Discografia MetallicA – parte 7: [Pré-MetallicA] Kirk Hammett

Foi em 18/novembro/1962, em São Francisco, e criado na cidade de El Sobrante, na East Bay, Califórnia, que nasceu Kirk Lee Hammett, também apelidado de Kirk “The Ripper” Hammett, filho de uma mãe filipina, Teofila “Chefela” Oyao (Chefela Hammett), que trabalhava para o Governo Federal, e de um pai, Stuart, que trabalhava para a Marinha Mercante da Irlanda e que pouco se tem informações (Kirk pouco aborda o assunto “família” e sua simples infância em sua carreira). Além dos pais, Kirk é o irmão do meio – possui uma irmã caçula, Jennifer, e um meio-irmão, do primeiro casamento de Chefela, Richard Likong, fotógrafo.

Um dos motivos para tais restrições é que, Kirk cresceu tendo uma vida muito difícil, com seu pai bastante ausente, quando criança. Frequentou escola católica (que ele confirma ter ido sozinho todos os dias, dos 6 aos 12 anos de idade), Hammett cresceu e demonstrou interesse cedo por gibis e filmes de terror, principalmente com monstros envolvidos. Isso era um choque a todos, principalmente na escola – seus professores, quando viam tais materiais, recolhiam-os. Kirk, já na época, demonstrava uma postura mais calma / passiva, sem confrontar, característica que lhe serviria anos depois (e até hoje) em sua futura banda principal. Ele começou a questionar o que ouvia sobre religião na escola quando, a partir da quinta série, começou a cabular as aulas de religião, afirmando que o que ouvia soava hipócrita e distante de sua realidade. Seus filmes favoritos são: Frankenstein (a versão original, de 1931) e Bride Of Frankenstein (1935).

Já seu interesse musical começou aos 11 anos, quando ele começou a tocar piano. Richard, que costumava ver bandas como Led Zeppelin, Cream, Santana na famosa casa Fillmore, de São Francisco, passou a exercer uma influência sobre o irmão. Kirk começou a deixar seu cabelo crescer (sendo severamente criticado e questionado pelas freiras) e prestar atenção no que seu irmão, que já tocava guitarra, fazia. Porém, em 1975, sua família decide sair de São Francisco para o subúrbio e Richard não os acompanha. Assim, Kirk perde sua maior referência familiar. Kirk, então, abandona o piano com o intuito de “emular” seu irmão, imitá-lo, e também porque havia desenvolvido um interesse maior pelas cordas, e começa a tocar o que lhe consagraria aos 15 anos, com uma guitarra do catálogo Montgomery Ward.

Kirk tem como suas primeiras influências Jimi Hendrix, Michael Schenker, Uli Jon Roth, Led Zeppelin, Aerosmith, Kiss, UFO (sua banda favorita até hoje), entre outras. Kirk conseguiu sua primeira Fender Stratocaster 1978 e passou, então, a juntar todo e qualquer dinheiro para a compra de uma Gibson Flying V 1974 (e hoje Kirk possui uma linha do emblemático modelo em sua homenagem, como podemos ver no vídeo abaixo). Para conseguir comprar também um amplificador Marshall Half Stack, o jovem conseguiria um emprego de meio-período no Burger King. Kirk procurava tocar o que ouvia em seus álbuns, sendo Purple Haze o início de tudo, seguida por materiais do Deep Purple, Black Sabbath, Queen e Status Quo.

Em 1980 e já formado no colégio De Anaza, Kirk estava estudando psiquiatria na faculdade – local em que ele receberia no futuro uma ligação para fazer um audition para o MetallicA – e, assim como Cliff, também estava estudando música clássica, como Haydn e Bach, além de jazz e blues. Totalmente influenciado pela explosão da NWoBHM, assim como Lars, Hammett estava tendo aulas de guitarra, sendo que seu professor é hoje um dos nomes mais aclamados da história do instrumento – Joe Satriani. Foi com Satriani que Kirk aprendeu teoria musical, arpeggios, harmonias, enfim, a base. Satch trabalhava em uma loja da guitarras em Berkley, dando aulas, enquanto tentava juntar dinheiro para tirar do papel seu projeto de ter um bar, o The Squares. Kirk havia ouvido falar do tal guitarrista underground de metal que possuía uma técnica incrível e, de bicicleta, foi atrás de Satriani.

Kirk e Satriani

Kirk e Satriani

Satriani menciona que Kirk ia ter aulas com ele inicialmente acompanhado pela mãe e que ele, seu (último) aluno por 2 anos, era diferente, pois queria mergulhar nos detalhes de Schenker e Roth, Hendrix e Stevie Ray Vaughan, por exemplo. Menciona ainda que Kirk trazia alguns materiais do seu início no MetallicA para que ele pudesse avaliar e dar dicas. Satriani sentia a energia que vinha do lado do MetallicA, muito da guitarra de Hetfield, e passou a mostrar a Kirk algumas escalas diferenciadas, não-padrões, procurando ao mesmo tempo não impor regras / influenciar o trabalho para que ele pudesse explorar ao máximo as ideias e sua criatividade.

Assim, já mais confiante no instrumento e envolvido com heavy metal, Kirk, ainda em 1980, juntamente com o guitarrista Tim Agnello, o baterista Tom Hunting, baixista Carlton Melson e o vocalista Keith Stewart fundam, em São Francisco, o Exodus – banda de thrash metal cujo nome Kirk Hammett escolheu do romance homônimo escrito por Leon Uris de 1958, após achar a obra na biblioteca da sua escola. O baixista Melson logo sairia do grupo, sendo substituído por Geoff Andrew, assim como Agnello deixaria o grupo sendo substituído pelo técnico de guitarra de Kirk – Gary Holt – único membro da banda que participa de todos os álbuns do grupo até hoje.

DiscMet_7_Exodus_novel

Kirk Hammett & Gary Holt

Kirk Hammett & Gary Holt

Exodus com Kirk Hammett

Exodus com Kirk Hammett

Em 1981, Kirk conheceria Paul Baloff, de El Cerrito, em uma festa. Os 2 desenvolveram uma rápida amizade e o vocalista acabaria assumindo os vocais do Exodus. A banda então grava, em 1982, sua primeira demo com 3 músicas, a única com Hammett. Uma das músicas desta demo, Warlords, traz, em torno de 3:31 do vídeo abaixo, um pouco do que se ouviria na versão final do solo de Seek And Destroy (oficialmente creditada apenas a Hetfield e Ulrich):

Whipping Queen:

Kirk ainda aborda que há riffs usados no segundo álbum do MetallicA, Ride The Lightning, e até no Master Of Puppets, que são desta época do Exodus, quando muitos acusam Kirk de ter “roubado” certas ideias. Esta história de ter roubado ou não é extremamente polêmica, sendo que Kirk afirma que não roubou nada. Apresento abaixo algumas destas ideias efetivadas no álbum de 1984 do MetallicA, começando com o próprio Kirk falando do assunto em entrevista:

No primeiro dos vídeos abaixo, os exemplos:

  • Creeping Death x Die By His Hand (demo de 1983)
  • Trapped Under Ice x Impaler (material de Kirk lançado apenas em 2004 pela segunda formação do Exodus)
  • Master Of Puppets x Death And Domination:

Com o Exodus começando a fazer shows e tendo a oportunidade de cobrar por ingressos em alguns destes, a banda de Kirk finalmente começaria a tocar em lugares mais conhecidos da cena, como o Old Waldorf e o Keystone, em Berkeley. Os caminhos de Kirk com o MetallicA começaram a se cruzar quando o Exodus abriu alguns shows para a banda no final de 1982 / começo de 1983. O Exodus desconhecia a novata banda MetallicA, tendo contato com eles através de uma ou outra música apenas. Kirk se encantou com a performance do MetallicA, achando que eles podiam inclusive ser ainda melhores… com ele.

Kirk Hammett no palco com o Exodus, abrindo para o MetallicA, em 05/março/1983, no The Stone, em São Francisco. Semanas depois desta foto, Kirk entraria para o MetallicA.

Kirk no palco com o Exodus, abrindo para o MetallicA, em 05/março/1983, no The Stone, em São Francisco. Semanas depois desta foto, ele entraria para o MetallicA.

Mais uma curiosidade: a foto acima é da mesma data que Cliff Burton faria seu primeiro show com o MetallicA.

Metallica Setlist The Stone, San Francisco, CA, USA 1983

Mark Whitaker, produtor musical do Exodus e engenheiro de som no MetallicA – além de um dos grandes nomes pelo surgimento da Bay Area como cena de thrash metal nos anos 1980 – foi o cara que sugeriu que o franzino Kirk fosse um dos nomes a serem “considerados com carinho” pelo MetallicA para substituir Dave Mustaine. Mark argumentaria a Lars e companhia que Kirk teria um perfil muito diferente de Mustaine. Kirk era estudioso, quieto, não conflitante – um cara “gente boa”, como era característico daquele também recém-chegado à banda, Cliff Burton, também de São Francisco. Ou seja, características que caíam “como uma luva” para uma banda que já possuía uma liderança estabelecida, com Lars e James. E, além de tudo, Kirk era um dos melhores guitarristas da Bay Area.

Foi no dia da mentira, primeiro de abril, que Whitaker fez a ligação. Hammett inclusive achou que era uma “pegadinha” do dia. Kirk só começou a acreditar quando Mark disse que ele receberia por FedEx uma fita com músicas do MetallicA para ele aprender. Poucos dias depois, Kirk receberia uma ligação de Mark: “o MetallicA gostaria que você viesse para Nova Iorque para fazer um audition”.

Apesar das dificuldades financeiras, Kirk avisou o pessoal do Exodus e pegou um voo noturno de “Frisco” para a “Big Apple”. Kirk chegaria momentos depois de Dave Mustaine ter sido colocado no ônibus de volta para Los Angeles. Segundo ainda Kirk, ele entrou para a banda imediatamente, sem ao menos ter tocado nada – a banda quis rapidamente seguir dali em diante. Lars deixaria claro que quem comanda a banda seria ele e James, em todos os aspectos, inclusive os discos. Kirk apenas concordaria, já mostrando sua postura diplomática de sempre. Do outro lado, Mustaine, revoltado com toda a situação, apenas disse em entrevista para o Spread TV, feita pelo guitarrista Dave Navarro, que “não tinha gostado que Kirk tinha pegado seu lugar, mas que pelo menos ele tinha ‘traçado’ a namorada dele antes de sair”.

Outro que já conhecia Kirk era Brian Slagel, que já havia visto o guitarrista tocar no Exodus e gostado, dizendo que sabia que o pessoal em São Francisco lhe faria perguntas assim que a confirmação que Kirk era o novo guitarrista do MetallicA saísse. Slagel disse a todos que, em sua opinião, ele era a melhor opção para a banda, tanto por ser um grande guitarrista quanto pela sua personalidade “camarada”.

O último show do MetallicA tinha sido em 09/abril/1983, com Mustaine. A banda interrompeu suas apresentações e voltou a tocar exatamente uma semana depois. Após ensaiar com a banda já demonstrando ter aprendido as músicas “do dia para a noite”, Hammett faria seu primeiro show com o MetallicA em 16/abril/1983, ou seja, apenas 15 dias após a primeira ligação. O MetallicA começou a fazer alguns shows em locais maiores e mais relevantes, como o Paramount Theatre, em Nova Iorque, abrindo para o Venom. O setlist foi idêntico em ambas as noites citadas, sendo que The Mechanix foi tocada pela última vez pelo MetallicA nesta estreia de Kirk.

DiscMet_7_Kirk Hammett first show in MetallicA

Metallica Setlist The Showplace, Dover, NJ, USA 1983

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CURIOSIDADES ADICIONAIS

– Kirk possui tatuagem em seu estômago com sua data e local de nascimento;

– Vegetariano;

– Além da paixão pelos filmes de terror, Kirk é extremamente fã (e praticante) de surf;

– Até hoje toca guitarra praticamente todos os dias – 361 dias por ano, segundo ele;

– Kirk agora possui seu patrocínio oficial com a família de guitarras da ESP com modelos normalmente identificados com as iniciais “KH” – “Bride of Frankenstein”, “Ouija” e “Mummy” – além dos conhecidos modelos de Gibson Les Pauls e Flying Vs que ele também usa. Uma lista de seus equipamentos pode ser vista aqui;

– Kirk não costuma fazer aparições fora do MetallicA. Há, entretanto, alguns exemplos, como suas participações no Septic Death – “Kichigai” (1988, guitarras em “Kichigai”) ; O.S.T. – “Spawn: The album” (1997, guitarra em “Satan” com Orbital) ; Santana – “All That I Am” (2005, guitarra em “Trinity”) ; K’naan – “Troubadour” (2009, guitarra em “If Rap Gets Jealous”) e com o Echobrain -“Echobrain” (2002, banda fundada pelo companheiro de tantos anos de MetallicA, Jason Newsted).

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[ ] ‘ s,

Eduardo.

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PRÓXIMO CAPÍTULO: Discografia MetallicA – parte 8: Prólogo / Early Years (1980 – 1982)



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52 respostas

  1. Eduardo, parabéns por mais este excelente post. Está tão completo, com fotos e vídeos que não há mais nada a acrescentar. Sendo assim, vamos polemizar. Sobre a questão de Kirk ter roubado ou não idéias do Exodus para o Metallica, o próprio Gary Holt, guitarrista do Exodus e hoje também do Slayer, admite que os riffs pertenciam ao Kirk e que, portanto, ele poderia usá-los como quisesse, mesmo eles já tendo figurado em músicas lançadas pelo Exodus antes, como no caso de Impaler. Porém na questão a “die by my hand…” conhecida por todos em Creeping Death foi o caso de Hemmet ter se apropriado de uma composição feita por Holt. E embora as frases não sejam exatamente iguais, não da pra negar que se tratam da mesma coisa. O próprio Holt fala sobre como lidou com isso na biografia do Metallica, de Mick Wall:

    ‘I remember calling Kirk up and giving him a great deal of grief,’ says Holt, ‘and he
    said, “Ah, I thought I asked you if it was okay .” I’m like, “No, you didn’t.” So I’ve
    had the pleasure – and I use the term loosely – of watching sixty-thousand people
    chant that shit [at subsequent Metallica shows over the years] yet I’ve never received
    a penny for it. I’ve had many people say , “Man, you should have sued.” But I’m like,
    yeah, whatever, you know? It is what it is. I laugh about it now . I had one conversation with Kirk about it then I let it go for ever .’

    O fato é que as coisas parecem estar resolvidas após tantos anos.

    Como muito bem exposto em seu post, Kirk era o elemento que faltava para o Metallica estourar e muito devido a sua personalidade mais pacífica. E mesmo após mais de 30 anos na banda, isso não mudou. Quem continua determinando os rumos do Metallica são Hetfield e Lars.

    Abraços,

    Su

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    • Su, obrigado pelos elogios e por trazer este trecho do livro de Mick Wall, que é uma das fontes que eu também estou usando. Como disse no post, o assunto é polêmico e ao que parece neste caso, temos esta informação de Gary Holt e, da forma que está no livro, fica claro que Kirk usou o riff de tanta qualidade para Creeping Death.

      Aliás, a versão tocada nos tempos do Exodus é excelente – como tudo que ouvi deles fazendo este post – o que despertou meu interesse em conhecer mais profundamente o material da banda, principalmente dos anos 1980.

      Sobre quem manda na banda, Kirk só se manifestaria publicamente (de maneira clara) sobre o ponto no Some Kind Of Monster, mas isso é assunto para um futuro ainda bem distante desta discografia :-).

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  2. Meus eternos agradecimentos a Kirk, acredito que sem ele o Metallica seria mais uma grande banda destruída pelos enormes egos de seus componentes.

    E além disso, o que dizer de alguém que: ganhou uma nova vida num jogo de cartas; compôs o solo de One e também compôs o riff de Enter Sandman, levando a banda e o heavy metal a outro patamar??

    Só um conselho, Kirk: saia da zona de conforto no próximo álbum!!!

    Ótimo post. E me arrisco a dizer que deve ter sido o mais difícil de fazer, pois a vida de Kirk é muito fechada.

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    • Santo Kirk, Glaysson. Sem dúvidas, uma figura que é um ponto de equilíbrio na banda – e dizer que isso não é importante em uma banda com outras personalidades tão intensas e fortes é bobagem.

      A ideia do post é falar da vida pré-MetallicA, mas eu concordo com você: está na hora de sair do conforto sim, ainda que no Death Magnetic ele tenha tido bons momentos – para mim, mais ainda que em estúdio, esse conforto está ao vivo, com ele simplificando solos, “fritando” a guitarra em outros apenas para “preencher” e, por que não dizer, caindo aquela máxima dele que odeia errar notas e não ser tão preciso assim…

      Obrigado pelo elogio e realmente não foi um post dos mais fáceis, até pela confusão do período, informações desencontradas (quando na dúvida, prefiro nem falar nada) ou ausentes mesmo – a infância dele, por exemplo, sabe-se muito pouco e escrevi o máximo que consegui.

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Olá Eduardo, parabéns mais uma vez, pelo ótimo trabalho; destrinchando as entranhas metálicas e nos enriquecendo com informações que estão por aí mas que você tão bem organizou. Parabéns.

    Até acredito que Kirk (lá vem polêmica!) seja tudo o que dizem a seu respeito, especialmente nos intensos elogios relacionados ao seu comportamento. Tecnicamente ele deve (?) ser um animal, já que tantos outros do metiér o dizem. No entanto não sou fã dos seus solos e nem da sua postura de palco. Já disse em outras ocasiões que para mim a alma do Metallica é James Hetfield, este sim o responsável pelo DNA sonoro da banda.

    … Mas não posso deixar de admitir que a personalidade low profile do Kirk asseguraram à banda – nos momentos mais críticos – o equilíbrio necessário. Não só para manutenção do tipo de monstro que é o Metallica mas também para continuidade do seu empregão.

    Congrats, one more time.

    See U!

    Daniel Junior

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    • Daniel, obrigado pelos elogios. Realmente há muitas e diversas fontes sendo usadas, e pior, muitos conflitos. No final, vale a análise, a pesquisa mais profunda e um ou outro conhecimento que adquiri ao longo do tempo – e venho adquirindo fazendo a discografia.

      Se ele é um “animal”, bom, eu o acho um excelente guitarrista. Não acho que a sonoridade do MetallicA seria a mesma sem ele. Hoje em dia, posso concordar com você, mas não posso concordar falando dos anos 1980 / 1990. Kirk foi fundamental em muitas músicas e ao vivo para termos o MetallicA ter sido a banda que dominou o mundo. Gostar ou não é outra história. Não estou dizendo aqui que ele é melhor que X ou Y, que é o melhor guitarrista, eu por um tempo o achava melhor que Hetfield inclusive, coisa que, com o tempo, mudei de opinião e hoje jamais poderia afirmar isso.

      O estilo em palco dele é parecido com a personalidade que descrevi por aqui: contido, calmo. Ele não é um cara extrovertido, e quando vai ao microfone, é nítido isso. Não sabe dar entrevistas direito, não sabe agitar o público. Não é a dele mesmo. Mas, para isso, temos o monstro Hetfield e Lars, que possui técnicas à la Gene Simmons em termos de “marketing”, principalmente nos shows no final dos anos 1980 / tour do Black Album, quando Lars interagia muito com o público.

      Eu, particularmente, gosto muito da sonoridade dele, dos timbres, dos solos. É nítido saber quando é ele tocando / solando, o que demonstra uma identidade e estilo.

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Parabéns pelo post … como já disse em outros comentários, não sou grande conhecedor do Metallica, apesar de ser fã da banda. Posso dizer que antes de trabalhar com você, conhecia apenas as músicas mais “populares”, principalmente do Black Album e algumas outras mais recentes.

    Acho o Kirk um excelente guitarrista, e realmente creio que não devemos ficar comparando ninguém com ninguém. Neste post ficou muito claro que Kirk foi uma peça chave para que a banda permanecesse unida até hoje e é assim mesmo em qualquer “equipe”, temos que ter os mais extrovertidos e os introvertidos … cada um tem seu valor e contribui de uma maneira diferente. Se todos fossem como Hetfield e Lars, a banda estaria destruída hoje.

    Um grande trabalho!

    Abraços,

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    • Chris, agradeço primeiramente pelo elogio quanto ao post e pelo “reconhecimento” de poder ter pelo menos te apresentado alguns sons desta fantástica banda. Espero que a sequência da discografia continue despertando este interesse, já que em breve entraremos na análise dos álbuns, podendo lhe agregar conhecimento e fomentar as boas discussões por aqui.

      Sobre o comentário final de valor, concordo plenamente. Equilíbrio é tudo em uma banda e os grupos que mais duram são justamente estes. Claro que há exceções tanto do lado de bandas mais “temperamentais” quanto de bandas que possuem pontos de equilíbrio (é difícil pensar em uma banda de rock / metal onde não há pelo menos UM membro mais, digamos, “extrovertido” – afinal, é intrínseco ao gênero), mas em geral, o equilíbrio é o ideal. O MetallicA teve isso com a dupla Kirk/Jason e agora com Kirk/Trujillo, apesar que Hetfield também é OUTRO cara nos anos mais recentes. Mas isso ainda veremos por aqui.

      Obrigado!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  5. Bem , os meus comentários vão de encontro ao que outros especialistas ( ou nem tanto, como o Chris se qualifica) aqui colocaram.
    Eu acho que a busca por alguém mais tranquilo para a banda foi acertada, e assim Kirk caiu como uma luva para a vaga.
    Não o considero o mais técnico dos guitarristas, apesar de ter tido aula com um dos mais conhecedores do instrumento, mas o considero muito inventivo, e detentor de solos que ficaram para a posteridade. Nem sempre o mais tecnico se constitue no melhor pra banda..
    A questão envolvendo os plágios é pra lá de clara. É lógico que houve ! Não só na Creeping Death , quanto também na Trapped Under Ice. Já a Master of Puppets fica mais pela subjetividade, ainda que também ache.
    Quanto ao solo de Seek and Destroy, como um solo é normalmente propriedade intelectual, digamos sim, do guitarrista solo e não seja considerado um plágio, e considerando que ambos os solos são de Kirk, não podemos ” juridicamente” considerar um plágio, mas é certo que Kirk trouxe suas idéias de licks de guitarra e adaptou na música do Kill’em’All.
    Pior é copiar solos do Mustaine, que parece que também houve, seria isso ? Ou é melhor deixar esse assunto de lado e trazer à tona no futuro?
    Por fim, o post é brilhante, como todos o dessa discografia, valeu à pena esperar um pouco mais por ele..
    E quando vem o próximo ?

    Saudações

    Alexandre Bside

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    • B-Side, mais que você ser um especialista, você VIVEU a época e, apesar de ter “descoberto” mais profundamente a banda apenas depois do …And Justice For All, você, Rolf, seu irmão, Daniel, JP, possuem o contexto.

      Concordo que nem sempre o mais técnico é a melhor opção – muitas vezes é, mas há claros casos que não. A questão dos plágios e aproveitamos dos riffs é realmente clara, e a ideia aqui na discografia, principalmente porque daqui a pouco entraremos nos álbuns, não é ficar apontando “culpados” ou entrar naquelas eternas (e chatíssimas) discussões “ahhhh, o Mustaine aquilo, ahhhh MetallicA melhor / pior que Megadeth, ahhhh o Iron Maiden é pior / melhor que o MetallicA”. Claro que os fatos serão mencionados (e peço ajuda de todos caso deixe de trazer algo fundamental), mas como registro mesmo. Discutiremos sem dúvidas, mas acho que daqui a pouco é melhor.

      Muito obrigado pelos elogios – mas seus comentários como “depois disso não vou escrever mais nada aqui” é realmente um exagero sem fim. Mas só posso agradecer que estes capítulos estão agregando a todos (inclusive a mim). O próximo? Ele virá, espero que ainda em 2013! 🙂

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  6. Muito bom, muito bom mesmo o capítulo. Então vamos deixar a questão envolvendo algum uso de solos para os álbuns em si. O próximo capítulo é, pelo que entendi, o Metallica antes do lançamento do primeiro registro fonográfico. É isso ?

    Alexandre

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  7. Sobre o Kirk também não sou fã absoluto, mas vejo grande importancia diplomática e musical no grupo, que tem sua assinatura indubitavelmente. Apesar de não mandar na banda, sua contribuição é notória e marcante.
    Bom com o fechamento da série pré historia dos (ex) integrantes da primeira (?) formação da banda, magnificamente traçada por quem conhece do assunto, fica a salivar já o próximo capítulo que já deve apontar para algum lançamento fonográfico(?) – vou aguardar ansiosamente o continuar desta deliciosa história.
    Que o próximo capitulo mate eles todos.. (será?)

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    • Remote, creio que a questão aqui sobre ser ou não fã de Kirk tem um lado emocional envolvido também, assim como para qualquer banda. Eu, que gosto tanto da banda, reconheço a importância dele e o acho muito talentoso, além de gostar da sonoridade e dos solos. Tudo isso facilita no processo de gostar do cara. Ser fã doente por ele? Talvez, assim como Lars, a época já tenha passado. Mas o legado faz eu ser.

      Confesso que estou aqui me organizando mentalmente de como será o próximo capítulo chamado “Early Years”, já que acabei trazendo coisas nos próprios capítulos dos membros / ex-membros, ainda que tenha mais coisas a serem ditas antes de “matar a todos eles” por aqui…

      O status de desenvolvimento atual já foi dado ao seu irmão, mas posso repetir: 0%. Zerinho.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Dessa parte de plágio, etc, ficarei um pouco de fora. Tenho dúvidas, por não ser músico, do que é cópia e o que é influência.

    No caso específico de Kirk, se ele disse que fez os riffs no Exodus e os levou para o Metallica, nada de anormal. Sigo a mesma lógica em relação a Mustaine. Ele fez riffs no Metallica e saiu do grupo, mas os créditos continuam com ele.

    Agora, se ele não fez e mesmo assim levou, seus amigos do Exodus podem levar o crédito de burros, porque ninguém rouba suas ideias e fica por isso mesmo.

    Vi um vídeo no Whiplash que mostra um pouco sobre “influência” no heavy metal. Isso tudo é plágio ou influência rsrs??

    Abraços!!

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  9. bicho, isso aqui é assustador…..como vcs conseguem essas informações?
    depois o ralo de vocês acende, ficam ai fotografando e achando que tão ouvindo black saabath demais
    Rolim, o que falar? é muito bom, bicho!
    ainda mais pra mim que conheço pouco da história da banda, é uma fonte segura de bom senso e ainda mais enriquecidas com vitaminas nos comentários dessa galera ai
    parabéns meu irmão

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    • Rolfístico, bom ter você comentando aqui. As informações são de diversas fontes mais um ou outro conhecimento com meu grifo mesmo. A história do MetallicA é repleta de desencontros e informações que divergem, então é importante se aprofundar para tentar trazer de maneira mais “confiável” por aqui.

      Engraçado como todo mundo que mora em apartamento tem ralo que fica laranja, amarelo ou o seu, o melhor de todos, vermelho, mas só a gente para comentar isso. Aqui em casa eles ficam laranja. Ou seja, você já era mesmo… hahahaha…

      Fico feliz que tenha gostado, agradeço os elogios e as vitaminas nos comentários aqui são as vezes mais importantes que o prato principal…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  10. Como de costume mais um grande post Eduardo!!!
    Realmente a sua empreitada com o Metallica esta ficando fantástica, muita informação em textos agradáveis de ler, que fazem a gente sentir vontade de ouvir os trabalhos da banda. Penso que esta ai o grande diferencial, afinal temos prazer de ler os seus textos e aliamos a isso o anseio de voltar a escutar os velhos discos do Metallica!
    Bem, particularmente nunca tinha ouvido nada do Kirk Hammett no Exodus e achei o som bem curioso, afinal o som esta muito mais para Kill ‘em All e N.W.O.B.H.M. do que para Bonded by Blood, o vocal do Paul Baloff esta bem diferente do que nos acostumamos a ouvir dele. Preciso urgentemente correr atrás dessas demo-tapes.
    Penso que Kirk era a “peça” de equilíbrio do Metallica, não só musicalmente, mas principalmente por sua personalidade mais tranquila. Acho que Mustaine e’ muito mais genial como musico, porem com ele o Metallica era sempre uma bomba relógio pronta a explodir. Porem não podemos de registrar o estilo do Kirk, seus solos onde prevalecem os efeitos wah-wah, se tornaram característicos no Metallica. Especialistas como o Alexandre podem comentar melhor sobre isso…
    Por falar em especialista, Eduardo e aquele lance do John Bush (Armored Saint, Anthrax) entrar na banda, foi nessa época? E se ele aceitasse o convite, o Metallica ganharia ou perderia, o que você acha?

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    • J.P., só posso ficar honrado e agradecer pelos elogios. Fico feliz ainda que esteja acompanhando as publicações e que estejam, dentro do seu enorme acervo, acrescentando algo.

      As discografias daqui, antes mesmo de eu me aventurar, já despertavam este interesse em voltar a escutar os materiais (ou mesmo conhecer), então se a do MetallicA também está despertando isso, é um ótimo sinal. Para mim, também está sendo importante para reviver e aprender muitos detalhes.

      O post despertou o meu interesse também em explorar o Exodus mais de perto, principalmente este início. As faixas com Kirk são estas que estão no post mesmo, mas quero ver mais, pois o tipo de sim me agrada bastante. Falaremos disso no nosso próximo podcast que, aliás, você sabe, está mais que convidado!

      Acho que em termos de genialidade, não há nem como comparar Mustaine a Kirk, você está certo, mas também foi muito coerente no comentário da “marca registrada”, e isso Kirk realmente conseguiu ao longo de 3 décadas com a banda.

      Sobre o lance com John Bush, acho que fica para o próximo post, ou no máximo para daqui 2 posts. Mas já falamos bastante deste assunto ainda em 2010 no blog, neste post, caso queira dar uma olhada, podemos “reativá-lo” nos comentários, será legal ter seus comentários: https://minutohm.com/2010/04/25/john-bush-no-vocal-do-metallica/

      Ganharia ou perderia? Nunca saberemos, na verdade. Hoje a voz de Hetfield é tão consagrada que é difícil imaginar isso. Talvez na época fizesse sentido, mas vai saber o rumo que a banda teria… acho que depois do Ride / Master, isso também já não era mais necessário… ehoje, não tem nem como pensar nisso… o que você acha?

      Obrigado novamente!

      [ ]’ s,

      Eduardo.

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    • J.P., perfeita a questão envolvendo o uso do wah-wah, virou uma característica de Kirk. Acho inclusive, mas não sou de jeito nenhum o especialista, que ele foi usando cada vez mais na banda, em especial na fase pós Black Álbum. Disso não tenho certeza, valia uma pesquisa.
      Em relação ao pedal Wah-Wah, e como curiosidade, Kirk gosta de usar aquele que é o mais conhecido e usado pelos músicos, que é o Cry Baby da Dunlop, tendo, como outros vários músicos famosos, seu próprio modelo o Dunlop Kirk Hammett Wah

      A grande maioria dos guitarristas usa esse Cry Baby, como Eddie VH, Zakk Wylde, cada um já tendo seu próprio modelo signature, assim como outros como Bonamassa Jerry Cantrel, e os saudosos Dimebag e o próprio Hendrix; existem outros dois modelos bem utilizados também, o da Vox, usado por exemplo por Satriani

      e o Morley, usado por Vai, George Lynch e Mark Tremonti, por exemplo

      Mas quando se fala em Wah Wah, a minha primeira referência é o mestre Iommi, que usa um pedal completamente diferente dos demais, o Chicago Iron Parachute

      E eu, como não me considero um especialista, quem sabe um dia aprendo um pouco com esses caras ??Um pouquinho já tava bom demais…

      Alexandre

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      • Isso aqui é um “post dentro de um post”, muito bem observado primeiramente pelo J.P. e agora com o B-Side falando duas vezes “que não é especialista” – um brincalhão, mesmo… e a parte final? Tremendo gozador… :-).

        B-Side, gostei mais do primeiro e do último vídeo (finja surpresa). No primeiro, há até as coisas que Kirk sempre faz ao vivo, há tantos anos. No último, creio que nem preciso falar nada… ou seja, aqui o óbvio: não basta ter habilidade apenas na parte superior… é preciso uma mínima independência com os pés para acionar os pedais, inclusive com a sensibilidade dos pedais, e fazer os devidos chaveamentos… eu, que já tive o privilégio de ver ao vivo você fazendo, vi bem como é…

        Obrigado por trazer estas explanações e vídeos por aqui, é um privilégio…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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  11. Antes tarde do que nunca quero parabenizar o nosso eterno líder do Minuto Hm pelo post completíssimo. Magnífico mesmo.
    Quanto a questão do plágio a minha opinião é de que o limite é a música ter original ter sido “publicada”. Após este momento se um músico se utiliza de partes significativas desta música, mesmo do solo, em outras músicas, considero que tenha ocorrido plágio. Mesmo quando o autor é o “plagiador”.
    Quanto o Gary Holt, que não buscou reparação ao alegado plágio fiquei pensando: será que o Metalica, o lar Ulrich seria tão tranquilo caso chupassem uma música deles, ehheeh
    Talvez eu seja o menos fã do metallica e de Thrash metal em geral por aqui. Gosto do Metallica como um conjunto, e como compositores de músicas. Seus músicos, ao meu ver, não se destacam tanto individualmente. Assim, não chego a admirar profundamente Kirk Hammet. É um bom guitarrista. Nada mais do que isto.

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    • Schmitt, fico feliz e honrado com as palavras, muito obrigado mesmo!

      Seu conceito para plágio é bastante coerente e lhe respondo: obviamente que se fosse ao contrário, Lars (principalmente) não ficaria nada tranquilo. NADA TRANQUILO MESMO! Mas estaria ele errado? A linha é tênue…

      Só gostaria de pedir licença para comentar que discordo no sentido do destaque individual. Entendo seu ponto da banda funcionar “como um todo”, principalmente a dupla Hetfield-Lars, grande responsável pela maioria do material. Entretanto, individualmente, vejo Hetfield como um músico completíssimo, dentro e fora do palco, principalmente hoje em dia. Claro que sua voz não é mais a mesma daquela maravilha do período Master – final da tour do Black Album (ali era o “miolo da picanha” mesmo), mas, novamente para mim, James é um dos principais nomes da história do heavy metal. Sabe compor, sabe escrever letras interessantíssimas e poderosas, tem uma voz única (ainda tem), seus riffs são históricos e, no palco, é realmente a grande atração da banda, ainda mais hoje em dia.

      Lars, para mim, já foi um baterista excelente, principalmente nesta fase que citei. Se falarmos de hoje em dia, aí sim, minha admiração pelo que ele anda fazendo é praticamente irrelevante – sendo que há muitos momentos que me incomoda, inclusive, principalmente ao vivo.

      E o Cliff? Nem o Cliff você destacaria?

      Kirk é um bom guitarrista, concordo, mas tem um timbre que caracterizou o som do MetallicA. É praticamente 99% de chances de acertar se quem está tocando é ele ou James a partir do momento que se entende um pouco do som de cada. Pode não ser genial, ainda mais se compararmos com outros nomes por aí, mas é um ótimo nome.

      Os outros 2 baixistas, deixemos para falarmos depois…

      Obrigado novamente pelas palavras!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Um ponto interessante: acho que é necessário ter um “todo” funcionando, mas ter músicos bons é essencial.

        Exemplo: o Kirk construiu o riff básico de Enter Sandman. MAS, ele era diferente do que foi gravado. O Hetfield mudou o andamento básico, pois o riff era mais rápido, quase thrash/ speed metal. Ele, se não me engano, alongou mais as notas, fazendo o essencial para um riff ser famoso, popular: ele ser cantarolável. Todo riff famoso (quase sempre!), de músicas famosas, o público tem que saber emitir o som do riff, independentemente se é fã ou não (quem já não ouviu um primo sambista emitir um “tam-tam-tam-tam-taaaaaam” quando tocou Sandman?? rs).

        Hoje, talvez por essa pequena engenhosidade de Hetfield,o riff de Enter Sandman é tocada toda semana no CQC, programa popular, na hora do “Top 5”.

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        • Glaysson, seu comentário é acertivo e pertinente, uma banda é realmente uma engrenagem e que Enter Sandman é hoje conhecida pelos nossos primeiros, amigos, pais, avó, etc que associam o riff à banda que tanto gostamos.

          Bom, ainda é cedo para falarmos disso, mas no caso desta época, temos de considerar também a influência de Bob Rock no processo, ele que havia chegado depois da banda ter se impressionado com o trabalho feito em Dr. Feelgood do Mötley Crüe. Se não me engano, neste caso do riff, não foi Hetfield que sugeriu que ele ficasse 1/3 mais cadenciado, ou seja, o compasso fosse alterado, e sim Lars (tenho esta lembraça do documentário Classic Albums):

          Sobre o riff ter sido “alongado”, preciso dar uma pesquisada… você teria a fonte de onde aprendeu esta?

          Mas sua analogia em um riff de sucesso ser “catarolável” é o que eu acho também, mas esta é uma definição para ele ser famoso, nem sempre isso significa ter qualidade. Afinal, quantos e quantos riffs do metal não são facilmente cantaroláveis, inclusive do MetallicA, mas são incríveis?

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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  12. Kirk na Guitar Center em San Francisco, abordando o início de tudo, com a guitarra que estava guardada, o filme do Hendrix que mudou isso, o riff de Creeping Death (que ele comenta que escreveu quando tinha 16 anos de idade e que o faz ele chorar no vídeo – mais detalhes no momento aqui: https://minutohm.com/2014/01/20/discografia-metallica-parte-8-prologo-early-years-1980-1982/), suas guitarras personalizadas, como a White Zombie (do filme de 1932), influências, o backstage com Rush, entre outras coisas:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  13. Kirk no palco com o Exodus, durante sua convenção anual sobre o tema horror, “Kirk Von Hammett’s Fear FestEviL”. Eles tocaram Piranha e um cover para Godzilla, do Blue Öyster Cult.

    Fonte: http://www.blabbermouth.net/news/metallicas-kirk-hammett-performs-with-exodus-at-kirk-von-hammetts-fear-festevil-video/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blabbermouth+%28Blabbermouth.net%27s+Daily+Headlines%29

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  14. Kirk perdeu seu iPhone e ideias de riffs com ele… vacilo sem tamanho hoje em dia perder um telefone sem backup. E se fosse em outros sites, poderíamos chamar isso de “vacilou, tá na net”… vamos esperar que pelo menos ele tinha colocado uma senha forte…

    http://www.blabbermouth.net/news/kirk-hammett-lost-his-phone-containing-250-musical-ideas-for-next-metallica-album/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blabbermouth+%28Blabbermouth.net%27s+Daily+Headlines%29

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  15. Daquelas coisas inimagináveis: Kirk Hammett no palco de um show do Elton John – http://www.blabbermouth.net/news/metallicas-kirk-hammett-joins-elton-john-on-stage-in-las-vegas/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blabbermouth+%28Blabbermouth.net%27s+Daily+Headlines%29

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • E a tal legend pode ser perfeitamente encarada como o óbvio ( Elton John) , mas também encaixaria-se no fato de Kirk ter dividido as guitarras com o incrível DAvey Johnstone , que aliás, está com Elton há séculos.
      Pra informação, a música que rolou com Kirk com Saturday Night’s allright for fighting.
      Excelente escolha, by the way.

      Alexandre

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  16. O título é daqueles horríveis para poderem ter mais acessos – já a entrevista, melhor.

    Kirk Hammett: “I was sitting on the toilet when I got the call to join Metallica” – https://www.loudersound.com/features/kirk-hammett-interview-the-day-i-joined-metallica

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  17. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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