Cobertura Minuto HM – Dio Disciples em SP – parte 1: pré-show e resenha

O tipo de ingresso já anunciava que era uma ocasião especial

O tipo de ingresso já anunciava que era uma ocasião especial

Desde o anúncio que a tour do Dio Disciples, banda que homenageia (assim como este blog que, entre tantos posts, tem uma fantástica discografia-homenagem) o eterno Ronnie James Dio, Rolf e eu nos falamos para nos organizarmos e irmos ao show. O Rolf tomou a iniciativa de ir atrás, inclusive, de ingressos especiais, como vocês podem ver acima. O que veio depois disso foram grandes emoções – inicialmente, a euforia pelos ingressos, depois, preocupações que falarei a seguir para finalmente conseguirmos fechar a noite como esperado.

A primeira confusão se deu pela data: inicialmente o show de SP seria no domingo, dia 16/junho/2013. Com o cancelamento do Rio (motivo dado: produtor “sumiu”), o show de SP passou para o sábado, o que possibilitou, inclusive, que a casa acomodasse a passagem da banda Adrenaline Mob, com Mike Portnoy como a grande estrela, no domingo. A segunda pela dificuldade da perna sulamericana desta banda. Inicialmente programada para tocar no Chile e na Argentina, além de SP e Rio, quando a data do show se aproximava, começaram os cancelamentos. A internet e muitas fontes confiáveis informaram que tudo por aqui estaria cancelado, inclusive SP. Por sorte, eu só acredito na fonte original e resisti. Ao ligar para o produtor, segundo o próprio, ele também havia sido pego de surpresa. Liga daqui, se informa dali, consegui a primeira confirmação da “fonte da fonte”: o baixista Bjorn Englen respondeu à uma twittada do Minuto HM:

Susto passado, vinha a terceira coisa, que me soava muito estranha: o Meet & Greet foi confirmado para os menos de 10 compradores para um intervalo no mínimo muito duvidoso: entre 13h30 e 14h00. Pelo sim, pelo não, Rolf e eu nos programamos a “perder” o sábado, nos encontrarmos cedo e nos garantirmos…

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Chegamos e nos deparamos com a casa fechada e apenas o segurança na porta. Fui perguntar do tal “Meet & Greet” e o segurança ficou  olhando para a minha cara como se eu tivesse feito uma pergunta de física quântica. Estava claro que o problema iria apenas começar. Rolf e eu fomos então à uma padaria batermos um papo e um PF e, quando voltamos, em torno das 14h00 e pouco, mais 2 pessoas estavam na porta, um deles um leitor nosso, o Ricardo, que me reconheceu. O outro, Emerson. Ficamos ali conversando sem muita informação. Demos um tempo, mais algumas pessoas chegaram, até que resolvemos ir dar uma volta no Shopping Eldorado. Peguei o 13 Deluxe, novo do Sabbath, e dei nas mãos para o Rolf comprar. Ao voltarmos, havia mais um pequeno grupo indignado com a situação. Demos mais um tempo e o jogo de estreia do Brasil contra o Japão, abrindo a Copa das Confederações 2013, já tinha começado. Fomos ao primeiro boteco da rua com uma belíssima TV de 14″ de tubo com o famoso bombril na antena – pior que já estava 1 a 0 quando chegamos, nem o gol vimos. Foi só a gente se sentar que abriram a casa.

O pequeno grupo entrou e viu apenas Craig Goldy no palco, tocando o início de The Last In Line. Logo após e sem tocar nada, apenas indo perto de seu instrumento, apareceu Scott Warren, com uma cara bastante mal-humorada. Craig continuou tocando por mais um ou 2 minutos. Simon Wright apenas olhou o palco e nem chegou a entrar, sumindo nos bastidores. Scott foi para a área externa da casa fumar. Ali já deu para ver que a tal passagem de som prometida não iria dar em nada. Ficamos ali com cara de patetas esperando por mais uns 30, 40 minutos e nada. Conseguimos contato com o produtor, que falou que o Meet & Greet seria feito agora apenas depois do show, fato que provocou, claro, um mix de revolta, desânimo e principalmente dúvida.

As discussões entre os organizadores eram abertas e talvez tenham sido a melhor informação que tivemos naquele período de espera, e, nós que nos achávamos no direito de termos algo por termos desembolsado um dinheiro para estarmos onde estávamos, éramos com certeza o menor dos problemas dos organizadores. Todos deixaram isso muito claro para nós, pobres “cidadãos consumidores”. Fomos tratados com um descaso e como um problema “secundário” face aos absurdos que ouvíamos a cada minuto estando já dentro do Carioca Club no tão aguardado Meet & Greet e vendo o desenrolar de problemas que se acumulavam há poucas horas do início do show. Cumprir com o que foi pago? Cumprir com o que foi combinado? Dar uma satisfação do que estava ocorrendo? Não… estas coisas não eram prioridade das pessoas que ali estavam.

Rolf e eu resolvemos sair novamente da casa, já que nem os ingressos nós usamos para entrar (!!!) e não havia qualquer sinal que teríamos a esperada passagem de som. Emerson e Ricardo nos acompanharam. Na saída, dei de cara com Scott, comendo batatinha frita e com uma cara de “que saco”. Olhei, pensei se fiz algo e resolvi nem falar nada. Fiquei ao lado dele aguardando os outros 3 chegarem para sairmos juntos, na esperança de rolar algum assunto para comentar e de repente me aproximar. Mas não teve nada e resolvi não arriscar. Este cenário dramático de ter visto pessoas despreparadas comprando batata frita na esquina do Largo da Batata para os músicos me trouxe uma clara ideia de que isso poderia de alguma forma influenciar a performance deles no show. Para nós, tudo levava a crer que, se dependesse do que havia sido combinado – e que estava inclusive em contrato, segundo o produtor da própria banda – aquele show nem deveria existir. Todo tipo de problema foi elencado: alimentação, camarim, palco, iluminação, estrutura… tudo foi dito que estava errado ou quenão estava de acordo com o que deveria ser. A expectativa de que o show pudesse ser “morno” ou “burocrático” devido a esta situação dramática de organização me dava a clara certeza de que não teríamos uma noite de metal das melhores.

Saímos e retornamos ao Shopping Eldorado para uma looonga volta. Aproveitamos para comprar caneta para autógrafos, que até então não tínhamos mais qualquer certeza de acontecer mesmo. Depois, retornando à casa, o Rolf, que havia levado muitos CDs, um prato e o baixo já autografado por Rudy Sarzo, resolveu deixar tudo no carro e pegar apenas um CD. O Ricardo gentilmente nos forneceu uma foto da banda que ele havia impresso para que pudéssemos também autografar, se fosse o caso. Aquela altura do campeonato, só de rolar o show já seria bom, de verdade – até papo de devolução do dinheiro chegou a rolar.

A casa foi aberta ao público e nós entramos também. A primeira impressão é que a casa ficaria vazia, mas felizmente mais pessoas chegaram e o local ficou, digamos, com sua lotação em torno de 50 – 60%. Fui informado pelo Ricardo que quem tinha o ingresso Meet & Greet ganhava uma pulseira. Quando fui buscá-la, dei a sorte de encontrar Aquiles Priester entrando na casa. Já tinha encontrado o batera no show do G3 do ano passado. Ele foi simpático e permitiu novo registro fotográfico:

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Enquanto aguardávamos pela banda de abertura, Sagitta, havia um único spot de luz fixo no meio da pista, que ficava alternando cores. A ideia era conseguir a luz vermelha para a foto abaixo e homenagear o que RJD fazia em Heaven And Hell, mas ela não veio mais – então fui de amarela mesmo:

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A banda de abertura, competente, tocou por cerca de 45 minutos seu setlist próprio e foi bem aceita pelos presentes. O Sagitta tem uma sonoridade de metal melódico que definitivamente agrada quem gosta da vertente.

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Sagitta abrindo o show do Dio Disciples

As 19h15, Tim “Ripper” Owens, Craig Goldy, Bjorn Englen, Scott Warren e Simon Wright subiram ao palco e a homenagem ao saudoso vocalista foi iniciada (Oni Logan só se juntaria à banda mais para frente). A rápida Killing The Dragon já mostrava que o som da casa estava ótimo, tanto em termos de equalização quanto de volume, e Ripper, a grande atração da noite, já entrou com sua poderosa voz dando sinais que a noite seria mesmo demais. Energia, pegada, qualidade e precisão sensacionais! Foi um grande alívio poder ver que afinal o legado de RJD, tão apreciado por nós, estaria mais uma vez sendo primorosamente executado – isso realmente superou – e muito – todas as expectativas logo de cara.

Haviam conversas pela internet que o álbum Holy Diver seria tocado na íntegra. Mas com a vinda da faixa-título logo a seguir, já era o sinal que não seria, pelo menos em sua ordem natural – o que, em absoluto, acabou não sendo um problema dada à escolha fantástica do grupo a cada petardo que ainda viria.

Ripper comenta que estavam ali para celebrarem o grande Ronnie James Dio, arrancando os devidos aplausos. Na sequência, a épica que logo completará 30 anos de idade, Egypt (The Chains Are On), ajudou a confirmar de vez como a banda realmente estava prestando uma homenagem à altura. Uma execução fantástica, com trabalho ímpar de Scott, Craig e Simon Wright – este último, aliás, “preencheu” muito a sonoridade desta e de todas as músicas, se destacando sempre. Oni Logan entrou no palco para dividir os vocais com Ripper, algo que eu tinha inicialmente minhas dúvidas de como e se funcionaria.

O que tenho a comentar é que o vocalista do Lynch Mob fez um papel muito importante durante toda a noite, cantando normalmente as partes mais “baixas” das faixas  e deixando Ripper com as partes mais altas e/ou agressivas, algo que combina perfeitamente com a voz dele. Isso se confirmaria com a manutenção do ar épico para a sequência com a perfeita Stargazer. O vídeo abaixo, do Minuto HM, mostra a segunda parte dela até o fim e dá uma boa ideia de como estava tudo devidamente em seu lugar:

Oni também se destacaria ao dividir o vocal da seguinte, minha predileta do primeiro álbum de Dio no Sabbath, a Children Of The Sea, que também contou com Simon Wright ainda tem todo o vigor para tocar do jeito que gostamos: com força, agressividade e muita qualidade:

The Last In Line e Stand Up And Shout nos faria retornar aos 2 primeiros discos da banda DIO, onde Craig teve ótima participação representando o talento de Vivian Campbell, recentemente diagnosticado com linfoma de Hodgkin, principalmente nos solos. Ficaríamos por ali mesmo ainda, com Don’t Talk To Strangers, onde Ripper começou a ter seu nome gritado pela plateia. Neste momento, Ripper logo pediu algo como: “nesta noite, não é Ripper, é ‘Dio!’ ‘Dio!'”, arrancando, assim, ainda mais aplausos. Viria um interessante primeiro medley da noite, com Lord Of The Last Day e All The Fools Sailed Away. A última é um dos momentos que lembro dos gêmeos, tão apreciadores da música – e nós pelo menos tivemos o (ótimo) gosto do refrão da faixa.

Continuando o “jogo ganho”, como classifiquei este setlist ao Rolf, The Mob Rules, com Ripper despejando sua potência para nosso deleite, e o segundo e último medley da noite, com uma feliz escolha setentista da época de Dio no Rainbow: Catch The Rainbow e Kill The King. Ficou o gosto de “quero mais” para a primeira, confesso, ainda mais se pensarmos na insuperável versão do On Stage, ainda antes da mesma ser oficialmente lançada em estúdio, algo que só aconteceria no ano seguinte. A mistura das duas, entretanto, criou um clima muito interessante, saindo da parte mais lenta para a rapidez da segunda.

Continuamos com o Rainbow para as duas próximas, com a marcante faixa-título do mesmo álbum, para delírio dos presentes, e com Man On The Silver Mountain, que foi executada de forma muito parecida com a versão de estúdio em termos de guitarra, mas mais parecida com o que tanto se ouviu de Dio nas partes altas ao-vivo por Ripper. Para fechar, Heaven And Hell, sem luz vermelha, mas com uma emoção ímpar. O olhos de Rolf ficaram marejados, assim como foi em SP, quando vimos Dio pela última vez ao-vivo, em mais um grande momento de celebração a Dio e ao heavy metal.

O BIS viria com a esperada Rainbow In The Dark, cantada como é Fear Of The Dark de um show do Iron Maiden, e meu palpite para We Rock se confirmou para encerrar a noite. You rock, Dio (Disciples).

Dio Disciples Setlist Carioca Club, São Paulo, Brazil 2013

Não tivemos representantes dos excelentes Dehumanizer e The Devil You Know, mas realmente é impossível fazer qualquer reclamação do setlist acima – apesar de ser possível montar diversas coletâneas do monstruoso legado de Ronnie, sem dúvida as músicas da noite o representaram perfeitamente.

A conclusão é do Rolf: foi uma grande noite de metal. Me arrisco a dizer que acima de tudo, acima de todos os mambembes remendos de organização ali testemunhados com estes olhos que a terra há de comer, estava claro para todos que honrar o nome de RJD era o que mais importava ali. Em minha humilde opinião, isso foi o que fez diferença entre o que poderia ter sido um show que não deveria ter ocorrido e o show que tivemos: era o nome de um mito que se fez presente naquela atmosfera e, em se tratando de honrar o nome de Dio, todo tipo de dificuldade deve ser deixado de lado e deve-se prevalecer a obra desse que foi uma das maiores lendas do metal de todos os tempos. Acho que só por isso esse evento como um todo não foi um completo desastre. Obrigado mais uma vez, RJD, por ter deixado todo esse legado primoroso e ter feito discípulos dessa magnitude no meio do Heavy Metal. O show e a companhia do meu irmão Eduardo fez daquela dia, um dia inesquecível dentro dos meus 40 anos de heavy metal. Obrigado RJD. Peace, Love and Magica.

E eu termino devolvendo o agradecimento especial ao Rolf que, além da companhia, ajudou muito o blog com o que veremos na segunda e última parte desta cobertura: o Meet & Greet com os caras, após o show.

"Brinquedinho" de Scott Warren sendo guardado

“Brinquedinho” de Scott Warren sendo guardado

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R.i.P., Ronnie.

[ ] ‘ s,

Eduardo.

Contribuiu, e muito: Rolf.



Categorias:Artistas, Black Sabbath, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, DIO, Músicas, Rainbow, Resenhas, Setlists

19 respostas

  1. Mais uma vez parabéns aos dois pelos ótimos momentos vividos e por também compartilhá-los com seus leitores. Me sinto mais “experiente” no metal quando leio todas as resenhas.

    Fico esperando o dia em que falaremos de um show em território nacional onde não há um “senão”. Impressionante a força que fazemos para transformarmos uma noite mágica em uma patética experiência. Paradoxalmente estamos falando de música, e, se não fosse o nosso envolvimento emocional e positivista, olharíamos para essa mesma noite com uma outra perspectiva.

    Meu Brasil brasileiro.

    See U

    Daniel Junior

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    • Valeu, Daniel. Agradeço pelas palavras e te digo que realmente é um sacrilégio fazer o que fazemos – detalhe: PAGANDO por isso. Não foi nada de graça, nada “no susto”, “na sorte”. O mínimo esperado era uma organização geral e eventos de pequeno e até médio porte por aqui são assim mesmo – só não dá para ficar quieto, sem no mínimo expor. É nosso papel como PAGANTE cobrar pelo mínimo esperado…

      Quanto ao show, isso tudo é superado, inclusive (e até principalmente) pelos 6 músicos da noite que, mesmo em condições precárias que observamos, entregaram, em nome do amor à Dio, uma hora e meia de metal de primeiríssima linha.

      [ ]’ s,

      Eduardo.

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  2. Sim, lamentável o acontecimento em referência ao cumprimento do estabelecido, não era realmente nem um “favor ” que se prestava ali. A preocupação com o horário, então, bem deixa pra lá…Vocês que se virassem mesmo…
    As sucessões de ocorrências como esta já são um lugar comum e sempre muito bem documentadas aqui no Minuto HM. Quando comparadas à coberturas como as que foram feitas nos shows do Iron Maiden e Kiss nos EUA pela mesma fonte, vemos como o país precisa melhorar…
    Mas vamos falar de coisa boa…. O show, sendo feito em lugar menor, traz toda essa satisfação de assistir de tão próximo músicas de tamanha qualidade.
    Percebi no vocalista do Lynch Mob um vocal mais suave, próprio para a parte lenta de Children of the Sea , por exemplo. Ripper é perfeito nas partes agressivas, assim a combinação realmente foi muito bem vinda.
    Para vocês, Eduardo e Rolf, tenho certeza que ter visto o ex-vocal do JP cantando essas canções teve um sabor ainda mais especial. Melhor que isso, só ressucitando o próprio DIO.
    Tenho algumas restrições quanto a Goldy, mas acho que ele parece estar em melhor forma atualmente. Em alguns momentos de sua carreira com o Dio, ele me pareceu meio preguiçoso. Não parece ser o atual momento e ele sempre foi perfeito em emular os sons de Blackmore, pra mim a grande especialidade quando falamos de músicas que ele não gravou.
    Não temos o solo de Stargazer na íntegra no post, mas imagino que foi uma excelente rendição.
    O repertório é um jogo ganho e de goleada, não tinha muito como dar errado, e o esperado dos músicos , é , em geral, o que aconteceu. Um show de profissionalismo, mesmo com tanta coisa errada em volta…

    A cobertura do Minuto HM, está como sempre, perfeita e como sempre diz o Daniel, nos faz transportar para o show com vocês. Super parabéns !

    Alexandre Bside

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    • B-Side, as vezes fico pensando se fica chato ficar relatando este tipo de coisa. Já tivemos até gente que acha que isso é coisa de gente que não é patriota, etc., quando, na verdade, a ideia é mostrar sim que temos muito a evoluir e não dá para aceitar tanto amadorismo misturado com falta de vontade / “espertezas”. Assim, em uma cobertura, me sinto na obrigação de relatar este tipo de coisa – ainda mais conhecendo um pouco de como poderia ser, em comparação com experiências no exterior que muitos aqui possuem.

      Sua percepção quanto a Oni Logan é correta, ele se revezava com Ripper bem como está no texto e você comenta aqui. Já Goldy realmente “emula” principalmente Blackmore e Vivian Campbell de maneira perfeita – é uma espécie de “Tommy Thayer”, se é que você me entende, hehehehe. O solo de Stargazer foi mesmo excelente e infelizmente não achei um vídeo completo dela por aqui, apenas o meu, mesmo, que eu fiz apenas para registrar algo em vídeo – e quis registrar pelo menos uma parte desta música que deve ser nossa primeira classificada à final das finais das pesquisas da discografia-homenagem Dio.

      Fico feliz que tenha curtido o post – haja responsabilidade em falar de Dio por aqui…

      Obrigado!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Eduardo, acho sim que devemos exigir o que foi comprado. Na verdade, isso é o mínimo, e nem esse mínimo várias vezes conseguimos ter. E patriotismo é querer que o país fique melhor, seja mais justo. Não é legal é sair para comemorar uma vitória com a bandeira brasileira e jogar a latinha de refrigerante no chão. Desse patriotismo idiota é que devemos passar longe.

        Voltando ao show, que deve ser o ponto principal desse post e dos comentários, eu acho que a emulação do Vivian Campbell por parte do Craig Goldy depende muito de sua vontade ou dedicação ao instrumento em determinada época de sua carreira. Ou seja, quanto mais ” preguiçoso”, menos ele consegue emular. Pelos vídeos que vi acima, o músico passa hoje por uma boa fase, mas já presenciei shows em que ele parecia estar anos longe de uma guitarra.
        Já a questão que envolve a semelhança com Ritchie, acho que é uma questão de berço, influência mesmo. E sai mais natural, não tem necessariamente relação com a complexidade técnica de um ou outro ” emulado” .

        Falar de Dio? Ah, você tira de letra….

        Alexandre Bside

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  3. Parabéns Rolf e Eduardo pela persistência. Uma pena não ter rolado também no Rio mas se em SP já foi toda esta desorganização e um público de só 60% da casa, consigo imaginar o porquê deste show não ter vindo para cá… ainda mais em dia de jogo do Brasil. Felizmente os músicos, ao contrário dos produtores, são profissionais e honram seus compromissos.

    O set é mesmo sensacional. É tão perfeito que só fui notar que não havia Dehumanizer e The Devil You Know quando foi citado no post, rs. E o fato de ser tudo executado de maneira tão fiel e respeitosa as versões originais valoriza mais ainda este projeto como um tributo ao Dio, e não somente algo caça-níqueis.

    Parabéns, pessoal!

    Abraços,

    Su

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    • Su, valeu. Realmente só com muita persistência e até mesmo uma certa “ignorância forçada” para tolerar certas coisas. No caso do Rio, a história é que o produtor sumiu… mas, enfim, este não é um problema nosso, os fãs. Mas que se precisa aprender a trabalhar por aqui, não há como não comentar…

      Já quanto ao set, realmente é gol atrás de gol. Eu percebi a ausência dos 2 álbuns e até esperava algo do Dehumanizer – creio que I seria perfeita para a noite. Mas realmente não há qualquer chance de tecer uma reclamação neste sentido…

      Por fim, correto: um tributo que valoriza o legado de Dio, longe de ser um caça-níquel. Ninguém deles viria “de graça”, claro, mas com certeza não é só o dinheiro que estava envolvido ali.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Parabéns pela matéria. Confesso que estava ansioso pelo show pois como você relatou aconteceram coisas que eu acho lamentáveis para uma banda desse nível. Mas enfim, valeu muito a pena ter saído do Rio de Janeiro ainda cedo, eu e meu irmão, e ter assistido uma excelente apresentação com direito a fotos com os caras ao término do show. Uma pena ter cancelado o show do Rio, ficando na expectativa de uma nova oportunidade. Long Live RJD!!!

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    • Marcelo, primeiramente, seja bem-vindo ao Minuto HM. Obrigado pelo comentário por aqui. O show do Rio, que originalmente seria no sábado, foi cancelado por “sumiço do produtor”, como comentei no texto. Legal que você e seu irmão tenham realizado uma viagem para ver este show que, no final, acabou sendo ótimo do ponto de vista estritamente musical.

      Você estava pelo Meet & Greet também? Viu nosso post?

      Continue conosco.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Oi Eduardo! Nós não estávamos no Meet & Greet, as fotos conseguimos na rua mesmo na saída para Van, aguardamos por volta de 1:30h após o término do show e fomos presenteados com a boa receptividade dos músicos. Em relação ao post melhor impossível, parabéns!!!

        Abraço

        Marcelo

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        • Marcelo, fico feliz que os músicos, mesmo na rua, tenham sido bacanas para proporcionar as fotos com vocês. Nós chegamos tão cedo lá que vimos a van chegar com alguns deles, mas resolvemos não abordá-los, até porque, teoricamente, estávamos programados para ter o Meet & Greet poucos minutos depois…

          Obrigado pelos elogios e Long Live Rock ‘n’ Roll. Continue conosco.

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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  5. É com um misto de alegria e tristeza que leio este post. Havia acabado de voltar de uma viagem bem longa e para bem longe e ficou ruim para eu viajar até São Paulo e assistir a este show. Mas, em retrospecto, lamento agora não ter ido testemunha esta coleção de petardos clássicos do heavy metal que, além de tudo, reverenciam nosso mui estimado baixinho especial (DIO). Por outro lado fico contente de ao menos, lendo este post, estar me sentindo transportado ao show. Como é de costume aqui no minuto HM a descrição dos espetáculos desce a minúcias que fazem com que a gente, à distância, no tempo e no espaço (re)viva estas experiências. O set list, bem, fica difícil competir com um set destes. Talvez, mesmo nos próprios shows do Dio os sets não tenham sido tão bons, uma vez que o mesmo se via “obrigado” a mostrar o disco de trabalho enquanto neste show os componentes podem usar o supra-sumo da carreira de RJD. Insuperável? Talvez. Incriticável? sim, diria que sim.
    Interessante e sintomático eles terem usado dois vocalistas para fazerem o trabalho do Dio. Isto mostra o alcance e a desenvoltura nos mais variados tons, timbres e estilos que o baixinho possuía.
    Quanto a qualidade do que o o show mostrou, considerado os problemas com a produção, além de mostrar que os músicos efetivamente reverenciam Dio, também mostra o profissionalismo dos mesmos, que sabem que o público não tem nada a ver com os problemas da produção. Aqui em Porto Alegre, já fui assistir um show com Ripper Owens num local minúsculo e que, por problemas de divulgação, não estava cheio (estimei em 150 pessoas na plateia), e, mesmo assim ele se apresentou com qualidade e disposição, dando também um show de profissionalismo.
    Saudações

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    • Schmitt, agradeço imensamente pelas palavras e é muito legal quando você comenta por aqui, sempre agregando muito valor (além de ser um dos maiores heróis em termos de audição de podcasts, hahaha). Muito obrigado.

      Realmente foi um prazer ter visto este show e ter tido a oportunidade do Meet & Greet com os caras. Foi isso mesmo: eles demonstraram um grande profissionalismo e honraram o nome de RJD ainda mais com as parcas condições que observamos durante todo o dia.

      Tim Ripper ao-vivo é impressionante, e ele continua muito bem. E você comentou dos 2 vocalistas – é isso mesmo, o que mostra a capacidade e qualidade que o nosso saudoso baixinho tinha para cantar no estilo “Beatles”, como no início de carreira, passando por momentos mais baixos e até agressivamente como nas faixas do Dehumanizer, por exemplo.

      Espero que o Dio Disciples continue se reunindo sempre – agora eles terão até o V. Appice em alguns shows – e que possamos vê-los novamente.

      [ ] ‘s,

      Eduardo.

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