Discografia MetallicA – parte 3: [Pré-MetallicA] James Hetfield

DiscMet_3_james_kidJames Alan Hetfield, descendente de alemão, inglês, irlandês e escocês, nasceu em uma família de classe média em 03/agosto/1963 na cidade de Downey, na Califórnia, EUA. Ele possui 2 meio-irmãos mais velhos do primeiro casamento de sua mãe, Cynthia (uma cantora de ópera) e uma irmã mais nova.

Tem o Misfits como uma das bandas de coração e é fã de Clint Eastwood e especialmente de um de seus filmes, o italiano “Il buono, il brutto, il cattivo” (“The Good, The Bad & The Ugly”), de 1966, que conta com Ennio Morricone e, em seu clímax, traz a trilha de “L’Estasi dell’Oro” (“The Ecstasy Of Gold”), mais do que reconhecida por qualquer fã de MetallicA e que ainda falaremos nesta discografia. Foi Jonny Z que sugeriu, em abril/1983, que a banda usasse o tema para abrir os shows da banda, por achar que combinaria bem para que uma banda de metal entrasse no palco logo na sequência.

Seu pai, Virgil, era caminhoneiro. Virgil abandonou sua família, com Hetfield ainda criança. O casamento dos pais acabou em 1976. Dada à crença religiosa, chamada “Christian Science”, onde se acredita que a realidade espiritual é a única que existe, sendo que a realidade de coisas como doenças e a morte são ilusões e que fraquezas e doenças podem ser curadas com orações, Cynthia, com câncer, acabou falecendo muito cedo, em 1979.

A religião acabou afastando James de atividades escolares como aulas de Educação Física, pois era necessário realizar exames médicos para que o aluno pudesse praticar esportes, e também das aulas relacionadas à Saúde. Por conta disso, Hetfield ficava ainda mais isolado dos demais colegas, muitas vezes sozinho pelos corredores aguardando o fim destas matérias para reintegrar a turma.

Sozinho, James foi viver com seu meio-irmão David. Seu pai faleceria, também de câncer, durante a Poor Touring Me Tour (do álbum Load), em 1996. Muito dessa dura experiência de vida acabaria ganhando uma importância fundamental na vida de Hetfield e como ele usaria muito desse sofrimento em letras de músicas.

Mas antes de falecer, Cynthia influenciou seu filho e sonhava em tê-lo como um pianista clássico. Aos 9 anos de idade, James já fazia aulas de piano mas logo tentou tocar a bateria de seu irmão David até que, aos 14 anos, James pegaria uma guitarra para inicialmente tocar com Robert Okner. Mesmo assim, a influência operística fez com que a primeira música que Hetfield aprendesse na vida fosse “Flight Of The Bumble Bee“, escrita pelo russo Nikolai Rimsky-Korsakov para a ópera “The Tale of Tsar Saltan“.

DiscMet_3_james_drums

A influência inicial de Hetfield é o Aerosmith, banda que foi a primeira que viu com seu irmão ao-vivo e que contou com abertura do AC/DC, em 12/julho/1978, em Long Beach Arena. Mas a perda de sua mãe, aliada a sua descrença religiosa e sua descoberta pelas letras do heavy metal mexeram profundamente com James, passando a ser conhecida como “a criança mais raivosa do mundo” em sua escola. Hetfield se afastou ainda mais dos outros familiares e de amigos e continuou a ter muitos problemas com seu pai.

James continuou suas descobertas musicais, principalmente com nomes como The Beatles, Thin Lizzy, Queen, Led Zeppelin, AC/DC, Ted Nugent, Deep Purple, Motörhead e Black Sabbath. A música passava a se tornar a grande opção para Hetfield continuar vivendo e ele logo percebeu esse caminho, fundando o Leather Charm, sua primeira banda (cujo nome durou pouco tempo e mudou para Obsession), ao lado dos irmãos Veloz na cozinha e Jim Arnold na guitarra. A banda tocou muito na garagem dos irmãos e colégios pela região e teve neste momento, como roadies, Dave Marrs e um certo Ronald McGovney, que veremos no futuro desta discografia.

Hetfield se mudaria para Brea, também na Califórnia e, em seu novo colégio, Brea Olinda High School, conheceria o baterista Jim Mulligan, ensaiando com ele nos intervalos de aula, e também Hugh Tanner, que interessou basicamente por ser um cara que já possuía uma Gibson Flying V. Juntos, fundaram uma banda chamada Phantom Lord, nome inclusive que foi lembrando no futuro quando do nascimento do MetallicA, como veremos, com James tocando guitarra e se arriscando nos vocais.

A banda teve alguns baixistas, até que Ron McGovney assumiu o instrumento. Eles frequentemente coverizavam “Remember Tomorrow”, da nova banda que começava a trilhar seu caminho e abrir terreno na NWoBHM, o Iron Maiden, “Slick Black Cadillac”, do Quiot Riot, além de serem fortemente influenciados por Diamond Head e Sweet Savage. Algum tempo depois, Tanner também deixou o grupo buscando uma carreira como produtor musical, vaga preenchida por Troy James. Mulligan também deixou o grupo em busca de uma nova sonoridade, mais parecida com o Rush.

Mesmo com tantas mudanças (inclusive no nome da banda, que voltou a se chamar Leather Charm, mas com Hetfield apenas nos vocais), esta foi uma importante e rica fase para os garotos, que chegaram a gravar uma fita demo, com muitas ideias de riffs nascendo neste período e que seriam aproveitadas em um futuro não tão distante. James se formou na escola e voltou para sua cidade-natal, se mudando para uma casa cujos donos eram os pais de McGovney e que estava marcada para demolição para a expansão da via. De qualquer forma, servia para o propósito dele e de Ron: ensaiar.

Em paralelo, inicialmente como uma outra forma de tentar escapar de seus problemas pessoais, Hetfield também já começava a ter uma outra “companhia” que estaria presente de maneira muito frequente em sua vida e também na de seus futuros companheiros no MetallicA: o álcool. A substância, para o bem ou para o mal, seria outro ponto de fundamental importância na trajetória dele e da banda. Com relação a outras atividades, James chegou a trabalhar em uma fábrica de adesivos, como zelador de um colégio e carregador de mudanças.

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Mas mesmo com a sua saída do grupo, Tanner apresentou James a Lars, com base no anúncio da The Recycler, marcando o primeiro encontro para uma jam na casa do tenista-baterista, com Hetfield se empolgando com a possibilidade de o encontro ser bom e ele poder reativar a banda Leather Charm com Lars na bateria.

Entretanto, este encontro não foi positivo. Hetfield se decepcionou bastante com Lars, falando a ele que era melhor abandonar a ideia de ser baterista e voltar ao tênis. A dupla só voltaria a se encontrar praticamente um ano após esta data, mas isso é assunto para um momento futuro da discografia.

DiscMet_3_james_teen2

Até o próximo capítulo.

[ ] ‘ s,

Eduardo.

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61 respostas

  1. Sensacional, quanta coisa que eu não conhecia..Sabia da infância e adolescência difícil de Hetfield, mas não tinha a mínima noção do quanto…Realmente a música acabou por fazer o papel do ” bem ” na história, pois acredito que o álcool não deve nunca ter esse protagonismo, entendo então que precisamos considerá-lo o “lado negro da força” . Interessante também é notar como James a princípio não se entusiasmou com as qualidades de Lars como baterista, sei também que pra frente o baterista teria seu lugar na banda colocado em cheque. Mas isso é muito mais pra frente .
    É incrível que antes dessa discografia sequer começar estamos tendo tanto conhecimento à nossa disposição…Repito, a discografia nem começou ainda , impressionante… Parabéns também pela seleção de vídeos, a trilha sonora que abre os shows do Metallica sempre me emociona, acho que estou ficando velho…
    Flight Of The Bumble Bee é frequentemente tocado pelos guitarristas de maior virtuosismo, como Petrucci e o grande Kee Marcello, ex- Europe. Pelo vídeo acima ( entre 12 minutos e 14 minutos ) pecebemos que é o mesmo que Hetfield aprendeu, segue abaixo o link de Kee em ação 87 com o Europe, é impressionante :

    É isso aí, a discografia está um primor , e ainda nem é a discografia…

    Mal posso imaginar o que vem por aí…

    Saudações

    Alexandre

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    • B-Side, não esqueci de responder a você, é que deixei para ver o vídeo do Europe com calma – decisão mais do que acertada da sua contribuição sem tamanho. Eu confesso que não sabia da curiosidade por você trazida dos outros virtuosos guitarristas…

      O vídeo é de uma qualidade impressionante e não pude também deixar de notar a linda bateria Tama, que lembra inclusive a versão do baterista da banda desta discografia, não? Não sou especialista em instrumentos, mas os kits são bem parecidos, leigamente falando aqui.

      Sobre a questão do álcool, sem dúvidas é o lado negro da força, mas sem dúvidas também teve (tem, na verdade) um papel importante principalmente no momento que Hetfield está escrevendo, que as letras chegam facilmente. Ele mesmo diz que escreve muita coisa sem ter ideia do que está escrevendo na hora, sem um significado especial, simplesmente “sai”. Então, longe de mim defender isso, mas o álcool acaba tendo um papel decisivo mesmo na vida dele.

      Agradeço pelos elogios sinceros, muito especiais vindos de você, e saiba que se você está ficando velho com a emoção da trilha usada pela banda, eu também estou… essa versão originou me arrepiou – eu nem ia usá-la mas, depois de ouvi-la, dei um jeito de já encaixá-la neste capítulo mesmo.

      Obrigado novamente.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  2. Se o Bside aprendeu aqui, imagina eu então!!

    Pra quem não leu ainda, uma ótima pedida é ler ao som épico de “The Ecstasy of Gold”, do Morricone.
    E repetir para os outros vídeos, é claro!!!

    Parabéns pelos ‘prés’ excelentes.

    [ ]’s
    Julio

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    • Julio, verdade… ver os gêmeos falando que estão aprendendo chega a ser até estranho, né? É só generosidade e humildade deles, tenha certeza…

      Valeu por estar acompanhando, por enquanto ainda é mais uma “preparação do terreno” mesmo. A coisa agora vai dar uma leve desacelerada e para os posts mesmo dos discos, ainda mais… não tenho absolutamente nada pré-pronto, portanto, peço a paciência… para quem já esperou tanto, não é nada, né? Hehehehe…

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Como havia dito anteriormente, Hetfield tem fundamental importância e para mim hoje é uns 90% da banda. Acho que a banda teve dois grandes e inventivos músicos, sendo que já se foi (infelizmente) e o que permanece é este – é um cara que admiro, ainda mais vendo a série de percalços com a sua família e, com os problemas de alcoolismo – é incrivel a capacidade de superação de um músico que vejo sempre crescendo na banda tanto como guitarrista, quanto vocalista.
    Novamente o post traz o aumento salivar da expectativa que virá aí para frente – cada vez mais esperando o desenrolar da história, magistralmente contada pelo nosso Mestre Yoda – Eduardo.
    Can´t wait for the next one….
    Flavio Remote

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    • Remote, sim, hoje em dia e musicalmente falando, Hetfield carrega a banda. Mas veremos que nos anos 80, a coisa era um pouco mais dividida. Sobre o que já se foi, é uma lástima e temos mesmo que lamentar e celebrarmos muito o legado, que falaremos por aqui ainda.

      James sempre foi mesmo um cara diferenciado e por sorte, conseguiu direcionar muitas dificuldades à música – ele tinha tudo se dar muito mal na vida, mas para nossa alegria, seu talento, força e capacidade de superação foram mais forte que tudo.

      Ainda estamos colocando os alicerces na discografia…

      Agradeço os elogios!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Olha … se for para ficar escrevendo em clima de suspense … só vou ler estes posts quando todos estiverem publicados!!!! HAHAHAHAHA Caramba … começa a falar e, de repente … isso fica para mais tarde na discografia!!
    Realmente esta discografia está trazendo muitas informações que eu desconhecia e que só fazem a minha admiração pelo MetallicA crescer …
    Parabéns “Mestre Yoda” … e quem venha a próxima parte, seja ela pré-discografia ou não …

    Abs

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    • Cris (e galera), pior que a intenção não é essa, apesar de parecer… hehehehe… de verdade, eu estabeleci uma “linha de corte” nestes posts “pré-MetallicA”: o anúncio no jornal pelo qual James teria seu contato mais concreto com Lars. Então, a intenção é parar justamente ali em todos, para depois o futuro post “Early Years” retomar deste ponto. E, depois, ainda teremos mais mudanças na formação (aí a banda já existe, claro, mas os posts deverão terão o mesmo formato para cada personagem futuro). Bom, pelo menos esta é a ideia…

      Legal que esteja curtindo, acompanhando e fazendo sua admiração pela banda crescer. Fico honrado e feliz. Vá providenciando os CDs para já ir curtindo, quando começarmos, fará uma diferença se puder curtir previamente o que possivelmente você não conheça ainda – e, claro, poderá ajudar a todos com sua opinião, que será muito válida.

      Vamos em frente e Cris: obrigado pelos elogios!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  5. Mais um caso em que o meio em que a pessoa vive tem influência direta na música, só que neste, ao contrário de Layne Staley que vimos recentemente aqui num post, teve um final feliz com Hetfield canalizando toda sua fúria e frustração na música em vez de se deixar afundar em drogas, embora também tenha passado grandes problemas por conta do álcool.

    Recentemente Het voltou à escola que estudou antes de se mudar para Brea para uma homenagem e num discurso bastante sincero, que, aliás, é uma de suas características que mais admiro, admitiu que não era um aluno brilhante, não conseguia se encaixar em nenhum grupo e que freqüentava as aulas somente para conseguir os créditos necessários para aprovação, levando-o a focar cada vez mais na sua música, afirmando odiar seu tempo de escola e por conta disso, achar surreal estar de volta ali, para o constrangimento de todos os pais e professores presentes, rs.

    http://m.aol.com/music/blog/noisecreep/2011/06/01/metallica-james-hetfield-california-high-school-honor/

    Sobre o post em geral, mais uma vez um trabalho com selo Minuto HM de qualidade, com os caprichos que só vemos por aqui mesmo, como a linda versão original de The Ecstasy Of Gold, o setlist do AC/DC, as ótimas fotos e as curiosidades como os primeiros empregos de James e ele mandando Lars voltar para o tênis hehehe

    Parabéns mais uma vez.

    Abraços,

    Su

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    • Su, agradeço os elogios / menção honrosa chamada “selo Minuto HM de qualidade”. Realmente Hetfield é um exemplo de superação constante pois, como sabemos e veremos, os problemas mesmo após o MetallicA virar a máquina que virou continuaram, com outro “tom”, é verdade, mas ele mesmo assim deu vários exemplos de superação até se consolidar efetivamente hoje como o verdadeiro “Papa Het”, com uma maturidade impressionante. Uma pena que isso não aconteceu em tantos outros casos, como do Layne que você bem citou.

      Bacana sua lembrança e o link adicionado, agregou bastante e vai de frente com o que trouxe no post, portanto, bem legal mesmo.

      Obrigado!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Excelente a contribuição, Suellen,o link agregou e vai diretamente de encontro ao brilhante texto do Eduardo.

      Alexandre

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  6. Muito bom! Apesar de fã há muito tempo nunca me aprofundei tanto na biografia dos músicos. Será uma ótima oportunidade para conhecer a origem de uma das maiores bandas de rock da história. A banda marcou muito minha adolescência nos 80’s. Lembro claramente de ler na revista Metal (em 84 ou 85) sobre uma nova banda que estava aparecendo com um novo estilo de rock batizado como thrash metal. A foto na reportagem era da contra capa do Kill ‘em All. Meu primeiro contato com o som foi com o Ride the Lightning (pirata) com contracapa preto e branca comprado na loja Heavy na praça Saens Pena. A primeira impressão foi de um som pesado e vibrante muito diferente do que eu estava acostumado (Kiss, Iron Maiden, Deep Purple). Foi um tiro no escuro, pois não conhecia ninguém que conhecesse essa nova banda. Na sequencia procurei conhecer um pouco mais da banda e comprei (acho) o Kill ‘Em All. O Master of Puppets foi esperado com ansiedade. Reservei o disco numa loja lá de Ipanema que iria chegar. Eu e o meu amigo Alexandre Remote (deve se lembrar) nos despencamos de Vila Isabel de busão para Ipanema e ainda ficamos uns 30 minutos esperando a loja abrir com mais uma meia dúzia de loucos (bons tempos!)😀
    Infelizmente me desfiz de algumas relíquias. Tive um EP picture do Jump in the Fire com aquele diabo pançudo, uma edição limitada inglesa do Master of Puppets de vinil duplo e o EP do Creeping Death com Am I Evil e Blitzkrieg.
    Espero poder dividir com vocês em algum podcast minha aventura no show do … And Justice Tour.
    Aproveito para me desculpar pela ausência no blog que considero uma referencia sobre o mundo do rock. Lembro-me da fase pre blog quando trocávamos inúmeros emails.
    Parabéns Eduardo pela iniciativa e por dividir tanta informação e por toda a galera do blog.
    Claudio

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    • Claudio, seu retorno aos comentários por aqui traz uma grande alegria e até mesmo um certo saudosismo dos tempos do listing de e-mail que tínhamos antes do blog ser criado. Como você sabe, o blog foi criado com o intuito de “organizar vocês”, no sentido não perdermos em e-mails tanta coisa legal que trocávamos há anos atrás. Você hoje mencionar que ele virou uma referência é igualmente uma honra e você faz parte disso, desde os tempos dos e-mails.

      A minha responsabilidade, que já era enorme, está tendendo ao infinito agora pois ter você, grande fã e conhecedor, acompanhando e participando é sensacional. Agradeço pelos elogios e pela contribuição por aqui com estas histórias – tenho certeza que muitas surgirão a cada capítulo por aqui.

      Como o B-Side disse, você foi mesmo um precursor no país a conhecer a banda, o novato grupo que “assaltaria”, como se diz por aí, o mundo do metal.

      Se você ainda tiver alguma relíquia da época, será um prazer se quiser colocá-las nos posts relacionados aqui, conforme forem saindo. Me avise que a gente dá um jeito, ok?

      Continue por aqui, cara, nem que seja por apenas alguns minutos (hm) por dia… afinal, o espírito dos e-mails continua por aqui, com a vantagem de podermos compartilhar ainda mais com outras pessoas e não perdermos mais tanto o bom e velho papo… o espírito é o mesmo!

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Well, obrigado pelas “re-boas vindas”. A época dos emails realmente foram legais. Organizar aquela “bagunça ” foi bem frutífero. Tive a sorte de ter tido contato com o rock muito cedo com audições de Beatles e Stones, avançando para Peter Frampton e Supertramp até chegar ao Kiss, Iron, Motley Crue, Purple, Metallica etc. Mas a amizade e sintonia com os gêmeos foram primordiais para eu continuar. Tive minha fase no lado negro da força em que a influencia do black metal me dominou. Mas essa é uma outra história. Farei o possível para participar do próximo podcast. Quem sabe consigo convencer o outro brother Batata, protagonista desta história a participar. Grande abraço.

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        • Eu lembro claramente do seu Master of Puppets LP e o Pirata Ride the Lightning e também do Diabo pançudo. Eu tambem so me rendi pelo Justice, era muita porrada para quem gostava de Hard Rock e HM tradicional. Alias eu lembro do Batata, que gostava de uma boa mistureba, acho que foi a primeira vez que ouvi Bon Jovi, num disco dele.
          Ah, e lembro também da sua fase negra do Death…
          Abraços Cláudio,

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          • Por acaso vocês tem essa “pançudo” por aí ainda?

            [ ] ‘ s,

            Eduardo.

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          • O batata tocava pra meirelles , lembro de ter visto um show dele no centro da cidade. Lembro de conhecer o Skid Row através dele, mas confesso que nem curti tanto assim. Seria ótimo tê-lo no podcast, sem dúvida .
            E lembro perfeitamente desse picture disc da Jump in the Fire, que era tratado com muita distinção pelo Cláudio.
            Mas eu não gostava do Metallica nessa época, o ponto da virada veio com o ….And Justice for All. Eu ouvi aquilo e falei : Isso é coisa de gênio, impressionante o trabalho da banda , virei fã ali!
            O Master foi o estopim da pólvora, mas o reconhecimento só veio com o …And Justice

            Alexandre

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        • Claudio, sem dúvidas a época dos e-mails foi sensacional e é graças a ela que hoje este espaço existe. Eu hoje “brigo”, no melhor dos sentidos, quando recebo um e-mail agora pois agora temos justamente o blog para falarmos de maneira estruturada, hehehe. E um grande abraço ao amigo Rolf por ter insistido que eu adicionasse os gêmeos e você no listing. O resto é história: https://minutohm.com/2010/03/25/heavy-birthday-origem-do-nome-e-agradecimentos/

          Eu também comecei com Beatles e Stones. Daí fui para Pink Floyd, Guns N’ Roses, Queen, Nirvana e MetallicA. No MetallicA, depois que conheci o …And Justice For All, minha cabeça mudou de vez. Aí dei uma chance a um tal Iron Maiden e aí o metal entrou de vez na minha vida.

          Sobre o podcast, cara, já estou projetando sua presença e quem sabe do amigo Batata também!

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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  7. Cláudio, eu me lembro sim desse dia em que fomos a Ipanema, demorava mais de uma hora e meia pra chegar lá de ônibus. Aliás, o bairro também traz outras recordações , como os vídeos que víamos na sala de vídeo Cândido Mendes. Eu me recordo que não sabia bem o que estava fazendo lá, mas que você estava vidrado em ter o álbum. Eu praticamente não conhecia MetallicA, e o que conhecia não gostava . Você foi a primeira pessoa que conheci que apostava na banda, e neste Master é que alguma coisa me chamou a atenção . Eu lembro de gostar de Sanitarium e o trecho do meio da faixa-título. Mas eu só me ” rendi ” ao Metallica quando eles lançaram o …And Justice for all. E foi você que primeiro me mostrou o trabalho.
    Ou seja, não só no MetallicA , mas em muitas outras bandas na época, considero que você sempre esteve à frente nessas descobertas.
    Cara, a história do show de 89 precisa ser dita num podcast, isso já virou uma obrigação !!!
    Quem sabe no próximo, agora, dia 15/02?

    Um grande abraço,

    Alexandre

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    • Seria fantástico ter o Claudio, que reapareceu nos comentários aqui para nossa alegria total, no próximo podcast mesmo. Aliás, “legal” não é a palavra, e sim “honra”.

      Claudio, faremos o próximo bate-papo via Skype no dia 15/fev/2013, a partir das 21h00. O usuário no Skype que você precisaria adicionar é o “minutohm”. Qualquer dúvida, por favor, me avise que terei o maior prazer em ajudar, ok?

      E B-Side, que fantásticas lembranças, muito bom que estamos aqui resgatando tudo isso, me faz mesmo lembrar dos velhos tempos do listing de e-mail… por favor, não deixem de contá-las sempre…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Ótimo post!

    O James Hetfield é meu ídolo máximo. Acredito que sem ele e sua guitarra de trovão minha vida seria mais triste e provavelmente estaria escutando funk ou sertanejo!

    O que me faz gostar mais do Metallica do que das outras bandas é seu poder de crias músicas bonitas dentro do estilo heavy metal, sua variação criativa (isso junto com a banda, claro) que faz com que qualquer álbum do Metallica não seja cópia do anterior, nem seguindo um caminho óbvio.
    Além de não escrever letras bobas de deuses nórdicos ou lendas doidas…

    Abraço!

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    • Glaysson, agradeço o elogio e estou com você na questão da idolatria ao Hetfield. Não creio que eu estaria escutando coisas como o que você citou mas, talvez, eu tivesse ficado no rock and roll clássico apenas, sem a veia metal ter sido despertada como foi.

      Vamos dando sequência aos personagens iniciais agora para fazermos a base para os discos e outros itens que falaremos na sequência.

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  9. Ah, não sei se é real, mas quem tem Instagram o perfil @papa_het_ parece ser do Hetfield. é a única fonte de rede social que PODE ser de alguém do Metallica. Se não for, é de alguém que é bem próximo e tem fotos muito exclusivas!

    Por vias das dúvidas, já sigo ahahah!

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  10. Fantástica entrevista de Hetfield na Guitar Center em San Francisco… muitas coisas abordadas, como a timidez e como a música o ajudou com isso, como ele conseguiu seu primeiro instrumento, como ele manteve seu cabelo cumprido, quando depois do High School a música lhe atingiu de verdade, como a coisa saiu do controle durante o Black Album e respectiva tour, influências, como Tony Iommi, de como ele gosta de usar a guitarra baixa no corpo, como estar no palco, entre outros assuntos.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  11. Uma das paixões de Hetfield são os carros – e que carros… o Black Pearl acaba de ganhar ainda mais destaque: http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/carros,carro-de-vocalista-do-metallica-ganha-premio,18186,0.htm

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  12. James Hetfield será a voz para The Hunt, série de oito episódios do History Channel: http://feedproxy.google.com/~r/blabbermouth/~3/penYNzvx6eA/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  13. Interessante vídeo do James Hetfield, onde o frontman fala sobre usa infância, religião e seus pais.

    E no final, uma informação muito legal sobre uma música tocada no último show, em SP. Vale a pena ver!

    https://m.youtube.com/watch?v=5HfNDBQZPS8

    Abraços!

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  14. Interessante análise vocal de James Hetfield realizada por um profissional. Um ponto de destaque é a parte que analisa a voz no início de carreira até a fase do Live Shit, em que mostra que se James continuasse naquele ritmo muito provavelmente hoje não estaria cantando ou com desempenho muito inferior ao que ouvimos hoje:

    http://whiplash.net/materias/curiosidades/205471-metallica.html

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    • Achei interessante tecnicamente a análise, mas gostaria de saber de vocês , Glayssom e Eduardo, profundos conhecedores do assunto, se não houve um momento ao vivo onde a voz de Het esteve de mal a pior. Quando foi isso ?

      Alexandre

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      • Boa pergunta!

        Acredito que a pior fase de James foi pós-St. Anger. Lá ele teve que se acostumar com um outro momento, sem álcool e acho que isso influenciou o desempenho. Mas nada tão grave assim!

        Para mim, a pior performance de James (de longe) foi no Rock Am Ring de 2006, cantando Would?. Adoro essa música e ele conseguiu estragar a dita cuja rs. Ai vai :

        Eduardo, e sua opinião ?

        Abraço!

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      • B-Side, eu concordo plenamente com o Glaysson. A coisa ficou feia especialmente entre 2004 e 2007. Os shows estavam ruins em geral, inclusive na voz, a banda se recuperando daquela fase “polêmica” da criatividade lá embaixo…

        Sobre a participação com o AiC, eu acho que ele só vai verdadeiramente mal nas partes altas. Quando divide com JC e nas partes baixas, acho que passa tranquilo. Mas quando precisa mesmo, a coisa desanda, como comentou o Glaysson.

        O que mudou mesmo a voz dele foi a longa tour do Black Album, tocando em inúmeros e sequenciais shows por praticamente 3 anos ininterruptos. Ele mesmo afirma que a música que em especial acabou com a voz dele foi a cover So What.

        Se pegarmos os últimos shows desta tour, já vemos os claros sinais e, dali em diante, nunca mais foi a mesma – além da natural questão da idade, claro, e das mudanças técnicas que todo vocal que se preze vai adotando e desenvolvendo ao longo dos anos.

        Abaixo alguns vídeos interessantes para vermos a voz dele mudando ao longo dos anos, com o claro auge a partir do Master, com pico absoluto na época do Justice até a tour do citado homônimo álbum (inclusive), e a queda nos período que Glaysson e eu citamos. Ainda bem que ele está bem melhor novamente…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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    • Glaysson, obrigado por colocar isso por aqui. O artigo é realmente muito interessante e bem feito!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  15. Vozes de Hetfield e Lars em um “Disney cr*p”, como se diz por aí – um tal desenho Dave The Barbarian, episódio Here There Be Dragons… a voz de Hetfield é muito marcante:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  16. Hetfield falando em um vídeo de suporte ao “Record Story Day” sobre algumas de suas influências iniciais:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  17. Hetfield “emprestando” sua voz para o Heart:

    Boa música.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  18. Gostei
    Essa é a música mais pesada que já ouvi do Heart.
    Achei que a participação do Mr. Hetfield foi bem colocada combinando com o clima e peso da música.

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  19. Gostei também, principalmente do solo de teclado e o vocal de Het na sequência.

    Alexandre

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  20. Trujillo abordando a qualidade de Hetfield em integrar a bateria com a guitarra, e vice-versa… nenhuma novidade, entretanto: http://www.blabbermouth.net/news/metallicas-robert-trujillo-james-hetfield-is-one-of-the-best-drummers-in-the-world-on-his-guitar/

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    Eduardo.

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  21. It’s no secret that James Hetfield loves vintage cars; throughout the years we’ve featured his cars on the pages of this site and in So What! Magazine, and hosted a custom car show as part of the Orion Music + More Festival.

    Now, for the first time, his collection can be seen in full on the pages of a gorgeous new coffee table book, Reclaimed Rust: The Four-Wheeled Creations of James Hetfield, currently available for pre-order and in stores on July 28th.

    The 192-page hardbound book is available now for pre-order in the Met Store.

    Photos from Reclaimed Rust: The Four-Wheeled Creations of James Hetfield
    Pre-Order Reclaimed Rust: The Four-Wheeled Creations of James Hetfield
    Reclaimed Rust: The Four-Wheeled Creations of James Hetfield (Limited Edition Box Set)

    There is also an exclusive, limited edition version available, for which we are hosting a contest where Fifth Members can enter to reserve the opportunity to purchase.

    The very limited, deluxe version of the book is housed in a clamshell case and includes a “Reclaimed Rust” metal shield on its leatherette cover. The case also includes four lithographs of select cars, a shop towel, a keychain, and a metal car plaque. Each limited-edition copy contains a numbered card personally signed by James.

    Enter to Reserve the Opportunity to Buy the Limited Edition Box Set of Reclaimed Rust
    Watch James Flip Through Both Versions of Reclaimed Rust

    James recently paged through both versions of the book. Watch a proud Papa Het check out his creations.

    Watch James Flip Through Both Versions of Reclaimed Rust
    Truly works of art, James’ cars are currently on display at the Petersen Automotive Museum in Los Angeles, which will be re-opening later this week.

    Also available at InsightEditions.com and other online retailers.

    Mais:

    https://view.email.metallica.com/?qs=32dcf3bc98a23bbbe3db0256f8f9f5e42d5fa986bb571b660b55217a0867f2ac6aba7a5a1c7e0a7709b5d1c4d4d8d8c139a155e9794b5d6de85cc54eea97523e94bf8599704375adcc1d0c977c51aa25

    https://www.blabbermouth.net/news/metallicas-james-hetfield-designs-new-papa-h-logo-for-hand-crafted-tables/

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    Eduardo.

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    Eduardo.

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    Eduardo.

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    Eduardo.

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  25. Se tudo aqui é verdade ou não, só o Papa Het para confirmar. Pelas datas, parece ser…

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    Eduardo.

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  26. Atenção B-Side e outros guitarristas!

    E-mail / newsletter do MetallicA de 21/nov/2023 – fica difícil escolher olhar para o material ou para a camiseta do Tokyo Tapes (certo, gêmeos?) – importante influência como ele mesmo fala no vídeo:

    ——–

    James’ new book, Messengers: The Guitars of James Hetfield, hits bookstores today!

    In this gorgeous coffee table book, James shares his personal collection of treasured guitars and reveals the story and significance of each within his life and career. The guitars are displayed and described over a stunning 400 pages, accompanied by lush, museum-quality portraits by acclaimed photographer Scott Williamson.

    The book is currently available in the Met Store in standard hardcover, and we’ve just received additional stock of the Signed Slipcase Edition and a very limited number of the Deluxe Box Edition. So, if you want one of the limited edition releases, get going now!

    https://www.metallica.com/search/?q=messengers&lang=default&utm_source=sfmc_marketing&utm_medium=email&utm_campaign=messengers&utm_term=CTA_Messengers&utm_content=20231121_messengers

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    Eduardo.

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