Os discos “Ao vivo” – sua fundamental, relativa ou descartável importância

Caros,

Trazendo mais um assunto para discussão, a partir de um bate papo com meu irmão sobre o disco ao vivo do Aerosmith (A Little South of Sanity), acordamos que o disco não tem importância fundamental na discografia da banda. Ora, qual seria o porquê?

Em contraponto podemos aqui listar vários outros com importância na discografia da banda, tais como Kiss Alive!, Frampton Comes Alive ou Made in Japan (Deep Purple).

Posso acusar que nesta época do Ao Vivo do Aerosmith, os vídeos já estavam bem acessíveis, ter um material de uma banda ao vivo passou a ser tarefa mais fácil e o Aerosmith já aparecia com muita frequência na TV (MTV e demais) com diversos clips promocionais dos seus sucessos. O “ao vivo” já estava datado? A partir do meio dos anos 90 não teremos nenhum ao vivo fundamental em discografia de banda nenhuma?

Vamos deixar claro o motivo da discussão aqui. Não estou pensando em números de vendagens, embora eles ajudem (vide Kiss Alive!) e o Aerosmith acima platinou… estou pensando em fortalecimento da carreira da banda, em real e importante complemento a discografia, em discos que devem necessariamente estar em nossa prateleira, nosso playlist (seja como for).

Então deixo claro e já aberto para listagem o conceito de fundamental, relativo ou descartável na discografia da banda.

Em breve vou citar pelo menos 5 discos em cada uma das categorias, esse é o desafio proposto também para vocês, e justifiquem minimamente (pelo menos) as escolhas, para podermos entender.

Remote.



Categorias:AC/DC, Aerosmith, Alice in Chains, Artistas, Black Sabbath, Bootlegs, Curiosidades, Deep Purple, Def Leppard, DIO, Dire Straits, Discografias, Dream Theater, Entrevistas, Guns N' Roses, Iron Maiden, Judas Priest, Kiss, Led Zeppelin, Marillion, MetallicA, Motörhead, Nirvana, Pearl Jam, Pink Floyd, Queen, Rainbow, Rush, Saxon, Scorpions, The Police, UFO, Van Halen, Whitesnake, Yes

104 respostas

  1. Excelente assunto, perigo à vista… isso com certeza renderá boas e provavelmente polêmicas discussões, já que o dinheiro “is off the table”. Com dinheiro fora de questão na análise, a coisa vai engrossar…

    Eu voltarei.

    [ ] ‘s,

    Eduardo.

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  2. Tenho mais uma dúvida na classificação: o foco é para a questão musical? Tipo, o On Stage sendo uma obra-prima, ou é para a IMPORTÂNCIA musical que teve na carreira de uma banda (Kiss Alive!, por exemplo)? Ou vale tudo (menos dinheiro), justificando?

    É tudo distinto e as águas estão muito geladas…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Perfeito Eduardo – era justamente essa falsa dicotomia a analisar. O ponto musical é importante e a importancia na carreira (independente do que arrecadou) também.
      Exemplifico:
      1) Kiss Alive – Vendeu a rodo – não importa. Mostrou a banda ao vivo com era (embora tenha sido refeito) e o que ela queria transparecer e também musicalmente é superior aos de estúdio.
      2) Rainbow On Stage – Melhorou a empatia da Banda, não vendeu muito – Só com Joe Lynn Turner a banda atingiu o real sucesso (principalmente nos EUA), o Album é soberbo, considerado por vários o melhor de todos os tempos.
      3) Priest… Live! (87) – Lançado no meio da Tour do Turbo, uma pena, no meio da fase Glam do Judas, um disco com som meio lá meio cá, nem vendeu isso tudo (Ouro nos Eua) … explico melhor depois nas minhas listas.

      Em resumo: 1 e 2 estão nos fundamentais e 3 está no descartável.

      Acho que com os exemplos acima e as justificativas fica mais fácil ou não?
      E sim deve vir polêmica.
      Remote

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  3. Nunca gostei de discos ao vivo…

    Mesmo os de banda que eu fui fã como o “Alchemy” (1984) do Dire Straits (banda que merecia maior respeito da classe quase sempre esquecida em listas das mais diversas espécies como se fosse mais do que comum) nunca gostei do som dos discos.

    Minha relação com a música – como já expliquei aqui – se dá na maneira como as bandas soam em estúdio. Pode até ser que muita banda da qual eu sou fã seja medíocre tecnicamente mas as escolhas para timbres, “cores do som”, capas, conceito do disco… Isso sempre me pegou mais do que hits. A boa música, ao menos pra mim, era aquela que conseguia fazer esse casamento esquizofrênico entre conceito/capa/banda/disco e etc.

    Ao Vivo na minha memória afetiva era um ruído desgraçado com graves estourados e presença “fake” do público em mixagens horrorosas, questões estas que foram melhorando de 30 anos pra cá. Paradoxalmente, estas tosqueiras sonoras traziam bandas no seu estado mais visceral. Utilizando um exemplo quase ‘inapropriado’ para o local, os Paralamas do Sucesso no Rock In Rio em 1985 traz um grande registro ao vivo de power (mezzo) trio de rock brasileiro sem acréscimos de overdubs, metais, teclados e toda perfumaria que serve também para cobrir os diversos erros que acontecem em bandas que tocam rock.

    Nos exemplos citados pela discussão dos irmãos temos discos que serviram de cartão de visitas assim como o famoso ao vivo de Elvis Presley em Las Vegas ou mesmo, em outra categoria, a apresentação do Led Zeppelin nos estúdios da BBC em Londres. São emblemáticos e essenciais à história destas bandas mesmo que tenham lá suas idiossincrasias.

    “Posso acusar que nesta época do Ao Vivo do Aerosmith, os vídeos já estavam bem acessíveis, ter um material de uma banda ao vivo passou a ser tarefa mais fácil e o Aerosmith já aparecia com muita frequência na TV (MTV e demais) com diversos clips promocionais dos seus sucessos. O “ao vivo” já estava datado? A partir do meio dos anos 90 não teremos nenhum ao vivo fundamental em discografia de banda nenhuma?”

    A questão do Remote encontra rápida reflexão quando a IMAGEM da(s) banda(s) substitui o SOM e é banalizada como um produto totalmente diferenciado no mercado. Os discos ao vivo dos anos 60/70/80 eram a “imagem sonora” de bandas que tinham seus registros classificados em sua discografia mas que não eram cercados por um turbilhão de atitudes de marketing, sorrisos ensaiados, participações especiais empurrados por gravadora e outros zilhões de fatores que hoje acontecem e tornam as apresentações em DVD e Blu-Ray cada dia menos especiais porque tudo soa muito artificial.

    Os ensaios de um show nos anos 70 para um disco ao vivo não se diferenciavam para um show que não recebesse um tratamento de release (lançamento). Hoje a super produção que cerca o lançamento de um disco ao vivo tira a naturalidade do espetáculo. Um outro fator que eu acho interessante discutir é que hoje as bandas apresentam versões de seus clássicos algo impensado para épocas em que o take de estúdio era mais querido pelo público para ser reconhecido em seus primeiros acordes.

    A banalização industrial da simbiose IMAGEM + SOM sem que houvesse nenhuma surpresa (no youtube encontramos versões amadoras de takes que viram DVD depois) para o público, hoje habituado a lidar com as ferramentas de vídeo e som, assim como antigamente os fãs (pouquíssimos proporcionalmente falando) lidavam com os famosos bootlegs, não causa mais impacto. Quantos ao vivo o Iron lançou e re-lançou nos último 15 anos?

    Hoje o meu maior interesse nestes registros é ver os depoimentos e todo o aparato de engenharia que acompanha estas bandas, onde o profissionalismo é um exemplo para tantas outras áreas do mercado de trabalho. Os gringos dão show porque fazem o “monta-desmonta” por décadas, prevendo dificuldades e trabalhando com tempo de treino e de corrida, se é que vocês me entendem.

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    • Daniel,
      Que excelente comentário! Muitos itens a discutir:
      a) Realmente as produções estão cada vez mais profissionais, rebuscadas, tecnológicas e é muito interessante ver o monta-desmonta, a parte técnica. O DVD Rush in Rio e o mostra coisas bem interessantes nesta linha e tem vários outros, talvez em menor escala o proprio Rush com o Exit (VHS/DVD ou outro)
      b) Os ao vivo estão caminhando firmemente para a banalidade, já que a Imagem e seu treinamento vem substituindo mesmo o apuro, o frescor ou experimentalismo sonoro, outrora valorizado.
      c) Os bootlegs – realmente outro ponto muito interessante – parecem que morreram mesmo. Eu lembro de ter fitas K-7 da tour do Kiss (Lick it Up). Era a unica maneira de “sentir” a banda alem da bolacha de estudio oficial. os Youtubes com seus Iphones da vida terminaram de sepultar os piratinhas.
      d) Esse Elvis em Las Vegas faz parte de um documentario clássico (acredito), mas não dá para esquecer o Aloha From Hawai também, em 73 se não me engano. E o Led (BBC) também está na minha lista.
      e) Não desvalorizo os ao vivo de forma nenhuma. Tenho vários fundamentais na minha lista. Já falei de alguns. Não acredito, sinceramente, que na época que você ouviu ou Kiss Alive! ou Deep Purple Made in Japan não tenha sentido o impacto (hoje banalizado)? Será? Eu continuo tendo prazer saudosista de vários casos como este que vão aparecer na lista. E por falar em espontaneidade que tal ouvir o The Songs Remains The Same e perceber o microfone fugindo da mão de Plant no fim de Stairway ou o Slade Alive? e ainda sobre o Kiss Alive!, pergunto as versões dos três primeiros discos estão melhores do que neste ao vivo?
      f) Imagino que pelo menos se salvem 5 disquinhos furrecas ao vivo, ou será que nem isso dá para você montar? Seria muito tecnicismo
      Abraços e Obrigado por novas reflexões neste caso.
      Remote.

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      • f) Daniel, seu comentário é bem pertinente e a parada é dura… mas os discos têm que sair aqui para a brincadeira bem bolada do Remote funcionar…

        [ ] ‘ s,

        Eduardo.

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      • Nada…

        Nunca gostei de nada ao vivo. Nada teve impacto sobre mim. Assistir aos shows em registros piratas comprados na Hard N´Heavy era um costume lá pelos idos de 90… Sei diálogos de cór mesmo que na época não soubesse nada de inglês…

        Gosto do fundo histórico mas musicalmente eu não gosto de NADA, nada mesmo.

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        • Eduardo, considero respondido pelo Daniel que relaciona como irrelevantes todos os “ao vivos” (talvez a exceção do Elvis e o BBC do Led, mas só talvez..)
          Então são irrelevantes:
          Slade Alive (Slade), Unleashed in the East (Judas Priest), Strangers in the Night (UFO), Tokyo Tapes (Scorpions), The songs remains the same (Led Zeppelin), Made in Japan (Deep Purple)
          Framptom Comes Alive (Peter Frampton), On Stage (Rainbow), Alive ! (Kiss), Live Shit: Binge & Purge (Metallica) Seconds Out (Genesis), Yessongs (Yes), Live After Death (Iron Maiden), Live Evil (Black Sabbath), Speak of the Devil (Ozzy) e todos os outros que apareceram ou aparecerem.

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        • Mas Daniel, isso não pode ser, me recuso a acreditar :-).

          Deixa eu ver se eu entendi: quer dizer que não existe nenhum disco ao vivo memorável para você? Algo como o Pulse do Pink Floyd, ou um solo de determinado guitarrista ao vivo que tenha sido registrado? Uma performance vocal, a bateria de Bonham em Mob Dicky no How The West Was Won, nada NADA?

          Ou entendi errado?

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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          • Sim, é isso mesmo…

            Ninguém entendeu errado. Não curto nenhum disco ao vivo. Gosto da falta (?) de “erros” de estúdio, da maior quantidade de canais possíveis utilizadas, de um enorme e gigantesco naipe de vocais, sou a favor do exagero neste caso.

            Não tenho discos ao vivo (exceto os que pertencem às coleções) e não paro sequer para escutar nada ao vivo…Nem em rádio, internet, nada…

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            • Só mais um detalhe: os discos ao vivo são importantes registros da carreira da banda MAS (com letras garrafais) o que torna realmente relevante uma carreira são as canções que primeiro pertencem aos discos e depois ganham suas versões alive e se repararem foram raríssimas as vezes em que o contrário ocorreu, ou seja, um disco ao vivo ter mais relevância que um de estúdio. Exceto bandas com mais de 30 anos de carreira.

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              • Mas aí é complicado, Daniel. O que tem a ver a idade da banda com isso tudo? Se o registro é bom, ele é, independente de qualquer coisa. Claro que há coisas que “maturam” com o tempo, mas até aí, veja, o On Stage do Rainbow não foi lançado quando a banda tinha 30 anos ; o Live After Death, o Pulse, os Live do AC/DC, sei lá, a lista é infinita…

                Mas em uma coisa concordamos, raramente vê-se o ao vivo tendo mais relevância que o estúdio e são mesmo raras estas oportunidades – talvez menos raras no mundo pop, mas no mundo rock, hard e metal, sim, você está certo, a proporção é MUITO menor.

                Este é um assunto interessante: quais seriam alguns casos neste sentido?

                [ ] ‘ s,

                Eduardo.

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                • Indubitavelmente as versões de Mistreated (seja com Purple ou Rainbow – ainda tem o Whitesnake, um pouco abaixo), Catch the Rainbow são melhores ao vivo que em estudio (menos para o Daniel – of course).
                  Ainda ressalto algumas que podem ser discutidas aqui->
                  The song remains-> Stairway to Heaven (é classica nas duas versões, mas o solo ao vivo é superior) – No quarter é melhor ao vivo, Since I´ve Been Loving You é melhor ao vivo.
                  On stage: Kill the King, 16th century greensleeves (tem letra) são melhores ao vivo – Alem de Mistreated e Catch the Rainbow.
                  Kiss Alive -> Black Diamond, 100.000 years, Rock and Roll All Nite, Let me go rock n roll

                  Tem muito mais…

                  Flavio

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            • Como diria o mestre lobo Zagallo: “AÍ SIM, FOMOS SURPREENDIDOS NOVAMENTE!”. Bom, cara, PREFERIR álbuns de estúdio x ao vivo é uma coisa, mas não curtir nada ao vivo é algo inédito, pelo que consigo puxar de minhas faculdades mentais, hehehe.

              Aqui eu não lhe acompanho, meu amigo, mas nem de longe. Uma coisa é separarmos o joio do trigo, outra é negarmos a importância de performances memoráveis que, ok, nem sempre estão registrados em discos, mas aí generalizar a “ao vivo” como um todo (isso se entendi bem, veja bem), aí não… quer matar a razão de existir shows e o YouTube horas depois? 🙂

              [ ] ‘ s,

              Eduardo.

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  4. Eu não consegui entender ao certo o que é uma importância relativa. Eu entendo que seria um ao vivo que complementasse o trabalho da banda ao vivo, mas queria saber se a idéia é essa ou não .

    Em relação aos discos fundamentais, acho que poderia citar álbuns que ultrapassaram o que a banda vinha fazendo em estúdio, musicalmente. Assim, o Slade Alive, do Slade, Unleashed in the East, do Judas Priest, Strangers in the Night, do UFO, TOkyo Tapes, do Scorpions e The songs remains the same, do Led Zeppelin, podem aqui pertencer a essa categoria, fácil , fácil. Deixei de fora os que já foram citados,como o Made in Japan do Deep Purple, Framptom Comes Alive, On Stage ou Alive !

    Entre os descartáveis, a lista parece infindável, pois ultimamente é um tal de disco de estúdio, tour, dvd;cd ao vivo, disco de estúdio,tour, dvd;cd ao vivo, e aí a coisa não para mais.

    Vamos lá, então : KISS Alive IV Symphonic, Scorpions Live Bites ( 1995). Deep Purple – Nobody’s Perfect (1988), Dream Theater – Chaos in Motion – 2007/2008 e Iron Maiden – Death on the Road . Aqui eu poderia encher a página de álbuns que são em essência a reprodução das músicas de estúdio acrescida de chiados de platéia, ali estão os arranjos praticamente idênticos aos originais. Exceto talvez pela experiência não muito feliz ( na minha opinião) do KISS com a orquestra, os demais citados seguem em geral por essa linha. Ainda fui comedido em indicar álbuns que eu tenha maior convicção e os tais citados são os primeiros das bandas em não acrescentar por esse motivo,de forma cronológica. Assim, o Deep Purple, por exemplo, tem depois deste Nobodys Perfect praticamente uma dezena de álbuns ao vivo que nada acrescentam.
    Os de importância relativa precisam de ser de melhor entendimento meu para que eu possa contribuir.

    Por enquanto eu acho até que não polemizei muito,mas pra não ficar apenas no água com açucar acho que pode dizer sem heresia que existem bandas que não tem um álbum ao vivo que possa ser considerado definitivo em suas carreiras.

    Alguém aí poderia citar um álbum ao vivo definitivo de bandas como o Def Leppard , olha,isso vai ser difícil….

    Alexandre

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    • Alexandre,
      Com Relativo quis dizer que agrega mas não tem importancia fundamental para a banda ou não é imprescindivel na prateleira da coleção.
      Vou citar exemplos (lá vem as pedras)
      Maiden England ’88 – Lançado como foi – 25 anos depois, perdeu a importância,perdeu o ineditismo. Não teve decisivo papel para a banda, não é imprescindivel, pois o video (VHS de 88) tomou o seu lugar.
      Outro Exemplo:
      Tribute (Ozzy Osbourne) – Também demorou para sair e não traz aquele frescor ou prazer inquestionável. O disco é bom, mas não acrescenta muito às versões de estúdio, não traz a sensação de canções “melhoradas ou mesmo diferentes”. Também não descarto como album ruim. Enfim gosto de tê-lo, mas se tivesse que jogar fora, entre ele e o Tokyo Tapes ou outros 10 que posso classificar como imprescindiveis, o Tribute estaria na lata do lixo.
      Flavio

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      • Bem, a partir dos lançamentos em DVD, os cds ao vivo que são a reprodução em áudio do conteúdo destes DVDS perderam a importância . Aliás, na época dos primeiros home-vídeos um simples lançamento dos áudios deste em formato cdou vinil era raramente cogitada. Por exemplo, o Live After Death home vídeo não é o Live After Death em formato de áúdio copiado. Idem para o Exit Stage Left, que tem no vídeo Limelight, não pertencente ao duplo ao vivo.

        E não se considerando isso, acho que o Scenes from New York, do Dream Theater acrescenta em especial pelas músicas que não são do Scenes from a Memory. World Wide Live, do Scorpions ou este A little South of Sanity, do Aerosmith, agregam, mas não os considero fundamentais também. Acho um bom cd ao vivo o duplo 98′ Live Meltdown do Judas Priest, mas não sei se ele pode ser considerado fundamental, pois as versões do Ripper agregam e complementam o material original, gravado por Halford. Vou incluir nesta lista um que me agrada muito, mas não sei se é fundamental: La Gazza Ladra ,do Marillion, já com o Fish saindo da banda.

        Sobre o disco do Van Halen, eu gosto do álbum, mas entendo que ele saiu de forma meio tardia, isso já considerando o tempo que Hagar estava na banda e mais ainda, se entendermos que não há sequer um home-vídeo oficial da banda com Lee Roth, muito menos registro em áudio oficial Aliás, não há até hoje . Aliás, Dave Lee Roth nunca lançou nada ao vivo, nem sequer na carreira-solo. Acho que ele tem um entendimento que suas perfomances ao vivo não se comparam ao registrado em estúdio. Assim como um certo Dave Mustaine…

        Alexandre

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        • Ok, vamos organizar aqui a lista do B-side

          1) Fundamentais:
          Slade Alive (Slade)
          Unleashed in the East (Judas Priest)
          Strangers in the Night (UFO)
          Tokyo Tapes (Scorpions)
          The songs remains the same (Led Zeppelin)
          São álbuns que ultrapassaram o que a banda vinha fazendo em estúdio, musicalmente.

          E

          Made in Japan (Deep Purple)
          Framptom Comes Alive (Peter Frampton)
          On Stage (Rainbow)
          Alive ! (Kiss)

          2) Relativamente Relevantes
          Scenes from New York (Dream Theater) acrescenta em especial pelas músicas que não são do Scenes from a Memory.
          World Wide Live (Scorpion) e
          A little South of Sanity (Aerosmith) agregam, mas não os considero fundamentais também.
          Live Meltdown (Judas Priest) Bom cd, mas não sei se ele pode ser considerado fundamental, pois as versões do Ripper agregam e complementam o material original, gravado por Halford.
          La Gazza Ladra (Marillion) – me agrada muito, mas não sei se é fundamental:

          3) Descartáveis
          KISS Alive IV Symphonic (Kiss)-Experiência não muito feliz do KISS com a orquestra
          Live Bites – 1995 (Scorpions) e
          Nobody’s Perfect – 1988 (Deep Purple) e
          Chaos in Motion -2007/2008 (Dream Theater) e
          Death on the Road – (Iron Maiden) .e
          Álbuns que são em essência a reprodução das músicas de estúdio acrescida de chiados de platéia, ali estão os arranjos praticamente idênticos aos originai
          Bside

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          • Comentando a lista do Ale com os discordos (que justifico)
            1) Fundamentais. Discordo suavemente de Slade Alive e Strangers in the Night – mas aceito bem a sugestão – estes não são discos meus prediletos,porém entendo que os dois são muito conceituados e marcos para as bandas. O unico senão é ver que o Strangers é tardio, não é na sequencia original e marcou a saida de um principal membro da banda – Michael Schenker.
            2) Relativamente Relevantes:
            A Little South of Sanity e Live Meltdown considero irrelevantes na trajetoria da banda. O Aerosmith parece uma coletânea mixada com palmas, não há nenhuma versão superior ou marcante. O Live Meltdown pertece a tentativa com Ripper, me impressionou a principio, mas perdeu força com o tempo e me parece sem identidade com a banda. Esses dois eu classifico como descartáveis.
            Já o Scenes From New York – considero o melhor e definitivo album do DT e então classifco como fundamental.
            3) Descartáveis – não discordo em nada e concordo com as observações.

            E o VH merecia coisa melhor…

            Remote

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            • Vamos fazer algumas considerações sobre o citado acima , a respeito da minha lista, que foi gentilmente organizada por um fantasma do blog que também usa o meu apelido.
              -O Stranger in the Night: O álbum é o fechamento da fase Schencker na banda, e cobre os 5 álbuns de estúdio que a banda gravou com o irmão do Rudolf , do Scorpions. Eu o considero fundamental não só pra banda , mas também pro estilo. As versões são em geral muito superiores às gravadas nos albuns de estúdio e a questão do tardio talvez tem relação direta com a sonoridade da gravação,muito próxima aos sons que eram gravados nos álbuns ao vivo dos anos 70. E isso é exatamente o que traz autencidade para o álbum, embora a ordem das músicas tenha sido alterada. Mas isso também aconteceu no On Stage, que dificilmente alguém não vai considerar fundamental pelo menos para o próprio Rainbow.
              -Eu tendo a concordar com uma eventual irrelevância para o A little South of Sanity,mas o Live Meltdown é um grande álbum ao vivo. E a versão de Diamonds and Rust que pertence a este é definitiva,e rival à altura da gravada com Halford no Unleashed. Além disso, é uma versão diferente e com um vocal irretocável do Ripper. Ele deve ser considerado no mínimo relativamente relevante e só não o considero fundamental ao compará-lo com o Unleashed.
              -O Scenes from New York faz parte de uma geração de álbuns ao vivo onde pouca coisa é mudada. O que eu acho muito legal no álbum é a ordem das faixas que reúne as duas partes da própria Scenes from a Memory numa tacada, A mind beside itself igualmente numa tacada só ( faixas 4,5 e 6 do Awake, sendo que a última ( silent man) está em uma versão ” plugada”) e uma versão na integra de Change of Seasons . As variações, exceto pela Silent Man, , são sutis. Se o Dream Theater resolvesse, por exemplo, lançar uma coletânea simplesmente trazendo as faixas acima citada na mesma ordem, pouca coisa mudaria . O álbum também tem uma mistura de New Millenium com Caugth in a Web, que ficou meio estranha,mas é a outra única coisa que difere bastante das versões de estúdio. Eu gosto bastante do Once in a Live Time , que traz versões interessantes para músicas como Take away my pain e Hollow Years e traz um conteúdo diferente do vídeo lançado à mesma época. Tem também citações de faixas do Metallica ( Enter Sandman) e Have a Cigar ( Pink Floyd) em Peruvian Skies e um solo clássico ( Freebird) no fim de Take the Time , entre outras menções. Mas não o considero fundamental por que a Change of Seasons foi recortada em diversos pedaços durante o álbum, o que considero uma lástima. Ambos pra mim ficam como relativamente relevantes.

              O VH merecia coisa melhor,sim,pelo menos com o Dave ! Mas isso ainda pode acontecer…..

              Alexandre

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    • E ainda sobre o Def Leppard – mas é vespeiro mesmo e não vou ficar em cima do muro.
      Pesquisei e o Def Leppard lançou dois ao vivos, um em 2011 (Cd e LP?!?!) e um em 2013. Ora o primeiro lançamento foi mais de 30 anos apos o primeiro disco em estudio, certamente bem longe da “fase de ouro” da banda.
      Temos varios fatores que complicam a situação. O Def Leppard ao vivo tb não é essas coisas e depende muito da produção – é o que o Daniel disse acima e parece que gosta – os complementos com efeitos sonoros e os vocais sendo feitos até o encaixe da perfeição harmônica, variados sons de guitarra, enchimento com teclados e por ai segue. Então para funcionar ao vivo – ou bota 200 musicos ou base pre gravada (que normalmente pega mal, nesse nosso meio – hard rock)
      E ainda – o de 2011 saiu em LP, a moda devia estar pegando mesmo, já o de 2013 não – isso é prenuncio de fim da moda vinil?
      O resto do Def Leppard pode ser discutido no Podcast de maio, não é?
      Mas deixo um trecho da Wikipedia:
      “With Pyromania and Hysteria both certified Diamond by the RIAA, Def Leppard is one of only five rock bands with two original studio albums selling over 10 million copies each in the US. The others are The Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd and Van Halen.Both Pyromania and Hysteria feature in Rolling Stone’s list of the 500 Greatest Albums of All Time.”

      As bandas mecionadas do lado do Def Leppard são (isso mesmo) Beatles, Led, Pink Floyd e Van Halen .
      Aliás e o Van Halen? – e o disco ao vivo? Como seria classificado?
      Remote

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  5. Vou entrar na brincadeira, mas devagar, até porque listar “apenas” 5 em cada categoria é como fazer uma coletânea… os que falarei abaixo são os primeiros exemplos, a lista nunca seria definitiva…

    Então listarei primeiramente apenas um de cada categoria, e vou voltando aos poucos…

    FUNDAMENTAL:

    – Live Shit: Binge & Purge: captura em áudio e vídeo o que chamo de último auge do MetallicA ao vivo. É o fim de uma era e ainda traz uma banda muito feroz no palco. As músicas estão em uma velocidade inacreditável e a banda possui uma energia incomparável. O tracklist é fantástico, os shows longos e trabalhados. Lars está destruindo na bateria, James fantástico como sempre, Jason em sua melhor fase e Kirk muito bem também. É o melhor registro ao vivo do MetallicA. É indispensável, é fundamental, é do ca$#$#!!!!

    RELATIVO:

    – A Real Live One / A Real Dead One: discos que poderiam ser fundamentais talvez no contexto em que poderiam marcar os últimos materiais que o Iron Maiden pudesse contar com o Bruce nos vocais, caso ele não tivesse retornado. O primeiro traz músicas de 1986 a 1992, ou seja, o final dos golden years para o começo da pior fase da banda em geral, que duraria até quase o final da década de 90. O segundo traz músicas do início, de 1980 a 1984. Deixando meu lado emocional de lado (já que foi por ele que “entrei” para ouvir a banda ao vivo na minha vida – depois veio o Live After Death), os discos hoje quase nada representam aos fãs da banda. Mas podem ser bons pontos de entrada ainda – eu entendo que funcionariam muito bem ainda nesta linha. A linha é tênue e eles podem ser jogados para baixo, mas ainda os acho importante pois marcam o fim de uma trajetória que colocou a banda como um expoente no cenário do metal. Não é descartável neste sentido. Mas está no meio. Imagino que os gêmeos discordarão de mim em alguns aspectos…

    DISPENSÁVEL:

    Aqui normalmente vem qualquer álbum “forçado”. O Iron Maiden vem fazendo isso em forma de “relógio”, como são as últimas tours. A fórmula “obriga-os” a ter Death on The Road, En Vivo, etc sendo lançados. Vou procurar falar de outro ângulo, mas estou com dificuldades em não repetir nada aqui, porque a linha com o relativo é complicada…

    Lá vem tijolada na cara…

    – Ummagumma (Pink Floyd): já tentei ouvir a parte ao vivo deste disco e não desce. Talvez eu devesse tentar de novo, não sei, isso já tem um tempo. Mas com Pulse, Delicate Sound of Thunder e Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980–81 (ou qualquer ao vivo relacionado ao The Wall), a coisa fica complicada para este. A banda insiste em relançá-lo pois deve ter saída comercial, mas acho que podemos encaixá-lo aqui… vou parar pois já antecipo um paralelepípedo voando, eu volto quando for mais seguro…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Eu vou esperar os outros e vou conferir o Ummagumma – Não é a minha fase predileta da banda, não devo esperar muita coisa, inclusive pelo seu comentario.

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    • Continuando a minha lista e procurando trazer registros ainda não mencionados, minha lista com mais 4 RELEVANTES (não está em ordem de preferência) é:

      – Guns N’ Roses – Live: Era ’87-’93: captura a essência da banda ao vivo, nos anos dourados dela.

      – Paul Macca – Paul Is Live (1993): um registro fantástico com versões igualmente excelentes de clássicos da carreira do Macca até então.

      – AC/DC – Live (1992): medalhões da banda em versões excelentes, uma energia única – aqui outra banda que talvez entre nesta de ser trazer melhor a essência dela ao vivo que em estúdio.

      – Pink Floyd – Pulse (1995): é um registro imprescindível em todos os sentidos. Termos o Dark Side Of The Moon com os músicos em altíssimo nível. E ainda tínhamos coisas extras, como o CD com led (como eram os celulares da Motorola na época, piscando em vermelho)… lá fora, teve até o VW Golf comemorativo, como ação promocional (xiii, dinheiro, deixa eu ficar quieto). Mas claro que faltou um certo baixista…

      Ok, eu já sei, Remote, nem precisa jogar as pedras… 🙂

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Eu ainda não vou comentar. Vou esperar os descartáveis, quero ver você sair do Muro. En vivo? Rock in Rio (3- IM) Cross Purposes Live? Intermission – são sugestões – se quiser avaliar..

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        • OK, Remote… sem muro… vamos falar de Iron Maiden:

          Fundamentais: Beast Over Hammersmith (espetacular), Live After Death (espetacular), Live At Donington (muito bom e o show mais alto da história da música), Flight 666 (espetacular), Rock in Rio (triunfais retornos do Bruce e Adrian, maior show da história da banda, retorno do festival, bom disco de retorno com Brave New World, boa performance de todos, bom tracklisting).

          Relativos: BBC Archives (ótimos registros), A Real Live One / A Real Dead One (já falado), Maiden England (Bruce em momento ruim, momento da discografia da banda excelente), Maiden Japan (registro importante).

          Descartáveis: Death On The Road, En Vivo! (mais do mesmo, fórmula “reloginho Iron Maiden”).

          Outros:

          Intermission e Cross Purposes Live: relativos, importantes registros das respectivos formações à época.

          Que venham seus comentários para indeferir tudo que disse :-).

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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  6. Não sou conhecedor de discos ao vivo e por isso me abstenho de criar qualquer lista. Mas eu tenho relação especial com um disco específico: “RituAlive”, do Shaman. Numa época em que eu entendia muito pouco de Rock/Metal, “RituAlive” foi o responsável por me explicar melhor o conceito de disco, discografia, turnê, etc. Ele representou pra mim a passagem entre o “poser que baixa as melhores faixas pelo Shareaza” para alguém que realmente entende o significado de uma banda lançando um álbum.

    Musicalmente falando a sequência das músicas é igual à do disco de estúdio, “Ritual”, com a adição de alguns covers e duetos na parte final (“Sign of the Cross”, “Pride”, “Carry On” e “Eagle Fly Free”). O destaque fica por conta da pegada das músicas ao vivo, principalmente “Blind Spell”. Essa faixa ao vivo ficou absurda de tão boa. Ela foi tocada com uma energia que, infelizmente, faltou em uma sua versão de estúdio. Não posso nem falar de “Carry On”. Meu primeiro contato com esse clássico foi nesse ao vivo, e mesmo com uma guitarra apenas ficou melhor que a versão do Angra.

    O DVD é muito mais completo, claro, principalmente porque no CD tiraram “Lisbon”, que foi encaixada bem no meio do setlist e foi executada perfeitamente. Entretanto, da retirada do solo de bateria e do solo de guitarra eu não reclamo. Pra mim, o DVD não tornava o CD redundante porque quando eu estava escutando MP3 fora de casa, o áudio de “RituAlive” evocava todas aquelas maravilhosas imagens do vídeo. Sendo assim, considero “RituAlive” um disco essencial. E se não me engano é o primeiro “ao vivo” nacional que alguém menciona aqui nos comentários deste post, hehe. 🙂

    “Better Motörhead Than Dead: Live At Hammersmith” do Motörhead também é outro que eu queria deixar registrado aqui. Normalmente quando se fala em “ao vivo” e “Motörhead” logo se pensa em “No Sleep ‘Til Hammersmith”, que de fato é um clássico, mas sempre dei preferência ao de 2002 por ter um setlist maior e melhor, sem falar da produção que é ótima. Talvez o único pecado de “Better Motörhead…” é a ausência de “The Chase Is Better Than The Catch”, mas isso é remediado pela inclusão de algumas músicas do injustiçado disco de ’83 “Another Perfect Day”: “I Got Mine” e “Dancing On Your Grave”.

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    • Ulisses , foi ótima a sua contribuição, eu escrevo aqui em relação ao RituAlive, que realmente me impressionou. O único senão é a questão do DVD ser praticamente a mesma coisa do CD. E também por não ter Lisbon , que ficou excelente na versão do Shaman. Tendo ali a discordar com você, mas isso passa até batido pelo fato de realmente um álbum nacional no meio das demais pérolas vindas de fora . E aí peço licença pra citar mais um, que também tem a questão do DVD ser com o mesmo repertório do CD: Dr. Sin 10 anos ao vivo. Eu inclusive acho o cd melhor que o DVD pois acho a platéia meio fria e comportada em seus assentos cujo local escolhido deixava disponíveis. As imagens são irretocáveis, mas passa uma certa falta de emoção. Coisa que o cd não pode transparecer. E as versões estão excelentes, inclusive com algumas faixas que tiveram o arranjo alterado, além da participação do André Matos em Fire. Quem quiser checar, segue abaixo a versão do DVD:

      Alexandre

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    • Ulisses – obrigado pelo comentário – eu vou procurar o Shaman – embora quem desconheça algo aqui seja eu – vou seguir a indicação e volto por aqui.

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  7. Minute-men,

    Do muito que já foi considerado aqui, estou chegando “atrasado”, e gostaria, preliminarmente, de relevar o seguinte:

    Sempre adorei álbuns ao vivo, pois ao meu ver é o tira-teima da real competência de uma banda e seus músicos.

    Antigamente (nos anos 70, digamos), os discos ao vivo eram mais raros, uma vez que a mobilização de um bom equipamento para a gravação era complicada, e a própria tecnologia da época tornava mais difícil a captação dos instrumentos sem estragar seus timbres originais. Assim sendo, geralmente eram agendadas as gravações nas datas em que a banda se apresentava em locais aonde havia um bom estúdio móvel (NY, LA, London), e a banda tinha que render o melhor possível naqueles dias, sendo que muitas vezes acabava pegando um vocalista gripado aqui, um guitarrista chapado ali e o álbum muitas vezes acabava não representando de forma digna o trabalho de uma respectiva turnê. Então, entendo um artista ou banda só gravava um “live” decente quando tinha calibre para tanto.

    Até os dias de hoje notamos que existem gravações mais ou menos felizes em termos de qualidade de áudio. Bem, há uma quantidade enorme de microfones abertos no palco para captar a bateria, vocais, amplificadores de guitarra, baixo e teclado, várias caixas de retorno em bom volume no palco para a banda se ouvir, e também o som da banda alto no PA, tudo indo e voltando dentro de um ginásio e sendo captado em todos estes microfones. A coisa é realmente complicada, pois envolve o conhecimento de física/acústica, cancelamento de fases, posicionamento estratégico de microfones, uso de noise gates e trilhares de coisas técnicas que fazem parte deste processo de gravação ao vivo. Mas realmente hoje em dia a coisa melhorou muito, e os estúdios portáteis ficaram cada dia mais compactos e eficientes, possibilitando a gravação com boa qualidade de muito mais datas em uma turnê do que se poderia antigamente.

    Entendo então que hoje em dia toda e qualquer turnê movimenta um enorme público, que empolgado com o que acabou de ver pensa ao final do show: quero comprar o DVD quando sair! Assim sendo, hoje tudo é motivo pra um “ao vivo”, incluindo reunions e acústicos – …fatalmente tive que entrar na questão do dinheiro.

    Falando do Rush, pra variar, lembro que a maneira inicial como eles lançavam os “live álbuns” até 1997 era fantástica: a cada 4 LPs de estúdio, a respectiva fase da banda era fechada com 1 disco ao vivo. Assim, notávamos a evolução a cada final de fase, sendo que sempre que saia o quarto LP já era criada a expectativa do próximo “ao vivo”, e sempre após o “ao vivo” se criava a expectativa de como seria a próxima fase. Mas a partir do retorno em 2002, que culminou no fantástico (em termos de energia e sinergia com o público, mas não de qualidade de gravação) “Rush in Rio”, o padrão 4/1 foi quebrado, e todas as turnês viraram um DVD de lá para cá.

    O que me incomoda mais no caso de discos ao vivo é a repetição das mesmas músicas em vários álbuns. No caso do próprio Rush, por exemplo, fico triste em confessar que até mesmo um cara como eu que adora a banda cansou de ouvir “Tom Sawyer”, uma vez que as diferenças entre versões são mínimas, que pouca gente chega a notar, como o timbre do teclado que muda levemente de uma tour para a outra, ou o final em uma versão é rápido e na outra é lento, ou seja, coisas irrelevantes.

    Vou pensar mais no assunto, e volto com minha lista em breve…

    keep alive

    Abilio Abreu

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    • Abilio, este comentário está formidável, uma verdadeira aula e muita coerência em tudo que está dizendo, hats off…

      Seu comentário é tão perfeito que não dá para corrigir nada, apenas reinterar que concordo com tudo. A parte da repetição das músicas foi muito bem colocado, principalmente para as bandas mais técnicas. Claro que é interessante ver/ouvir The Trooper de 1985 e a de hoje para debatermos (aliás, foi sem querer, mas já que toquei no assunto, você já sabe, né? :-)), mas o Iron Maiden, por exemplo, é talvez o grande campeão de repetições de músicas nos discos ao vivo. Mas aí, como sempre brincamos de “blindar os clássicos”, não tem jeito, as músicas sempre estarão por ali (claro que Fear Of The Dark ou Enter Sandman, do MetallicA, poderiam dar um tempo).

      O Remote foi muito feliz em colocar em confronto esta questão não envolvendo dinheiro, o assunto é praticamente um podcast nosso…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Os dois comentários estão fantásticos. O Abílio explicando a dificuldade e mérito dos discos ao vivo – concordo com tudo. Então neste exemplo, e novamente vamos ressaltar aqui o Zep, Rush, Rainbow e etc… Estamos esperando a famigerada lista dos ao vivo – imagino que tem coisa muito boa a vir.
        O Eduardo classificando isso como um mini podcast é um exagero, mas a discussão está muito interessante, e concordo temos uma involução de the trooper. Da mesma forma estou esperando os do Eduardo.
        E quanto ao Metallica – com estamos na parábola evolutiva da banda ao vivo?

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        • Remote, o MetallicA está mal neste contexto… salvando-se (alguns) bootlegs, os Fan-Cans e o Live Shit (acho estes relevantes), entramos nas outras categorias:

          RELATIVOS: S&M e todas as aventuras das bandas com osquestras. Eu reconheço que apesar de gostar muito do S&M (talvez seja um dos poucos aqui), a importância como um todo dele pode entrar no relativo. Sei que a maioria vai jogar até mais para baixo, mas aí eu não vou concordar. O registro tem sim sua importância – assim como todos que fizeram acústicos, orquestras e outras aventuras. Mais uma vez, acho que estou sozinho nesta…

          Sobre os DESCARTÁVEIS, já que dinheiro não conta, fico aqui pensando, mas a brincadeira do post é clara: ou o disco se situa ali com as duas de cima, ou todo o resto entra aqui…

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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          • Mr Presidente (vide comentario acima) – faltam o DESCARTÁVEIS – aqueles famigerados irrelevantes, estes são mais dificéis de listar – olha o muro!!!

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          • Complilando o Eduardo e meu comentario vai embaixo:

            FUNDAMENTAL:
            – Live Shit: Binge & Purge: captura em áudio e vídeo o que chamo de último auge do MetallicA ao vivo. É o fim de uma era e ainda traz uma banda muito feroz no palco. As músicas estão em uma velocidade inacreditável e a banda possui uma energia incomparável. O tracklist é fantástico, os shows longos e trabalhados. Lars está destruindo na bateria, James fantástico como sempre, Jason em sua melhor fase e Kirk muito bem também. É o melhor registro ao vivo do MetallicA. É indispensável, é fundamental, é do ca$#$#!!!!
            – Guns N’ Roses – Live: Era ’87-’93: captura a essência da banda ao vivo, nos anos dourados dela.
            – Paul Macca – Paul Is Live (1993): um registro fantástico com versões igualmente excelentes de clássicos da carreira do Macca até então.
            – AC/DC – Live (1992): medalhões da banda em versões excelentes, uma energia única – aqui outra banda que talvez entre nesta de ser trazer melhor a essência dela ao vivo que em estúdio.
            – Pink Floyd – Pulse (1995): é um registro imprescindível em todos os sentidos. Termos o Dark Side Of The Moon com os músicos em altíssimo nível. E ainda tínhamos coisas extras, como o CD com led (como eram os celulares da Motorola na época, piscando em vermelho)… lá fora, teve até o VW Golf comemorativo, como ação promocional (xiii, dinheiro, deixa eu ficar quieto). Mas claro que faltou um certo baixista…
            -Beast Over Hammersmith (espetacular)
            -Live After Death (espetacular)
            -Live At Donington (muito bom e o show mais alto da história da música)
            -Flight 666 (espetacular)
            -Rock in Rio (triunfais retornos do Bruce e Adrian, maior show da história da banda, retorno do festival, bom disco de retorno com Brave New World, boa performance de todos, bom tracklisting)

            RELATIVA IMPORTÂNCIA:
            – A Real Live One / A Real Dead One: discos que poderiam ser fundamentais talvez no contexto em que poderiam marcar os últimos materiais que o Iron Maiden pudesse contar com o Bruce nos vocais, caso ele não tivesse retornado. O primeiro traz músicas de 1986 a 1992, ou seja, o final dos golden years para o começo da pior fase da banda em geral, que duraria até quase o final da década de 90. O segundo traz músicas do início, de 1980 a 1984. Deixando meu lado emocional de lado (já que foi por ele que “entrei” para ouvir a banda ao vivo na minha vida – depois veio o Live After Death), os discos hoje quase nada representam aos fãs da banda. Mas podem ser bons pontos de entrada ainda – eu entendo que funcionariam muito bem ainda nesta linha. A linha é tênue e eles podem ser jogados para baixo, mas ainda os acho importante pois marcam o fim de uma trajetória que colocou a banda como um expoente no cenário do metal. Não é descartável neste sentido. Mas está no meio. Imagino que os gêmeos discordarão de mim em alguns aspectos…
            -BBC Archives (ótimos registros)
            -Maiden England (Bruce em momento ruim, momento da discografia da banda excelente), -Maiden Japan (registro importante)
            -S&M e todas as aventuras das bandas com osquestras. Eu reconheço que apesar de gostar muito do S&M (talvez seja um dos poucos aqui), a importância como um todo dele pode entrar no relativo. Sei que a maioria vai jogar até mais para baixo, mas aí eu não vou concordar. O registro tem sim sua importância – assim como todos que fizeram acústicos, orquestras e outras aventuras. Mais uma vez, acho que estou sozinho nesta…
            – Intermission
            – Cross Purposes Live
            ->importantes registros das respectivos formações à época.

            DISPENSÁVEL:
            – Death On The Road
            – En Vivo!
            (mais do mesmo, fórmula “reloginho Iron Maiden”).
            – Ummagumma (Pink Floyd): já tentei ouvir a parte ao vivo deste disco e não desce. Talvez eu devesse tentar de novo, não sei, isso já tem um tempo. Mas com Pulse, Delicate Sound of Thunder e Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980–81 (ou qualquer ao vivo relacionado ao The Wall), a coisa fica complicada para este. A banda insiste em relançá-lo pois deve ter saída comercial, mas acho que podemos encaixá-lo aqui… vou parar pois já antecipo um paralelepípedo voando, eu volto quando for mais seguro…

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          • Vou fazer meus adendos sobre as discordâncias:
            Guns N’ Roses – Live: Era ’87-’93 -> Para ser bonzinho aqui acho que tem relativa importância e poderia ser melhor, não gosto muito quando parece é uma evidente coletânea ao vivo – eu inclusive não recomendo – neste caso vou pelo Daniel e acho que a banda perdeu em qualidade ao vivo. Vale pela abrangência de todos os periodos.
            – Pink Floyd – Pulse (1995) – Falta o baixista e perde força por isso. Prefiro o The Wall Live.
            – Beast Over Hammersmith – Novamente entendo a escolha, mas a tour para gravar veio a seguir com Piece…estão vou considerar relativo.
            – Live Donnington, Flight 666 e Rock in Rio – não gosto de nenhum. Não gosto das gravações (o flight é melhor). O Donnington é num momento infeliz da banda.
            – A Real Live One / A Real Dead One – idem acima – momento infeliz (disco, som da banda e o Bruce)
            – S&M – num geral não gosto das experiencias com orquestras e esse é mais um que dispenso.
            – Intermission – Falar o que? É incompleto, cheio de medleys, com uma em estudio – quase nem conto como um disco ao vivo do DIO.
            – Cross Purposes Live – O disco em estúdio é excelente, com Tony Martin acertando em cheio e o ao vivo é deprimente, com uma pessima performance de Mr. Tony Rouco Rolf Martin – Dispenso com D Maiusculo. Era melhor fazer um ao vivo da tour de Tyr, onde estava em melhor fase vocal. Cross of Thornes é deprimente.

            E ainda:
            – Metallica Live Shit – Preciso conhecer, não vou emitir nada por enquanto.
            – Ummaguma – Idem, mas acho que vou concordar – não gosto desta fase da banda.

            E para fechar.
            Paul is Live 1993 – é excelente mesmo – me lembra o Maraca.

            E a minha lista sairá apos o Abilio se manifestar.

            Treplicas?

            Remote

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            • Remote, confesso que achava que o seu comentário seria mais “violento”, hehehe… no final de tudo, quando o assunto não envolve dinheiro, acabamos vendo como as coisas realmente são…

              Minha vez de lhe fazer uma provocação: você está indo muito para o “relativo”… isso não seria a forma de ficar “no muro”?

              [ ] ‘ s,

              Eduardo.

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            • Vamos aos meus comentários :

              Sobre as orquestras , teci um comentário abaixo. Pouca coisa se salva mesmo.
              Em relação aos demais exemplos, o álbum do Guns é tardio, caça-níquel de banda terminada . O material é legal, mas acho que temos de considerar todos os aspectos.
              O Real Live – Dead num dá … Bruce não estava cantando em sua melhor forma, e não ter o Adrian ao vivo no Iron é um fator crítico. Idem pra o Donington . O Flight eu gosto, pelo set list . Não tem como não gostar, só que eles poderiam ousar mais, Mas isso é difícil para o reloginho Maiden. Eu poderia considerar fundamental , assim como o Live After Death, mas ambos tem falhas, não são perfeitos . O Rock in Rio 2001 me lembra que eles poderiam ter lançado o Rock in Rio 1985. Seria muito melhor ….Então eu dispenso esse também…
              O Intermission tem a melhor formação do DIO e é decepcionante pensar no que ele se transformou..Isso é um completo desperdício.
              O Paul live é um álbum bem legal, embora não goste muito das emendas, soa um pouco o que ele é ( artificial). Mas o repertório o transforma em pelo menos de importância relativa .
              o Live & Shit é ” O” álbum do MetallicA ao vivo. É um pena que não tenha nada com o Cliff. Mas não há questionamento, este é fundamental pra quem gosta de MetallicA.
              o Ummaguma é muito, mais muito ruim….Aliás, eu não consigo gostar de nada do Pink Floyd desta primeira fase. E se nem o Abílio , que é o prog-man do blog , atura, alguém precisa de alguma outra justificativa, ou tá bom assim…Falando sério, a banda era muito barulhenta nesta época . Do Floyd, pra mim o grande álbum é o The Wall Live.
              O Pulse e o Delicate são irretocáveis do ponto de vista de repertório , mas eu não considero aqueles 50 milhões de músicos no palco como uma formação real do Pink Floyd. Eu os consideraria de importância relativa.

              O Cross Purposes live é uma falta de respeito com todos, inclusive com o Tony Deus da Voz Afônico Martin. Sem dúvida nenhuma, pegou a banda num péssimo momento, especialmente vocal..Dispensável, e fácil..

              Do Rush eu comento mais abaixo,

              Alexandre

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          • Eduardo, acho que o Score ( Dream Theater – 2006) , embora não seja totalmente orquestral, é um bom exemplo de orquestras tocando com bandas de rock. Isso por que a banda escolheu bem as músicas que tiveram um arranjo voltado para o formato orquestral.E não é uma amostra irrelevante dentro do conteúdo do álbum, mais ou menos metade do trabalho inclue a orquestra. Mas eu também tenho uma tendência a não gostar da grande maioria dos projetos que trazem este formato. E sim os colocaria como dispensáveis, sem dúvida. Inclusive o S&M, de onde separo alguns poucos exemplos que me agradam.

            Alexandre

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  8. Mais um pegando o trem andando e querendo dar pitaco.
    Achei o tema super interessante. Li quase tudo mas não consegui ir até o final sem me meter. Alguns álbuns ao vivo foram imprescindíveis na minha vida musical pois comecei a gostar dessas bandas depois de conhecer esses álbuns.
    Uma banda foi o Rush que me foi apresentado pelo Flavio/Alexandre através do Exit …Stage Left. Iron Maiden comecei a gostar após ouvir o EP Maiden Japan. Aliás, tem uma versão com várias músicas além das que tem no original da época. Black Sabbath conheci com o Speak of the Devil.
    Nesses casos, prefiro as versões ao vivo, inclusive o Alive! e Comes Alive!

    Isso ai!

    Valeu

    Claudio

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    • Cláudio, se possível, bote por favor uma listinha com 5 álbuns em cada uma das categorias… vamos ver no que vai dar, a provocação do Remote é muito boa neste post, ainda mais se tratando de pedidos que não estejam relacionados com a importância financeira dos discos…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Claudio – se puder citar os ruins também, acho importante, dentro da famosa lista de 5, que já compileio pelo Ale e Eduardo. A minha vai ter bem mais de 5 em cada e já está pronta. É claro que esqueci alguns e a galera vem lembrando e eu complementando na minha.
      Dos seus tenho varios nos fundamentais.

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      • Putz…Complicado… nao consigo. Por um simples detalhe. Os albuns ao vivo que nao gostei de ter ouvido simplesmente foram deletados da minha memoria. Curiosamente gostei muito de alguns albuns ao vivo compactos. Maiden Japan, que ja citei, foi a descoberta do Iron. Live in London, foi a descoberta do Purple. Esses realmente marcaram e ate hoje sao as versoes que mais gosto inclusive de outros shows. Intermission do Dio, outro compacto. Gosto tambem com certa nostalgia do Unleashed in the East do Judas. Pra fechar fico com outro open mind Exit… Stage Left do Rush.
        Desculpe pela falta de inspiracao.

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  9. Remote,

    Esse muro é muito muito alto, e tem cachorro brabo dos dois lados…

    De toda forma, “a man gotta do what a man gotta do”, e aqui vos apresento minha lista; mas resolvi inovar e separar por banda. Irei, aos poucos, adicionando:

    Começarei, obviamente, pelo Rush:
    Sendo que tudo do Rush é fundamental, engulo seco e faço uma varredura classificando de acordo:

    Fundamentais:
    “Exit… Stage Left” – fecha a fase 2 – de longe o melhor de todos.
    “All the World’s A Stage” – fecha a fase 1
    “Rush in Rio” – o encerramento da turnê de retorno da banda, e o descobrimento do público mais doido do planeta que certamente fez os três pensarem que tudo o que fizeram na vida realmente valeu a pena…
    “Different Stages” – fecha a fase 4, durante o hiato das tragédias de Peart, e tem um excelente Disco 3 que traz um show da tour de “A Farewell to Kings” em Londres.
    “Clockwork Angels Tour” – tem o conceitual “Clockwork Angels” quase na íntegra e muitas músicas “inéditas ao vivo” da fase dos synths dos anos 80, em versões bem mais orgânicas. Os três solos de bateria de Peart impressionam, e muito… A idade machuca, mas não derruba – o show foi gravado inteiro numa data apenas, sem nenhum overdub ou “conserto posterior” – notável. Talvez o último para todo o sempre?
    “A Show of Hands” – fecha a fase 3.

    Relativo:
    R30 – tour de aniversário, sem um álbum para divulgar… mas tem o melhor som dos recentes.
    “Snakes and Arrows Live” – setlist não adiciona muitas novidades…
    “Time Machine Tour” – quase dispensável, se salvou apenas porque tem o “Moving Pictures” inteiro numa paulada só… motivação da tour estranha (divulgar o single Caravan/BU2B?)

    Dispensável:
    “Grace Under Pressure Tour” – curto, numa fase transitória da banda, muita bateria eletrônica, baixos synth/Steinberger (cadê o Rickenbacker ou o Fender, Geddy?) e timbres de guitarra “enlatados”.

    Pink Floyd:
    O Floyd tem uma fase inicial mais difícil de engolir…

    Fundamentais:
    “Is there Anybody Out There” – O The Wall ao vivo conseguiu ser bem melhor que o de estúdio… nem preciso falar mais nada…
    “Live at Pompeii” – tem “Echoes”/”One of these Days”/”Set the Controls for the Heart of the Sun”/”A SOucerful of Secrets” tocadas no Coliseum em ruínas em Pompéia, e também mostra cenas da gravação do “próximo” álbum: “The Dark Side of the Moon”, com as cenas quintessencias de Waters mexendo no teclado Minimoog e criando “On the Run”…
    “Pulse” – setlist, line-up, audio, video, capa, pisca-pisca Motorola…
    “Delicate Sound of Thunder” – o retorno monumental da banda com super line-up, setlist, audio, video…

    Dispensável:
    “Ummagumma” – já tentei diversas vezes e é muito difícil ouvir até o fim…

    Por enquanto é só, pessoal!

    keep thinkin’

    Abilio Abreu

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    • Ok, já tenho vários comentários, mas vou aguardar o resto da lista.

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    • Comentando os discos do Rush,e entrando num vespeiro daqueles!!!

      Do novo álbum eu vou me abster , pelo simples fato de precisar ouvi-lo melhor.

      O Exit …Stage Left é o melhor disparado mesmo, considero-o facilmente um dos 5 melhores ao vivo entre todas as bandas . O repertório é o ” CREME DE LÀ CREME” da banda, mesmo não tendo Limelight. Este é o meu único senão. A grande maioria das músicas está ligeiramente melhor aqui do que nas versões de estúdio. O que já é muito difícil, diga-se de passagem.
      O All the Words eu preciso considerar fundamental, embora não tenha tanta felicidade em ouví-lo. Acho o vocal de Geddy um pouco gritado além do que devia, mas é uma fase também excelente da banda, excursionando com o 2112.
      O different Stages também pode ser considerado fundamental, numa época que ningúem sabia se a banda iria seguir ou não com a carreira. E tem o bônus do show da tour do Farewell to kings, que é excelente.
      O Rush in Rio tem um quesito emocional me envolvendo, mas acho-o meio mal gravado, e olha que eu normalmente não ligo muito pra isso. O repertório dispensa comentários, excelente mesmo. Eu o coloco no patamar dos relativos .
      Eu gosto do Snake and Arrows por algumas faixas menos comuns nos shows da banda, como Circumstances e Entre Nous. Mas quem tem o DVD normalmente deixa o cd de lado, é um problema corriqueiro entre os novos live . Eu também o coloco como relativo.
      Entre os relativos vou colocar também o TIme Machine, pelo fato de estar aqui reunidas as faixas do Moving Pictures na sua ordem original e na integra.
      Os demais eu coloco como dispensáveis, o R 30 pelo mesmo motivo do Abílio, pra mim é caça níquel no meio de outros tantos shows ao vivo. E o Grace Tour e o Show of Hands pela fase ruim da banda , sempre na minha opinião. Eletrônico demais , em especial o Show of Hands.

      Espero que a minha integridade física ainda não tenha sido colocada em risco….

      Alexandre

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  10. se o Claudio pegou o bonde andando eu nem seuqer vi rastro dele
    bom, tudo ja foi dito
    muito bom ver isso aqui……………
    Mr. Tony Rouco Rolf Martin foi sensacional
    o Deus Afônico da Voz é sensacional….
    vou comentar aqui de dois registros de tudo que ja foi dito: Tony Martin & Friends ….se vcs acham que o Cross Purpose Live é uma falácia, vcs precisam ouvir isso
    Queria citar o Barão Vermelho como uma das bandas que eu mais vi evoluir em termos de performance ao vivo……eles chegaram num ponto de perfeição e completa mudança das músicas de seus estágios inciais (tarefa não muito complexa de certo), mas “salvou” com certeza parte do repertório

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  11. Se o Rolf está falando – mais uma dívida para mim: Tony Martin & Friends

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  12. Cara, uma pena que demorei tanto para acompanhar este post. Muita informação boa. Vou pegar alguns que não conheço!

    Mas gosto muito do ao vivo do Thin Lizzy, The Song Remains The same, Made in Japan e Live Shit e S&M do Metallica.

    Dos recentes, gosto do Live in Brixton, do Mastodon.

    Meu primeiro LP foi um do Sting, Bring on the Night. Um álbum ótimo, muito bom!

    Acredito que hoje em dia a importância dos álbuns ao vivo é bem pequena, devido a difusão dos bootlegs digitais. E gosto muito de bandas que gravam todos os shows que fazem. Conheço Pearl Jam e Metallica, que procuro baixar qnd tenho oportunidade. Principalmente o PJ, que muda muito seu setlist.

    Lá a pasteurização dos álbuns ao vivo “oficiais” fica diluída, pois os erros passam. Por exemplo, O Metallica lança seus bootlegs em média uma semana após o show. Se todas as bandas fossem assim, seria ótimo ouvir o desempenho da banda ao longo da tour, mesmo com erros , etc.

    Abraços!

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    • Glaysson, legal você ter abordado a questão dos “bootlegs oficiais ao vivo”. O MetallicA e o Pearl Jam realmente são 2 grandes expoentes do uso deste tecnologia, que inclusive dá um retorno financeiro interessante a eles, a um custo baixíssimo (diria ridículo até) de infraestrutura. E, de quebra, ainda agrada aos fãs. E, convenhamos, não é tão barato assim o “produto” quando se compara a um CD convencional (especialmente o MetallicA), hoje em dia. Portanto, um negócio excelente mesmo para as bandas. Afinal, quem não quer ter o áudio do show que foi? É outra emoção…

      Isso sem contar os apps para celulares / tablets… o MetallicA tem um, que não é grátis, mas é uma fonte boa para “provocar” a vontade das pessoas em comprarem conteúdo. E também serviços digitais diversos…

      É, o mundo é outro…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Realmente os bootlegs ao vivo se tornaram uma febre no meio dos anos 2000. O Kiss tambem entrou nessa com os famosos instant lives – um nome diferente para a mesma ideia: ter o show assistido como um souvenir levado imediatamente para casa. O Kiss não iria ficar fora de mais uma forma de arrecadar verdinhas …

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  13. Lembrei o que havia prometido e lá vai a minha lista:

    Fundamentais
    Made in Japan (Deep Purple)
    Frampton Comes Alive (Peter Frampton)
    Kiss Alive! (Kiss)
    The Song Remains The Same (Led Zeppelin)
    On Stage (Rainbow)
    Unleashed in the East (Judas Priest)
    Tokyo Tapes (Scorpions)
    Alive II (Kiss)
    Live Evil (Black Sabbath)
    Speak Of The Devil (Ozzy Osbourne)
    Exit Stage Left (Rush)
    All The World´s a Stage (Rush)
    Live After Death (Iron Maiden)
    Mtv Unplugged (Kiss)
    Scenes from New York (Dream Theater)
    Paul is Live 1993 (Paul McCartney)
    How The West Was Won (Led Zeppelin)

    Relativa
    La Gazza Ladra (Marillion)
    Slade Alive! (Slade)
    Tribute (Ozzy Osbourne)
    Strangers in The Night (UFO)
    Seconds Out (Genesis)
    World Wide Live (Scorpions)
    Live At Carnegie Hall (Renaissance)
    Live At Hammersmith Odeon (Black Sabbath)
    BBC Sessions (Led Zeppelin)
    Live At Radio City Music Hall (Heaven And Hell)
    Live At Wacken (Heaven and Hell)
    Live… Gathered in Their Masses (Black Sabbath)
    Live in The Heart Of City (Whitesnake)
    Alive III (Kiss)
    The Eagle Has Landed (Saxon)
    Live in London/Made in Europe (Deep Purple)
    Mr Big Live (Mr. Big)
    Celebration Day (Led Zeppelin)
    Deep Purple in Concert (Deep Purple)
    Beast Over Hammersmith (Iron Maiden)
    Maiden England ’88 (Iron Maiden)

    Descartável
    Priest Live! (Judas Priest)
    Reunion (Black Sabbath)
    Kiss Symphonic Alive IV (Kiss)
    Rock In Rio (Iron Maiden)
    A Little South Of Sanity (Aerosmith)
    Intermission (Dio)
    Real Live one (Iron Maiden)
    Real Dead one (Iron Maiden)
    Live At Donington (Iron Maiden)
    Right Here Live (Van Halen)
    Live at Last/Past Lives (Black Sabbath)
    Nobody´s Perfect (Deep Purple)
    Last Concert in Japan (Deep Purple)
    In Concert (Deep Purple)
    Live & Loud (Ozzy Osbourne)
    Flight 666 (Iron Maiden)
    En Vivo! (Iron Maiden)
    Death On The Road (Iron Maiden)
    Live in The Shadows of the Blues (Whitesnake)
    Live in Donington 1990 (Whitesnake)
    Cross Purposes Live! (Black Sabbath)
    A show of hands (Rush)
    You Wanted The Best, You Got The Best (Kiss)

    Só não me peçam comentar cada um deles….

    Remote

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    • Remote, posso pedir para comentar alguns rapidamente, então?

      Fundamentais:
      Unleashed in the East (Judas Priest)
      Speak of the Devil (Ozzy Osbourne)
      MTV Unplugged (Kiss)

      Relativa
      Strangers in The Night (UFO)
      Live… Gathered in Their Masses (Black Sabbath)
      Celebration Day (Led Zeppelin)
      Maiden England ’88 (Iron Maiden)

      Descartáveis
      Kiss Symphonic Alive IV (Kiss)
      Rock In Rio (Iron Maiden)
      Real Dead One (Iron Maiden)
      Cross Purposes Live! (Black Sabbath)

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Fundamentais:
        Unleashed in the East (Judas Priest)
        O Unleashed é o primeiro ao vivo do Judas com várias classicas como Sinner, Ripper, Diamond and Rust, Green Manalishi e fecha a primeira fase (menos direta) da banda. O repertório está impecável, com Les Binks (excelente baterista) em seu ultimo registro. O senão é saber que foi refeito em grande parte no estúdio. Só não recomendo para quem não gosta da primeira fase da banda, para quem gosta é imperdível.

        Speak of the Devil (Ozzy Osbourne) – a represália ao Live Evil, Ozzy soube da intentada de Mr Iommi e resolveu gravar o Ao vivo Sabbath que a banda nunca havia permitido e ainda lançou antes do duplo do sabbath. O resultado é excelente, com classicos, um atrás do outro em versões sensacionais com a excelente cozinha Sarzo/Aldridge e o inusitado e fenomenal Brad Gillis na guitarra. Uma formação que nunca mais se repetiu. Também é notadamente refeito (principalmente as partes do Ozzy), recomendado a quem gosta da fase Ozzy no sabbath e nao tem medo de algumas mudanças devido ao toque pessoal da banda.

        MTV Unplugged (Kiss) – O Kiss acertou no acústico – não inventa muito e traz canções esquecidas como Goin Blind, See you tonite, Rock Bottom e na abertura inusitada de Comin Home
        No fim tudo vira festa (afinal é um disco do Kiss) com a “familia” reunida e nos classicos Nothin to Lose e (é claro) Rock and roll all nite

        Relativa
        Strangers in The Night (UFO) – É considerado o maior ao vivo de todos os tempos por alguns, mas a banda ainda não me conquistou – gosto parcialmente e marca o fim da fase Schenker. Não acredito ser um grande marco da banda, pois a tida como melhor formação terminou ali e não usufruiu do legado do álbum. Algumas músicas estão ótimas e outras nem tanto. Vi numa entrevista que Michael não gosta muito do disco, pois tem muitos erros de execução.

        Live… Gathered in Their Masses (Black Sabbath) – O repertório está excelente, mas o ao vivo com Ozzy deveria ter sido (bem) capturado la nos anos 70. É um bom registro da atual tour, mas o impacto é maior no show in persona e não traz grande ganho para a banda, já que deve estar em tour de despedida.

        Celebration Day (Led Zeppelin) – Da mesma forma que o Sabbath acima, parece ser uma especie de despedida, a gente não sabe se irá haver mais alguma coisa. Mas a fase dos anos 70 não é a mesma e apesar de coisas muito legais como GoodTimes Bad Times, Ramble On, For your Life e Misty Mountain Hop, não dá para comparar com o Zep de The Song Remains the Same.

        Maiden England ’88 (Iron Maiden) – Aqui acho que perderam a chance de lança-lo na epoca como um vinilzão duplo. Era o inicio da proliferação dos Home Videos e por isso não fora lançado em 88/89. O repertório é bem legal, mas não considero impactante assim como o Live After Death. Talvez se fosse lançado lá atrás…

        Descartáveis
        Kiss Symphonic Alive IV (Kiss) – A mistura com orquestras não é uma coisa que me agrada normalmente e aqui não é diferente. Não há muito ganho e as versões ficam estranhas. Só salvo Great Expectations , por ser uma inédita ao vivo dentro do disco.

        Rock In Rio (Iron Maiden) – Não gosto do som do disco – não é por que não é regravado que tem que ter som embolado. Já ouvi outros registros da banda com os tres guitarristas bem melhores.

        Real Dead One (Iron Maiden) – Apesar de boas e mais do que esperadas versões ao vivo de musicas com Dickinson de Prowler ou Where Eagles Dare, parece uma coletânea, não traz a impressão de show ao vivo. Aqui a fase também já não me agrada – o final da era primeira fase Bruce com Iron e sem o Adrian traz um som já embolado.

        Cross Purposes Live! (Black Sabbath) – Bom esse é o pior de todos que estou comentando. Nem deveria ser lançado. Um repertório meio estranho com Time Machine abrindo e The wizzard, peca realmente pela fase lamentavel de Tony Martin. Eu não lançaria um disco com vocal tão ruim , até por respeito as ótimas performances de Tony Martin, principalmente nas tours de Eternal Idol e Headless Cross. Acho que ele merecia coisa bem melhor. Esse eu Passo com P maiusculo…

        Sds,

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        • Remote, valeu as explicações inclusive em formato “aula”, como de costume… as explicações fazem sentido não só pelo que você sempre falou / fala destes discos ao longo dos tempos, mas também são coerentes tecnicamente, sem o lado emocional na frente, coisa que eu reconheço que tenho muito mais dificuldade em fazer principalmente com as bandas que gosto mais

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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  14. Esqueci de comentar um, ao vivo, que é emocionante: MTV Unplugged do Alice in Chains. Para mim, não há registro que capte o que um intérprete quer passar como esse CD. Layne na decadência física e musical, com “Frogs” e “Nutshell” sendo essenciais.

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    • Interpretação e a própria sonoridade… é um álbum excelente mesmo… é fundamental…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Eu gosto muito do VIdeo e tenho em Cd – mas prefiro a banda sem ser na versão acustica. Considero relativo. Tenho um Alice in Chains Live – mas parece uma coletânea. Por que não lançaram o Holywood Rock do Brasil (1992?) ? O Show foi excelente.

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        • Remote, aqui eu não acho de ser um caso relativo, não. É um momento único, captura a essência, uma interpretação que talvez fosse difícil repetir… é essencial mesmo para mim, é algo diferenciado.

          Sobre 1992, que época… uma pena mesmo.

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

          Curtir

          • Ok, treplica aceita – estava por um cabelinho para ir para os essenciais – acato a sua avaliação e a do Gleisson. Mas que faltou um de 1992(?) ao vivaço e eletrificado , faltou…

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            • Sim, chegamos a um ponto comum. Faltou mesmo, mas viva o cabelo aí.

              [ ] ‘ s,

              Eduardo.

              Curtir

              • Olha eu demovo pegando o trem atrasado.
                Li um resenha desse show a um tempo atrás em que se comentava do estado deplorável do vocal, devido as drogas, que em algumas músicas não conseguiu cantar ou esqueceu a letra e teve o apoio do Jerry. Não cheguei a perceber isso.

                Claudio

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                • A edição do vídeo pode ter polido esse tipo de coisa, além dos habituais erros que acontecem em qq ao vivo, unplugged ou não.
                  Mas onde recolheu essa informação – é fonte segura?
                  Flavio

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                  • Bem , em relação ao Unplugged a performance vocal está bem fraca. Percebe-se em vídeos da MTV que no original o negócio estava bem ruim, e foi feito uns ajustes.

                    Ele esqueceu a letra em Sludge Factory, e procurando no youtube tem um vídeo não editado que é perceptível a edição, um acerto na voz. Esse erro não se sabe se foi proposital, pois ele erra, fala um “f*ck”, e tem uns risinhos.

                    As “ajudas” de Cantrell eram normais no AiC e o tom mais intimista no Unplugged tornaram as coisas mais fáceis para Layne.

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            • Vamos acertando as informações – O Holywood com o Alice in Chains foi em 1993. Do wikipedia:

              Hollywood Rock (1993)

              Durante a quarta edição, o movimento grunge estava explodindo em torno do mundo, e nomes renomados do gênero, como Nirvana, Alice in Chains e L7 comandaram o festival, junto com o Red Hot Chili Peppers e o Simply Red. Os desempenhos controversos do Nirvana em São Paulo e Rio de Janeiro geraram muita discussão entre os fãs e a mídia. Kurt Cobain, aparecendo muito intoxicado, cuspiu nas lentes de todas as câmeras da tevê colocadas em torno do palco (o show estava sendo transmitido ao vivo pela TV Globo), e tentou destruir os suportes e equipamentos do palco. Algumas cenas do concerto do Nirvana no Rio de Janeiro podem ser vistos no documentário Live! Tonight! Sold Out!!. Por conta da demanda elevada para bilhetes, os shows de São Paulo foram mudados para um estádio maior, o do Estádio do Morumbi. As atrações nacionais foram Engenheiros do Hawaii, Biquini Cavadão, De Falla, Dr. Sin e Midnight Blues Band.1
              1ª noite
              De Falla, Biquini Cavadão, Alice in Chains, Red Hot Chili Peppers
              2ª noite
              Dr. Sin, Engenheiros do Havaí, L7 e Nirvana
              3ª noite
              Midnight Blues Band, Maxi Priest e Simply Red

              E esse eu não fui em nada – mas olhando aí para cima veria o AIC e o Dr. Sin e só.

              Flavio

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  15. Remote, ainda não tinha assistido ao primeiro vídeo do post, e hoje estou aqui em uma mega trânsito nesta cidade cada vez mais impossível de se viver (SP), então aproveitei para conferi-lo (também vi o teaser do documentário do Purple que, aliás, preciso assistir também).

    Gostei de tudo – como é bem montado o vídeo, muito gostoso de se ver e ouvir. Os clássicos citados, atemporais, e a música escolhida, excelente, com dois solos de se tirar o fôlego…

    Tenho músicas “espalhadas”, os hits, mas vou providenciar o disco duplo – infelizmente não em vinil.

    Aliás, bem legal o blog também, imagino que você deva se esbaldar mais que todos por ali…

    Por fim, notou quem está na mesa dele? 🙂

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  16. Acho que o trem já passou faz hora mas vou dar, neste tema também, meu atrasado pitaco.

    É curioso, o que me leva a ir a um show de rock ao vivo, é o mesmo motivo que me leva a comprar um disco ao vivo. Ver a banda como ela toca de verdade. Com todas a relatividade desta afirmação, em virtude das regravações e overdubs, ainda assim é bem mais “verdadeiro” do que uma gravação de estúdio com milhões de repetições . Nos shows (ao vivo ou em disco) não me preocupo com erros menores. A banda está li, se expondo, e consigo vê-la na sua forma mais verdadeira, para o bem ou para o mal.
    Muito bom o texto do Abílio quando fala da melhoria das condições técnicas levando a uma banalização dos discos ao vivo. Antigamente um disco ao vivo era uma mostra de superação da banda de se aventurar a captar o que acontece num show. Hoje em dia, bandas como Rush e Iron Maiden optaram por deixar registrado cada álbum/turnê com um DVD/CD.
    Aliás, quanto a música, sou uma cara muito auditivo. Confesso que raramente assisto ao m DVD, que muitas vezes adquiro, só para dar apoio a uma banda/show que gostei de assistir ao vivo. Então o fato de existir a dobradinha DVD/CD não reduz o valor do CD para mim.

    Vamos a minha lista. Tentei não repetir álbuns já citados, mas não posso prometer que não me tenha escapado algo:

    Fundamentais:
    Live After Death – Iron Maiden. Foi o primeiro álbum de música pesada que escutei e me causou a transformação no que sou hoje. Impecável.
    Live Evil, do Sabbath. Confirmou a subida ao olimpo dos vocalistas do Dio, para mim. Cantou de tudo e muito bem. Se fosse o Ozzy, dava um jeito de tirar este álbum do mercado e da existência porque ficou complicado para ele.
    If You Want Blood – You’ve Got It. Magnífico desempenho da dupla Angus Young e Bon Scott. Me desculpa, mas nenhum álbum ao vivo com Brian Johnson nos vocais se aprosima deste claássico. Johnson é correto no estudio, mas vivo, deixa a desejar.
    Uriah Heep Live – um clássico irrepreensível. O que o David Byron faz neste disco. Uau! De babar
    Recorded Live – Ten Years After. Alvin Lee. Um mago da seis cordas. Um dos labuns de maior energia da história

    Pecebi ao final da lista que, para mim tudo tem a ver com o desempenho dos músicos, mais do que importância na carreira (que em maior ou menos escala, todos tiveram). Espero que não tenha fugido muito do tópico.

    Nos descartáveis, não consigo ser muito original, então acompanho o relator, ou seja, os amigos minuteiros.

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    • Eduardo, você nunca está atrasado, pois o comentário é sempre excelente.
      Preciso (re) ouvir o If You Want Blood – aqui é um tipico caso de ir contra a corrente e nunca achei o Bon Scott isso tudo. Não sei se o tempo desgastou demais a 1a fase da banda, mas sempre preferi com Brian Johnson. Mas cabe a releitura, vou arrumar tempo para isso e aqui neste post já estou devendo um bocado
      E essa perola, merece fazer um quadro:
      Live Evil:
      “Se fosse o Ozzy, dava um jeito de tirar este álbum do mercado e da existência porque ficou complicado para ele”
      Flavio

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      • Ah Eduardo, e você já ouviu o Black Sabbath Live at Hammersmith – lançado em 2007, mas da mesma turnê do Live Evil. È dificil a competição mas não deve em nada, se não for melhor…

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      • Polemizar: não gosto das músicas do Black Sabbath cantadas pelo Ozzy na voz de Dio. Músicas como Black Sabbath, NIB, Children of the Grave, entre outras, para mim, tem que ser cantadas com voz grave, soturna, arrastada, como a do Ozzy. Dio tem melhor voz, óbvio, mas é muito suave. Ou posso dizer que Dio tem a voz muito cristalina para cantar que o demônio tá querendo te pegar.

        E via contrária também é válida. Ozzy cantando Childen of the Sea não dá. Aliás, essa música é uma boa comparação. Ele alonga as notas, algo que Ozzy pouco (ou nada) faz. São estilo diferentes que não se encaixam e para mim as duas são boas para o que se propõem.

        Abraços!

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        • Glaysson, minha opinião quanto ao assunto é a seguinte: enquanto Dio consegue ser suave ou ele sim ser o “demônio” em termos de voz, eu acho que Ozzy não tem esse leque, tendo muito menos opções. Então, de cara, a parte do “demônio querendo pegar” é justamente ao contrário do que você disse (em minha opinião sempre).

          Agora, sem dúvida eu também acho estranho Dio cantando o que Ozzy imortalizou – é uma questão que não envolve o que é melhor ou não, e sim como cada música foi construída para cada voz. As músicas de Dio com Sabbath nos 4 álbuns também jamais ficariam boas na voz de Ozzy.

          Mas existe também uma questão da zona de conforto, de estarmos acostumados a ouvir Ozzy cantando os medalhões do Sabbath. É igual ouvir o Hetfield cantando Remember Tomorrow, que acho que tanto Di’Anno como Bruce vão melhores, ou ele cantando recentemente o medley do Dio. Fica bom, mas não dá para superar.

          Nosso amigo Chris DT, até um tempo atrás, não sabia que Stargazer era original na voz do Dio, pois só ouvia no Dream Theater. Foi ouvir Rainbow e se apaixonar… mas ele está acostumado com a versão Dream Theater (que é ótimo, por sinal), então existe sim a questão da acomodação além da construção original.

          Enfim, aqui dificilmente haverá uma única resposta e fatores como acomodação, gosto e empatia (inclusive visual) contribuem, sem contar a parte técnica, pois neste quesito específico, ao vivo, ambos no auge, Dio coloca Ozzy no bolso para qualquer coisa (de novo, para mim).

          [ ] ‘ s,

          Eduardo.

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          • Eu vou concordar com o Eduardo, sobre o timbre potente, suave, rasgado, demoníaco e seja o que mais for de Dio, mas vou colocar um senão que pode e às vezes faz toda a diferença: Comecei a ouvir as musicas do Ozzy com Dio, justamente neste Live Evil. Então NIB, Black Sabbath, Iron Man, War Pigs foram ouvidas por mim com Dio antes de ouvir com Ozzy.
            Vou mais à frente: Quando ouvi pela primeira vez com Ozzy achei decepcionante, comparadas com as versões com Dio. Com tempo fui me acostumando e gosto das duas versões. Acho que o Ozzy me conquistou justamente com o que retaliou o Live Evil. Gostei e gosto muito das versões com Ozzy no Speak of the Devil (vocais claramente refeitos em estúdio). As versões em estúdio também são bem aceitas hoje em dia, embora eu ache que nos primeiros albuns a voz de Ozzy não está na melhor forma. E finalizando o Live Evil e o Black Sabbath Hammersmith tem as versões que prefiro.

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  17. Com certeza eu não entendo absolutamente nada sobre o referido assunto, porem tenho a dier que apos ler o artigo cientifico, concordo que realmente há um merito em se ter material ao vivo, porque acredito que expressa com mais nitidez as emoçoes dos artistas.
    Parabens ao meu marido
    Gleiza.

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  18. Eu achei interessante, pois outro dia ela queria saber do tal post e depois fez questão de comentar – foi supreendente..

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