lars nao e o melhor baterista do mundo mas a melhor baterista no mundo que entende o que o james faz na sua guitarra
    isso nem o melhor portnoy do mundo faria…. O Metallica e ame ou odeie nao existe meio fã….

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    • Eduardo, só peço que observe que jamais a importância histórica de Lars Ulrich para a história do heavy metal, do MetallicA, do Hetfield e até mesmo da industria musical (caso Napster, por exemplo), eu repito, JAMAIS tudo isso será questionado. Como disse no texto, sempre admirei este cara e sua importância. O som da bateria dele, nos álbuns, é ainda mais admirado por mim do que por talvez qualquer outra pessoa que eu conheço.

      Obrigado por postar sua opinião.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  13. Eduardo (s):

    Eu não sou baterista , mas conheço alguns bem bons, com os quais tive a honra e o prazer de tocar . Aqui vai então minha humilde opinião .
    O passado não se apaga e Lars foi um monstro fundamental para o heavy metal e o nascimento do Thrash Metal.
    O som de sua bateria ( em especial os do bumbo) revolucionou e virou referência para vários músicos, inclusive o próprio Portnoy que o assistiu no Rock in Rio 2011.
    Pelo respeito e passado fundamental que Lars o proporcionou, tenho certeza que o Ex-Dream Theater deve ter evitado ao máximo críticas ao atual desempenho de Ulrich.
    Mas infelizmente, e com o auxílio de pessoas tão gabaritadas que assistiram o show, preciso dizer que a performance de Lars deixou bastante a desejar, e pelo jeito , isso já é uma constante há algum tempo. Um dos bateristas que conheço chega a falar em que o problema pode ser de saúde, algo relacionado a comprometimento de suas funções motoras . Veja bem : Ninguém atestou firmemente isso, mas até tal desconfiança demonstra bem o que temos observado de Lars . O que é uma pena, diga-se de passagem, fato ao imenso legado que ele nos deixou.
    O que não chegou a descredenciar o show magnífico que vimos, que sempre na minha opinião, foi o melhor disparado do RIR IV.
    Torço como todos deste blog , assim imagino, para que Lars volte a tocar tudo que sabemos que um dia ele já tocou.E espero que a atual perfomance nada tenha a ver com algum problema de saúde.
    Se o Metallica já é um espetáculo ao vivo, imagina ter Lars em sua melhor forma hoje. Seria uma banda em passos firmes no caminho da perfeição !

    Saudações,

    Alexandre Bside

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    • B-Side, sem dúvida alguma o passado não se apaga. Procurei deixar este ponto claro no texto e nos comentários – quem me conhece, sabe que sempre considerei Lars o melhor baterista do mundo – mesmo ele podendo não ser o melhor tecnicamente, a sonoridade de seus bumbos, pratos e etc. sempre foi minha favorita. Ele era o “melhor” puramente porque a sonoridade, para mim, era a melhor…

      Mas o presente e as expectativas de futuro não demonstram mais isso. Agora, sobre um possível problema de saúde, nunca ouvi falar disso e espero que não seja o caso. Caso seja, fico muito triste.

      Sim, o show foi mesmo o melhor do Rock in Rio – e talvez o melhor do MetallicA que eu já tenha visto, considerando o “todo”.

      Estou torcendo muito para que a banda mantenha este ótimo momento e que ao-vivo continue nos encantando, como sempre fez – “Kings Of The Road”.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  14. Rolim,

    O Minuto HM tem os especialistas em certas bandas, e existe você, assim como alguns outros colaboradores que são mais do que especialistas, eu diria… profissionais.
    E até mais que isso pois o crítico profissional não põe emoção, não põe sentimento, e por isso este tipo de crítico estará sempre bem aquém de uma resenha como a que você escreveu.
    Excelente! E o show foi animal mesmo!!

    [ ]’s
    Julio

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    • Julio, só posso lhe agradecer imensamente pelas palavras, ainda mais vindo de quem vem. Realmente o MetallicA tem este espaço enorme no coração e, claro, eu jamais conseguiria fazer uma resenha “fria” desta banda, que marcou e marca tantos acontecimentos em minha vida…

      Obrigado ainda pelo SMS no dia do show. Transmiti o recado a todos. Valeu mesmo a lembrança.

      Incrível show, mesmo. Amanhã teremos repetecos a noite no Multishow e Multishow HD – claro que verei de novo, tanto em SD quanto em HD (hahahaha).

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  15. Show de bola esse seu review! Foi o melhor show do Rock In Rio, sem sombra de dúvida! Se vc soubesse os litros que eu chorei durante From Whom the Bell Tolls, e, SIM, eu entendo o que vc sentiu quando viu eles tocando Orion, pq eu senti EXATAMENTE O MESMO… assim como com Am I Evil, One, Master of Puppets, Enter Sandman, Sad But True, Fade To Black (com pedal fail e tudo). Nós, fãs do antigo Metallica, do Metallica da era Cliff Burton, do Metallica porrada na orelha do Kill ‘Em All, nos emocionamos com essas coisas.
    E concordo IMENSAMENTE também quando você diz que Lars tá indo de mal a pior! Não entendo muito de bateria… Mas, com um baterista como o Lars, eu erraria TUDO! E aí vou discordar de vc quando diz que Kirk vai bem. Em 93, quando eles fizeram o show no Palmeiras, eu tocava numa banda que fazia covers de Metallica. E percebi, naquela época, o quanto o Kirk era decepcionante ao vivo. Não sei se por culpa dos atropelos do Lars, ou se por sua dificuldade em decorar solos (isso é nítido, vários guitarristas já comentaram sobre isso) e por isso ele os substitui por fritações sem sentido com atropelos de compasso! Foi a maior decepção da minha vida, como guitarrista e como fã. E, nesse show, percebi que ele continua o mesmo… Melhorou um pouco, mas continua fritando e atropelando os compassos, mas dessa vez me pareceu mais por culpa da afobação do Lars.
    O James é demais! Ele é sensacional. É um showman! Pra mim é o espírito da banda. E o Trujillo, cômico… mas um excelente baixista.
    E Orion foi o momento. O momento.
    Abraços, Dani

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    • Olá Dani. Seja muito bem-vinda ao blog Minuto HM. Sei que você já nos acompanha pelo Twitter e é um prazer ver um comentário seu por aqui – aliás, um belo comentário.

      Já conversamos bastante sobre seu comentário pelo Twitter, mas voltto a registrar que concordo com ele – a parte sobre o Kirk complementa bem o review.

      Gostaria de reforçar com você a audição do disco Death Magnetic – várias audições – desconsidere a questão da mixagem, que eu até hoje não acostumei, mas é um belo de um disco, você vai gostar bastante. E o Load, vamos considerar as 7 primeiras + Mama Said, ok? 🙂

      O restante do comentário é realmente muito bom, é um prazer ter uma pessoa que conheça bastante da banda, de hard rock / heavy metal e ainda toca guitarra por aqui.

      Seja sempre bem-vinda!

      Aproveitando, galera, a Dani tem um blog também, o “Gypsy Pumpkin – A Tribute to Cinderella!” – http://gypsypumpkin.blogspot.com/

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

      Curtir

  16. VOu parar por aqui não adianta discutir uma coisa com quem ja esta fadado a so ver problemas… pra min e Lars e pronto toca, muito melhor performace de baterista que ja vi e ponto final…

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  17. Pra esclarecer definitivamente e “absolver” Hetfield da suposta falha na execução de Fade to Black ( como se ele precisasse de alguma tipo de absolvição )

    O vídeo acima explica , com direito a slow-motion, o ocorrido . James fez tudo certo. Antes de começar o trecho, aumenta o volume do captador, para obter a distorção necessária ao momento, porém o som sai ” fraco”, sem o peso esperado para o retorno da canção. Não se pode ver, mas imediatamente em sequência pela expressão de James certamente ele tentou confirmar se o volume no botão específico encontrava-se no máximo, para obter o efeito desejado. Ao perceber que o defeito não estava no acionamento do tal potenciômetro ( botão , para os mais leigos) , ele , após o tal Yeah! citado no texto do Eduardo, aciona o interruptor que faz a troca dos captadores para cima e para baixo rapidamente, o que faz o mau contato ser corrigido e a música seguir no correto som desejado.
    Esta parte é repetida em slow-motion e se mostra muito clara no vídeo.
    James tem direito de errar o que quiser , pois cada vez mais se mostra o senhor absoluto do palco e músico acima de qualquer questionamento.
    Mas o melhor do vídeo vem no final,após o término da canção, quando o mesmo brinca acerca do ocorrido, já com outra guitarra, desta vez simulando o som defeituoso, e provavelmente utilizando da redução proposital de um dos botões deste novo instrumento, falando : ” So heavy…”
    Algo que só os anos à frente da indiscutível melhor atração deste Rock in Rio pode lhe trazer !
    Salve Hetfield !

    Alexandre

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    • B-Side, excelente contribuição, assim como a análise. Questão realmente fica encerrada.

      Como eu gosto de brincar, foi um problema de “Osmar”, né? “OSMARCONTATO”! Hehehehe.

      E você não poderia ter sido mais perfeito também: ele, que não precisava de qualquer absolvição, mostrou toda sua maturidade – e que maturidade – na brincadeira final, quando propositalmente repetiu o momento, brincando com 100.000 pessoas à sua frente em um dos festivais mais importantes do mundo.

      Vida longa ao monstro e meu (nosso) ídolo James Hetfield…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  18. A cada parágrafo me arrepiava mais e mais! Queria ter tido a chance de ir no show de 2010 e também no Rock in Rio. Mas acredite: você conseguiu expressar da maneira mais linda possível sua emoção nesse show!!

    Parabéns pelo texto!
    🙂

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  19. Se eu entendi bem no meu inglês macarrônico, o lance atual do batera é “capturar a vibração”, é por aí ??? Não se ater tanto à questão técnica . Seria alguma coisa assim ? Quem me ajuda ?

    Alexandre

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    • B-Side, é exatamente isso. Ele quer capturar “o momento”, ou como se diz hoje em dia por aí, a “vibe” da coisa.

      A não ser que eu esteja doido, isso para mim é uma coisa natural quando um artista se apresenta ao-vivo, ué… seja qual for o estilo… para mim, isso não significa que ele pode deixar a parte técnica de lado e ficar somente na vibração, empolgação, ainda mais tocando heavy metal!

      Qual empolgação / vibração um fã vai ter ao ver clássicos como One sendo destruídos? Ou ainda quando eles se arriscam a tocar coisas do primeiro álbum, como Hit The Lights?

      Claro que dá para entender o que ele quer dizer, mas isso não é e não pode ser aceito como desculpa pela regressão. Se ele tiver algum problema de saúde ou algo do tipo, claro que fica justificado e temos até que entender, mas não falar que “é para sentir a noite” e deixar de lado viradas ou mesmo partes triviais da música de fora!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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