Mötley Crüe – The Final Tour – e o “The Crüecifly” de Tommy Lee

Mötley Crüe - The Final Tour

Tours de despedidas: um dos assuntos mais chatos que existem no mundo da música. Chato pois poucas vezes são verdadeiras, sendo instrumentos de marketing / comerciais… ou então, quando (raramente) verdadeiras, é chato e triste por vermos nossos grandes ídolos se despedindo mesmo, ué…

A verdade é que são muitas bandas que já se despediram, algumas mais de uma vez, e que continuam na ativa… os nomes são infindáveis – Ozzy Osbourne, Eagles, Judas Priest, Scorpionse principalmente o Kiss, apenas para citar alguns. E atualmente, chegou a hora do Mötley Crüe entrar para esta turma, com o Alice Cooper de abertura de luxo. A seriedade deles quanto ao tema do fim é grande, mas desde quando a banda é conhecida por ser séria por algo? Hehehehe…

Independente se pararão ou não, o motivo real deste post não é falar destas “Farewell Tours”, mas sim apenas registrar uma das coisas mais malucas que Tommy Lee já inventou – e olha que são muitas.

Batizada de “The Crüecifly”, Lee agora traz para seu esperado solo uma montanha-russa para seu também impressionante kit de bateria. A “The Crüecifly” é uma extensão da “Drum Coaster” (que já gerou até processo para ele por possível roubo da ideia), usada na tour anterior da banda e que pude trazer por aqui em um dos shows da banda em Las Vegas com o Kiss, mas agora.

Girando 360º ao longo do trilho, o negócio é tão grande que, claro, alguns locais não suportam o “brinquedo” em termos de tamanho e/ou estrutura:

E aí está o que dezenas de cidades e locais históricos de shows da América do Norte estão tendo a chance de ver, com toda a aula de “educação rock and roll” dele – f*** yeah – e com direito até a um clássico de reggae no retorno, entre outros mixes, explosões e perfeito uso da iluminação em sincronismo com a maluquice:

Para registro também, este é o setlist básico que a banda está tocando para esta (última?) tour, com direito a dois covers:

Mötley Crüe Setlist Klipsch Music Center, Noblesville, IN, USA 2014, The Final Tour

Para terminar, e caso seja o fim mesmo, este link traz uma compilação de vídeos dos 30 anos de loucura do Tommy Lee em seus solos de bateria que, com certeza, seja agora ou mais tarde, farão muita falta… o MC diz que “all bad things must come to an end” e que “é hora de abrir espaço para novas bandas”. Será MESMO?

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Agenda do Patrãozinho, Alice Cooper, Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Entrevistas, Instrumentos, Judas Priest, Kiss, Mötley Crüe, Resenhas, Rumores, Scorpions

27 respostas

  1. Eduardo e demais aqui do blog:

    Sempre achei o Motley uma banda que trouxe algumas boas canções, mas realmente eu talvez precise conhecer mais o trabalho dos caras para dar uma melhor avaliação. Da banda em si, Tommy parece sobrar, dando também algum crédito para Mick Mars, um bom guitarrista. Tommy, no entanto, pode fazer muito mais do que o que contribui no seu instrumento para a banda, na minha parca avaliação, mas isso se deve em especial ao fato dos Crüe terem um som mais direto, assim como eram as linhas do saudoso Eric Carr em grande parte dos seus momentos nos álbuns de estúdio do KISS.

    O post é bastante interessante , tendo como foco dois assuntos distintos

    – Um é a tal despedida: bandas já se despediram muitas e muitas vezes, mas no caso do Motley eu acredito que é chegado o momento face ao estado de saúde de Mars, cada vez mais preocupante.

    -O outro é o momento solo de Lee: como sou um confesso super básico conhecedor do trabalho da banda e de suas tours, fui ver o excelente link dos anos passados na bateria por parte de Tommy e seus solos. Não se pode negar que o batera sempre teve a preocupação de trazer algo novo para seus spots, mas em alguns momentos ( inclusive neste novo) a pirotecnia e também em especial o playback tomam a frente em relação às habilidades de Tommy, na minha opinião. Acho até contraditório que em um momento solo o baterista faça a base para um instrumental gravado em playback , pois é isso que ele faz durante todo o show, no meu entender o solo de um baterista deve mostrar principalmente suas habilidades.E que se acrecentem aqui meu gosto pessoal em não gostar de trilhas que buscam um som mais eletrônico ou voltado ao hip-hop.

    Assim, durante os mais de 30 anos de Lee no Motley,gostei em especial do solo da tour do Theatre of Pain, onde já há a questão de trabalhar contra a gravidade, que deve sim dificultar bastante a demonstração de Lee, mas continua a haver momentos para a demonstração de suas habilidades, que aliás, são de excelência. Entendo, no entanto, que para a maior parte da platéia ter tanta pirotecnia em um show deve algo bastante esperado e um diferencial a cada tour do Motley.

    O assunto aqui levantado é até um pouco polêmico, gostaria de saber a opinião dos demais, e em especial a sua, Eduardo, que pôde ver as loucuras de Lee recentemente em show nos EUA.

    Saudações

    Alexandre

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    • B-Side,

      em primeiro lugar, gostei bastante da comparação dos bateras no sentido do que eles efetivamente contribuem (ou que estão “habilitados” a contribuir) na banda.

      A intenção do post realmente não foi falar da tal despedida, mas não dava para não abordar o assunto como introdução… também acredito que neste caso seja sério, dadas as condições de saúde e até mesmo de relacionamento entre eles, que parece estar em uma condição grande de desgaste…

      Sobre o solo, o objetivo principal mesmo foi falar da estrutura montada, mesmo, que achei impressionante. A ideia foi mostrar como estamos perdendo mas uma banda que arrisca trazer elementos diferentes… é uma banda que traz um show muito divertido, muito explosivo, e que usa e abusa destes elementos para poder suportá-los… concordo contigo que o playback não chama a atenção e que ainda pior que isso é a parte que flertar com o eletrônico… mas toda a “traquinagem” é sensacional…

      Realmente é um momento muito esperado do show – o que vi aqui em SP não tinha nada disso, sendo um show bastante simples e que onde ele realmente conseguiu demonstrar suas habilidades. Já o show em Las Vegas, abrindo para o Kiss, foi o completo, uma verdadeira loucura em todos os sentidos, talvez na cidade que Vince Neil mais se identifica…

      A “polêmica” não foi a intenção mesmo, mas gostei muito que tenha surgido este papo, pois nos ajuda a discutirmos. Eu acho que o show deles é sensacional, passa muito rápido e eles demonstram estar bem ainda. As músicas normalmente são bem selecionadas da longa carreira e a coisa funciona muito bem, sendo esta parte do “solo base” um luxo, algo não-fundamental, mas realmente muito aguardado e que faz da banda ter um diferencial ao vivo muito grande…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • Concordo com meu gêmeo aqui.

      1) As famosas despedidas que nunca se pode confiar – afinal a expectativa de ser a última tour é vantajosa para a banda, já que atrai aquele fã que vai no show pensando ser sua ultima oportunidade de ir. Apesar os tais problemas de saúde, não me surpreenderia com outras tours mais a frente.
      2) O Aparato é muito interessante, mas prefiro o conteúdo. E desta forma, prefiro um solo mais tradicional. Acredito que hoje em dia um solo não deve ser tão longo (como Boham e Paice por exemplo), apenas no aspecto da execução. Acho também interessante a questão de ir contra a gravidade, o que deve trazer um grau maior de dificuldade à execução do solo – isso já garantido desde a tour do Theater Of Fate. Quanto a acompanhar uma música no solo, também não acho interessante, um pequeno trecho aqui ou ali é legal, mas o principal de um solo, é (sic!) o solo!
      Nesse aspecto temos exemplos que acho interessante, como o do mestre Peart, que colocarei o link mais tarde.
      Acho que minha opinião num geral deve divergir com a maioria da galera que deve gostar bem deste tipo de espetáculo.

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  2. Hey Eduardo! I’ve been looking around your blog and enjoy it. I liked Motley Crue growing up so I will see one of their final shows when they come around. I feel like other than Mars health that Neil’s vocals have been pretty bad since they came back in 2005. While there are flashes of cool stuff like Lee’s drum bits, they haven’t so too strong in US markets in recent years.

    Hope you are all well. Shout out to Marcus & the twin brothers I met down at RIR last year (I forget their names).

    Hoping for a good lineup next year for the 30th birthday of RiR because I want to come back.

    Justin

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    • Hey Justin, what a nice surprise! I’m glad you’re enjoying not only Twitter where we chat but also the blog itself, where all the “magic” comes from… thanks a million for that.

      You’re absolutely right about Neil’s vocals, he has also confirmed that in some interviews – and yes, we don’t need interviews to check that, do we? I saw them live twice, last time in Vegas (2012) and the vocals were at most ok indeed.

      About the US markets, that was one of the reasons they joined Kiss on the 2012’s North American tour… and also Neil is much more envolved with his “external businesses” in Vegas than music lately…

      I have just advised the twins and Marcus about your comment, appreciate that, thanks.

      We are hoping for a good lineup for RiR 2015 as well… the first rumour is Rolling Stones, probably for the closing night. I bought the RiR Card, which allows me for entering the pre-sales… maybe by Q42014 we’ll have the first confirmations…

      Cheers!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • HI Justin , good to see you with us here. I’m the one of the twins !
      Hope to see you in the next RiR!!

      Alexandre

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  3. Justin!!!

    Thanks for memories!!!

    And…I still do not know if I will go to Rock In Rio, but if so, we’ll see!!!

    Daniel

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  4. Alexandre and Daniel: Nice to hear from you both!!

    I will decide after I hear some of the confirmations. If enough bands that I like play, I will do everything I can to be there!

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  5. Tommy Lee gostaria de adicionar um fã para sua provável última maluquice no “solo base”: http://www.hennemusic.com/2014/07/motley-crues-tommy-lee-wants-to-add-fan.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. Mötley Crüe faz sua despedida dos palcos com turnê – http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,motley-crue-faz-sua-despedida-dos-palcos-com-turne,1593756

    Interessante notar que deveremos ter, então, shows desta (provável) tour de despedida no Brasil.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  7. I did go see Motley Crue on the final tour and I wasn’t very impressed. Seems like they were just going through the motions to make some money. Neil was even worse than I expected. I see Rock in Rio USA has Metallica and Linkin Park but they play alot in the USA so I’m not sure it’s worth flying to Vegas for. Still waiting to see who the bands will be for Rio de Janeiro.

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  8. Folks, I trust this message finds you well. Nice to see someone from USA here
    and as well providing his opinion. I 100% agree with Justin when he wrote that seems Motley Crue is just trying to get more money regarding this “final tour”
    For those about to rock, I salute you

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  9. Bem no ÚLTIMO show da banda – supostamente o último show REALMENTE da banda, na virada de ano – o The Crüecifly travou e deixou Tommy Lee pendurado de cabeça para baixo e ele teve que pedir um resgate, hehehe…

    Vale a pena ver ele se saindo muito bem da situação em todos os momentos e depois, literalmente, no meio da galera…

    Cada show é um show!

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  10. “Girls, Girls, Girls” do vindouro filme “Mötley Crüe: The End”:

    Mais: http://loudwire.com/motley-crue-girls-girls-girls-video-the-end-concert-film/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  11. Devo tá ficando velho mesmo…continuo não conseguindo acompanhar o corte frenético dos takes….

    Alexandre

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  12. Com os membros da banda fazendo “n” atividades com o final do MC, esse parece ser o “spin-off” mais “interessante” até o momento:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  13. A banda acabou… não, não acabou… acabou… não, não acabou… o MC entra para o enorme grupo dos “músicos nunca se aposentam” e “sim, marketing assim é bom, eu gosto e funciona”:

    Welcome (back?)!

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  14. Quando quem tanto inspirou não tem qualquer vergonha em copiar também:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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