Comemoração do aniversário de 30 anos do MetallicA – show 4/4

Guardem a data: 10/dezembro/2011. Esta é a data a qual o quarto e derradeiro show que comemora os 30 anos desta que é uma das bandas mais importante de todos os tempos aconteceu . E é tanta história feita nestes 4 shows que dá até medo de não falar algo e ser “injusto” com o que o MetallicA e todos os convidados proporcionaram. Me ajudem nesta questão, por favor… 🙂

Algumas coisas para este quarto show “vazaram” na internet – de maneira oficial – um pouco antes da mágica acontecer. A logística e a quantidade de gente envolvida é tamanha que realmente deve ser impossível segurar muito as notícias. Os rumores que gente do Black Sabbath estariam presentes foram aumentando cada vez mais. Já Dave Mustaine, aguardado com muita ansiedade por todos que apreciam a história destas bandas, também acabou oficialmente confirmando que estaria presente no último dia da festa – até mesmo as músicas que seriam executadas pelo MetallicA com Mustaine acabaram aparecendo. Iron Man como uma das músicas da noite e uma foto nos bastidores com Ozzy e Geezer também viriam a aparecer na internet, dando uma faísca especial aos corações de qualquer headbanger.

Outro detalhe importante, que quero falar logo de cara dada a importância, foi outra foto que apareceu indicando que o show estava sendo gravado. Acreditar agora que isso ficará nas mãos de poucos sortudos do MetClub que possuem a série Fan Can é até um egoísmo e, vamos lá, a oportunidade de negócio aqui é monstruosa – o exemplo do Big Four mais do que comprova isso – como o lançamento do disco na Bulgária, que marcou o reencontro destes monstros do thrash metal em um mesmo palco da mesma noite – transmitido até nos cinemas pelo mundo.

Fica aqui uma observação de fã também: alguém do Slayer poderia ter sido chamado para a festa, não? Foi mais do que observado que, durante as jams do Big Four, membros do Slayer eram os que pareciam mais “desconexos” da brincadeira, as vezes nem subindo ao palco com as outras 3 bandas. Enfim, uma pena.

Mas vamos voltar a esta grande noite, pois é muita coisa para ser contada. Figurando na lista de convidados especiais, o MetallicA teve novamente a ótima presença de Jason (único convidado presente nas 4 apresentações – nada mais justo, afinal, foram 14 anos com o grupo). E por falar em muito tempo com o grupo, Bob Rock, produtor de tantos discos com a banda, também apareceu.

Mas a reunião “MetallicA” foi completada com nomes REALMENTE dos primórdios dos anos 80. Ron McGovney, sumido desde os anos 80, apareceu. Mas a incrível e saudosa noite não parou por aí – Lloyd Grant, guitarrista que saiu do MetallicA antes mesmo da primeiro demo ser gravada mas que teve o nome creditado como o cara que fez o solo em “Hit The Lights” quando a compilação Metal Massacre saiu (com Hetfield tocando baixo, diga-se de passagem), também apareceu.

Fechando o time do “early years”, um nome talvez mais desconhecido da galera: Hugh Tanner. Quando a banda Phantom Lord se desfez – banda que contava com os então moleques Hugh e James Hetfield – nasceu a então Leather Charm, junto com o baixista acima (Ron).

Como curiosidade adicional, o Leather Charm contava ainda com o baterista Jim Mulligan. Hugh acabou não ficando muito tempo no grupo, que tocava músicas covers do Diamond Head e Sweet Savage. O grupo ainda tinha uma certa influência de outra banda que começava a se destacar e seria o principal expoente na NWOBHM – sim, o Iron Maiden. A banda chegou a “coverizar” Remember Tomorrow.

A saída de Hugh e de Hetfield se deu quando a banda respondeu ao famoso anúncio do jornal de Los Angeles, o “The Recycler”, postado então por um baterista dinamarquês chamado Lars Ulrich procurando músicos com influência em Diamond Head, Iron Maiden… o resto é história para um outro momento aqui no blog – onde é que estou indo, para uma discografia 🙂 ? Mas quem quiser uma indicação, este vídeo abaixo é ótimo:

Voltando. A noite contou novamente com a banda The Soul Rebels fazendo a abertura, além do grupo Death Angel. Mais uma vez também, Cliff foi lembrado na festa, com a participação, desta vez, do ex-batera de Ozzy Osbourne e co-fundador do Faith No More, Mike Bordin. Bordin contou com o atual baixista do MetallicA, Rob, nesta lembrança / homenagem ao saudoso Cliff. Como curiosidade adicional, além do Ozzy, eles também já tocaram juntos no disco solo do Jerry Cantrell, o Degradation Trip.

Bordin e Cliff eram amigos. Ainda no ensino médio, no final dos anos 70, Cliff e Bordin tocaram juntos na banda EZ-Street com o então futuro guitarrista do Faith No More, Jim Martin – e o Faith No Man foi formado apenas em 1981, e depois renomeado para Faith No More.

Vamos então aos discursos de ontem ao grande Cliff:

Já sobre o show, vou tentar trazer mais alguns aspectos e curiosidades:

– Orion abrindo o show. Ah, Orion, que o MetallicA voltou a incluir em setlists há um tempo atrás e nós pudemos presenciar no Rock in Rio deste ano. Orion é a única instrumental que faltava ser tocada pela banda nestes shows comemorativos e já era prevista para quem observou este detalhe. Assim, o MetallicA passou por todas as suas instrumentais nestes shows mais do que especiais e históricos. Rob tem total competência técnica para esta tarefa e é muito bom que o MetallicA está com este fantástico músico.

– Through The Never: o MetallicA volta a tocar esta música, que era executada na época da grande tour do Black Album, também já como forma de retestá-la para o Download 2012, como já abordei nos posts anteriores. Eu particularmente adoro esta música, mesmo a versão atual ficando bastante distante do que se pode ouvir, por exemplo, no melhor álbum ao-vivo da banda, o perfeito Live Shit; Binge & Purge – muito por conta da performance de Lars, visto que Hetfield continua “sobrando”:

– The God That Failed é outra música que, como em Through The Never, vai sendo testada para o Download 2012. A única coisa é que esta música é AINDA mais rara de ser executada ao-vivo pela banda. Eu gosto muita da versão abaixo de 1994, aos saudosos de plantão:

– mais uma vez, o MetallicA apresentou uma música inédita que, como nos 3 casos anteriores, pertence ao período das sessões do Death Magnetic. A música da noite se chama Rebel Of Babylon. Letra, música de estúdio (que foi disponibilizada via e-mail em versão bastante crua aos membros do MetClub) e versão ao-vivo de ontem estão abaixo, respectivamente:

Rebel Of Babylon

Rebel grip your bottle tight
Just float away
Rebel is it hard to leave
What makes you stay?

Go take your poison ink
Sign life away
Then take your dirty spoon
And dig your grave
Dig your grave

Rebel grips the bottle tight
Just floats away
Rebel finds it hard to leave
What makes you stay?

He takes the poison ink
Signing life away
Then takes the dirty spoon
And digs his grave

Let this dark shine
Let this dark shine
Let it shine bright
Don’t let it burn out tonight

Kill me one more time
Stigmata
Kill me one more time
Neo martyr

Gonna die young
Gonna live forever
Kill me one more time
Rise up
Rebel of Babylon

Renegade fights the fight
That no one wins
He claims a crown of thorns
To pierce the skin

He climbs his crucifix
And waits for dawn
Thinks they’ll remember him
After he’s gone

Let this dark shine
Let this dark shine
Let it shine bright
Don’t let it burn out tonight

Kill me one more time
Stigmata
Kill me one more time
Neo martyr

Gonna die young
Gonna live forever
Kill me one more time
Rise up
Rebel of Babylon

Rise up
Rise up
Resurrection

The rebel fights the fight
That no one wins
To claim a crown of thorns
To pierce his skin

Climbs his crucifix
And waits for dawn
He looses consciousness
The myth lives on

Let this dark shine
Let this dark shine
Let it shine bright
Don’t let it burn out tonight
Tonight

Kill me one more time
Stigmata
Kill me one more time
Neo martyr

Gonna die young
Gonna live forever
Kill me one more time
Rise up
Rebel of Babylon

Rise up
Rise up
Resurrection

Ouvi ambas versões uma vez (até agora) e achei que a música tem bastante coisa legal, mas que ainda não está mesmo “totalmente pronta”, principalmente em suas conexões, que ainda tem alguns pequenos buracos. Mas tem muita coisa boa ali para ser trabalhada e aproveitada. E interessante notar que a música tem um mini-solo de bateria de Lars – bem simples, mas interessante.

– com uma jam de Escape antes, do disco Ride The Lightning (talvez a única música do período áureo da banda que eu frequentemente pulo quando estou ouvindo – mas que se fosse lançada hoje, poderia ser o grande destaque de um álbum, hahaha), Blackened foi tocada com os membros do MetClub Dennis e Annette Diaz. Que honra e que música!

– a sequência foi dada com Bob Rock subindo ao palco para duas músicas do St. Anger. Acho que o caso aqui não é pensarmos no St. Anger de maneira isolada – 99,9% das pessoas, inclusive eu, já formaram opinião sobre este disco da banda. Mas ele faz parte da discografia e, mais do que isso, de um momento-chave da história da banda, que estava ali passando por momentos onde o fim estava muito mais próximo que em qualquer outro momento dos 30 anos de carreira do grupo. E, até por isso, até por uma questão de superação que a banda teve daquele período para a maturidade que todos sem encontram hoje, creio ser válido a inclusão de material da época. Muito longe de mim tentar “defender” a qualidade deste disco – e até a banda sabe disso. E fica também a recomendação a todos que ainda não viram o documentário “Some Kind Of Monster“: assistam.

Bob Rock, além de produtor da banda, assumiu o baixo quando Jason saiu da banda, em janeiro de 2011, gravando as linhas em St. Anger e em algumas (poucas) performances da banda ao-vivo, até a entrada de Rob em fevereiro de 2003.

Dirty Window não era executada pela banda desde 20/novembro/2004. A versão abaixo soa melhor que em estúdio, de qualquer forma – o que também pode ser pelo momento da banda. Mesmo assim, veja com moderação.

– de St. Anger a Black Sabbath. Pois é. Ozzy e Geezer, dois membros originais do Sabbath, que acaba de retornar oficialmente, subiram ao palco para a celebração. Mais um momento muito especial da história do heavy metal. A trinca escolhida foi Sabbra Cadabra com um medley com A National Acrobat, ambas do fantástico Sabbath Bloody Sabbath de 1973, “coverizada” e gravada pelo MetallicA e a dupla Iron Man e Paranoid. Não sei se cabe uma reclamaçãozinha para um momento como este, mas talvez eles pudessem ter ousado mais quanto as duas últimas citadas. De qualquer forma, só Sabbra Cadabra com A National Acrobat já valem por tudo.

Geezer é ovacionado pelo público e pelo MetallicA ao entrar no palco. O Eduardo é fã de MetallicA e Black Sabbath. E o MetallicA vira “o Eduardo” com Geezer. Hetfield bate em seu próprio rosto, claramente indicando sua felicidade, seu sonho, dando logo na sequência, perto de Kirk, uma dica de qual música viria, tocando uma partezinha do riff de Sabbra Cadabra ainda sem distorcão, ligando-a logo depois (lembrei do acontecimento no Rock in Rio este ano em Fade To Black, hehehe).

Lars apresentou Geezer como “a real rockstar”. Rob como “my hero, Cliff Burton’s hero, Jason Newsted’s hero”… tudo  muito bonito em se ver – além da relação especial que ele  (Rob) tem com Ozzy, claro – que ainda não apareceu no palco, como muitos veículos “especializados” divulgaram sem ao menos checarem o vídeo da música…

Como é bom ver Geezer e sua mão direita trabalhando. O vídeo acima é realmente fantástico e uma das melhores coisas que aconteceu nestas 4 noites – e não foram poucas.

Fazendo uma graça com o público, Hetfield brinca sobre a possibilidade de Ozzy se juntar a Geezer e ao MetallicA na noite, se Ozzy conhece o MetClub e tudo mais. Com Lars fora da bateria aplaudindo, Hetfield dá as boas-vindas ao madman para as duas próximas músicas da noite. E não deixem de reparar no grito de uma brasileira, aos 32 / 33 segundos do vídeo, e depois aos 51 / 52 segundos e lá pelos 4:47 também, hahahaha. Será que foi a mesma pessoa que falei lá no primeiro show? Será que ela lerá este post? 🙂

Outro detalhe é que a banda tocou apenas a primeira parte de Iron Man para emendar Paranoid (e também teve uma pequena jam de War Pigs ao final):

Aos que quiserem lembrar de outros momentos que já falamos aqui no Minuto HM envolvendo MetallicA e Ozzy:

– MetallicA tocando “Iron Man” no RNR Hall of Fame 2006

– The Rock and Roll Hall of Fame Benefit Concert: confira um pouco da apresentação do MetallicA com Ozzy Osbourne

Geezer já soltou, em seu site oficial, uma nota chamada “Congratulations, MetallicA” sobre sua participação na festa: “I had the pleasure and honour of jamming Sabbra Cadabra / A National Arobat, and then Iron Man / Paranoid (with Ozzy) with Metallica at their 30th Anniversary Met Club gig last night (Dec 10th) in San Francisco at the Fillmore.  Great bunch of guys, and of course one of the world’s greatest bands.  They did their fan club proud.  The late, great Cliff Burton was definitely in the house with us, and smiling……”

– a brincadeira continou com os membros da Sabbath saindo do palco e Jason voltando a dividir o som do baixo com Rob. A dupla com Jason foi para King Nothing e Whiplash, sendo que esta última também foi cantada pelo baixista, como a banda fazia muito até a saída dele. Whiplash também seria a primeira do Kill ‘Em All da noite – noite esta que só teria músicas deste disco sendo tocadas com mais convidados especiais. Mas vamos por partes.

Jason foi novamente ovacionado pelo público, enquanto a banda estava estava “boba” falando de Geezer. O abraço fraterno entre Jason e Kirk mostra como eles ainda são bem amigos – eles que sempre foram figuras mais “secundárias” na banda – e este fato sem dúvida contribuiu para uma aproximação dos dois.

Agora a música que me fez me jogar ao chão do Rock in Rio este ano:

“But we will never stop, we will never quit, ‘cause YOU ARE METALLICA”. Hetfield não deixou de mudar a letra especialmente para cantar “you are”, como costuma fazer ao-vivo, dando aos fãs tudo que eles queriam ouvir esta noite. Fantástico.

Pronto. A comemoração se encaminhava para seus momentos finais. Mas ainda era hora de continuamos essa verdadeira viagem na história da banda – só que, dessa vez, com os membros originais da época.

– Hugh Tanner subiu ao palco para Motorbreath! Hetfield conta um pouco de toda a história da ligação de Tanner e “provoca” Lars, que responde também em tom de brincadeira com a “história de dar sono de Hetfield” e com aquele movimento característico da mão de um homem quando a história “é enrolação”. Hahahaha. Mas a coisa fica série e emocionante quando, enquanto Tanner e Hetfield se cumprimentam, Lars diz: “este é o cara que apresentou Hetfield para mim”. Já Hetfield saúda Tanner dizendo que, depois de 32 anos, finalmente estão juntos no palco. Tanner parece não acreditar naquele momento e me pareceu bastante nervoso no palco (não dá nem para culpá-lo, hehehe):

– hora do momento que todos esperávamos: Tanner sai do palco e com Hetfield fazendo uma calorosa introdução, rasgada por adjetivos positivos ao talento do músico, Dave Mustaine ganha o palco do MetallicA. Nessa noite, o palco também era dele. Como disse Hetfield, “(…) of the remaking of history – and what happened yesterday, it’s all gone (…)”.

E vale uma observação adicional antes dos vídeos: Dave Mustaine e MetallicA em um mesmo palco não é mais “tão novidade” assim depois das reuniões do Big Four, claro. Agora, Dave Mustaine efetivamente TOCANDO músicas do Kill ‘Em All, disco que ele foi tão importante para o resultado do que temos (Além do que depois saiu no álbum de 1984, Ride The Lightning), ou seja, Dave Mustaine não tocando cover com o MetallicA é AINDA MAIS histórico. Senhoras e senhores, a história ganhando um novo capítulo…

Em Phantom Lord, notei fortemente um esforço da seção de cordas da noite em tocar a música com a fidelidade que se tem no original (incluindo a parte lenta no meio dela, que a banda não fazia desde 21/maio/2003), além de Hetfield se esforçando bastante para cantar as partes que a então voz de moleque dele davam ao mundo aquela definição que a banda MetallicA estava destruindo o mundo. E os solos terem ficado a cargo de Mustaine foi extremamente emocionante em se ver – neste caso, parabéns ao Kirk por respeitar o momento. Os 3 guitarristas empunhando suas Flying V é outra coisa que emociona qualquer um que gosta de thrash metal, Bay Area e afins.

A sequência se dá com um “embananado” Lars falando que a próxima música foi a primeira que Dave trouxe para mostrar a Hetfield e ele. Confesso que derramei lágrimas quando Jump In The Fire começou – que voltaram na parte da música onde Kirk se aproxima de Mustaine, com Hetfield e Rob fazendo o mesmo na sequência, com novamente os solos ficando para o líder absoluto do Megadeth. Notem, ao final da música, as pessoas comemorando como se fosse um gol do time no futebol ou, no caso deles, um ponto decisivo na NBA. O que eles fizeram lá, eu fiz por aqui.

– o próximo momento é igualmente emocionante: Hetfield pede o riff para Dave Mustaine para a próxima música – simplesmente Metal Militia! Esta é uma música escrita por Dave Mustaine mas creditada a Hetfield e Ulrich. É hora, portanto, de acabar de uma vez com qualquer rusga que ainda tenha. É hora, amigos, de fazer a mensagem da “militia”, que mudaria a história do metal para sempre, chegar novamente na gente! Hetfield, novamente, se esforça na parte vocal. O MetallicA não tocava essa música assim, de maneira completa, desde 07/fevereiro/1985!

Eu tenho uma brincadeira, que as vezes me pego fazendo, que é a seguinte: me imaginar EXATAMENTE daqui “x” tempo no futuro. O que eu estaria fazendo? Fico imaginando Dave Mustaine ou qualquer outro membro da banda fazendo essa brincadeira em 1981, pensando: “ei, caras, o que estaremos fazendo no dia 10/dezembro/2011, hein?” – e, instantaneamente, eles veriam este vídeo. “Nossa, este é nosso baixista? Cadê o cabelo do Lars? Lars, por que você está tocando desse jeito? Hetfield, e o seu? Cabelinho de playboy, hein? Quem é aquele maluco ali, é o guitarrista do Exodus? Que po$%$ ele está fazendo com a gente? Ainda estamos tocando essa música para tão pouca gente? Somos um fracasso!”. Hahaha, me divirto sozinho…

– hora de Hit The Lights, a “música 1 do disco 1”, como costumo brincar. Hit The Lights contou com Mustaine, McGovney e Grant no palco! Uma verdadeira confraternização oitentista no palco dos membros que fizeram parte da banda lá nos primórdios pré-Kill ‘Em All! É impossível ficar “indiferente” neste momento a este acontecimento – mesmo com Lars, vamos dizer assim, “simplificando exageradamente” a música. E, em mais uma atitude excelente, os solos da música são feitos por aquele que os criou: Mr. Grant, como Hetfield introduz…

– e a última música da noite, como nas 3 anteriores, foi Seek & Destroy, com todos os membros vivos do MetallicA ficaram finalmente reunidos, fechando com chave de ouro METAL esta série de shows que mudou a história do heavy metal novamente. Jason também dividiu os vocais com Het. Sim: os 4 membros atuais do MetallicA e Mustaine, McGovney, Grant, Tanner e Newsted se juntaram, além de Mark Osegueda e a The Soul Rebels:

Fotos:

Metallica Setlist The Fillmore, San Francisco, CA, USA 2011, 30th Anniversary Tour

Os 4 shows, galera, custaram USD 19,81. O valor é pelo ano 1981. Isso mesmo.

MetallicA 30 anos. Eu completarei os meus 30 no mês que vem. Obrigado, MetallicA, pelo presente – vou considerar estes shows como meu presente de aniversário, ok? 🙂

E que muitos e muitos momentos como estes se repitam, na história do MetallicA e de todas as outras grandes bandas que tanto amamos.

Parabéns novamente, #MetallicA30. E R.i.P., Cliff.

[ ] ‘ s,

Eduardo.

Agradecimento pela revisão do texto: Suellen.



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31 respostas

    • É, Leandro… chega a faltar palavras para descrever.

      Se eu tivesse que escolher os destaques destes 4 dias, e olha que foram MUITOS, meus destaques são as músicas com Mustaine no palco, por tudo que isso representa.

      Claro que To Live Is To Die e TANTOS e TANTOS outros momentos, outros maravilhosos convidados, enfim, claro que tudo foi especial… mas estas músicas com Mustaine e com a galera dos anos 80 me levaram mesmo às lágrimas…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  1. Legal…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Outra novidade do momento que está circulando de maneira NÃO OFICIAL é o vindouro lançamento de um EP que se chamaria “Beyong Magnetic”, que contaria com as 4 músicas que ficaram de fora do Death Magnetic e que falamos em detalhes na cobertura que fizemos. Hetfield já falou que teremos novidades via iTunes, mas não deu detalhes de nada (https://minutohm.com/2011/12/06/comemoracao-do-aniversario-de-30-anos-do-metallica-show-14/)

    Claro que já há versões deste EP na internet, extraídas provavelmente das demos que também foram aparecendo conforme os shows foram acontecendo. Mas não há CONFIRMAÇÕES OFICIAIS da banda para nada ainda (capa, versões das músicas, quantas músicas estarão presentes, etc) – e nem do nome. Na verdade, nada está confirmado, mas a internet está “fervendo” com isso.

    Por enquanto, fiquemos com as versões que temos.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Agora sim, saiu:

      Esse foi o e-mail que quem é cadastrado no site da banda recebeu:

      Last week we celebrated our 30th anniversary together with Fan Club members from around the world by playing four nights at the historic Fillmore in San Francisco . . . it was quite the bash each and every night! If you were able to join us at any or all of the parties, thanks for coming out to hang with us. And whether or not you were there, you may have heard that we added some unreleased tracks from the Death Magnetic sessions to the set list – one “new” song each night as part of the shenanigans on stage.

      This week, we’ve released those four tracks through iTunes as the Beyond Magnetic EP. All four studio versions of these songs were sent to Met Club members for free immediately following their live debut on stage at the Fillmore and now there are available to everyone via the magic of digital downloading. They are the rough mixes, unfinished to their original degree of mixing from March of 2008, and those of you with very keen senses of sound might recognize bits and pieces from the ‘Mission Metallica’ videos posted in the summer of 2008.

      Thanks again to everyone who visited us in San Francisco. As Lars mentioned at the end of the last show, we’ll be back here in January with an announcement about a special interactive fan event in June of 2012 . . . we may ask you to do a little traveling again!

      Link iTunes: http://itunes.apple.com/album/metallica/id487642341

      Ou seja, parece que a banda gostou da brincadeira e deverá preparar outra festa no meio do ano que vem! E o comentário do Mission MetallicA foi sensacional e bem observado por aqui!

      E também um link no site oficial contando da festa e com links de reviews de outros sites:

      E mais fotos:

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Mais um post sensacional! Vários momentos emocionantes que fica até dificil descrever. Rob “louvando” Geezer Buttler, Jason, sempre muito querido, ovacionado pelos fãs, Hugh Tanner visivelmente emocionado e nervoso em tocar com Hetfield apos 32 anos, e, claro, todos os adjetivos, justíssimos, dedicados à participação mais esperada de todos estes 4 shows, Dave Mustaine. Momento muito bonito Hetfield anunciando a participação de Mustaine.Aplaudi e me emocionei aqui em casa vendo este lindo momento :). E Mustaine, tocando músicas do Kill Em’All, disco que para mim tem a cara dele, é mais significativo ainda!!! O solo em Phantom Lord foi lindo demais!!

    Eduardo, sua observação sobre o que o Metallica de 81 pensaria vendo o Metallica de 2011 foi perfeito e emocionante. Muito legal mesmo!!! 🙂

    Também faço 30 logo no inicio de 2012 e como superar este aniversário do Metallica? Impossível!!! Será que Mustaine e jerry Cantrell topam uma participação especial na minha festinha? 😉

    Eduardo, mais uma vez, parabens pela sua linda “cobertura” destes 4 shows. Coisa de fã mesmo!! E o tipo de texto de qualidade que só existe aqui no Minuto. Obrigada e parabéns!!!

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    • Su, muito bom que tenha gostado e muito obrigado, como sempre, pelos elogios.

      Realmente sei que fica difícil até difícil comentar em algo assim, até porque temos também que ter um tempo para “absorvermos” a quantidade de história escrita nas 4 noites.

      Sobre suas participações, desde que não impactem a agenda do meu aniversário mais ao final de janeiro, estão liberados, ok? Hahaha. Que bobeira.

      Obrigado novamente e dessa vez realmente só o Minuto HM tem este tipo de análise feita – e falo isso não só aqui no Brasil – não vi ninguém “analisar” minimamente nada, apenas “relatar”.

      Long Live Minuto HM!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Vou falar o que?
    Pelo que li e vi os shows foram excelentes, cobrindo várias fases da banda, com (quase) todos os ex-integrantes e uma homenagem justa ao Cliff. Que fantástico esse lance do Mustaine e o Geezer – gênio…
    Os posts foram de qualidade inquestionável e absoluta, feito por quem sabe e respondendo as twitadas,posso dizer que eles trazem mais dois aspectos em relação à minha cobrança: São complementos que podem ser anexados e aumentam a expectativa por atestar a grande capacidade do autor em trazer com qualidade inigualável grandes depoimentos sobre a banda, o que é uma das virutdes do MHM, não é?
    Então (são 30 anos e 30 cobranças):
    CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA?
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    CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA? CADE A DISCOGRAFIA? , CADE A DISCOGRAFIA?

    FR

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    • Remote, acho que em termos de fases, foi tudo “coberto” – todos os discos, até mesmo o St. Anger. Realmente, Mustaine e Geezer foram de arrepiar!

      Queria lhe agradecer pelas palavras sobre a cobertura e do nosso blog. E sim, dei bastante risada com o final do comentário. Vou aqui dar uma de “Leão da Montanha”: SAÍDA PELA ESQUERDA! 🙂

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  5. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. A cobertura detalhada destas 4 partes é irretocável e da categoria dos posts aqui do Minuto HM , simplesmente perfeita.
    Em relação ao evento em si, acho que não lembro de uma banda ter feito uma comemoração em tão alto estilo como fez o Metallica. Algum destaque entre as diversas participações especiais fica até difícil de pinçar, mas se eu tivesse de apontar , certamente iria na direção de Mustaine, por todo o histórico que envolveu a banda e ele nesses 30 anos.
    O mais legal ainda foi a justíssima homenagem a Cliff em todas as noites , algo que outras bandas poderiam seguir como exemplo ( citaria de cara o KISS e o Led ) .
    E o repertório das 4 noites é um sonho de consumo , desde as covers e músicas raríssimamente tocadas aos opening-acts, trazendo as instrumentais da carreira do grupo.
    Parabéns ao Metallica , nós somos muito gratos por esses 30 anos !

    Alexandre

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    • B-Side, muito obrigado pelas palavras, de verdade. Fico feliz que tenha curtido.

      Realmente ver Mustaine tocando aquelas músicas que ajudou a criar ou fazer delas o verdadeiro nascimento do MetallicA foi a coisa mais especial, se tivermos que ficar apenas com uma. Também não consigo pensar em outra banda que tenha feito uma homenagem tão legal e principalmente tão organizada e estrutura assim. Todos os envolvidos estão de parabéns por tudo que pudemos presenciar – desde a forma como tudo foi anunciado, o preço, o formato dos shows, as homenagens, os convidados, os setlists, enfim, tudo mesmo.

      Que o MetallicA mantenha essa fase maravilhosa e que isso continue refletindo em mais discos e tours…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  7. Será que eles irão lançar algum dvd desse show?

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    • Olá Renan, primeiramente, seja bem-vindo ao Minuto HM. Aproveite o espaço.

      Sim, deveremos ter algo oficial sendo lançado. Inclusive há uma foto na galeria de fotos deste post que mostra que o show está sendo gravado – mesmo sabendo que hoje em dia é tudo gravado, claro.

      Só nos resta torcer e aguardar. Enquanto isso, o Minuto HM e o YouTube vão ajudando… 🙂

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Vídeo oficial da banda – recap desta última e fantástica noite do aniversário de XXX da banda:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  9. Mais shows de aniversário este ano?

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  10. Alguem lembra de um vídeo que rolou um tempo atrás na internet de um casamento onde a noiva tocava Master Of Puppets na batera, durante a festa?
    Pois bem, noivo e noiva(que tem uma filhinha chamada Lightning, rs) foram os fãs escolhidos para tocar com o Metallica na noite deste show 4.
    Video emocionante!!!

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    • “Su”rreal…

      O que é este vídeo? Demais! Incrível! A filmagem estilo “Bruxa de Blair” dá o tom da emoção de estar perto dos 4 caras. E que honra, que recepção… apesar de, claro, ter o lado mais “marketeiro” da coisa (estilo Lars), tudo é sensacional!!

      Ele mesmo (Lars) segura a câmera da moça para que ela vá para a batera e ela, nitidamente mais nervosa / ansiosa que o marido, se perde em várias oportunidades durante a música, hahahaha… bom, eu, na situação deles, nem de pé provavelmente conseguiria ficar, quanto mais fazer qualquer outra coisa… 🙂

      Tudo muito incrível. E a filhinha, será que quando crescer vai “apreciar” o nome? 🙂

      Enfim, o MetallicA montou 4 noites extremamente organizadas, calculadas e tudo que foi planejado foi executado de maneira singular. Tudo muito perfeito, mesmo – até mesmo as capinhas dos discos da noite (coloquei os ingressos das 4 noites na parte de fotos dos posts), cujo áudio está disponível no LiveMetallicA, seguem a cor dos ingressos das respectivas noites. Um mundo de detalhes que dá orgulho de ver.

      Realmente, nenhuma banda que eu conheço fez uma comemoração tão incrível como o MetallicA…

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      Eduardo.

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  15. Não foi ontem que a banda estava comemorando 30 (e eu também)? Esse blog está ficando velho… só o blog, ninguém mais.

    https://www.blabbermouth.net/news/metallicas-40th-anniversary-celebrated-on-stingray-with-bands-best-music-concerts-and-documentaries/

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    Eduardo.

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