Discografia-homenagem DIO – parte 6 – álbum: Holy Diver

ÁLBUM: HOLY DIVER

A capa da versão em vinil de Holy Diver

■ Gravação: 1983 – Los Angeles – EUA

■ Lançamento: 25/05/1983.

■ Produtor: Ronnie James Dio.

■ O Álbum atingiu #13 nas paradas inglesas.

■ O Álbum vendeu mais de 1.000.000– Platinum Certification (RIAA).

Faixas

  1. “Stand Up And Shout” – 3:06
  1. “Straight Through The Heart” – 4:53
  1. “Holy Diver” – 5:51
  1. “Invisible” – 5:24
  1. “Gypsy” – 3:39
  1. “Rainbow In The Dark” – 4:21
  1. “Caught In A Middle” – 4:14
  1. “Shame On The Night” – 5:20
  1. “Don’t Talk To Strangers” – 4:53

No fim de 1982, com a saída do Black Sabbath por desentendimentos que envolveram a mixagem do álbum ao vivo Live Evil, Dio se encontra num momento-chave de sua carreira, se por um lado desde 1975 tinha trazido ao mundo tanto no Rainbow quanto no Black Sabbath trabalhos irrepreensíveis, por outro lado, estes trabalhos sem dúvida plenamente foram conduzidos por guitarristas geniais e com larga experiência no gênero. As formações com quem havia tocado eram, exceto pelo primeiro álbum deste período (o Ritchie Blackmore’s Rainbow), sem sombra de dúvida dignas de qualquer super banda da época, comparáveis à line-ups como as do Deep Purple ou Led Zeppelin, autênticos “craques” em todos os instrumentos. Assim, Ronnie se encontrava com um grande desafio pela frente, conduzir desta vez sem a presença de um guitarrista renomado uma nova banda, que se chamaria simplesmente Dio pela força e reconhecimento comercial adquirido de seu nome nos projetos anteriores, e não por teoricamente tratar-se de uma carreira-solo.

Contando com Vinnie Appice, Dio busca inicialmente um guitarrista para fazer a banda que pretendia dar sequência aos álbuns maravilhosos que havia gravado com seus grupos anteriores. Há rumores que uma das opções oferecidas a Ronnie era a de Jake E. Lee, na ocasião tocando com a banda Rough Cutt, mas o vocalista prefere um guitarrista britânico, satisfeito com o que havia feito tanto com Blackmore quanto Iommi. O pretendido deveria incorporar o momento fervilhante que o gênero trazia para as inovações dos guitarristas da época, mas sobretudo saber também ajudar nas composições, algo imprescindível para que a nova banda fosse um sucesso. Após alguns dias em Londres, indo a clubes como o Marquee, sem ter qualquer indício de encontrar o músico que procuravam, Dio pede ajuda a Jimmy Bain, baixista que tocou no histórico álbum Rising do Rainbow. Bain sugere dois guitarristas: John Sykes (na época tendo tocado no grupo Tigers of Pan Tang) e Vivian Campbell, que tocava numa banda chamada Sweet Savage, na Irlanda. A opção inicial por Vivian toma forma após os primeiros ensaios, onde tocam Holy Diver e Don’t Talk to Strangers, músicas que já haviam sido compostas e tocadas por Appice e Dio antes da formação da banda. Bain, que inicialmente não havia sido convidado para a banda, aparece na audição com um baixo e por fim tudo se dá tão maravilhosamente perfeito que o embrião dos próximos álbuns da banda Dio toma forma rapidamente, com Campbell e Bain se mudando para a Califórnia para a feitura do trabalho de estreia.

O encarte do álbum em preto e branco

O encarte do álbum em preto e branco

Com a experiência adquirida acompanhando produções dos trabalhos anteriores por produtores, como Martin Birch e Roger Glover, Dio se vê com capacidade para produzir o novo disco, tendo a ajuda de Angelo Arcuri, o engenheiro de som em Mob Rules.  Ronnie sabia bem o que queria e o álbum Holy Diver nasce com o status de ser até hoje considerado o melhor trabalho da banda Dio, tendo trazido ao mundo várias canções clássicas, fruto da inegável química que a formação possuía.

As gravações seguem num ritmo rápido e tranquilo, com participações de todos nas composições e ocasionais teclados a cargo de Dio e Bain. O momento mais presente desses teclados é na faixa de trabalho Rainbow in the Dark, música que Dio não queria no álbum, por considerar muito pop. O riff inicial, composto por Vivian Campbell, fazia parte de uma música chamada originalmente Bottle of Wine. Convencido pelos demais da banda, Dio aceita incluir a canção no álbum, o que lhe trouxe provavelmente sua faixa mais conhecida durante toda a carreira do grupo. A música atingiu a posição 14 nos charts de Mainstream Rock da época.

– versão live do rock palast

Há outros momentos com incursões de teclados, mas de forma mais sutil, com o intuito de dar um certo “clima” em passagens de algumas canções, como um órgão bem colocado na música que fecha o disco, Shame on the Night. A faixa-título, vencedora da pesquisa aqui no Minuto HM, também é lançada como single, tendo seu clip veiculado na MTV, algo fundamental na época para divulgação de qualquer trabalho, mas a música não obtém qualquer repercussão como faixa de trabalho, atingindo um modesto 40º lugar nas paradas específicas do gênero.

Vídeo oficial

Ao-vivo – Holanda 1983

A participação de Bain, algo não concebido originalmente para o projeto, traz diversas co-autorias com Dio, como nas faixas que abrem os dois lados do original do vinil: Stand up and Shout e Straight Through the Heart, ambas exemplos indiscutíveis da força do álbum de estreia da banda. A faixa de abertura, Stand up and Shout, foi curiosamente a última a ser gravada, com vocais feitos já sem a presença de Jimmy Bain e Vivian Campbell no estúdio. Jimmy na ocasião foi chamado para gravar o álbum Love at First Sting com o Scorpions, história já contada aqui no Minuto HM.

Em 25 de maio de 1983, Holy Diver é lançado e é muito bem recebido tanto pela crítica musical quanto pelo público, mas tem uma demora em receber sua primeira certificação (gold status), algo obtido apenas em setembro de 1984. Ele chegou ao 56º lugar na Billboard e acabaria por chegar ao status de disco de platina em 1989. A capa do trabalho, trazendo o símbolo-mascote Murray que apareceria em outros trabalhos da banda a seguir, também tem uma controvertida imagem envolvendo um padre acorrentado pelo próprio Murray e o logotipo clássico da banda DIO, que se invertido pareceria significar DEVIL, algo que Ronnie alega ter sido pura coincidência. O álbum é relançado em versão remaster em 2005, tendo além das músicas originais uma entrevista de Dio com cerca de 35 minutos sobre o período. Em 2005, também é gravado o CD duplo Holy Diver Live, cujo primeiro CD traz todo trabalho executado na íntegra, uma corretíssima gravação que se justifica pela representatividade do álbum de estreia do conjunto.

O grupo inicia uma bem sucedida turnê pelos EUA no fim de julho daquele ano tocando com bandas promissoras da época, como o Queensrÿche, Y&T e Rough Cutt, além da veterana Aerosmith.

Poster da Turne de Holy Diver

O poster da turnê de Holy Diver

O set mistura seis faixas do novo álbum, inclusive a canção Shame on the Night, que foi praticamente tocada apenas nesta turnê, além de clássicos da fase do vocalista nas suas bandas anteriores, como Heaven and Hell, Children of the Sea, Long Live Rock and Roll e Man on the Silver Mountain.

Como músico de apoio é recrutado Claude Schnell, tecladista trazido também da banda Rough Cutt, mas inicialmente o músico não aparece no palco, fazendo suas partes por detrás dos bastidores.

A foramção da banda já com Claude Schnell

A formação da banda já com Claude Schnell

Em 20 de agosto, fazem uma breve interrupção na turnê americana para tocar com Diamond Head, Twisted Sister, ZZ Top, Meat Loaf e Whitesnake no festival Castle Donington, show que foi lançado postumamente no CD duplo ao-vivo Live at Donington em 2011. Após mais shows em território americano, no fim de outubro seguem para a Europa, tendo a banda Waysted como opening-act e tocando em países como Inglaterra, Holanda, Alemanha, Bélgica, Finlândia, França e Suécia, sendo o show do dia 04/12/1983 em Utrech, Holanda, gravado e largamente conhecido entre os vídeos bootlegs da época. O conjunto volta para mais um mês de tour nos EUA e algumas datas no Canadá, tendo outras bandas para abrir seus shows, como o Twisted Sister, Dokken e Black and Blue, finalmente terminando a turnê em 07/01/1984. A grande maioria dos shows conseguiu lotação esgotada, tanto nos EUA quanto na Europa, e a banda, perfeitamente entrosada neste primeiro ano de formação, segue para estúdio para dar sequência na carreira. Hoje, Holy Diver consta da lista de várias renomadas publicações do gênero como entre os melhores álbuns de todos os tempos (inclusive neste mês será novamente relançado em uma super edição especial e remasterizada) o que permite atestar que o desafio e objetivo de Ronnie e companhia foi plenamente alcançado.

A contracapa da versão brasileira em vinil

A contracapa da versão brasileira em vinil

N.R:

Em nossa opinião, Holy Diver é indiscutivelmente o melhor momento da banda Dio em toda a sua carreira. Consideramos o álbum um dos trabalhos que talvez defina o que significa a expressão Heavy Metal, em especial se considerarmos o que o gênero representou durante os anos 80. Ficou muito claro que Dio se valeu dos anos ao lado de Blackmore e Iommi e soube conduzir brilhantemente sua nova empreitada, a começar pela capa, obtendo o mesmo impacto e estilo contido nas que fez com o Black Sabbath. Se tivesse de indicar um único álbum para qualquer apreciador iniciante do gênero, eu B-side indicaria sem pestanejar este primeiro trabalho da banda DIO, a começar pelo riff inicial de Stand Up and Shout, cuja semelhança com Two Minutes to Midnight do Iron Maiden (entre outras) foi trazida anteriormente aqui no blog. A velocidade da canção é ímpar e não tem precedente entre os álbuns do vocalista. Há alguns momentos de sensibilidade, como um vocal extraordinário no início da música Invisible, mas de uma forma geral Holy Diver se destaca pelo massacre sonoro que nos apresenta, este um grande diferencial qualitativo se compararmos com os demais trabalhos do conjunto, trazendo um peso somente visto nos trabalhos do Black Sabbath, mas desta vez levado a uma pegada mais moderna, fruto da qualidade da excelente escolha de Vivian Campbell para o projeto. Aqui trazemos uma controversa reclamação do guitarrista, após sua saída da banda, algo que será melhor detalhado no futuro desta discografia: Campbell afirma que Invisible, Caught in the middle e Rainbow in the Dark são músicas de sua antiga banda, o Sweet Savage, e mais ainda , que Don’t Talk to Strangers, canção que fez parte de sua audição para a banda, na Inglaterra, não é totalmente de autoria de Dio, pois teria contribuído para partes da mesma. Nesta faixa, outro grande momento do álbum e que chegou a final da pesquisa no Minuto HM, encontramos o melhor solo de guitarra de Holy Diver, e sem dúvida um dos melhores que Vivian fez em toda sua carreira.

A outra música creditada como de autoria exclusiva de Dio, a faixa-título Holy Diver, sobreviveu ao teste do tempo e se mantém hoje como uma das faixas mais conhecidas e significativas do grupo. Nela, há uma introdução cujo clima lembra momentos do Sabbath, um riff cadenciado magnífico e outro grande momento de Vivian Campbell em seu solo de guitarra. Outra marca registrada que encaixou como uma luva neste álbum de estreia é o trabalho de Vinnie Appice e sua inconfundível sonoridade de bateria. Tal som, iniciado na verdade com o Sabbath no épico Mob Rules, se confunde com o que a banda Dio sempre significou para o gênero. Jimmy Bain tem uma participação bem maior do que foi visto no álbum Rising, do Rainbow: o músico é responsável por não somente trazer linhas de baixo sólidas, ainda que certamente não sejam tão brilhantes que as executadas por Geezer Butler nos álbuns do Sabbath, mas também ajudando nas composições e participações dos teclados. Mesmo as faixas menos conhecidas, como Caught in the middle, Invisible ou Gipsy são executadas pela banda de forma perfeita, fazendo de Holy Diver algo muito consistente, se juntadas a aquelas consideradas mais clássicas. Aqui está indiscutivelmente a prova cabal de que este é o melhor trabalho da banda: 5 faixas, ou seja, mais de metade do álbum seriam tocadas desde então em praticamente todas as turnês subseqüentes do grupo. Em Caught in the Middle, no entanto, Dio se supera: se Ronnie está impecável e em excepcional fase vocal, nada deixando a dever em seus momentos anteriores junto ao Sabbath e Rainbow, é sem dúvida nesta faixa que encontramos o vocal mais desafiador do álbum.

Mas além de toda a inquestionável qualidade deste Holy Diver, a efervescência do momento da aquisição deste vinil nos deixou memórias que o tempo jamais vai apagar. Este vinil é simplesmente o primeiro disco que tivemos, antes dele o que possuímos eram fitas K7. Ele foi um presente de aniversário, ainda em 1983, portanto essas fotos que aqui estão tem mais de 28 anos.

O Vinil do antológico Holy Diver

O Vinil do antológico Holy Diver

Holy Diver literalmente virou nossas cabeças e até hoje emociona. Outras lembranças que fortaleceram ainda mais a admiração por este primeiro álbum da banda Dio remetem aos vídeos ao vivo do show de Utrecht na Holanda, que na época foram veiculados no programa BB Vídeo Clip, da Rede Record, um dos poucos espaços da TV que passavam o histórico momento que as cenas de hard rock e heavy metal viviam. A perfomance ao-vivo do grupo é de cair o queixo, o vocal de Dio, sublime. Este post é nada mais do que um justo e humilde pagamento de dívida ao álbum que nos “mostrou a luz”. E ele pavimentou o caminho que a banda DIO seguiria dali em diante, com bastante sucesso. A história deste sucesso é assunto do próximo capítulo desta discografia-homenagem, até lá!

Alexandre Bside e Flávio Remote

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Holy Diver Studio Tape, do Sound City, em Van Nuys, Califórnia:

Colaborou: Eduardo.

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Abaixo, uma reedição do lendário Holy Diver em ouro 24 quilates, pelo Steve Hoffman, da Audio Fidelity. O CD pertence ao amigo Renato Coelho:

Colaboraram: Eduardo e Renato.



Categorias:Aerosmith, Artistas, Backstage, Black Sabbath, Bootlegs, Curiosidades, Deep Purple, DIO, Discografias, Entrevistas, Instrumentos, Led Zeppelin, Músicas, Pesquisas, Queensrÿche, Rainbow, Resenhas, Scorpions, Twisted Sister, Whitesnake, ZZ Top

59 respostas

  1. Bom, este post está tão fantástico como o álbum. Os detalhes ao longo do texto e a NR mais ao final estão fantásticas, como sempre, mas ainda mais esta vez, pelo fato de ser o primeiro vinil de vocês, aquele que “pavimentou” tudo e que “deram a luz” a vocês. Senti muita alegria ao ler este final. Considerem, amigos, que a tal dívida está mais do que paga – juros e correção!

    Muitas curiosidades legais sobre as músicas x quando foram gravadas x autorias, um pequeno “teaser” sobre Dio x Campbell, que ainda é relativamente cedo para falarmos, mas estou ansioso em ver o desenrolar dos fatos desta, digamos, polêmica relação… a capa (Murray – não sabia o nome).

    Dio conseguiu mesmo “provar” seu talento, como vocês também abordaram brilhantemente no começo do texto, mesmo não tendo ao lado Blackmore ou Iommi – seu talento e seu momento vocal ali ajudam a dar o tom de obra-prima do disco, que conta com um lineup formidável acompanhando o baixinho.

    Holy Diver é um verdadeiro sinônimo de heavy metal, além de ser meu disco prefererido da banda Dio. É uma maravilha na história do nosso amado estilo, uma referência absoluta e soa “fresco” até hoje! É item obrigatório a qualquer amante do estilo ou iniciante, como o B-Side menciona. Tudo funciona e é tudo maravilhoso ali.

    Parabéns pelo post, caras, e as coisas vão continuar em alto nível com o próximo e também maravilhoso The Last In Line. E ainda vai correr muita água embaixo da ponte Dio x Campbell, não?

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Eduardo,
    Obrigado pelos elogios. O Holy Diver também é o meu preferido da carreira da banda DIO. Novamente o inicio dos anos 80 trazendo álbuns fantasticos, que momento do HM.
    Eu guardo os vinis com carinho aqui em Brasilia, mas este é um dos que cuido mais, tem valor histórico inestimável. E esses momentos em que eu novamente dou atenção ao álbum, para tirar as fotos na publicação do post – eventualmente eu coloco a bolacha para tocar também, ficarão na memória, assim como o dia que eu ganhei o álbum.
    Que venha o proximo!
    FR

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  3. Mais um post incrível e, como sempre, o destaque fica por conta do toque pessoal dado por vocês, Bside e Remote. Que legal saber que este foi o primeiro vinil de vocês. Que presente de aniversário!!!

    Eu fico sempre em dúvida entre qual é o meu preferido do Dio. Se este ou Last in Line. Mas após ler esta resenha emocionante e tão cheia de detalhes feita por vocês, confesso que estou um pouco balançada pro lado do Holy Diver. Sendo assim, esperarei o próximo capítulo da Discografia para dar meu veredicto final 😉

    Abraços,

    Su

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  4. Suelen,
    Muito obrigado pelos elogios e vamos ao Last in Line após a pesquisa para tirar a dúvida de qual é o melhor.
    Aliás acho que vou ouvi-lo e relembrar 1984….

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  5. Aqui em casa, e bem distante dos sulcos do vinil original de 1983, que o Remote guarda com tanto carinho, tenho a versão em cd do álbum.
    Ainda que sejam exatamente as mesmas irretocáveis músicas, não consigo comparar as duas versões , pois sobretudo a parte gráfica do vinil não conseguiu ser reproduzida na versão em cd.
    E exemplos como este encontro aos borbotões quando falamos da década de 80 . Querem um exemplo mais característico do que os álbuns da fase áruea do Iron Maiden? Não dá para comparar.
    Aliás, taí, isso seria um bom tema para um post : Capas cuja versão do vinil não se compara às versões em cd .

    Alexandre

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  6. Pessoal, eu concordo que o “Holy Diver” é o melhor trabalho da carreira solo do Dio, mas gostaria de saber a opinião de vcs em relação a versão remaster do CD, que saiu em 2005 (que saiu com aquela entrevista adicional). Particularmente eu não gostei do trabalho de remasterização feito. Achei que perdeu o peso, ficou agudo demais, “magrinho”. A música “Caught In The Middle”, por exemplo (que é a minha preferida), ficou muito estranha, com uma frequência que dura todo o tempo da música e a deixa até irritante. Alguém percebeu isso? Alguém tem algum comentário a respeito? Um abraço!

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  7. Eu não tenho a versão Remaster, mas já ouvi e o destaque é a entrevista que gostei muito. Não reparei na masterização – ouvi só com Headphones, vou conferir.
    Caught in The Middle – é excelente, aliás o que não é?
    FR

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  8. Antes de qualquer coisa, gostaria de parabeniza-los pela excelente qualidade do blog, já fazia muito tempo que um texto ou resenha não me chamava tanta à atenção a pondo de me fazer escrever.
    Bom, seria redundância falar da qualidade do clássico que é Holy Diver, pode até ser saudosismo, mas particularmente sempre faço questão de ouvir o LP do Holy Diver!!! Continua soando perfeito, inclusive com os estalos característicos do vinil.
    Quanto ao comentário referente à Vivian Campbell, realmente não foi uma grande surpresa para mim, pois tenho algum material do Sweet Savage e já tinha notado que Caught in the Middle era criação de Campbell, pois o riff e a bateria são idênticas a Straight Through the Heart, musica que estava presente no single de mesmo nome do Sweet Savage lançado em 84, apenas com letra e melodia vocal diferentes.
    Quanto a Rainbow in the Dark, tenho um “pitatão” ao vivo de péssima qualidade (diga-se de passagem), mas da para notar claramente que em uma musica intitulada Lady Marion, a guitarra de Vivian Campbell lembra bastante o instrumental de Rainbow in the Dark sem os teclados.
    Espero ter contribuído em algo, gostaria de desejar-lhes muita sorte e vida longa ao Minuto HM! Um Abraço a todos.

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  9. Obrigado pelos elogios e novamente atesto aqui, né Eduardo, que estamos entre feras com o JP que sabe tudo, inclusive mostrando a influência da banda anterior de Campbell no álbum, nada mais natural.
    Serão sempre bem vindas as observações e acrescimos aos posts – obrigado novamente
    Abraços
    FR

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  10. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  11. Gostaria de agradecer pela calorosa acolhida, realmente percebemos que estamos entre pessoas que realmente apreciam o Heavy Metal, indiferentemente de época ou estilos. É notório que o site é feito por quem admira o H.M.!!
    Bem, mais uma vez gostaria de me colocar a disposição caso possa ser útil a algo.
    Um grande abraço a todos.

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    • Olá novamente, J.P.. Legal que está conosco.

      Obrigado novamente, em nome do blog, pelos elogios. É um prazer ter você por aqui comentando e, caso queria contribuir com algum material para um artigo (post), informo que temos uma conta de “autor convidado” – claro que assinado no nome do autor, caso este queira. Se você tiver interesse, me dá um toque que eu entro em contato contigo, ok? Também posso convidá-lo a ter uma conta em seu nome, caso as contribuições, caso deseje, sejam mais “regulares”.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  12. Fantástico esse Post, voltei em uma viagem no tempo lendo as curiosidades desse maravilhoso CD, tenho ele em vinil, dentre outros, mas esse é especial, ganhei ele de presente de aniversáro em maio de 83, guardo ele com muito carinho, afinal ele me influenciou e me arrepiei só em ler esse post. Obrigado a vcs em manter viva essa chama acessa, pois infelizmente é um tempo que não volta mais…grandes bandas e grandes discos.
    Abraços

    Beto

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  13. Espetacular o material trazido na versão especial deste especialíssimo trabalho da banda Dio. Renato, parabéns pela aquisição! Eduardo, obrigado por nos brindar com o excelente material que só complementa de forma brilhante o post !
    Aliás, o Renato como grande conhecedor poderia bem participar dos próximos posts do baixinho, não ?

    Alexandre

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  14. Dio ASG Guitar – Holy Diver Limited Edition: http://artistseriesguitar.com/dio/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  15. Formidável essa resenha!
    Foi uma das poucas bandas de metal que vi nascer.
    Tem uma história que conta que Campbel na época estava procurando uma colocação numa banda mais pop, se não me engano o Def Lepard. Porém não rolou e o cara acabou topando entrar na banda do baixinho. Afinal todos temos contas a pagar no fim do mês. Consta que inclusive a saída da banda foi motivada também pela insatisfação com seu próprio trabalho, já que o desejo inicial não era tocar numa banda de metal.
    Sem dúvida Holy Diver encabeçaria o top 10 de qualquer lista.
    Valeu!

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  16. Minuteiros,

    Bem, o que falar de um post sensacional escrito pelos nossos gêmeos-mestres sobre um dos maiores clássicos já gravados na história do rock, por aquele que é considerado como uma das mais impressionantes vozes do Metal, com um line-up e setlist incomparáveis? Apenas aplaudo…

    Passei aqui na verdade para postar uma versão muito inusitada da faixa-título, “Holy Diver”, lançada no mais recente álbum da banda progressiva sueca “Pain of Salvation” – o CD “Falling Home”. A banda, encabeçada por Daniel Gildenlöw, que é o guitarrista de apoio da super-banda “Transatlantic” em suas recentes turnês, é uma das minha preferidas na atualidade, pois opera num espectro de infinitas possibilidades, tendo ultrapassado as barreiras do prog-rock enveredando num ambiente jazzístico neste álbum em particular.

    De toda forma, sou bastante suspeito, pois além de curtir muito toda a discografia do PoS, eu mesmo tenho transformado vários clássicos o rock para estilos diferentes, principalmente pendendo ao jazz e blues, no meu atual “Duo Prog”.

    Como curiosidade, conto aqui que Gildenlöw sofreu recentemente de uma bactéria que consome a carne humana (flesh-eating bacteria), e miraculosamente se salvou… Não era a hora dele, ainda bem…

    Fica aqui a versão para vocês apreciarem, uma que não seria aplicável ao “Tá de Sacanagem”, tamanha a complexidade, sensibilidade e virtuosismo encontrados ao longo desse intrincado track:

    keep divin’

    Abilio Abreu

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    • Olha Abílio, vou rápido no gatilho aqui.
      1) Gostei da musica, apesar de não ser meu expertise, me agradou e isso é o que conta.
      2) Não dá para comparar com a original. Se for assim, perde em tudo, mas esse não é o ponto, anyway…
      3) Desta forma e esquecendo que existia uma Holy Diver, gostei desta outra música, cujo título e letra são iguais.

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      • Olha, Abílio, a minha opinião bate com a do Flávio, mais ou menos.

        A diferença é que provavelmente eu tenha gostado da versão do POS mais do que ele, isso por que eu achei a versão sensacional, não só pelos vocais , mas também por todo o instrumental, desde o teclado muito bem colocado aos solos jazzísticos de guitarra e também pelas mudanças de andamento durante toda a canção.

        O problema realmente comparar com a original. Não podemos, nem devemos.

        Isso posto, o que se percebe é que o POS está no rol das bandas talentosas e ousadas que pouco vemos por aí. Ainda que eu a ache quase um projeto solo de Daniel.

        Alexandre

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        • Remote e B-side,

          Também concordo com o que colocaram, é uma enorme façanha se aventurar a fazer uma versão de um clássico tão “blindado” como Holy Diver. Nunca nada se comparará à original realmente.

          O que acho relevante é a capacidade do PoS (que ao meu ver não é um “trabalho solo” de Gildenlöw, pois acredito sinceramente que seja algo bastante colaborativo entre os membros da banda) em sacar que uma melodia de um tema tão clássico do Heavy Metal possa encaixar, e muito bem, numa pegada jazzística (e até mesmo a parte que transformaram em um reggae de luxo – com direito a sotaque Jamaicano e tudo), ainda mais adicionado-se as harmonizações vocais tão características do Prog-rock em partes-chave da versão e o fantástico solo de guitarra na seção uptempo.

          E bacana mesmo é a homenagem em si, mantendo o espírito de RJD “vivo”!

          keep jazzin’&rockin’

          Abilio Abreu

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          • Abilío:

            Você foi direto ao ponto , ou seja a questão mais relevante sim:
            É um enorme risco e ao mesmo tempo uma prova irrefutável da capacidade da banda em reinventar um clássico tão poderoso em uma versão totalmente fora do padrão original e trazendo vários momentos de talento durante sua concepção.
            Bem ressaltado também a questão das harmonizações , coisa de quem sabe bem o que está fazendo.
            Em relação à figura central de Daniel no trabalho do POS, pode ser realmente um entendimento de alguém como eu, que não tem um conhecimento raso sobre a banda
            Voltando ao ponto dessas covers inusitadas, me lembrei de cara a versão do Billy Paul de your song, clássico de Elton John, como outro dos exemplos fora do estilo original.

            A do Elton :

            A do Billy :

            Seria um bom exemplo ?

            E estamos indo totalmente fora do contexto original do post…

            Eu adoro isso….

            Alexandre

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  17. Nunca gostei dos trabalhos do Dio, mas eu respeito e reconheço seu legado importante para o rock mundial.
    Acho que vou começar a conhecer melhor seu trabalho com este disco Holy Diver. Vou ouvir depois eu conto.
    No mais, R.I.P. Mestre RJD!

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  18. Aqui o Vinny Appice ensinando a tocar a intro de Stand Up And Shout:

    E Straight Through The Heart:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  19. VINNY APPICE On The Legacy Of DIO’s ‘Holy Diver’: ‘The Word ‘Can’t’ Wasn’t In The Vocabulary’: https://blabbermouth.net/features/vinny-appice-on-the-legacy-of-dios-holy-diver-the-word-cant-wasnt-in-the-vocabulary

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  20. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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