Abilio Abreu – Open Windows To Nothingness

Com o crescimento do reconhecimento deste espaço na internet, é normal que recebamos algumas solicitações de divulgações de trabalhos, principalmente nacionais. Acontece que fica efetivamente muito difícil divulgar tudo, por uma questão de tempo mesmo. As vezes, há muitos trabalhos de qualidade e nem sempre é possível dar a merecida atenção. Mesmo assim, nestas situações, faço questão de comunicar se rola ou não a publicação, ou se vai demorar um pouco.

Mas é com muita satisfação que estou publicando este post, por se tratar da pré-existência do Minuto HM como blog. Ainda nos tempos dos e-mails, Abilio Abreu era um dos nossos “membros”. O talentoso músico, que é amigo pessoal de todos que são old school por aqui, teve uma filha e, com isso, é normal que o tempo fique mais escasso mesmo.

Entretanto, ele nunca se afastou da música: em 14 de abril de 2012, Abilio iniciou a criação e gravação de um projeto que sonhava desde a adolescência: um CD conceitual de hard-prog. E ele foi além: fez TUDO sozinho (letras, músicas, guitarras, baixos, teclados, vocais, bateria (tocada em teclado e depois exaustivamente retrabalhada no mouse…), gravação, mixagem, gravando no Logic/Mac, em sua casa, em Paranaguá. Exatamente 1 ano depois, em 14 de abril de 2013, coincidentemente, concluiu seu projeto.

Ele ainda está estudando se vai conseguir lançar o trabalho comercialmente, já que a coisa está em um patamar maior agora, com a intenção de escrever até um livro sobre a história e, quem sabe, até mesmo desenvolver formalmente um screenplay de um filme ou musical! Além disso, ele já está montando uma banda com uma galera de Curitiba. Abaixo uma apresentação deste primeiro trabalho dele (literalmente):

Abilio Abreu – Open Windows To Nothingness

OPEN WINDOWS TO NOTHINGNESS”, uma novela em 10 capítulos. Pode ser classificado de “heavy progressive rock” ou talvez até mesmo de “Hard Regressive Rock”, já que muitas das vezes as dinâmicas ocorrem justamente no sentido contrário do tradicional rock progressivo.

É a história de um músico, que após uma pequena ascensão no showbiz, perde a esperança na vida, desiludido com a fama (ou com a falta dela), colocando tudo a perder num processo de auto-sabotagem, acabando no mundo da dependência química… verdades e questionamentos são expostos, mas sem levantar apologias ou erigir falsas morais, apenas enfocando uma situação que sempre existiu e sempre se repetirá… o infinito descontentamento do ser humano com o seu presente, e os consequentes e infinitos “what-ifs”…

Abílio "Heinsenberg" Abreu (*)

Abílio “Heinsenberg” Abreu

Em sua errática jornada, declara-se “Not meant to be”, sempre vivendo “bedazzled on artificial happiness”, perde os amigos, a família, a banda, a carreira… se depara com o fato de que “the local drug dealer is the one and only friend”, sendo coroado por sua ex-mulher como o “King of Bad choices”, quase morrendo de overdose ao se picar assitindo a uma tourada na TV em “El Matador”, e após uma frustrada reabilitação (“Frustration and Addiction”), acaba em um hospital psiquiátrico ao estilo de American Horror Story (“Chaotic/Coherent”)… 

Do anti-herói “blasé” da epifânica “Not Meant To Be  – Part I – Massachusetts 52”, ao pungente protagonista que encerra o disco numa pura celebração ao Rock n’ Roll em Not Meant To Be – Part III – Meant To Be”. A história foi se auto-escrevendo em minha mente, um capítulo sendo criado após o outro, sem a mínima idéia do que poderia acontecer pela frente, ou mesmo de como seria o eventual final.

Musical e poeticamente, como se espera de todo “concept album”, os temas são constantemente desconstruídos/re-construídos em harmonias e melodias recorrentes, fazendo com que tudo no fim seja apenas uma coisa só… é, na verdade, a minha singela homenagem/tributo a todos os Davids, Roberts, Steves, Alexes, Jimmys, Peters, Rogers, etc, que me moldaram na pessoa/músico que me tornei.

Assim sendo, para que as letras fizessem sentido para mim quando as cantava, criei toda uma história vicinal, da qual já tenho elementos suficientes para a criação de um livro/musical/filme. A coisa tomou uma proporção gigantesca, e de toda a sorte, foi um ano extremamente gratificante, espantou a minha “crise dos 40″ e estou extremamente otimista e revigorado”. O álbum pode ser curtido na íntegra por streaming e todas as letras com explicações podem ser apreciadas com este download.

Obs.: a foto do Abílio, para quem não assiste o ótimo seriado “Breaking Bad”, trata-se de uma brincadeira com o personagem principal da série, Walter White / Heisenberg, um drug dealer que faz praticamente tudo sozinho para chegar na situação de maior do mundo :-). E tem mais: Abilio já iniciou a feitura de seu próximo trabalho e já está na segunda música, que se chamará As Loud As Silence. Este segundo trabalho não será conceitual, mas sobre diversos personagens, em mini-épicos, no mesmo estilo “rock pesado prog”, com músicas mais curtas, mas sempre com 5 ou 6 partes diferentes, como é a característica que ele gosta de fazer música. A primeira música se chama “The Terrorist“, cujo tema é a prisão de um suposto terrorista e os métodos investigativos aplicados pela polícia para dar rapidamente o “nome aos bois”:

A letra de The Terrorist:

Hey boy!

You gotta stop daydreaming, boy!

Put the gun to the ground, hand over head

You know you should not play

With such a dangerous toy

You better stop moving right now, boy!

I’ll shoot you right in the head

In self-defense

My words are worth more than your miserable life!

You have the right to remain in silence

Everything that you say will be used against you in court

You keep saying you were not on the scene…

We saw you mingled with the crowd, stop joking!

How come you say you didn’t know about the bombing?

How can you say you played no part on the scheme?

We followed social networks, traced calls,

Monitored your SMS, we know what you ate for breakfast,

There is no way to deny it, you got no choice but to confess

Confess every sin that we need you to

Confess every crime that we want you to – confess…

The plans for annihilation

The source of information

Tell us everything you know

We’ll sentence you to life

Keep it all and have no doubt

First one in the death-row

Your time is running out!

Ou seja, implicitamente Abilio fala de Boston bombings/Tamerlan Tsernaev, Snowden etc, que são temas bem atuais. Ele já gravou todas as cenas com ele tocando e cantando (e fazendo cara de bad cop revoltado) e está editando um clipe. Como nas gravações do aúdio, mais uma vez ele está fazendo tudo sozinho.

Eu já tive a oportunidade de ouvir um pouco do trabalho e gostaria que todos aproveitassem esta oportunidade, pois a verdade é que as vezes vemos publicações apenas por amizade, sem contar a questão da qualidade do trabalho. Não é, nem de longe, o caso por aqui. Abilio, sozinho, conseguiu confeccionar um trabalho de qualidade profissional e, por ser em inglês, já com acesso mais fácil pelo mundo. Além de tudo, trata-se de um exemplo de muita dedicação ao se fazer tudo sozinho, sem ter ninguém nem para segurar a câmera para a filmagem dos clipes.

Deixo agora o espaço aberto para que todos comentem por aqui o que acham desta primeira obra e do provável single do segundo álbum e, quem gostar, tem toda a liberdade para divulgação – é mais que merecido.

Ao Abilio, desejo pessoalmente muita sorte com este trabalho e com a sequência de ideias e projetos, como o screenplay e o livro. Pode mesmo ficar muito orgulhoso, ter algo neste nível é mesmo um marco pessoal e que será apreciado por muitos por aqui, tenho certeza.

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Bandas Independentes, Curiosidades, Discografias, Letras, Músicas

40 respostas

  1. É realmente gratificante ver algo tão positivo publicado sobre meu trabalho em um espaço tão nobre, dedicado a excelentes discussões sobre as melhores bandas do mundo! Espero que todos curtam, é talvez uma das obras mais independentes já gravadas. Obrigado Minuto HM/Edu por esta divulgação!

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  2. Eduardo, excelente a idéia de trazer o trabalho do Abílio por aqui ,e enquanto lia fui colocando o streaming para tocar , que beleza!!
    Posso ouvir como saudáveis influências várias bandas que tanto aprecio, como Iron, Rush, Floyd, Marillion, Queensrÿche.
    É um trabalho para ser apreciado com atenção, pois é bastante complexo, mas gostei muito do que ouvi, me chamando muito a atenção o uso de teclados, como devem ser, na minha opinião.
    Eu vou precisar ouvir muito mais para entender o conceito do álbum e da complexidade das músicas, mas achei tudo muito legal, para uma audição descompromissada.
    E já vi o clip da música do segundo álbum, que também segue em uma linha bem interessante também.
    Abílio, seria possível adquirir o álbum fisicamente ? Queria muito comprar um!

    Parabéns pelo trabalho

    Alexandre Bside

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    • Grande Bside, sempre pontual e preciso em suas observações! Fora as influências musicais citadas com perfeição (quase que em ordem de relevância em minha vida), em uma breve audição compreendeu que, assim como nos clássicos concept-albuns que tanto ouvimos, como “The Wall”, “Operation Mindcrime”, “Misplaced Chidhood”, há todo um trabalho por parte do ouvinte em, como quem assiste a um filme, ouvir as dez músicas como se fossem uma, deixando-se levar no universo proposto e desvendando aos poucos as surpresas que fui deixando ao longo do caminho.

      É realmente muito boa a iniciativa do blog, e sendo “prata-da-casa”, fico feliz de ter minha primeira divulgação oficial através deste blog. Quanto a comprar o cd, não tenho label ainda e estou aberto a conversar com quem queira lançar isso pra valer. ou… que tal: MinutoHM Records?

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  3. Agora não falta mais nada, Dudu. Excelente divulgação do amigo AA. Parabéns pela iniciativa e ao Abílio pela coragem, pois quem se aventura a compor obras (e não lixos) merece reconhecimento e congratulações.

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  4. Parabéns Abílio!!! Estou esperando o show aqui em Curitiba. Valeu!
    Claudio

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  5. Estou apenas começando a ouvir o trabalho, mas me impressionou muito positivamente. E como diz Daniel, parabéns pela coragem e determinação (além de grande criatividade) de criar e produzir uma obra com qualidade e ambição artística.

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  6. Pessoal, mensagem do Abílio:
    _____________________________________________

    Ah, gravei a segunda música do novo CD, o personagem desta vez é “The Londoner”. Tem menção honrosa para o Maiden, Gabriel and Gilmour…

    The Londoner

    I am free
    And this is London
    I mind the gap on the Underground
    And hear the sounds of Camden Town

    Let it be
    I walk through Soho
    And drink a pint at Argyll Arms
    I shield my heart and feel no harm at all

    Take the Picadilly line
    Up to Leicester Square
    Hopping off the tube
    I have to be aware
    Maintenance is again blocking off our way
    Do I have to learn a new course home
    Every single day?

    Big Ben to my left
    The Eye in the north
    Under Westminster Bridge
    The Thames flows as strong as ever…

    The Maiden at Hammersmith
    Gabriel at O2
    David Gilmour plays again
    At Royal Albert Hall

    Avoiding tourist crowds
    Crossing Oxford Street
    Yesterday I froze
    Now I can’t stand the heat
    Working ‘round the clock
    I fall asleep on the train
    To wake up in West Croydon
    Just in time to go back to work again

    _____________________________________________

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Obrigado, Eduardo, espero que curtam a nova música!

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      • Abilio, vá por favor nos atualizando também quanto a qualquer ação “promocional” que você tiver com seu material, pois merece…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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        • Bem, desde o “debut” do CD e clip aqui no Minuto HM, houve um significativo aumento nas audições do Soundcloud e nas visualisações do Youtube.

          Nestas última semanas, tenho agregado pelo menos um novo “seguidor” por dia no Soundcloud, mas tenho notado que geograficamente atinjo muito mais ouvintes nos EUA e Europa (principalmente Alemanha, Dinamarca, Noruega, UK, Itália) do que no Brasil, o que parece ser algo natural, uma vez que o público destas regiões são tradicionalmente os que mais consomem e produzem prog-rock atualmente.

          Isso é realmente animador, pois são pessoas que, tendo mais acesso a tudo o que há de melhor no estilo, espontâneamente, encontraram e acabaram curtindo meu som, portanto, sem qualquer tipo de pré-conceito ou “vou ouvir pra agradar o amigo”…

          Quanto a promover o disco comercialmente, meu trabalho real me consome a vida, e o tempo é realmente escasso… o pouco que sobra, me “interno” no “home studio” e componho e gravo… Ainda estou em fase criativa, e nestas fases, quase não ouço nenhum som pra não ser influenciado (talvez seja loucura minha, mas funciono assim… fiquei quase 10 anos com as guitas no canto guardando poeira e agora parece que estou correndo atrás do prejuízo) e neste processo, as minhas músicas ficam esquizofrênicamente no “auto-play” durante 24 horas por dia dentro de minha cabeça… O gravar acaba se tornando uma necessidade, para que eu passe as músicas da minha cabeça para o mundo físico e assim me liberte delas… Mas no outro dia já começa a tocar outra nova e recomeça o ciclo… Eu juro que tentei dar um tempo depois que acabei o OPEN WINDOWS, mas umas três semanas após, “The Terrorist” me acordou no meio da madrugada e vi que a missão ainda não estava cumprida…

          Ademais, analisando o OPEN WINDOWS TO NOTHINGNESS, noto que preciso de um repertório próprio mais extenso, e, em contrapartida a este disco-filme que é denso e complicado de se ouvir pois demanda 100% de atenção do ouvinte, estou compondo este segundo disco com temas mais individuais, intros/solos/instrumentais mais compactos, músicas mais curtas e diretas, com alguns refrões mais “catchy”, uma mescla com elementos dos anos 80, como é o caso desta última “The Londoner” (não tenho medo de admitir aqui neste santuário do Metal que, assim como gosto de prog e heavy, adoro um bom pop, como The Police, assim como MPB ou jazz – tudo isso contribuiu para meu amadurecimento como músico…), mas sempre mantendo minhas time-signatures ímpares, harmonias e melodias um tanto não convencionais e letras que tenham um real sentido e façam o ouvinte relfeltir, ou seja, sempre tentando aperfeiçoar minhas composições e performances, até talvez um dia chegar no “NOVO SOM” (o sonho de todo compositor)… Sem contar que tenho inúmeras versões de vários clássicos do rock, que podem daí fechar o “pacote” em termos de ampliar o público que possa atingir e tornar o “show” dinâmico.

          Bem, elocubrações a parte, entendo que preciso de um trabalho mais extenso e consistente, realmente escancarando minha identidade e capacidade, para que eu possa me vender decentemente… E também preciso de alguém pra me promover, pois compor, tocar e gravar é comigo, mas nunca soube me vender… Alguém aí é empresário?

          Mas, no fim, o que importa mesmo é FAZER! Quando componho e gravo, vou pra cama a noite e penso: hoje VIVI meu dia com qualidade! O que é melhor, ficar 2 horas vendo TV, trocando de canal sem objetivo, ou depois de 2 horas você já ter gravado um riff de guitarra e uma levada de baixo e batera pra ficar curtindo? Isso é um chamado a todos os músicos, o mundo necessita de criadores! Vamos trabalhar galera! Não há desculpa! Passei 10 anos como um zumbi, jogando videogame, assistindo futebol, tentando fugir , mas o retorno a música foi inevitável e o OPEN WINDOWS está aí pra provar isso…

          Por fim, já estou com a introdução da 3ª música pronta… Essa acredito que vai agradar a moçada aqui, é porradaria total (Metallica meets Yes on 5/4!) Tudo indica que se chamará “The Fugitive”, apenas ainda não sei do que (ou de quem) este cara está fugindo… deve ser dele mesmo…

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          • Abilio, fico muito feliz que a publicação aqui no blog tenha contribuído para mais pessoas terem acesso ao material – aliás, um provilégio para estes. A questão dos acessos sendo do exterior é interessante, mas dadas as características que você mesmo comentou, não é surpreendente ser assim. Aliás, aqui mesmo no blog, diariamente temos uma parcela significativa de acessos oriunda do exterior, com muita gente usando o Google Translator. Isso mostra o valor do conteúdo do blog em qualquer canto do planeta. Espero que venham mais e mais pessoas que, como você bem disse, estão vindo com livre e espontânea vontade.

            Creio que a veia de um músico nunca para. Como você conta, você deu uma “hibernada”, mas agora voltou – e voltou muito bem. Creio também que as fases particulares de vida influenciam nisso e, se neste momento o momento é bom para compor, saiba que você está aproveitando-o muito bem. Esse lance de ser acordado no meio da madrugada comprova que músico é sempre músico…

            Muito legal sua linha ainda de projetar tudo isso ao-vivo, entendo que é um ótimo caminho a ser seguido. Enquanto isso, você também pode ir analisando outros músicos para lhe acompanhar na empreitada…

            Mas talvez a melhor parte do seu comentário seja o penúltimo parágrafo, que faz a gente refletir. Muitos de nós reclamamos de problemas com tempo, etc. Mas com esforço e dedicação, consegue-se sim “achar” tempo e fazer as coisas acontecerem (em tempo: espantando-se a preguiça e o marasmo / acomodação). Este blog é um exemplo real disso! Mas, mesmo assim, ainda é possível que todos nós possamos fazer mais coisas em nossas vidas, pois, apesar de ser uma frase batida, ela é verdadeira: “a vida é curta”.

            Aguardemos a sequência com expectativa e o espaço, claro, está aberto.

            [ ] ‘ s,

            Eduardo.

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  7. Como tenho (quase) certeza que nenhum dos membros do blog é de Curitiba (ou como no caso do Cláudio, mudou-se pra a cidade “recentemente”), vou postar uma “breve” autobiografia para que conheçam a minha trajetória musical, que se confunde até mesmo com a própria história do rock em Curitiba nos anos 80 e 90. Foi uma grande viagem lembrar e rever tudo isso, espero que curtam…

    ANOS 80, O INÍCIO:

    Nascido em 1971 em Curitiba, cresci com 3 irmãs mais velhas do que eu que só ouviam Queen, AC/DC, Rush, Kansas, Crosby Still Nash and Young, Jeff Beck, Pink Floyd, Genesis, Janis Joplin, Jimi Hendrix, e por aí afora…

    Ao achar um violão velho com uma corda apenas no sótão de meu avô e no mesmo dia já sair tocando algo palpável (a melodia de “Parabéns pra você” – Fun but true…), comecei a tocar guitarra aos 13 anos (“Cocaine” e “Stairway to Heaven”, pra variar, foram as primeiras músicas que “toquei”).

    Tive cerca de um ano de aula com um guitarrista local chamado Cabelo, que me ensinou os solos de “Smoke on the Water” e “Sultans of Swing” em detalhes perfeitos. Apesar de poucas, estas aulas foram extremamente esclarecedoras, e as técnicas de bends, hammer-ons, slides, palhetadas alternadas, power-chords, já me estavam sendo apresentadas e imediatamente assimiladas.

    O guitarrista curitibano Jander Mesquita, um pouco mais velho do que eu, quando me “descobriu”, imediatamente apresentou-me para a “nata” dos músicos que despontavam na cidade naquele momento, como o baixista Cláudio Jardim (Deborah Blando/Papa Winnie) e o então baterista Zé Rodrigo (hoje frontman/vocal da Soulution Orchestra). Juntos tocamos na minha primeira banda, a “LIGAÇÃO DIRETA”, e já arriscava as primeiras composições, participando de festivais de música locais.

    De 1985 a 1987, participei de diversas outras bandas de música próprias, tendo como expoente a “ARENA”, cujo vocalista é um dos maiores nomes da dramaturgia nacional na atualidade, o escritor Felipe Hirsch, e também tinha o Sérgio Soffiatti como baixista, que depois ficou conhecido pela banda ultra-pop Sr. Banana, e mais tarde com sua ótima banda de Ska, a Skuba.

    Em 1986, iniciamos, lado de outras bandas locais como a CWB e a Matéria-Prima, um movimento cover na noite de Curitiba, com a banda “IRMÃOS BROTHERS”, na qual eu era vocalista e alternava guitarra e baixo com o outro guitarrista, Amândio Galvão (hoje da banda “Nuvens”). Tocávamos muito Stones, Beatles, The Cure, Talking Heads, U2, The Police, The Clash, etc. e muito Rock nacional, como Paralamas, Barão, Plebe Rude, Titãs, foi uma grande escola para o meu desenvolvimento musical e pra pegar desenvoltura no palco.

    À medida que ia progredindo tecnicamente, os desafios foram sendo encarados, e eu passava horas a fio estudando escalas, acordes, técnicas de palhetada, etc. Os solos e riffs do Page, Gilmour, Lifeson, Smith/Murray já começavam a ser reproduzidos com fidelidade e a vontade de tocar um som mais elaborado aumentava…

    Em 1988/1989, fui convidado por Julian Barg, um pianista erudito e virtuoso “argentino-curitibano” (que, por sinal, me apresentou o Queenryche…), que na verdade é um grande compositor de rock, para a minha primeira banda de Heavy/Hard Rock de verdade, chamada “DIET ELEPHANT”. Essa é uma das gravações mais antigas que tenho em meus arquivos, gravada na adega da casa do pai do Julian numa TASCAM de 8 canais (K-7!!!):

    DIET ELEPHANT – SKYLINE: http://radiocaosmedia.com/medias/audio/Diet_Elephant_-_Skyl_20110421110062314.mp3

    INÍCIO DOS ANOS 90, O CAMINHO PARA O PROG-HEAVY:

    Em 1991, já “evoluindo” no lado cover para um repertório que incluía Pink Floyd, Whitesnake, Rush, Marillion, Steve Ray Vaughan, formei a banda “RAVEL” (Abilio Abreu: vocal e guitarra, Cláudio Jardim: baixo e James Feeler: vocal e bateria), um power-trio que constantemente tocava no Potato Medieval, um bar muito frequentado na época:

    Em 1992/1993, toquei como guitarrista da banda do João Lopes, o “Bicho do Paraná”, que faz um “rock rural paranaense”, e fizemos uma tour em quase todas as cidades do Paraná e uma tour de 3 meses na Suíça, aproveitando pra visitar a Holanda, Itália e Bélgica e assimilar um pouco do espírito europeu, visitando as lojas de CDs e assistindo a bandas e artistas underground dos mais diversos estilos. Tocaram comigo nestas tours o baixista Glauco Solter, o tecladista Terciano Albuquerque, os bateristas Endrigo Bettega e Dione, assim como o cantor, violonista e gaiteiro João Lopes e sua esposa a vocalista Carmem Carolina.

    Ainda em 1993, na volta a Curitiba, entrei como guitarrista da banda de Heavy/Hard “VIA APPIA” (Paulo Vargas: vocal, Abilio Abreu: guitarra, Rodrigo Panzone: baixo e teclados e Sílvio Palmerini: bateria), que já fazia há tempos shows como “Led Zeppelin Cover”, e esta banda acabou sendo uma das mais significativas numa forte cena underground Heavy Metal da Curitiba dos anos 90 (ao lado da GYPSY DREAM) tendo o bar HANGAR como o ponto central deste movimento. Vejam estes vídeos de nossos shows tocando covers do Iron Maiden e Pantera (imperdíveis!):

    A banda então desenvolveu um ótimo trabalho próprio. Os próximos links são o vídeo (recém editado e lançado pelo baixista da banda Rodrigo Panzone) da “DEADLINE”, e de seu CD homônimo, disponível no Reverbnation. Apesar de excelentemente produzido e gravado por completo, o CD nunca foi lançado, pois o produtor Rogério Franzini teve alguns problemas pessoais e nunca mais pôde retomar o projeto:

    VIA APPIA – DEADLINE (CD): http://www.reverbnation.com/viaappia

    Simultaneamente, eu, o baterista/vocalista do RAVEL James Pedrozo e o baixista da VIA APPIA Rodrigo Panzone, fizemos alguns shows como “The Police Cover”, este vídeo é de 1994 no histórico e extinto Aeroanta de Curitiba…

    Paralelamente, iniciei uma banda de Progressive Rock chamada “FEELINGS FACTORY”, com sua base em um trio, formado com o guitarrista Dalio Zippin Neto, o baterista Fernando Vernalha Guimarães, o baixista Jack Di Pasetti e Emerson Antoniacommi nos teclados:

    Feelings Factory – Lonelyland: https://myspace.com/abilioabreu/music/song/lonelyland-81366505-89637075

    Feelings Factory – Burning Wings of Love: https://myspace.com/abilioabreu/music/song/burning-wings-of-love-81366422-89636995

    Feelings Factory – Love is Just Illusion: https://myspace.com/abilioabreu/music/song/love-is-just-illusion-81366581-89637154

    Feelings Factory – Wake Up!: https://myspace.com/abilioabreu/music/song/wake-up-81366454-89637026

    Com toda a expectativa criada sobre o CD da VIA APPIA, e a consequente frustração do seu não-lançamento, a banda acabou, e os seus integrantes tomaram rumos distintos.

    Durante gravação e mixagem do “DEADLINE”, eu apresentei várias ideias inusitadas, utilizando de alguns métodos não-convencionais de gravação/microfonação para aquela época, e, também, pelo fato de, em paralelo, eu já estar compondo e gravando alguns jingles e spots para publicidade, fui convidado pelo dono do Audiodigital Studio para trabalhar como técnico de gravação, e resolvi estudar esta especialidade.

    Naturalmente, como a maioria das bandas que gravavam em nosso estúdio eram “cruas” e quase sempre não havia um produtor, comecei a assumir este papel, gravando de tudo (de chorinho a gospel, de heavy a pop, bandas peruanas e de reggae), e participei de cursos em Sampa para aprimorar meu conhecimento no estúdio, adquirindo bastante experiência.

    1995 a 2000: INCURSÕES NA MPB:

    Assim, o contato com variados tipos de músicos e produtores diversos, assim como um infinito interesse em elevar meu nível musical e a fome insaciável por mais conhecimento e informação, iniciei num estudo aprofundado da MPB. A partir de 1995, joguei a guitarra distorcida e a palheta num canto, me dedicando muito ao violão de nylon, fingerstyle. Destrinchei Jobim, Chico Buarque, João Gilberto, Baden Powell e todos os maiores compositores e violonistas da nossa MPB, assim como alguns jazzistas como Joe Pass.

    Em 1997, me mudei pra New York, na base da aventura mesmo, e lá, tocando num restaurante, conheci um produtor brasileiro que se interessou pelas músicas próprias que compunha naquele momento, culminando na gravação de meu único CD lançado oficialmente, o “PORTA DA FRENTE”, gravado em 1999 e lançado nos USA (apenas) em 2000.

    Para gravar este CD, o produtor de música clássica, um Paraense radicado em NY, Antonio Moreira contratou nada mais nada menos que Paulo Braga (baterista permanente de Tom Jobim e Elis Regina), Sérgio Brandão (baixista de Tânia Maria, que já gravou com David Byrne e Naná Vasconcelos) e Dario Eskenazi (um tecladista Argentino que tocou com Dori Caymmi) que na época moravam em New York e eram a banda base da Leny Andrade e Paquito D’Riveira. Também participaram da gravação o meu amigo guitarrista curitibano Rogério Sabatella e minha já esposa Adriana Digiovanni. Com os músicos posteriormente contratados para finalizar os arranjos do disco, o line-up final ficou este: Lead Vocals/Acoustic Guitar – Abilio Abreu, Electric Guitar – Rogerio Sabatella, Vocals – Adriana Digiovanni & Ana Lucia Pereira, Flute/Sax – Aaron Heick, Trumpet/Flugel – Diego Urcola & Rick Savage, Trombone – Barry Olsen, Keyboards – Dario Eskenazi, Accordian – Cidinho Teixeira, Drums/Percussion – Paulo Braga, Bass – Sergio Brandao, Violin – Vesselin Gellev, Cello – Ann Kim.

    Sou muito orgulhoso deste CD, que compus utilizando harmonias e melodias muito complexas, todas na melhor tradição do mais puro MPB, e que ainda pode ser comprado através de diversos sites de venda online:

    https://itunes.apple.com/us/artist/abilio-abreu/id25201108

    http://www.amazon.com/Porta-Frente-Abilio-Abreu/dp/B00004YKE0

    Logo após a gravação, por motivos pessoais, voltei ao Brasil/Curitiba. Desentendimentos com o produtor no processo pós-gravação do “PORTA DA FRENTE”, e a cena que encontrei em Curitiba no meu retorno no final dos 90 (É o tcham! dominava as paradas…) me desiludiram por completo, e querendo dar um basta neste “fool’s dream”, resolvi me “aposentar”. Paralelamente à minha vida musical, eu já concluído o curso de Direito em 1994, com carteira da OAB e tudo, e resolvi largar de vez a música, começando a trabalhar como advogado e perito de seguradoras internacionais de navios no porto de Paranaguá/PR, o que faço como atividade principal até hoje.

    2002: INCURSÕES NO MUNDO DA DANÇA:

    Para não dizer que fiquei fora da música completamente neste período, em 2002 fundei com minha esposa Adriana Digiovanni (que é uma exímia bailarina e sapateadora) uma escola de dança, o Centro de Artes Adriana Digiovanni. Nestes 11 anos, já produzimos 10 espetáculos anuais e participamos de diversos festivais de dança no Brasil todo, cabendo a mim a edição do material de áudio e a direção musical do grupo.

    Assim, em 2007, compus uma peça de jazz para guitarra solo, a música “A & Z”, que foi coreografada para sapateado pelo sapateador de Los Angeles Mr. Steve Zee, um desafio enorme, por ser completamente fora do minha zona de conforto:

    Esta aproximação com o mundo da dança, como se vê, abriu-me um novo horizonte, pois assisti a diversos espetáculos fantásticos, conhecendo também muita gente deste mundo, o que acrescentou muitos novos elementos à minha visão geral da produção artística como um todo.

    2007 AO FUTURO: A RETOMADA DA IDENTIDADE ROCKEIRA

    Finalmente, em 2010, após ficar por anos pesquisando o Rock Progressivo, culminando com o show do RUSH em Sampa – Time Machine Tour – reassumi minha identidade de Prog-metaleiro, e após um período de reconhecimento e adaptação com as novas possibilidades de gravacão em casa num Macbook Pro, começei a gravar sozinho, em casa, diversos covers, apenas para experimentar…

    Abilio Abreu (Pink Floyd cover) – What do you want from me?:https://myspace.com/abilioabreu/music/song/what-do-you-want-from-me.mp3-81255065-89515622

    Abilio Abreu (Marillion cover) – Just for the Record: https://myspace.com/abilioabreu/music/song/just-for-the-record-81366920-89637496

    Este processo despertou novamente a vontade de voltar a compor, e o resto o post principal já conta a história – “OPEN WINDOWS TO NOTHINGNESS”.

    Agora é continuar trabalhando…

    Abilio Abreu

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    • Abilio, muito obrigado por compartilhar conosco com esta riqueza de detalhes um pouco dos muitos de seus achievements que, com certeza, como você comentou, se misturam com a história da cena curitibana.

      Só posso tirar meu chapéu… é uma tremenda honra para todos aqui poder contar com você de volta ao Minuto HM. E as cenas dos próximos capítulos já estão se escrevendo…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Abílio, muito legal toda essa história, pontuada de aventuras e parcerias musicais de bastante qualidade. O blog é bastante focado no metal, mas qualquer boa música merece de nós todo o respeito. E foi isso que eu ouvi aí em cima, mas não consegui ouvir tudo ainda, afinal são cerca de 30 anos de música resumidos em um comentário do blog. E o tempo também está curto por aqui,também para ouvir o Open WIndows to Nothingness, que entra na minha prioridade pelo menos depois que passar o Rock in RIo. Até lá , tem muita coisa embolada, mas o seu cd está merecendo muito mais a atenção que até agora dispensei.

    PArabéns pela sua qualidade como guitarrista,músico, técnico de gravações, produtor e sei lá mais o que e por todo o trabalho desenvolvido !! É algo bem acima do padrão ,certamente !

    Alexandre Bside

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    • Obrigado B-Side pelos elogios!

      Quanto à sua “Open Windows to Nothingness Experience”, siga o conselho do fabricante: use sem pressa e sem moderação!

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      • É o Richard Nixon, até que o cara não é tanto ” not meant to be ” assim….

        Alexandre

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        • Fala BSide!

          Aí está o grande trick da letra da faixa 1 do CD: “Not Meant to Be – Part I – Massachusetts ’52”, legal que você percebeu isso!

          Não falo dele, não… O “Presidential run” de 60 foi Kennedy x Nixon; mas, de fato, falo do cara que perdeu a eleição do Senado de Massachusetts em 1952 – Mr. Henry Cabot Lodge Jr.

          Ele era tão “not meant to be”, que a referencia imediata de quem prestou atenção na letra é ao Nixon…

          Você sabe que, como todo bom perfeccionista, não dou ponto sem nó… Pensei em ser mais literal, mas deixar esta questão no ar (ou apenas a indicação no sub-título da faixa) se tornou interessante. E a rima ficou muito boa pra mudar…

          keep listening’

          Abilio

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          • …LIKE THE MAN WHO LOST THE ELECTION TO J.F. KENNEDY (WHO WAS HE?)..

            È verdade, não menciona qual eleição , e ainda tem a dica do ’52. Eu li aquilo e não entendi esse lance de 52.

            Sensacional, mesmo !

            Tenho ouvido bastante o cd, mas quanto mais eu ouço, mais eu vejo que precisarei ouvir mais.

            Alexandre

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  9. É isso aí Bside!

    Acredito que, para que possamos conversar melhor sobre este CD no 15º podcast, se faz necessário uma introdução, ou, seja, o prefácio da história que conto no CD, e já faz parte do livro/filme/musical/seriado/HQ/video-game que estou escrevendo:

    Sadim Notzen (*), nasceu no bairro de Cambridge, em Boston, Massachusetts, USA, em 04 de Novembro de 1952, no exato momento do anúncio da vitória de J. F. Kennedy na eleição ao Senado do estado, sobre o Republicano Henry Cabbot Lodge Jr.

    Filho de um diplomata Suiço e uma pianista Tunisiana, nos anos 50 e 60 os pais de Sadim constantemente se mudavam de país, mas acabaram estabelecendo-se em Londres no início dos anos 70.

    Assim sendo, Sadim nunca criou grandes laços de amizade durante sua infância, dedicando sua vida praticamente ao estudo da guitarra elétrica e do Rock ’n Roll, uma vez que acompanhou de perto o surgimento dos Beatles e Rolling Stones.

    Sendo um exímio compositor, ele forma a banda “Feelings Factory” no início dos anos 70, lançando dois discos conceituais, com faixas longas e complexas, todas de sua autoria e arranjo.

    Apesar de não alcançar um sucesso fenomenal, a banda era muito respeitada pela crítica e sua base de fãs era praticamente formada por músicos, e realmente dava para viver bem com o dinheiro que fazia dos shows e vendas de LPs.

    Na onda “paz e amor” que reinava nesta época, ele iniciou suas experimentações com drogas, mas de forma ainda muito esporádica e usando apenas drogas “leves” para, conforme ele dizia, “alcançar um grau a mais na inspiração…”

    No final dos anos 70, conheceu uma artista plástica inglesa, com a qual se casou e teve um filho. Nesse mesmo período, com o advento do New-wave e Punk Rock, as bandas progressivas começaram a se adaptar a fim de sobreviver, e a “Feelings Factory” contratou um novo (e desonesto) empresário para direcionar a banda num caminho mais comercial.

    Com isso, suas composições foram totalmente deixadas de lado, e o terceiro LP acabou sendo gravado com composições bem pop, compradas de diversos autores, tendo uma participação muito pequena no processo criativo do álbum. Mesmo assim, permaneceu na banda, na esperança que um dia voltassem a fazer o “som de verdade” dos dois primeiros discos, e até mesmo porque este era o seu único emprego.

    As constantes brigas em casa, pois vivia sempre em turnê e, nos poucos dias que permanecia em casa ficava só compondo, seguidas da notícia estarrecedora que seu filho era portador de uma doença renal rara e fatal, assim como a direção ridícula que sua banda estava tomando, o levou a começar a usar drogas mais potentes e de forma bem mais frequente, culminando em seu divórcio em 1982.

    As coisas na banda também começaram a desandar, uma vez que no seu entender, o novo trabalho era forçado e artificial, porém o novo LP estava vendendo muito bem e tudo indicava que esta direção pop não seria mudada tão cedo.

    Em 1983, a banda viajou para New York, e logo após um histórico show no Madison Square Garden, Sadim, que levava para todos os lugares que ia o seu “traficante pessoal”, é preso por porte de entorpecentes no hotel, numa armação do empresário e de um outro guitarrista que estava querendo entrar em seu lugar na banda, e, sendo Americano, acaba ficando preso no país, não conseguindo retornar a Londres a tempo de doar seu rim ao seu filho, que acaba falecendo enquanto Sadim está na cadeia.

    Assim sendo, a banda o despede e sua carreira musical é interrompida à força…

    Em 1994, ao sair da cadeia, aonde seu vício em drogas apenas aumentou, Sadim se vê desempregado, vivendo de seguro-desemprego, sem amigos ou família, e durante uma incrível viagem psicodélica, nota estar completamente sem saída, e começa a refletir sobre sua vida…

    (*) o nome do personagem “Sadim Notzen” significa “Sad I am, Not Zen” – “Triste sou, não Zen” e, ao mesmo tempo, “Sadim” nada mais é que a palavra “Midas” ao contrário – enquanto que tudo o que o mitológico Rei Midas tocava virava ouro, tudo o que Sadim toca vira desgraça…)

    keep listenin’

    Abilio

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  10. é um dos meus musicos favoritos junto com Eric Clapton, George Harison. Leon Russel. Peter Gabriel entre outros quando estou emitindo meus reports para as seguradoras, escutem Fist rays of day light, é do Car$%$%….

    Forte abraco irmão e sucesso.

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  11. Absolutamente fantástico…Tive e Tenho o prazer de conhecer o Abilio Abreu, o vi tocando pela primeira vez no Leopoldo Pub ao lado do meu amigo baterista Giovanni Targa onde os dois formam o DUO PROG. Excelente repertório e um show fora a parte para quem curte uma boa música, agora acompanho sempre seu trabalho, ele é um exemplo de perseverança um espelho para mim…Parabéns meu amigo.

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    • Luiz Carlos,

      Primeiramente agradeço a sua visita ao Minuto HM e ao comentário extremamente positivo sobre o meu trabalho, tanto no DUO PROG, que tem tocado nas noites de Paranaguá e agregado os fãs de Rock Clássico que estavam por aqui órfãos e perdidos, fugindo dos usuais locais de pagode mal tocado que imperam nessa histórica cidade, assim como seu interesse em conferir meus demais trabalhos musicais, vindo parar aqui no blog.

      Volte sempre para prestigiar os posts deste espaço que tem o conteúdo mais denso e intenso sobre Heavy Metal na internet brasileira!

      keep mirrorin’

      Abilio Abreu

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    • Luiz Carlos, reforço as boas vindas do Abílio a você neste espaço.

      Aproveite para navegar e conhecer nossos materiais, certamente haverá coisas do seu agrado.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  12. Minuteiros,

    Nesta semana que antecede nosso 17º podcast, venho divulgar aqui em primeira mão o meu mais novo video clip (mais um da serie “uma ideia maluca e um iPhone na mão”…).

    A musica “The Londoner” foi composta e gravada em 2013, e felizmente acabei tendo a oportunidade de voltar a Londres em Junho de 2014 para captar as imagens necessárias a fim de materializar esta minha visão psicodelica e minimalista de uma das cidades que mais gosto no mundo:

    keep watchin’

    Abilio Abreu

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  13. Eu sempre revisito aqui as musicas do open window do Abilio. Eh impressionante a qualidade do trabalho

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