Cobertura Minuto HM – Kiss e Viper no RJ – resenha

O Rio de Janeiro foi o local do último show do Kiss no Brasil desta “The Tour”, no HSBC Arena na Barra da Tijuca, de onde não guardava boas lembranças da última vez que tinha ido lá. E levando em conta que era um domingo, no meio de um grande feriado, até que a casa estava bastante cheia (cerca de 9 mil pessoas, segundo a organização) embora as arquibancadas não estivessem lotadas e a pista bastante confortável e transitável.

Infelizmente não cheguei a tempo de conferir o show do Viper, banda de abertura da noite assim como em São Paulo, o que foi uma pena visto que esta é uma das últimas apresentações com Andre Matos nos vocais antes do último show no dia 2 de dezembro no Via Marquês. Mas segundo o setlist.fm, o set foi bem parecido com o de SP, exceto pela ausência de Prelude to Oblivion.

Viper Setlist HSBC Arena, Rio de Janeiro, Brazil 2012, To Live Again Tour

O Kiss entrou um pouquinho após as 21h00 com o tradicional anúncio do locutor “You wanted the best, you’ve got the best! The hottest band in the world… KISS!!!”, com o pano com o logo da banda que cobria o palco caindo, a banda chegando em um palco elevatório, fogos, explosões e o riff empolgante de “Detroit Rock City“. Poucos conseguem ganhar o seu público logo no primeiro minuto de show e o Kiss, sem dúvidas, é um dos mestres nesta arte. Para manter o ritmo empolgante da abertura, o que veio em seguida foi “Shout It Out Loud“. E neste momento eu comecei a fazer as pazes com o HSBC Arena. O seu espaço limitado proporciona uma proximidade muito grande com o palco, mesmo para aqueles que não estavam na bud zone (meu caso). Eu estava quase na última fileira e ainda assim conseguia sentir o calor dos fogos a cada explosão além de o som estar perfeitamente alto, como um show de rock deve ser.

Calling Dr. Love” foi a música que veio logo após, dando a pista de que o set seria o mesmo dos shows de São Paulo e de Porto Alegre. Mas num show como este, com tantos fogos e efeitos para sincronizar, não dá mesmo para brincar muito com a sequência das músicas. Após este início só de clássicos, a banda apresenta duas do seu recente “Monster“: “Hell Or Hallelujah” e “Wall Of Sound”, esta última com seu riffzinho do início em “homenagem” a “Helter Skelter” dos Beatles. Ambas funcionaram muito bem ao vivo, com “Hell Or Hallelujah” ganhando até a participação dos fãs no refrão.

De volta ao início da carreira com “Hotter Than Hell“, do disco de mesmo nome – um dos mais celebrados entre artistas de heavy metal como Dave Mustaine e os caras do Anthrax – com Gene Simmons fazendo seu showzinho no fim cuspindo fogo ao som de sirenes, e a mais famosa do disco de 1982 “Creatures Of The Night“, “I Love It Loud”.

Paul Stanley relembra a todos da primeira vez que vieram ao Brasil em 1983, no Maracanã, e diz que se sente em casa no Rio desde então. Engraçado notar neste momento que ao menos 60% do público alí presente na Arena era criança naquela época ou mesmo não tinha nem nascido! Uma prova de como o público do Kiss se renova. Ou uma mostra de que falta banda hoje em dia para substituir estes grandes nomes do rock?

Mais uma do disco novo, “Outta This World”, com Tommy Thayer no vocal principal emendando direto com um solo de guitarra-bateria de Tommy com Eric Singer. Mas como tudo com relação ao Kiss, nada é tão simples com um mero solo dos músicos exibindo suas habilidades com seus instrumentos, como acontece em shows de outras bandas. Os momentos dos solos são mais uma justificativa para pirotecnias com direito a bateria do Eric Singer sendo suspensa até o teto e disparo de fogo de uma bazuca. Gene Simmons veio logo em seguida com seu número cospe-sangue e o baixo cheio de distorção sendo também elevado até o teto, depois dos canhões de luz, onde, de lá, cantou “God Of Thunder”, do “Destroyer“.

Paul Stanley volta aos vocais e anuncia “Psycho Circus“, com a plateia cantando bastante a música do início ao fim. Aliás, isso de anunciar cada música que iria ser tocada em seguida, citando inclusive o disco, é uma coisa muito legal que foi feita neste show. Uma ótima maneira de apresentar a banda para o público, como se com 40 anos de carreira isto ainda fosse necessário.

Mais uma do Creatures, a tão querida pelo pessoal aqui do blog, “War Machine”, que além de empolgar pelos seu riff, marcação e refrões marcantes ainda exibia no telão de alta definição uma divertida animação de uma espécie de um Kiss Army com uns soldados que lembravam os stormtroopers da série Star Wars com maquiagens à maneira Kiss.

Depois de todos os integrantes já terem brilhado individualmente, chegava o momento de Paul Stanley ter o seu destaque individual sobrevoando na tirolesa por toda a plateia do HSBC, indo pousar numa torre no fundo da pista, a pouquíssimos metros da galera que estava nas arquibancadas. E foi de lá que ele cantou “Love Gun” com participação entusiasmada de todos, principalmente daqueles que estavam no fundão, bem próximo a torre. É de se admirar a disposição do sessentão Stanley, pendurado na tirolesa, com guitarra a tiracolo e usando saltos plataformas, para chegar na torre e ainda ter que cantar e tocar sua guitarra. Isso não é pra qualquer um, ainda que sua voz não tenha mais o mesmo vigor e potência de antes, falhando em vários momentos do show.

“Black Diamond”, do primeiro disco do Kiss, fechou para o bis com uma linda iluminação com um globo platinado daqueles de discoteca e Eric Singer no vocal principal, com sua bateria, novamente, lá no teto. O Kiss é uma das poucas bandas onde todos os seus integrantes se revezam com o vocal principal no microfone durante o show. Na revista Billboard Brasil deste mês que tem o Kiss na capa, há uma entrevista com Gene Simmons em que ele fala que o Kiss é como um “Beatles anabolizado”, onde todo mundo canta e todo mundo compõe.

A banda volta ao palco, com provocações de Stanley dizendo que se estavam todos cansados, então poderiam ir pra casa e mencionando que na noite anterior estiveram em São Paulo e eles foram incríveis e que se o Rio queria ser número 1, que fizessem mais barulho. Foi o suficiente para inflamar a galera para a primeira música do bis, “Lick It Up” emendada direto com “I Was Made For Lovin’ You“. O show termina em total clima de festa com a já esperada e talvez a música mais grudenta de toda história do rock, “Rock And Roll All Nite“, com uma enorme chuva de papel picado que cobria todo o HSBC Arena, Paul Stanley destruindo sua guitarra e fogos ensurdecedores pipocando por todo o palco.

Superado o trauma daquele show do Iron Maiden que acabou não acontecendo, o HSBC Arena mostrou ser um ótimo local para um show para um público médio, ainda que num ponto bem afastado do centro da cidade, com uma boa qualidade no som e visão do palco mesmo para aqueles na pista normal, além do seu amplo estacionamento (embora não saiba quanto estava sendo cobrado) e diversas opções de ônibus estacionados na saída da arena com destino para vários cantos da cidade. Basta um pouco de organização que as coisas funcionam 😉 .

O Kiss mostrou estar em plena forma mesmo com 40 anos de carreira, com um show repleto de hits, em que cada pirotecnia, voos sobre o palco, chuva de papel picado fazem valer o (caro) ingresso pago. E apesar de todos os efeitos visuais, nada ali é encenação. São mesmo os 4 caras presentes no palco que tocam e cantam de verdade os clássicos que encantaram e ainda encantam gerações visto que era possível ver desde crianças até coroas sessentões na plateia. As pirotecnias são só o complemento que tornam a festa mais divertida porque, no fim das contas, o que empolga mesmo é a música.

KISS Setlist HSBC Arena, Rio de Janeiro, Brazil 2012, Monster Tour

Abraços,

Su.

Colaborou: Eduardo.



Categorias:Backstage, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Entrevistas, Kiss, Led Zeppelin, Músicas, Queen, Resenhas, Setlists, Viper

19 respostas

  1. Bom, disse aqui (https://minutohm.com/2012/11/18/cobertura-minuto-hm-kiss-e-viper-em-sp-parte-2-resenha/#comment-15679), no podcast de ontem (ou teria sido hoje?) e repito pela terceira vez: ainda que vem que fiz a resenha do show de SP antes desta, pois esta aqui está em um nível tão alto que deixa a de SP comendo poeira…

    Olha, arrisco dizer que é o seu melhor post por aqui, Su, ainda que todos os anteriores estejam em um nível altíssimo.

    Mas também concordo com você que nossos textos acabaram sendo complementares, já que temos exatamente o mesmo show em termos de repertório e tudo mais, e se tratando de Kiss e suas “burocracias”, estamos praticamente falando da mesma coisa mesmo em dias diferentes…

    Que bom que o som estava legal e ajudou inclusive no ponto Stanley. A questão é que esta casa não merece nosso apreço após o fatídico episódio com o Iron Maiden. Não sei se um dia voltarei a pisar ali, mas fico extremamente feliz que deu tudo certo, já que o lugar, sendo fechado e construído de uma maneira mais moderna, deve ser mesmo legal para se curtir um show (inteiro, claro). Só não acho que 9.000 pessoas é um bom público para a banda, sendo feriado ou não. O Kiss é um “Monster” muito maior, hehehehe.

    E acompanhando o primor do texto, todo amarradinho e dando aquela sensação de estar lá no show, vem estas fotos igualmente maravilhosas. Parabéns a você e sua irmã por elas e obrigado por compartilhá-las aqui – um show à parte.

    Parabéns mesmo – é um privilégio ter algo desta qualidade neste espaço.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Eduardo, não exagera! A resenha do Rio talvez seja melhor como você está falando por que o show daqui foi melhor? É isso que você está querendo dizer? hehehe

      Relatar um show do Kiss não tem muito o que inventar porque não há muita diferença de um show para o outro. A gente tenta enriquecer o texto como pode, linkando com o vasto material que já temos sobre o Kiss por aqui. No fim das contas acaba nem sendo uma tarefa muito difícil porque temos muitas coisas ótimas sobre a banda pelo blog, como a famosa discografia. E como sempre, contando com a sua ajuda para trabalhar com os links recursivos. Muito obrigada de novo 🙂

      Apesar de cada show ser um show, neste caso em que é preciso sincronizar várias outras coisas como fogos, efeitos, explosões não dá mesmo pra inventar muito e improvisar. É preciso seguir o roteiro mesmo a risca.

      Sobre o HSBC, tomara mesmo que você tenha a chance de um dia voltar lá e ter uma experiência feliz. Também acho que 9 mil é muito pouco para o Kiss mas é o Rio de Janeiro né… as pessoas gostam de ir à praia no feriado ou mesmo viajar…

      As fotos da Carol estão ótimas mesmo. Transmitirei os agradecimentos.
      Mais uma vez obrigada pelos elogios e o espaço.

      Abraços,

      Su

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      • Su, talvez o som do Rio pudesse estar melhor, até porque o lugar é fechado e menor que a porcaria do Anhembi… mas são 25.000 contra 9.000, hehehehe…

        E sim, o show do Kiss realmente requer que itens como pirotecnia sejam destacados, não tem jeito – faz parte do todo. Já sobre voltar ao HSBC Arena… quem sabe se o Van Halen vier? 

        As fotos estão mesmo ótimas e estão sendo bem “clicadas” por todos que estão curtindo o post – e com todo o merecimento…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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        • Du, do jeito que as coisas estão ruins no Rio em termos de público, com bandas do porte de Iron Maiden e Kiss tocando em lugares pequenos como HSBC Arena, eu diria que acho até bem difícil, no caso de uma vinda do Van Halen ao Brasil, eles passarem pelo Rio…

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          • Su, B-Side, é verdade. Realmente seria difícil o VH passar pelo Rio. De qualquer forma, somente algo assim me faria PENSAR em voltar a este local…

            Eu falo isso, mas se me confirmasse um Iron Maiden no Rio no primeiro semestre de 2013, lá estaria eu lá, hahahaha… o que eu quero dizer é que tem que ser algo que eu goste DEMAIS para voltar ao local, ainda com minhas restrições…

            [ ] ‘ s,

            Eduardo.

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  2. EXCELENTE SHOW!! COM TUDO QUE HÁ DE MELHOR EM RELAÇÃO AO KISS!! E foi bem melhor que o última passagem da banda no Rio. E tudo no horário programado. Um set list muito bem balanceado, muita pirotecnia (num dado momento, achei que realmente o palco tava se incendiando), muitas explosões, telões em HD, vôos, sangue e Rock and Roll! Só o microfone do Paul Stanley que falhou na hora da Love Gun. Ou a voz dele ainda não estivesse muito boa, depois da cirurgia. Mas, fora isso, não tenho do que me queixar. As melhores pra mim foram Shout It Out Loud, God Of Thunder, Psycho Circus (todo mundo agitou!), Black Diamond, Love Gun (mesmo com o erro no microfone, ver o Stanley sobrevoando a platéia é muito legal) e, obviamente, I Was Made for Lovin’ You e Rock and Roll All Nite pra fechar a festa!!

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    • Marcelo, o show foi demais mesmo! O Kiss, como disse no post, faz você sentir que valeu o quanto você pagou no ingresso. Além das músicas, clássicos da história do rock, ainda tem todo o aspecto visual que influenciou tantos outros artistas por aí, inclusive no mundo pop.

      Minhas preferidas foram War Machine e Black Diamond. Mas a participação da galera em Psycho Circus foi muito legal mesmo!!!

      Obrigada pelo comentário,

      Su

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    • Marcelo, seja bem-vindo ao Minuto HM. Valeu pelo comentário e continue participando!

      Não deixe de notar os links pelo texto, que levam à uma fantástica discografia da banda, material realmente único na internet.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. O vídeo, para facilitar:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  4. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  5. Outra cobertura espetacular , com fotos de excelente qualidade, assim podemos perceber que o Minuto HM está muitíssimo bem representado por pessoas como a Suellen, que fazem a coisa acontecer de forma irrepreensível.
    Seguindo a máxima de que ” cada show é um show”, a parte carioca da tour foi feita num lugar que ainda me recuso a botar os pés , mas que deixa uma curiosidade por ser um lugar menor para shows como o porte de banda como o KISS. Fica uma dúvida, peço esclarecimentos : A pirotecnia num lugar fechado é a mesma do show de São Paulo? Há alguma restrição em virtude da altura ou dimensão do local usado ? Qual é a sua percepção , Suellen?
    Bem, voltando ao show, o repertório é exatamente o mesmo, aquele reloginho que o Eduardo sempre cita em relação aos shows do Maiden. E novamente Paul Stanley se vê diante de muito esforço para apresentar alguma extensão vocal próxima ao que sempre nos acostumamos a ouvir em seus anos de plenitude como principal cantor da banda . O repertório se reveza muito mais entre os vocalistas, coisa que não era tão comum principalmente nos anos 80, onde Stanley chegava talvez a cantar setenta por cento das canções em determinada tour. Ter Thayer e Eric pra ajudar é muito bom, em especial SInger, que tem uma voz muito legal . E hoje Simmons está em muito melhor forma como vocalista que Stanley, assim é sempre bom incluir canções a cargo do linguarudo, afinal, hits é que não faltam na carreira da banda .
    Aqui no Rio pelo jeito o som estava numa altura apropriada para espetáculos do porte , ao contrário do show de São Paulo. Estar num nível abaixo certamente dá uma esfriada na platéia, como pude ver no show do Maiden estando na parte não vip da pista no show da Apoteose em 2009.
    Mais uma vez, preciso dar os necessários e obrigatórios parabéns pela cobertura, agora acrescida nos comentários da versão Unplugged de Shandi , do Meet & Greet .
    Em relação ao Hsbc, eu continuo não disposto a ver shows por lá , mas quem sabe um tal VH me faz mudar de idéia ?

    Alexandre

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    • Bside, obrigada pelos sempre generosos elogios.

      Sobre a sua dúvida em relação a pirotecnia, acho que a única diferença em relação ao show de SP, neste sentido, é que no Rio não tivemos aqueles fogos que explodem no céu. De resto, estava tudo lá, espremidinho no palco. Neste sentido, acho que o público do Rio ganha até uma certa vantagem porque, por conta do limitado tamanho do HSBC, a plateia fica mais incluída no espetáculo, principalmente no momento do voo do Paul Stanley, que pegou a pista inteira e o deixou pertinho da arquibancada e na chuva de papel picado, que também tomou conta de toda a arena.

      O repertório realmente é bem elaborado para dar uma colher de chá a Stanley. No meio do show são 3 músicas seguidas sem ele no vocal (Outta this World, solo de guitarra-bateria-baixo e God Of Thunder), o que dá, no mínimo, uns 20 minutos ininterruptos de descanso. E nos demais momentos ela não canta mais do que 2 músicas seguidas, exceto no bis. E ainda tem o fato de o atual set ser bem mais curto do que de 2009.

      Como curiosidade, o set do meet & greet:

      Abraços,

      Su

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      • Em relação ao Meet and Greet, Wall of Sound e Tears are falling são as surpresas, a primeira por estar nos dois set-lists cariocas e a segunda por que é uma daquelas da fase mais “glam” da banda, onde o Paul Stanley levou seus timbres agudos próximos à estratosfera. Assim, fui dar uma checada e constatei o óbvio: A platéia adorou, mas não dá mais pro Paul, nem era para considerar essa, honestamente…

        Alexandre

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        • Muito legal mesmo é ver a galera gritando e pedindo músicas e músicas, e cantando… nós, brasileiros, somos muito bons nisso :-).

          E B-Side, concordo que não dá mais mesmo para Paul se envolver neste tipo de música, tão alta… tanto que ele foge dos agudos (e até nas partes mais baixa, a coisa fica “pegando”) e quem canta é o fanático e felizardo público.

          De qualquer forma, o encontro com os fãs nestes moldes é muito legal, mesmo com um Gene Simmons parecendo, sei lá, qualquer coisa menos o linguarudo que vemos no palco, não?

          [ ]’ s,

          Eduardo.

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  6. Animação que rolou nos telões durante War Machine

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  7. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  1. Bandas de rock, hard e metal onde todos cantam e tocam « Minuto HM

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