Minuto HM na Califórnia: Rainbow Bar & Grill

Trarei abaixo o mais emblemático endereço californiano, e um dos maiores do mundo, quando o assunto é bar de rock / heavy metal no mundo: 9015 Sunset Boulevard, em West Hollywood – para os mais íntimos, a Sunset Strip, ao lado de Beverly Hills.

Este ponto no mapa abriga o Rainbow Bar & Grill – nome tão forte que já foi inspiração para virar até nome de banda – e que banda. Fundado em 1972, em uma festa para Elton John, o nome “Rainbow”, na época, simbolizava paz e liberdade. Antes de virar “Rainbow”, o restaurante se chama Villa Nova e foi lá que Marilyn Monroe e Joe DiMaggio se conheceram em um encontro “às cegas”, em 1952.

Fica até difícil listar todos os artistas e bandas que já passaram pelo “sagrado” local. Artistas como Lemmy, John Lennon, Keith Moon, Grace Slick, Ringo Starr, Neil Diamond, Janis Joplin, caras do Led Zeppelin e a explosão chamada Guns N’ Roses nos anos 80 (que, aliás, usa o bar nos vídeos de November Rain, Estranged, Don’t Cry e na cover Knocking on Heaven’s Door) , sem contar a vertente liderada por Mötley Crüe / Poison. Ah! Há também o Alice Cooper e Elvis Presley são alguns deles. Aliás, falando em Alice Cooper e Elvis, vale a pena lembrar de uma história que quase terminou em uma tragédia para o Rei do Rock. Algumas das fotos abaixo ajudarão nesta tarefa 🙂 .

E assim, após as aulas, com o Fusion V6 2013, lá fui eu para minha primeira visita a Beverly Hills / Los Angeles, no dia 30/julho/2012. O caminho foi regado a Iron Maiden, com músicas da trinca Number-Piece-Powerslave.

Dentro das opções de rota no GPS, optei por uma que passava por Beverly Hills. No meio das limusines e do lindo bairro, com aquele cenário hollywoodiano de tantos e tantos filmes, passei pelas famosas ruas da região, até finalmente chegar no cruzamento com a Sunset Blvd e já estacionar o carro em um “public parking”. O lugar foi estrategicamente calculado para que o carro ficasse ali e eu andasse pelos quarteirões que respiram rock e metal na regiãoe que serão trazidos nos futuros posts desta série – o foco deste é o Rainbow. Como ainda era cedo, tirei as fotos do Rainbow na parte externa e, mais a noite, voltei para o bar para conhecer a parte interna e curtir uma noite regada a… Coca-Cola e uma coisa que eles chamam de “pizza”, mas eu, como bom paulista, fico meio pé atrás com aquilo… :-).

A emoção de ver o bar já é única. Sério, só de estar ali já arrepia. Eu fui meio que correndo em direção a ele, sem qualquer necessidade, mas foi inevitável. Para quem não sabe (e as fotos mostrarão em detalhes), os tijolinhos da casa possuem os logos de artistas e bandas, então só isso já é uma diversão enorme. Fiquei ali, curtindo o momento e apreciando os tijolinhos como se estivesse vendo os próprios músicos, um sentimento que para quem olha de fora, não faz mesmo o mínimo sentido, mas sei que vocês entendem…

Durante o período que fiquei ali fora tirando as fotos e conhecendo os detalhes do lugar, notei a força do bar com relação a ser mesmo um ponto turístico, com vans, ônibus e curiosos parando a todo instante para registrar fotografias. Os city tours também param por ali e deu para ver os turistas tirando fotos, alguns claramente sem entender o que era aquele lugar e alguns poucos nitidamente emocionados.

Ainda do lado externo, um segurança ficava ali impedindo quem queria tirar foto da “varanda” do bar ou mesmo da parte interna sem ser um “cliente”. Mesmo tendo explicado a ele que ia entrar no bar, ele realmente brigou comigo umas duas vezes. Foi legal quando voltei ao bar e disse a ele: “eu disse que eu voltaria”.

Por ser um ponto turístico e histórico de grande apelo, o Rainbow aproveita para expor souvenirs da casa logo na entrada. Eu mal tinha entrado e já queria comprar tudo (ou seja, a estratégia funciona, hahaha). Logo que entrei, notei que estavam tocando Guns N’ Roses e logo fiquei feliz de ver que era o Appetite For Destruction na íntegra que estava rolando.

O bar / restaurante é um lugar como se espera: mesas confortáveis e uma decoração com quadros, fotos, instrumentos, discos, autógrafos e afins. O bar é rodeado com pequeninas lâmpadas coloridas que lembram até pisca-pisca de árvore de natal. A parte térra do bar é o restaurante, onde fiquei a maior parte do tempo. A casa tem ainda uma lareira e um aquário no meio de sua decoração, além de TVs e um telão. Subindo-se as escadas, temos os banheiros e um clube exclusivo, conhecido como “Over The Rainbow”. Lá está o maior bar da casa, uma lugar com uma mesa mais reservada, uma pista de dança com um pequeno espaço para banda ao-vivo e um espaço para DJ. Há ainda um lugarzinho chamado “Secret Room”, meio desconfortável, cabendo em torno de 4, 5 pessoas e com uma pequena mesa ao centro, mas é onde os artistas ficam quando vão lá. Basicamente é um lugar muito frequentado pelo Lemmy e Slash, em conversas que tive por lá…

Quando já estava na mesa, vi um senhor italiano com “cara de gerente” chegando. Ele falou ao celular e depois com um cara. Ele passou, depois, em mesa por mesa, cumprimentando as pessoas. Quando ele chegou na mesa que eu estava, notou que não éramos americanos e falou em uma língua meio inglês, meio espanhol e meio italiano. Pelo sotaque, dava para ver que sua descedência era mesmo italiana, então resgatei um pouco do que sei da língua e o cumprimentei. A felicidade dele foi imensa, me perguntando da onde eu era. Expliquei que era brasileiro e um pouco do que estava fazendo pelo país e dos passeio, e como a casa é conhecida e admirada.

Neste momento, ele me perguntou se eu gostaria de fazer um tour completo pela casa. E lá fui eu até para a cozinha do restaurante, sendo cumprimentado e apresentado a todos, realmente sendo muito bem tratado. O gerente (cujo nome o idiota aqui esqueceu de anotar) ainda comentava: “olha, aqui é o lugar que o Slash costuma vomitar quando vem aqui” ; “fulano de tal vem aqui e gosta de vir na cozinha comer tal coisa aqui mesmo”, entre outras histórias. Ele também falou ao celular acertando detalhes de uma visita do Alice Cooper, inclusive acertando questões de logísticas e segurança.

A noite foi extremamente agradável e ainda tive a oportunidade de conhecer uma pessoa amiga de uma amiga do curso que mora em Los Angeles há muitos anos, é guitarrista e já trabalhou com diversos artistas na parte gráfica, entre eles, o Steve Vai. Então, o papo foi bem agradável, lembrando até um pouco nossos podcasts.

Abaixo, as fotos (e legendas) desta incrível noite, de um lugar que espero voltar!

[ ] ‘ s,

Eduardo.



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14 respostas

  1. Já tinha vontade de ir ao Bar antes da resenha, agora aumentou e muito – Só não achei graça na tal Secret Room, o resto é um espetáculo – um sonho de consumo, realmente….

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  2. Excelente post, de um local imaculado, e cheio de histórias que tanto nos agradariam estar perto para ver !
    Lembro de vários episódios envolvendo a casa, a relação de bandas famosas com o local, deve ter sido muito emocionante estar lá .
    Quem sabe um dia eu esteja por lá, e vale a dica para aqueles que tem vontade de conhecer uma das mecas do hard rock e metal nos EUA.

    Parabéns pelas fotos e enriquecedores detalhes da casa!

    Alexandre

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  3. Olá, Eduardo! Gostei muito da reportagem e principalmente as fotos sobre o grande e famoso bar Rainbow! Só acho que deveria ter mais detalhes! rss

    Um dia pretendo visitar lá mas queria saber… vocês foram para lá por alguma agência de viagens ou preferiam ir por conta própria? Acho que conta própria seria melhor pois os roteiros de viagens não são destinados exclusivamente para nós rockeiros e headbangers! rss Ficaram hospedados em algum hotel caro lá?

    Ficaria grata se me respondesse essas dúvidas simples.

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    • Olá, Caroline. Obrigado por estar acompanhando o blog e legal que tenha curtido o post.

      Eu fui aos EUA estudar, fazer um curso em uma cidade próxima, chamada Irvine, aproximadamente 50 minutos / 1 hora do Rainbow. De qualquer forma, opções para ficar na região não faltam, aí realmente vai depender de fatores pessoais para sua escolha. Você pode achar hotéis perto da Sunset por menos de USD 100,00 a diária, em média. Se for fora da alta temporada deles, que dura mais ou menos entre junho e final de agosto, melhor ainda em termos de economia.

      Eu particularmente não indicaria mesmo pacotes de agências de turismo para um roteiro focado em metal, como muitas das coisas que fiz.

      Por exemplo: roteiros convencionais pela Sunset Blvd. mal param no Rainbow para que as pessoas possam entrar ; no máximo, param em frente para fotos. Assim, se é do seu interessem melhor mesmo fazer por conta…

      A séria de posts da Califórnia mostra outros lugares que pude visitar por lá, dê uma navegada caso queira: https://minutohm.com/?s=minuto+hm+na+califórnia

      Além de todos os posts acima (e ainda devo postar mais coisas), ainda há um post dedicado a lugares metal pelos EUA e Europa – contribuições por lá são bem-vindas, caso tenha algo – https://minutohm.com/2012/01/17/vamos-listar-lugares-roteiros-e-dicas-de-rock-e-metal-nos-eua-e-europa/

      Espero ter ajudado, qualquer coisa, é só falar.

      Continue participando.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Confirmado que a área externa chamar-se-á “Lemmy’s Lounge” e com uma estátua de bronze ao saudoso Lemmy: http://www.tmz.com/2016/06/12/lemmy-kilmister-rainbow-bar-lounge/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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