Cobertura Minuto HM – Alice In Chains em SP – parte 2 – resenha: o dia em que a banda vestiu nossa camisa

Ingresso_Alice In Chains_SP2013

Introdução – por Eduardo:

É com muito prazer que, exatamente 3 meses depois, o Minuto HM traz não somente uma resenha do show do Alice In Chains em São Paulo, mas um relato completo de “autoridades” sobre a banda no país.

Os que puderam estar presentes no Espaço das Américas nesta noite para uma performance memorável da banda notaram que o grupo foi agraciado com camisas da seleção brasileira personalizadas. Esta iniciativa é justamente da equipe autora do texto abaixo.O Alice in Chains – Brasil  esteve em contato com o Minuto HM durante este período para que pudéssemos, em primeira mão, conferirmos como tudo aconteceu.

Sem mais delongas, agradeço imensamente e dou as boas vindas à equipe do AiC Brasil por privilegiarem este espaço e nos darem a oportunidade de reviver – ou viver – aquela quinta-feira especial que trouxe uma banda encaixada e um show cheio de efeitos no telão, acompanhado de um ótimo som da casa.

Agradecimentos especiais ao Glaysson, por ter feito o primeiro contato, e a Ana Elisa Moya, pela oportunidade e por toda a atenção.

[ ] ‘ s,

Eduardo.

_________________________________________

Por: Ana Elisa Moya. Colaboração: Rodrigo Cirne de Andrade, Marizane Bogdan e Iluska Linhares: Equipe Alice in Chains – Brasil.

Os primeiros boatos de um possível show do Alice in Chains em São Paulo começaram a surgir ainda na época da confirmação de uma data no Rock in Rio, em novembro de 2012. Nesse mesmo momento a banda se encontrava a todo vapor na produção de seu 5º álbum de estúdio, “The Devil Put Dinosaurs Here“, que seria lançado em maio do ano seguinte. Até a segunda ordem, uma única data em festival era tudo o que tínhamos para conferir a nova turnê, e isso sem dúvidas não faria jus às necessidades de muitos de nós.

Pois foi após meses e meses de reza brava, especulações e muita tensão que em meados de julho de 2013 os boatos viraram certeza. Em 26 de setembro – uma semana após a estreia no consagrado festival carioca – o Alice in Chains faria seu primeiro show solo na capital paulista, sua segunda passagem pela cidade 20 anos depois do extinto festival Hollywood Rock.

(Aqui vale um adendo: depois a banda também confirmaria uma terceira data no Brasil – Porto Alegre – RS, 24 de setembro, o primeiro show em terras gaúchas.)

A 3ª visita do grupo ao Brasil já era inesquecível e ela mal tinha sido anunciada, era o gatilho perfeito para as ideias de tornar aquele momento ainda mais especial começarem a aparecer. Nesses nossos quase 10 anos de “Alice In Chains – Brasil”, já era passada a hora de tentarmos demonstrar um pouco da nossa profunda admiração, gratidão e respeito por toda a música já produzida pelo grupo, verdadeira inspiração e obra de arte – reflexo da história que viveram e ainda vivem. Decidimos que São Paulo, a última data no país, seria o palco ideal para isso.

Bem verdade, a ideia que tivemos não seria tão original no quesito homenagem para bandas, mas era totalmente inédita no quesito Alice in Chains. Confeccionar camisas da nossa seleção para cada um dos integrantes e, claro, personalizadas com seus nomes e uma numeração especial. Tão especial quanto o elemento surpresa que esse presente traria – na verdade dois. O esquema tático do Alice só faria sentido com Layne e Mike, então fizemos questão de também fazer as respectivas camisas.

A escolha da numeração seguiu a seguinte lógica:

Jerry Cantrell: Nosso camisa nº 10 – aquele que é na linguagem do futebol, o “Craque do Time”, o cara que escreve letras, compõe melodias. Jerry é o maestro dessa equipe;

Layne Staley: Nosso camisa nº 9 – o homem gol, o principal atacante da equipe, aquele que é a principal referência da equipe no quesito marcar gols. Layne é o nosso goleador maior;

William Duvall: Nosso camisa nº 11 – aquele que na ausência do Camisa 9, chama a responsabilidade no ataque e consegue dar conta do recado. É o nosso segundo atacante;

Mike Inez: Nosso camisa nº 8 – meio campista, aquele que carrega o piano no meio-campo, ajudando o Camisa 10 a efetuar a jogada perfeita;

Sean Kinney: Nosso camisa nº 5 – meio campista que, juntamente com o camisa 8, ajuda a carregar toda a estrutura da equipe, a consolidar todo o meio campo e ataque;

Mike Starr: Camisa nº 2 – nosso lateral, aquele que é importante tanto no ataque quanto na defesa e está sempre presente em momentos importantes do jogo.

(A seleção canarinha do Alice in Chains - Foto: Rodrigo Cirne de Andrade)

A seleção canarinha do Alice in Chains – Foto: Rodrigo Cirne de Andrade

Acompanhar as três datas da turnê da banda pelo nosso país nos proporcionou momentos incríveis. Podemos seguramente dizer que as apresentações no Rio de Janeiro e em Porto Alegre foram únicas, diferentes entre si, mas sempre cheias de profissionalismo, carregadas do mais puro clima que somente essa banda é capaz de trazer. Belos setlists, algumas surpresas do novo álbum e um sentimento de reciprocidade entre a banda e o público marcaram esses primeiros momentos em solo brasileiro. Mas agora já era 26 de setembro e os holofotes se voltavam para o grand finale, era a hora da derradeira apresentação em São Paulo e o momento que, enfim, ficaríamos de frente com o grupo.

Semanas de negociação com a produtora do show com a intenção de organizar um encontro de fãs da comunidade com a banda – nos levaram a estar presentes no Meet & Greet oficial. Uma conquista nada fácil, diga-se de passagem, e uma situação bastante peculiar, onde nem metade do que se via eram fãs propriamente ditos. Pessoas sorteadas em rádios e afins, e também certamente alguns “influentes” somavam por volta de 25 no local desde às 18h00, horário marcado. Foi a hora que a banda chegou e se dirigiu rapidamente para os bastidores onde ainda fariam a passagem de som e algumas entrevistas. Fomos informados de que somente às 19h30 entraríamos.

O local era exatamente ao lado do palco e nessa hora, com os portões abertos, já era possível ouvir o som do público. Como éramos os últimos da fila para conhecer a banda, pudemos observar melhor o local e até mesmo falar com um roadie que passava ao nosso lado, vindo do palco. Aproveitamos a deixa e o indagamos sobre possíveis surpresas no setlist da noite, ao que ele, sem entrar em maiores detalhes, respondeu que teríamos algumas. Por mais otimistas que pudéssemos ser, mal imaginávamos o que estava por vir.

Cartaz indicativo dos bastidores onde aconteceu o encontro. Foto: Rodrigo Cirne de Andrade

Cartaz indicativo dos bastidores onde aconteceu o encontro. Foto: Rodrigo Cirne de Andrade

Logo recebemos instruções de como funcionaria o Meet & Greet: o contato com a banda seria bastante restrito, feito de duas em duas pessoas e os autógrafos não seriam permitidos – teríamos direito a somente 1 foto tirada por um profissional contratado pelos organizadores. Por parte da banda, ganharíamos além de um aperto de mão, eventualmente troca de duas palavras e um abraço, palheta(s) e um pôster promocional do “The Devil Put Dinosaurs Here” autografado por todos. Parece muito, mas tudo aconteceria em questão de segundos.

Frente e verso do pôster do “The Devil Put Dinosaurs Here" autografado pela banda

Frente e verso do pôster do “The Devil Put Dinosaurs Here” autografado pela banda

Máquinas, CDs e afins colocados no bolso, após alguns instantes de ansiedade um silêncio tomou conta da área, que tinha por volta de umas 40 pessoas contando a equipe técnica, fãs e a banda. É que a porta do camarim tinha sido aberta e de lá saído, em ordem, Mike Inez, Sean Kinney, William Duvall e Jerry Cantrell. Todos muito contidos e sérios portando seus óculos escuros, exceto por Mike Inez, que vinha de cara limpa portando simplesmente seu característico sorriso. Naquele surreal momento, eles ficaram um ao lado do outro, na parede do camarim montada para recebê-los, já posicionados para a foto.

Sem conversas e maiores delongas, cada duas pessoas se dirigiam ao seu posto, tiravam a foto e saíam. Alguns entregaram seus presentes e cumprimentaram a banda, outros pareciam travados, e outros nem sabiam onde estavam. Da banda, Jerry era o único que entregava palhetas que trazia no bolso, para alguns ele deu 1 ou 2, para outros até 3, e esse era o máximo de contato dele após um aperto de mão. O mesmo acontecia com William Duvall e Sean Kinney, todos com sua postura elegante e mais discreta, exceto, novamente, por Mike Inez – o pai de todos – que trazia cada um que ali estivesse disposto para um caloroso abraço e algumas palavras.

Difícil expressar a sensação de ver seus ídolos de perto, essa talvez seja uma das melhores experiências que qualquer amante da arte tenha ao ver o criador daquilo que a inspirou, da arte que a traduziu. Uma vida toda passou diante de nossos olhos quando, começando por Jerry Cantrell, cumprimentamos todos com um aperto de mão e finalmente entregamos as camisas. Ao vê-las, todos ficaram impressionados, em seus rostos a impressão que essa era a última coisa que esperavam que acontecesse. Explicamos o significado da numeração de cada uma delas – ao que eles sorriram ao ouvir – e por último, dissemos que tínhamos mais dois presentes especiais. Mostramos então as camisas de Layne e Mike.

Nessa hora, um inesperado “Oh my God” saiu de Jerry. Reservado, contido, ele se mostrou surpreso e grato. A reação dos quatro foi algo bem impressionante. Ficou evidente que Sean Kinney foi quem mais gostou do presente e da parte das camisas surpresas – nenhuma estranheza, afinal, a atitude vinha do cara que faz questão de levar consigo as iniciais “LSMS”, em referência a Layne Staley e Mike Starr, no bumbo de seu equipamento. Aqui o gelo tinha sido definitivamente quebrado, e Sean pela primeira vez naquela noite abraçava um fã. Ele fez questão de tomar a iniciativa, e aqueles abraços (foram alguns) foram o que de melhor aconteceu para resumir aquele momento. Nada falaria melhor que aquele gesto, e na falta de palavras quem falou foram as lágrimas.

Fomos lembrados de posar para a foto e então agradecemos a banda pela oportunidade. Não era necessário, mas o agradecimento foi recíproco. E veio de todos. O abraço em Sean fez com que William Duvall e Jerry Cantrell também ficassem mais acessíveis e o contato com eles foi além de um aperto de mão – quanto a Mike Inez, como todos bem sabem, ele já nasceu acessível! A tarefa estava cumprida e o sonho definitivamente realizado. Antes de irmos, Sean agradeceu mais uma vez e disse, em tom enigmático, que usaria a camisa naquela mesma noite. Novamente, nem nos nossos melhores sonhos imaginamos o que aconteceria em instantes…

O momento em que entregamos as camisas, note que o Sean ficou com as especiais - Foto: Stephan Solon/Live Music Rocks

O momento em que entregamos as camisas, note que o Sean ficou com as especiais – Foto: Stephan Solon/Live Music Rocks

A realidade só viria à tona momentos mais tarde, ainda que aos poucos. Como se tudo que tinha acontecido até ali já não bastasse, ainda tínhamos um show pra ver! Pontualmente às 21h30, como previsto, as luzes e o som ambiente do Espaço das Américas foram desligados, os telões do palco foram ligados. O som da guitarra ecoando das caixas de som, vinda dos bastidores, já anunciava que o show começaria naquele momento. O primeiro a subir no palco foi Sean Kinney e aí fomos surpreendidos logo de cara, porque ele estava vestindo a camisa que entregamos minutos antes! Emoção indescritível, cena inesquecível. O restante da banda vestia roupas normais.

As primeiras batidas nos pratos sinalizavam a presença carregada de “Them Bones”. A faixa nº1 da obra prima Dirt (1992) já abrira os outros shows da turnê e assim como no clássico álbum, na sequência viria outra pedrada, “Dam That River”.

(Them Bones e Dam That River)

Um início destruidor, emendado por “Hollow”, primeira faixa lançada do mais recente trabalho da banda. A nova faixa já era relativamente conhecida dos mais assíduos no público, pois já estava no ar desde dezembro de 2012. Bem verdade, a ordem das faixas ainda seguiria o protocolo das apresentações no Rock in Rio e Porto Alegre, então, na sequência viria “Check My Brain”, o single de maior sucesso do trabalho de retorno do grupo (“Black Gives Way To Blue”, 2009), e “Again”, clássica faixa do álbum “Alice in Chains” (1995).

O primeiro contato da banda com o público veio logo em seguida: “E aí galera? muito bom ver vocês outra vez. O Alice in Chains volta a São Paulooo”, disse o carismático William Duvall em português bastante afiado, ao que foi prontamente aplaudido e saudado, antes de introduzir “Man in The Box” – o hino absoluto ao qual nenhuma alma conseguiu ficar imune e o coro de milhares de vozes fosse tão alto quanto o sistema de som da casa. Esse talvez tenha sido o momento de maior adrenalina em todo o show.

(A performance do hino “Man in The Box”)

Com os ânimos à flor da pele e após um bombardeio de quase 25 minutos, era a hora de algo mais suave. Uma primeira mudança na ordem das músicas anunciava que algo de muito especial tinha sido preparado para nós naquela noite, e então ao invés de “Nutshell”, sequência prevista dado os setlists recentes, fomos brindados com a já tradicional balada “Your Decision” (“Black Gives Way To Blue”, 2009), faixa até então não apresentada na turnê latino-americana.

A aparente tranquilidade e doçura do ambiente seriam somente interrompidos pela aterradora “Last Of My Kind”, uma das melhores faixas do álbum de retorno da banda e a primeira contribuição de Duvall como compositor no Alice in Chains. Música que foi bem recebida pela público, mas que, de fato, só era cantada pelos mais aplicados.

O próximo número, “Stone”- segunda música de trabalho do “The Devil Put Dinosaurs Here”, veio em seguida fechando o pacote de novidades e abrindo a porta para outros clássicos. A bela balada ”No Excuses” (Jar Of Flies, 1994) foi a primeira, seguida da pesadona “It Ain’t Like That” (Facelift, 1990), entoada palavra por palavra por todos. Sem nenhum tempo a perder, e não deixando ninguém respirar, Jerry Cantrell começava os inconfundíveis acordes de “We Die Young” (Facelift).

Então, duas outras surpresas, minutos antes anunciadas pelo roadie e pelo próprio Sean Kinney, viriam a seguir. Do primoroso álbum “Alice in Chains” (1995), o mantra máximo “Sludge Factory” e a nº 1 de “Tripod”, “Grind”, ambas nunca tocadas no Brasil e presenças não tão frequentes nos setlists pelo mundo afora. Só por isso esse já era o melhor setlist da turnê.

Mas o que pegou a todos de surpresa mesmo, e nos levou ao sétimo céu foi o que aconteceu na última música antes do bis. Após “Grind”, as luzes do palco e dos telões se apagaram por alguns segundos ou poucos minutos. O suficiente para que fossem colocados de cada lado do palco, acima de cada telão, as camisas que tínhamos entregue para Mike Starr e Layne Staley. Quando as luzes novamente se acenderam, Jerry Cantrell seguiu a tradição de apresentar a banda antes de oferecer ”Nutshell” a Layne e Mike. A reação foi de emoção e lágrimas generalizadas. Alguns choravam contidamente, enquanto outros, mulheres e homens, novos e experientes, até soluçavam. Coisa que só a música mais honesta, linda e brutal que Layne Staley compôs em vida, seria capaz de desencadear. Coisa que só um verdadeiro fã do Alice in Chains é capaz de compreender e sentir. Aquela mudança no início do set agora fazia todo o sentido.

(A comovente performance de Nutshell com as camisas de Layne e Mike no palco)

Terminada a primeira parte do show, a pausa para o bis não demoraria 3 minutos e logo seríamos surpreendidos mais uma vez! Voltavam ao palco Jerry, Duvall e Sean, dessa vez todos uniformizados com suas amarelinhas personalizadas. Todos, exceto, de novo, por Mike Inez, com certeza por pura distração, pois quem conhece o baixista sabe que ele jamais seria capaz de fazer desfeita com qualquer pessoa, muito menos seus fãs. A distração de Mike o custa uma ligeira chamada de atenção do chefe Cantrell que, ao vê-lo sem a camisa, diz, “What the fuc*, dude?! C’mon!” (Qual é, cara. Vamos lá!). Todos riem e Mike, muito sem graça, se redime apontando para a camisa de Mike Starr pendurada no telão às suas costas, como se dissesse, “A hora é dele”. E ele estava certo.

Duvall declara que a banda tocaria mais duas músicas. Era a deixa para Mike Inez mandar as inconfundíveis palhetadas iniciais de “Would?” deixando claro que a hora era realmente de Mike Starr, afinal, fora ele quem originalmente imortalizara essa clássica introdução da música em “Dirt”. Mais uma vez, um cântico declamado de cabo a rabo por toda plateia e em uma só voz.

(“Would?” e o momento em que quase todos voltam ao palco com as camisas)

O momento da despedida não poderia ser diferente. Como habitual, os belos acordes puxados por Cantrell ao final de “Would?” anunciariam outro grande clássico do Dirt, “Rooster”. O último belo momento que resumiu aqueles menos de 90 minutos puramente catárticos.

Ao fim do show, as camisas de Layne e Mike ficaram lado a lado expostas no palco. Foto: Roberto Do Valle

Ao fim do show, as camisas de Layne e Mike ficaram lado a lado expostas no palco. Foto: Roberto Do Valle

Tínhamos testemunhado um dos mais memoráveis rituais do Alice in Chains, e a banda tinha literalmente vestido nossa camisa. O objetivo foi cumprido e o sonho realizado! Só esperamos que da próxima vez ninguém nos acorde.

Foto: Baldy - Alice in Chains

Foto: Baldy – Alice in Chains

Ficam aqui nossos agradecimentos ao Gabriel Simas e toda a equipe da XYZLive por não só trazerem o show da banda a São Paulo e Porto Alegre, como tornarem o momento mais especial da nossa vida de fã possível. Valeu!

Alice in Chains Setlist Espaço das Américas, São Paulo, Brazil 2013, The Devil Put Dinosaurs Here

Epílogo – As camisas da seleção:

Mais tarde, fomos informados que as camisas foram guardadas pelos caras da banda e as camisas de Layne e Mike foram entregues respectivamente para o pai de Layne, Phil Staley, e a Gayle Starr, mãe de Mike Starr. Nossos agradecimentos ao nosso querido Baldy pela gentileza e boa vontade em fazê-lo.



Categorias:Alice in Chains, Backstage, Cada show é um show..., Curiosidades, Resenhas, Setlists

22 respostas

  1. Como é bom ler este texto!!

    Primeiro, vou contar um pouco do convite: conheço a Ana Elisa do tempo da comunidade do AiC no Orkut, ela como Lilix e eu, era o Muller. Lá nosso relacionamento não era dos mais amistosos haha! Tínhamos (ou talvez ainda tenhamos) divergências sobre o passado e futuro da banda, com algumas trocas de gentilezas… Ou talvez por um texto ter várias interpretações e a paixão pela banda é forte nos dois, qualquer palavra um pouco fora da curva causava uma discussão.

    Mas a idade chega e a razão impera um pouco mais… A Ana deu ótimas dicas sobre o texto que escrevi aqui sobre Layne e a sua mãe. E eu vendo a bela história que ocorreu com ela no show do AiC em SP, pensei: “ Por que não juntar a paixão e incrível história do show da Ana com o MinutoHM?” Na minha cabeça era um casamento perfeito, aqui não há fanboy, e tinha certeza que após o texto escrito um mar de novas discussões surgiriam. Bem, o resto todo mundo já sabe o resultado. Agradeço ao Eduardo por aceitar a ideia e a Ana por escrever este belo texto.

    Em relação à resenha, o que escrever? Textos como estes só dão raiva. Raiva de não ter ido ao show haha! Infelizmente por motivos profissionais não pude ir a SP, mas lendo o texto é como estivesse lá, perto dos caras!

    Se o show do RiR já foi incrível, imagino um show só deles. Tenho certeza que ainda verei um show solo do grande Alice in Chains.

    Parabéns novamente e abraço!

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  2. Gente!! muito lindo ler esse texto todo! Eu sou alucinada pelo AIC e fiz algumas loucuras que contei para a moderadora da comunidade, e entendo muito bem a emoção que foi sentida!! Que incríveeeeeeeeeeeeel. E fico ainda mais feliz em saber que no final, todo o esforço de 10 anos de trampo foi recompensado e com reconhecimento deles, que lindo!!! *.*

    Beijos, Renata Petrelli

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  3. Parabéns a Ana Elisa e demais membros da equipe Alice in Chains – Brasil pelo ótimo texto, que realmente nos faz vivenciar os momentos magníficos vividos!

    Eu pessoalmente ouvia e tocava músicas do AiC no seu “nascimento”, e apesar de ter acompanhado meio de longe todos os dramas vividos pela banda, entendo perfeitamente a emoção aqui descrita ao ver a banda tocando em terras brasileiras em uma fase tão boa.

    E interessante este post ter sido publicado aqui logo após o meu relato do péssimo encontro que tive com o guitarrista Adrian Smith do Iron Maidem em Curitiba, mostrando que a equipe AiCBR consegui quebrar totalmente o protocolo burocrático (e necessário) que estava sendo seguido no “Meet & Greet” em SP, ao presentear a banda com as sensacionais camisas (ótima a explicação da numeração, por sinal!) e fazer emergir imediata e cruamente as pessoas que existem dentro dos ídolos!

    E o relato do show foi também muito bom!

    Mais uma vez, o Minuto HM coloca o que há de melhor sobre Heavy Metal e afins na internet brasileira!

    keep bloggin’ and UP THE MINUTOS!

    Abilio Abreu

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  4. Adorei o texto, e tenho que confessar que morri de inveja!!! Não consegui ganhar o Meet & Greet, e me dói saber que algumas pessoas estavam lá só por sorte ou QI… Amo AIC desde que surgiu, sempre acompanhei a banda, e o máximo que cheguei perto foram nos shows de 93 e esse, memorável, de 2013. Mas tudo bem, quem sabe um dia… Parabéns pelo que vocês conseguiram, e se precisarem de companhia da próxima vez, é só chamar!!!

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  5. Bom, não me cansarei em agradecer à Ana Elisa e equipe do AIC – Brasil por este fantástico relato.

    Falando especificamente sobre o M&G, fico feliz em ver que deu tudo certo para verdadeiros fãs da banda. Tirar uma foto com um grande ídolo é algo priceless mesmo, e o momento ficará guardado para sempre com vocês (e um pouquinho aqui no blog agora, hehehe).

    A ideia das “amarelinhas” foi sensacional – não sei se todos viram por aqui, mas nós fizemos algo parecido, através do amigo Rolf, com Eddie Trunk: https://minutohm.com/2013/10/19/cobertura-minuto-hm-reencontrando-eddie-trunk-agora-em-sao-paulo/ .

    Longe, entretanto, dessa verdadeira “engenharia” dos números, algo igualmente fantástico como foi a ideia original! E os desdobramentos disso foram muito acima das expectativas de vocês, tenho certeza – a banda efetivamente “usou” os presentes, expôs no palco e o mundo viu e sentiu isso. Isso é histórico, é uma marca na história mesmo, e vocês são os grandes responsáveis por isso. Portanto, além dos merecidos parabéns, vocês tem agora história para o resto da vida!

    Já o show foi, sem dúvidas, o melhor que vi deles – o primeiro, no SWU, chovia canivetes e isso atrapalhou um pouco, sem contar que a banda tocou no meio da noite, muito rapidamente, ainda que com performance excelente – e, por ter sido o primeiro show, é sempre especial. O segundo, no RiR (como linkado no texto), já achei ainda melhor, pena também ter sido tão curto. Agora, sem dúvidas este show foi nota acima de tudo, com a banda trazendo um show completo, em um lugar pequeno, fechado e com ótimo som, e um setlist para deixar qualquer um feliz.

    A abertura com Them Bones é perfeita ; Man In The Box está em ótimo local no set ; Grind e Nutshell (melhor música da noite) fechando o primeiro act com louvor e o retorno com Would? (melhor música da noite também, hahaha) foram excepcionais. Jerry e DuVall mostram um ótimo entrosamento nas fundamentais “dobradas”, com DuVall tendo destaque na banda e em um papel de enorme responsabilidade.

    O AiC está mesmo de volta, inclusive com o lançamento deste TDPDH, um grande disco que está entre os melhores do ano facilmente – como estamos vendo na votação do próprio blog.

    Agora é torcer por um retorno da banda e por mais novidades.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. Bom, pra quem ainda não me conhece, eu sou o representante masculino da Alice in Chains Brasil, e a questão das camisetas e suas respectivas numerações partiu de mim, sempre com a anuência das meninas!!! Posso me considerar um agraciado, já que presenciei todos os shows da banda no Brasil (sim, em 1993 eu estava lá também), e confesso que uma das coisas que eu mais sonhava era ver um show do Alice numa casa fechada, para o seu público exclusivo!!! E a banda não me decepcionou…talvez a noite seria normal, porém com a entrega das camisetas, nós meio que “quebramos” o protocolo do meet, e transformamos aquele momento em segundos mágicos, cercados e carregados de emoções dos dois lados!! Eu já esperava que eu fosse me emocionar…fod* foi receber um abraço do Sean e ouvir um “obrigado por não esquecer do Layne e do Mike”. Aquilo foi um momento mágico, que com certeza não esquecerei, e infelizmente não consegui falar mais muitas coisas com ele, pois o abraço se tornou um choro compulsivo deste fã…rs…parabéns e obrigado por compartilharem de nossas emoções!!!

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    • Olá Rodrigo, excelente termos todo mundo por aqui, seja também bem-vindo ao Minuto HM e, claro, estendo os agradecimentos e parabéns a você também. A ideia das camisas brazucas foi sensacional, cara. E este relato mostra isso claramente, fico feliz por ter realmente dado tudo certo a vocês todos – na verdade, superando todas as expectativas!

      Gostaria de deixar um convite especial então a você: que tal uma resenha deste histórico e inalcansável show de 1993 aqui no Minuto HM? Acho que seria uma homenagem fantástica. Sem pressa alguma, no seu ritmo, mas está desde já feito o convite!

      Valeu!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Eu apoio essa ideia de relatar como foi o show de 1993. Show incrível e que pode ter sido um dos únicos shows em que se viu Layne Staley sorrindo na espetacular apresentação de Man in the Box no Rio de Janeiro.

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  7. Lindo texto E saga!!
    O show de São Paulo foi o melhor, na minha humilde opinião. Tive a oportunidade de ver três shows deles dessa turnê, um fora do país, inclusive, mas ainda tenho o de Sampa como ponto alto, até porque eu quase infartei quando tocaram Sludge Factory + Grind. De todos os shows de todas as bandas que eu fui na vida, essa dobradinha foi o momento mais especial e lindo.

    Quanto ao Meet&Greet, muito legal a simbologia por trás dos números da camisa, e devo acrescentar que nada nunca é fácil!
    Tentei participar de todos e não ganhei nenhum. E aí fui tentar fazer o meu “por conta própria”, e mesmo assim, sempre tem gente no meio que não é fã e só quer foto/autógrafo para a coleção, ou seja, sempre tem gente que está no lugar de quem realmente curte e merece e que até atrapalha, às vezes…mas isso já é história para contar no buteco 😉

    De qualquer maneira, muito legal relembrar esse show e ver que dedicação sempre tem – mais cedo ou mais tarde – a sua recompensa! Parabéns para vocês! 😀 E que na próxima turnê eles, em primeiro lugar, tenham um disco novo bem lindo (mais que o Dino, por favor), e aí façam setlists mais lindos e especiais para nós mais uma vez 🙂

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    • Priscila, seja bem-vinda também ao Minuto HM. Valeu pelo comentário e fique a vontade para relatar por aqui um pouco mais dos shows que viu, especialmente sobre a experiência no exterior, que imagino tenha outros elementos além do show que são interessantes.

      A história do boteco, hehehe, fique a vontade também para trazê-la… se você ouvir nossos podcasts, verá que isso aqui é realmente um encontro como se fosse exatamente em um bar, ou na rua :-).

      Enfim, continue participando!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Olá,

    parabéns Dudu pela iniciativa de abrir as portas do MHM para depoimentos indeléveis (para os fãs de AiC) e tecnicamente impecáveis para os leitores da nossa casa.

    Parabéns à equipe do Alice In Chains Brasil pelo heroísmo e pela força. A história do Alice é peculiar perto de outras bandas no mundo. Merecia um relato de mesmo nível e recebeu o melhor que poderia ser feito.

    Cada dia dá mais orgulhoso de fazer parte do “Templo Minuto HM”, onde quem quiser dar um “search”, vai encontrar a história do rock por estas bandas e ao redor do mundo.

    Graça e Paz,

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    • Daniel, valeu. Realmente é inegável que o conteúdo do blog é de altíssimo nível, e tudo isso é compartilhado com vocês que contribuem tanto para este espaço ser o que é. O uso do “search”, que você fala, é mesmo imprescendível e os resultados contam mesmo muitas histórias – e espero que continue contando por muito, mas muito mais tempo.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  9. Excelente o post, a história das camisas é surreal e ao mesmo tempo com poucos precedentes aqui no Minuto HM ( desta vez, via Alice in Chains Brasil).
    A banda fez bonito no Brasil este ano, um concorrente seríssimo para o show do Metallica. Quem esteve no Rio, não se arrependeu mesmo.
    Quem esteve em São Paulo, pelo jeito viu um show excelente e mais completo.
    E o novo álbum é ótimo também, assim como o anterior, desta forma vejo de maneira muito positiva a volta da banda e o que a mesma vem produzindo deste então.
    Vida longa ao AiC!!

    Alexandre

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  10. Nossa cara arrepiei lendo cada palavra!!! Alice in Chains é muito fod*!! Layne e Mike merecem respeito pois eram fod*!! Mas o Inez e o Duvall estão fazendo um ótimo trabalho !!

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    • Adriano, primeiramente seja bem-vindo ao Minuto HM.

      O respeito à dupla neste show foi muito marcante e realmente é muito bom que, mesmo com as desgraças das mortes, a banda seguiu em frente com dois músicos muito competentes, tanto em estúdio quanto ao vivo.

      Obrigado pelo comentário e continue participando por aqui.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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