Cobertura Minuto HM – Glenn Hughes em Porto Alegre (18/08/2015) – resenha

O que dizer de um show, que mesmo que se tenha grandes expectativas quanto ao seu resultado, tendo em vista a presença da “The Voice of Rock” no palco, ainda assim consegue te surpreender positivamente

O que dizer de um show em que suas seis das primeiras músicas tocadas, são de 5 bandas diferentes. A única banda “repetida” foi Deep Purple, e ainda a segunda delas é a absoluta “b-side” Sail Away. O show ainda incluíria mais duas outras bandas até o seu final.

O que dizer de uma banda que conseguiu imprimir uma cara de jam session ao show, após 6 músicas já haviam se decorrido 45 minutos de show e com uma energia incrível, levando o público em várias momentos, a acompanhar com palmas e cantar as músicas.

O que dizer de um cantor, no auge de seu apuro técnico que, mesmo se apresentando para um público apenas razoável, não cansou de agradecer a platéia pela recepção recebida, pela energia enviada para a qual ele insistentemente dizia que se esforçava por devolver em forma de boa música.

Pois bem, meus amigos. Este é o show que tive a grata satisfação de presenciar na última terça-feira.

A entrada da banda, ainda que o show tenha sido realizado em local acanhado e com pouquíssimo aparato visual (só localizei um tímido pano de fundo, atrás da bateria) começou com alguma pompa. Após apagadas todas as luzes vários spots rotativos de luz branca dançaram pelo palco e platéia ao som do início de Cavalgada das Valquírias, de Richard Wagner.

Num outro petardo b-sideano, foi apresentada uma música do Trapeze “Way Back To The Bone”, a qual permitiu uma série de solos dos integrantes da banda e de uma performance quase libidinosa de Glenn Hughes.

Lá pela sétima música do show, Mistreated, começei a cogitar a hipótese de encontrar passagens, hospedagem e ingressos para algum (ou alguns, hehehehe) dos outros shows da turnê brasileira. Certamente valeria o investimento.

Vale aqui destacar a banda que acompanha o mestre. Além do já bem conhecido Doug Aldrich (que Glenn Hughes disse que foi apresentado por Ronnie James Dio), a banda é composta pelo baterista Pontus Engborg. Este rapaz foi uma surpresa. Muito bom. Me chamou atenção também as pausas e conclusões de músicas muito bem ensaiadas. Doug, parecia realmente estar se sentindo um sortudo por participar da banda. Muitas vezes, agradeceu os elogios recebidos, aponto para Hughes e Engborg, estimulando a platéia a aplaudir os momentos mais destacados. E várias vezes falou ao microfone da honra de estar fazendo esta turnê com este mestre.

Outro destaque foi a repercussão que as músicas do Black Country Communion teve junto ao público. Muito bem recebidas. Talvez aí, juntamente com o final do espetáculo, este foi o momento mais amargo da noite, pois fiquei pensando que com um controle mairo de egos, esta incrível banda poderia estar ainda junta.

Para valorizar ainda mais a participação de Doug Aldrich, foi inclída a música “Good To Be Bad” composta por ele quando estava no Whitesnake. Gostei também.

Impressoinou muito a dedicação, emoção, entrega de Glenn Hughes. Este jovem de 62 anos que talvez esteja cantando mais agora, que quando fazia parte de umas das maiores bandas do mundo, Deep Purple. Sorte a nossa, sorte a minha de ter visto e sentido este show.

É por tudo isso que um dos pontos altos do show se deu quanto Glenn Hughes, se dirigindo mais uma vez a platéia, prometeu a todos voltar a Porto Alegre no próximo ano.

Estarei lá!!!!!!

Glenn Hughes Setlist Bar Opinião, Porto Alegre, Brazil 2015

Fotos

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7 respostas

  1. Schmitt, value por ter nos trazido esse post
    Eu não fui em São Paulo e me arrependi.
    Tava cheio?

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  2. Glenn é um mito que merecia mais respeito das massas. Um baita artista. No BCC vi um show fuderoso dele com uma formação estelar entregando um espetáculo incrível.

    Vê-lo é um privilégio.

    Abraço,

    Daniel

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  3. Schmitt, desculpe a demora em comentar seu ótimo texto. Pelo visto e lido, Glenn passeou por boa parte das suas aventuras musicais durante a carreira e desta vez muito bem acompanhado pelo ex-whitesnake Doug Aldrich, que sozinho por sua incrivel habilidade e extrema rapidez já vale o ingresso.
    Aliás, o ingresso também já se paga pelo vocal que hoje quase não encontra rivais em qualidade de Hughes. Ou seja, os não poucos reais gastos devem ter sido recompensados no mínimo em dobro.
    Li também que o único ilustre desconhecido que assumiu as panelas também entregou um ótimo serviço, assim , pelo jeito foi só alegria a noite.
    Parabéns pelas ótimas fotos, também.
    Em suma, padrão MINUTO HM de cobertura!!
    Fica aqui a única questão : Quais seriam os principais motivos de Doug abandonar o Whitesnake e vir parar , entre outros projetos, com Hughes, cuja repercussão hoje em dia é inversamente proporcional ao seu incomparável talento ? Será que encontramos alguém genuinamente pensando apenas no amor pela música e por encontrar-se com seus principais propósitos hoje em dia ?

    Alexandre

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  4. Xará, também quero deixar meus sinceros parabéns pela cobertura – como disse o B-Side – no padrão Minuto HM. Excelente, excelente e excelente! E parabéns pelas fotos também, ótimas!

    Agradeço por nos ajudar a colocar um pouco no show – creio que você deve ter sido o único felizardo a conferir essa nova passagem de Glenn Hughes pelo país. Ele, que está muito bem, e desta vez acompanhado pelo ótimo Doug Aldrich (que eu particularmente gosto demais), pelo que li, trouxe mais um espetáculo calcado em um hard rock de primeiríssima linha.

    Lamento não poder ter visto em São Paulo, infelizmente desta vez não deu mesmo.

    Gostei do questionamento final do B-Side no comentário acima, eu não sei responder, mas que é realmente bonito de ver 2 talentos deste tocando em lugares tão aquém do que merecem e da forma que ainda estão, isso é inegável.

    Que Glenn Hughes e Doug continuem na ativa neste altíssimo nível por muitos mais anos. Glenn é uma exceção mesmo, tanto no sentido do que ainda canta quanto de sua humildade, e isso sim, dá para afirmar com 100% de certeza, é raríssimo e deve ser apreciado e reverenciado.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  5. Comentar aqui sobre um show de Glen Hughes é elogiar algo que todos já sabemos: O cara vem sobrando na atualidade. No meu caso, que sempre fui um daqueles fãs de carteirinha, fica emocionante ver a sensacional resenha do mestre Schimmit, que nos coloca literalmente dentro do show. Doug Aldrich é talvez o ultimo grande guitarrista que conheci e é interessante perceber como é descrito na resenha o quanto ele valoriza o seu atual “local de trabalho”, ao lado de Hughes. Pelo que percebi também fica claro que o trio não poderia ser acompanhado por um baterista qualquer, os elogios de Schimmit atestam o fato.
    Além disso tudo ai, os registros fotograficos são excelentes e ilustram que os anos 70 estão também visualmente muito bem representados: De um lado, a dupla Gibson Les Paul/Marshal, do outro a também consagradíssima dupla Fender/Ampeg e no meio a bateria totalmente 70 style, lembrando o saudoso e genial John Bonhan.
    O repertório foi excelente e é um privilégio assistir um show que começa com Stormbringer e termina com Burn.. Precisa falar mais?
    Precisa: preciso agradecer ao Mr Schimmit por ter nos brindado com um registro padrão MHM do show.
    Obrigado, obrigado e obrigado
    Aliás no proximo espero estar junto.
    Abraços
    Remote

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