Lonely Planet: a “nova” música de Tony Iommi com o Dorians

Na expectativa da confirmação de datas de uma possível tour do Black Sabbath pela América do Sul, do novo disco “13” que será lançado em Junho e a batalha de Tony Iommi contra sua terrível doença, estamos sempre de olho em qualquer notícia relacionada a banda e seus integrantes. E a última é o vídeo de “Lonely Planet”, música composta por Iommi há mais de 5 anos e que agora vem à tona, em parceria com a banda armena Dorians.

Tony tem ligação muito forte com a Armênia desde que o país enfrentou um trágico terremoto em 1988 e participou de uma ação junto com diversos outros artistas para restabelecimento da cidade de Gyumri, destruída pela tragédia. Em 2011, com Ian Gillan, Jon Lord (que infelizmente faleceu neste ínterim), Nicko McBrain e Jason Newsted lançaram o “Who Cares?” para ajudar a construir uma nova escola de música no lugar da que foi destruída pelo terremoto e ainda não havia sido restabelecida.

A banda armena Dorians participará da final do Eurovision Song Contest, uma espécie de um concurso para novas bandas europeias,  no dia 16 de Maio na cidade de Malmö na Suécia. Para esta apresentação recorreu à Iommi que ofereceu a inédita “Lonely Planet”. Segundo o próprio guitarrista esta música estava guardada por tanto tempo, junto com várias outras que ainda continuam em seu “baú”, por ser uma balada que não se encaixava nem no Sabbath ou qualquer outro dos seus projetos. A letra foi composta pelo músico Vardan Zadoyan.

Após ouvir a música dá para entender claramente porque ela não não se encaixaria no disco novo do Black Sabbath. Vendo o vídeo isoladamente, quem aqui acharia que as mãos de Tony Iommi estariam por trás desta balada? E mais: será que se não soubéssemos que é Iommi por trás, teríamos uma opinião diferente da música?

Arrisco até a dizer, com todo respeito ao Sr. Iommi, que este seria um vídeo para a categoria “Tá de Sacanagem!”.

De qualquer forma, boa sorte ao Dorians na final do Eurovision e boa sorte a todos nós com o que nos espera em “13”.

Tony Iommi

Abraços,

Su



Categorias:Artistas, Black Sabbath, Curiosidades, Deep Purple, Músicas, Tá de Sacanagem!

17 respostas

  1. Su, o post é ótimo, assim como foi bem legal rever os links relacionados ao assunto, que vão em conjunto com tanto que já falamos por aqui no blog.

    A continuidade do suporte de Iommi e de todos os músicos envolvidos é algo bonito e de dar orgulho em se ver. Iommi deve, inclusive, estar com o lado humano ainda mais aguçado ultimamente, dada a doença – acho que é algo natural.

    A música estar guardado há estes anos mostra tem todos os motivos do mundo – afinal, vamos aqui lembrar que, há 5 anos, Iommi estava envolvido com o Black Sabbath, o chamado Heaven & Hell, com Dio. Então, a fase e o foco musical, o direcionamento como um todo, era completamente… Sabbath.

    Sobre a música, confesso que ouvi 3 vezes tentando ter diferentes percepções, mas a coisa não desceu, na verdade, não gostei dela. O instrumental é competente, há a marca de Iommi por ali – estes são os pontos fortes. Mas o vocal… este vocal…

    De qualquer forma, como você bem disse, estamos acompanhando as notícias e torcendo para tudo dar certo: tour por aqui, novo disco ser legal e, mais importante que tudo, a saúde do mestre dos mestres.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • O blog nestes 4 anos acumulou muita coisa legal. Então é sempre fácil linkar tudo por aqui.

      A música tambem não desceu fácil para mim mas acho que cumpre seu objetivo por ser uma balada que traz uma mensagem pacifista e de esperança por dias melhores, bem apropriada para uma competição com bandas de vários países como o Eurovision. Certamente não será algo nesta linha que ouviremos no novo disco do Sabbath (e aqui falo com relação somente a música, não as letras). Espero que tenhamos algo na linha que Iommi estava fazendo com o Heaven And Hell embora isto também seja imprevisível por conta do fator Ozzy… Não há muito o que especular. Aguardemos…

      Abraços,

      Su

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      • Su, realmente o conteúdo do blog é uma coisa impressionante. Estamos nos aproximando dos 1.000 posts e, por mais que este número impressione isoladamente, nem sempre é muito para um blog. Mas o que temos nestes quase 1.000 posts e muito (mas muito mesmo) nos comentários, isso eu garanto que não há por aí… não da forma que temos aqui, isso é certo. Mas vamos com calma, que logo teremos o post de aniversário de 4 anos para falarmos mais disso…

        Concordo com você que para o objetivo, talvez a meta seja atingida, mas não gosto muito de coisas que sejam “forçadas” – normalmente não saem com a devida qualidade ou então do agrado de quem curte música mesmo. Sobre o Sabbath, é cedo para especular mesmo, mas sem dúvidas a coisa tem que se ajeitar para Ozzy, o que seria diferente se ainda fosse o Dio. Mas veremos.

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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  2. É bom saber que Iommi está melhorando , e guardando algumas reservas visto que trata-se de uma doença muito delicada, dá pra ter cada dia mais otimismo acerca de uma plena recuperação.
    A música é realmente algo bem fora da curva , em se tratando de Iommi. Mas encontro em pelo menos duas músicas na carreira do Sabbath que trazem um apelo mais comercial como essa acima, mas ambas tem uma questão que faz com que tenhamos bem menos restrições que essa acima, o vocal…
    Uma, com Tony Martin : Feels good to me

    A outra, com Glenn Hughes : No stranger to love

    Dá pra perceber, até pelo formato dos videoclips, que aliás nada tem a ver com o Sabbath em suas concepções, que a idéia nos dois singles foi buscar uma repercussão favorável com músicas mais acessíveis.

    O vocal , no entanto, realmente pega, quando pensamos nessa Lonely Planet, eu chego a imaginá-la com um pouco mais de overdrives e a voz de Hughes.
    Será que ficaria mais próximo dos exemplos que citei ?

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    • Bside,

      Esse clipe de No Stranger to Love, mais cafona impossível, rs. A música nem é das piores mas o clipe é tosco demais em todos os seus elementos! A mulher se espreitando pelos cantos, o cachorro, Tony Iommi andando… E eu lembro de ter assistido algumas vezes em algum programa de clipes, talvez na CNT. A musica com Tony Martin é um pouco melhor mas ainda não é a cara do Sabbath que conhecemos.

      Muito boa sua opção por Glen Hughes. Talvez um projeto com ele fosse um bom destino para estas músicas que estão guardadas. Quem sabe?

      abraços,

      Su

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      • Acho mesmo que a pegada mais blues e soul do Hughes caberia na música, e sem pretensão de desmerecer os integrantes da banda armena, provavelmente ficaria muito melhor.
        O próprio álbum The Seventh Star , o único oficial do Sabbath com o Hughes tem um pouco dessa vertente, embora o exemplo mais próximo seja essa No Stranger to Love. As demais se situam num caminho entre o hard rock ( principalmente ) e o metal ( mais ocasionalmente, em especial a primeira faixa, In for the Kill). Eu gosto bastante do álbum, mas o certo era disssociá-lo do nome BS e deixá-lo da forma como foi concebido: Um álbum solo de Iommi. Mas a gravadora não deixou, pela questão da imagem associada às vendas.
        Iommi e Hughes depois fizeram mais um álbum, o 8th star, que foi gravado em 96 , mas lancado com outro nome, The Dep sessions, em 2004. E em 2005 repetiram a dose, com o Fused .Não os considero tão bom quanto o Seventh Star, mas não dá pra questionar dois talentos juntos novamente compondo.
        Bem, sobre os clips, eu, que vivi essa época, já até acostumei com os roteiros piegas e interpretações toscas. Tem coisa muito pior , tá aí, poderíamos fazer um post no estilo tá de sacanagem para elencar os piores clips de cada banda, que tal ?

        Alexandre

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    • B-Side, achei válida a comparação da música com os 2 exemplos que você trouxe do Sabbath, em diferentes vozes, mas com o mesmo objetivo. E Iommi, como ator, inclusive – ele é mesmo um grande guitarrista, hehehehe (estou brincando, não se saiu mal, pelo contrário!). O vocal em estúdio de ambos nem se compara com o vocal da atual música, e isso faz uma diferença danada mesmo…

      Enquanto isso, nossos elogios, como o Daniel disse, à versatilidade do canhoto. Enquanto isso, eu que não conheço nada de clipes de músicas, vejo que as vezes é melhor nem conhecer mesmo, pois os 2 exemplos trazidos não são de músicas ruins, mas os clipes…

      Mais um comentário que valeria até um post..

      [ ]’ s,

      Eduardo.

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  3. Acho que além de pai dos riffs mais cavernosos da história do metal, Iommi é um baita compositor. A canção – Lonely Planet – é uma prova da versatilidade do músico que ultrapassa as cercas do estilo. Isso o torna um músico completo. Fato: não é a quinta sinfonia de Bethoven, sendo bem franco, nem precisa. Quem compôs discos como Black Sabbath, Volume 4 e o Sabotage, já escreveu seu nome na história da música. Parabéns, Su.

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  4. pessoal, sensacional. abraços a todos. Estou por aqui

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  5. Tony Iommi pedindo votos para o Dorians na final do Eurovision

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