As mais pesadas mãos direitas da guitarra

Ao longo destes 5 anos (e tanto) de blog, vimos os materiais publicados neste espaço ficarem mais complexos, mais analíticos, e os comentários caminharem da mesma forma… e QUE BOM que isso vem acontecendo, tornando este espaço realmente único.

De qualquer forma, há alguns posts aqui que são verdadeiras “iscas” para fomentarem ótimas discussões nos comentários, e é o que eu tentarei fazer neste caso.

A senhora mão direita de James Hetfield (março/2014)

A senhora mão direita de James Hetfield (março/2014)

Volta e meia, quando estamos no meio de algum papo envolvendo especialmente riffs, comentamos das tais “mãos direitas pesadas”. E minha proposta aqui é justamente abordar este aspecto, mas da seguinte forma: não necessariamente a tal “mão direita” é o “melhor” guitarrista, ou faz “as melhores músicas”, ou ainda as músicas com mais peso mesmo.

Eu explico: nosso mestre absoluto Alexandre B-Side Tony Iommi (ok, ele é obviamente canhoto, mas vocês entenderam a proposta) não é dono da mais pesada mão dos captores, mas o SOM que é emitido tem aquele peso único que tanto gostamos. Iommi pode e deve obviamente ser citado em qualquer coisa quando se fala de guitarra no mundo da música que apreciamos, mas não é este necessariamente o ponto – nem solo, a não ser que o solo se destaque também por isso – aqui o negócio é peso, e palhetadas!

O thrash metal será provavelmente o estilo que mais abordaremos no post (é o mais fácil / óbvio também), então vou logo mencionar os meus exemplos, ficando “apenas” com 2 imediatos exemplos do chamado Big Four (dando espaço para outras tantas mãos no gênero específico e também para os outros estilos).

Começando com o dono da foto do post com sua monstruosa e elefantística mão direita, James Hetfield, com Disposable Heroes:

Vamos agora para o Megadeth com outro expoente absoluto do tema do post – Dave Mustaine, com a “one and only” Train Of Consequence:

Se gostarem da ideia, é possível, obviamente, prolongarmos o papo para mãos no baixo – quem sabe em um próximo post?

Enquanto isso, vamos  aos comentários das mais pesadas mãos… e que fique absolutamente claro: eu falo mão direita, mas os canhotos são bem-vindos… tragam seus exemplos…

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Anthrax, Artistas, Black Sabbath, Deep Purple, Exodus, Instrumentos, Músicas, Megadeth, MetallicA, Motörhead, Slayer, Testament

16 respostas

  1. Eu vou estrear aqui e nesse momento concordar com o Eduardo.
    Acho que em termos de mão pesada (canhota no caso) não encontro comparativos com o mestre Iommi. Pensando na falta de recursos nessa área no final dos anos 60, inicio dos anos 70 e a evolução do peso do timbre da guitarra, é incomparável.
    Vou deixar um trecho do Live Evil e mais a frente trago outros. Não sei se encontrarei outro guitarrista para trazer também como um complemento ao Mestre Iommi. Vamos deixar as sugestões aparecerem.

    Remote

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    • Remote, o vídeo é tão curto quanto excelente e vai em linha com o que falei do grande pai de tudo.

      Agora, queria ver outros exemplos da galera… cadê as frenéticas mãos sendo citadas?

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Mas Eduardo, gostaria de abordar mais especificamente um aspecto: o quanto a tecnologia ajuda a dar aquele famoso pesinho extra? E é por isso que eu valorizei o mestre porteiro. Mesmo la atras qdo tinhamos poucos recursos o timbre ja era pesadão. Eu lembro de ouvir o pantera pela primeira vez e achar um peso incomparável, mas devemos considerar que a tecnologia no inicio dos anos 90 já era outra…
        Entao podemos considerar outra māo direita a relacionar como neste caso, o do Dimebag Darell mas devemos salientar para a evoluçao do timbre criado pelo equipamento, ou não?

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  2. Eduardo, eu acho que você foi perfeito nos exemplos . Iommi fez Het e Mustaine. E os dois são hoje os que fazem desta trinca algo que é para mim uma unanimidade no assunto.

    Eu posso sim juntar alguém que lembrei de imediato agora..Não faria feio em comparação com o mestre e seus valorosos discípulos. E é uma referência quando o assunto é a marca Anthrax.

    Sim, podemos juntar aqui Scott Ian

    Ótimo post, vamos aguardar as demais contribuições ,não só no Thrash!

    Alexandre

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    • Ahhh sim, B-Side… Scott se junta facilmente ao time, assim como estou aqui me segurando para não colocarmos mais gente do Big 4 (e podemos prolongar este Big 4 para algo como “Big 6”, com o faltante exemplo do Slayer e as sempre importantes Testament e Exodus, não é mesmo)?

      Mas vamos também pensar em outros exemplos, inclusive “fora” do estilo mais thrash…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Guitarra base… Ela que me fez gostar do heavy metal. Aliás, a guitarra base de Hetfield me levou ao heavy metal.

    Prefiro muito mais a técnica,peso, cadência e melodia da guitarra base do que solos incríveis. Iommi é o criador, então para mim nem entra em comparações!

    Não sei nada de instrumentos, mas tirando Iommi, Hetfield é “o” extra-série. Como ele consegue encher o ambiente em que se escuta? É a guitarra , equalização, captador? Me parece um som único.

    Um exemplo de uma versão que gosto sempre de ouvir é a demo de “Hero of the Day”, a “Mouldy”. Há uma grande variação de ritmos, tempos, formas de atuar na mesma música. Aí vai:

    Não podemos esquecer de Jerry Cantrell e sua guitarra de trovão. Dam That River seria assinada com louvor por Iommy ou James!

    Das novas bandas, gosto muito de Bill Kelliher e Brent Hinds, do Mastodon. Grande variedade de som, inventivo e vale a pena dar atenção. Sleeping Giant tem uma das melhores aberturas de música dos últimos tempos. Alguns vídeos:

    Abraços!

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  4. Mestre Eduardo,

    Muito legal o post!

    O que posso dizer preliminarmente é que a arte de tocar peso na guitarra é realmente uma questão de “malandragem pura”… Não há pedal ou amplificador que resolvam, se a palhetada for fraca e sem técnica.

    Digo isso porque desde cedo saquei isso e estudei bastante as técnicas de palhetada alternada, downstrokes, upstrokes.

    Cito como exemplo a introdução de “Highway Star” do Deep Purple: peso e precisão. E não é da noite pro dia que se pega isso, tem que se dedicar mesmo…

    keep pickin’

    Abilio Abreu

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  5. Outra nervosa mão direita, recebida via e-mail do Jake:

    Slayer – War Ensemble (Ukulele cover w/ solos):

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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