Jimmy Bain faleceu, 68 anos de idade

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O ano começou repleto de tristes notícias como essa. Mais um dos nossos companheiros de inspiração musical se foi hoje, também com menos de 70 anos. Jimmy Bain, lendário baixista escocês, nos deixa hoje. Hesitei bastante em escrever sobre o assunto, mas sinto que cumpro um dever quase cívico.

Bain está em três dos meus álbuns favoritos, que estão certamente entre os meus 10 mais queridos álbuns:

Rising e On Stage (Rainbow) e Holy Diver (DIO).

Além disso, participou de toda a fase mais clássica da carreira de Dio, podendo citar facilmente também o Last in Line como um grande trabalho seu. E foi justamente com o baixinho de grande voz que ele deixou seu último registro musical, no álbum Killing The Dragon, de 2002.

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Para mim, mais do que os recentes falecimentos de Bowie e Lemmy, há com Jimmy uma conexão maior, um sentimento de perda mais latente. O álbum Holy Diver é praticamente minha porta de entrada para o heavy metal, lembro com carinho o especial momento em que passei a ouvi-lo de forma tão obstinada.

Além disso, considero o On Stage, do Rainbow, o melhor álbum ao vivo de todos os tempos, segue também uma sincera homenagem de um momento no álbum onde ouvimos o saudoso baixista, que fazia a cozinha com o também saudoso Cozy Powell, tão bem cercado dos gênios Blackmore e Tony Carey. O medley de Man on the Silver Mountain com Starstruck traz um blues fantástico, coisa de gênio, que só essa constelação reunida pôde nos trazer:

DENMARK - JANUARY 01: Photo of RAINBOW; Rainbow - Jimmy Bain Tony Carey Ritchie Blackmore, Copenhagen, Denmark. 1976 (Photo by Jorgen Angel/Redferns)

Até o presente momento, não sabemos do motivo que levou Jimmy a nos deixar. Sei apenas que, como legítimo escocês, Bain gostava de um bom drinque a seu lado. Não importa, na verdade. Que descanse em paz.

Eu aqui deixo apenas minha sincera homenagem e meu agradecimento para sempre. Muito obrigado, Jimmy.

Alexandre Bside



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21 respostas

  1. B-side, muito obrigado por ter deixado aqui a homenagem do blog merecida a esse grande músico que fez história no heavy metal e agora entrou para o seleto time daqueles que nos deixam e que jamais serão esquecidos. Jimmy Bain, como disse o B-side, fez parte do legado de duas grandes banda. Duas das maiores de todos os tempos e que fez parte da minha, da do B-side, da de vocês do blog e de todo fã que se preze do gênero do heavy metal. Como pretenso baixista que sou, deixo aqui o meu agradecimento por toda a obra deixada por esse excelente músico. Infelizmente caberá a nossa geração enterrar esses monstros sagrados. Descanse em paz.

    Assim que alguém souber o post mortem, favor atualizar.

    B-side obrigado pelo post. Vamos em frente!

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  2. Rolf, isso nem é o mais importante, face a relevância do falecimento de um dos nossos heróis, mas pretenso baixista não, por favor. Baixista de ofício, e dos bons.
    Voltando a parte triste da história, o ano realmente começou mal, eu olho os posts recentes aqui e quase tudo é voltado ao tema. Você tem razão quando parece ser o nosso destino, de ver todos esses monstros passarem para o outro plano, seja lá qual este seja.
    Nos resta lembrar deles através de suas obras, que ficam para a posteridade. Jimmy deve estar neste momento batendo um agradável papo e fazendo uma jam session com o saudoso Dio.
    Que descanse em paz .

    Alexandre

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  3. Holy Diver do Dio. Tenho o LP… Como eu disse num outro tópico, os bons estão indo e não encontro nada que cubra essas lacunas.

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  4. A Torres, obrigado por participar por aqui. As palavras suas e daqueles que quiserem prestar alguma homenagem, de uma certa forma, confortam também.
    Em relação ao Holy DIver, dificilmente haverá algo para cubra essa lacuna. O álbum é histórico.

    Saudações,

    Alexandre

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  5. Primeiramente, peço até desculpas pela verdadeira “saia justa” que vejo que coloquei Alexandre, Flavio e Rolf ao pedir que um dos 3 fizesse o post. A ideia era o registro e a homenagem, feito pelo único não-baixista dos 3, e feito com a devida maestria.

    Sobre o caso, é lamentar. A banda Last In Line, que homenageia / faz tributo principalmente Dio, em pleno cruzeiro a bordo do MSC Divina, ter isso acontecendo… chega a ser até irônico… é muito triste.

    Ao baixista, fica um legado que é verdadeiramente insubstituível e inigualável no heavy metal. Celebremos, pois é isso que agora importa, e sempre importará.

    Fica o vídeo de uma performance apenas 3 dias antes… é triste demais.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • E sem contar as participações dele com Thin Lizzy, Phil Lynott e Gary Moore (https://minutohm.com/2011/02/06/guitarrista-gary-moore-thin-lizzy-58-falece/), outro gênio que ele está reencontrando.

      Lembremos também do Hear ‘n Aid. Impressionante ver como estamos ficando sem ninguém em nosso plano.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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    • E aqui a homenagem do Last In Line…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Esse vídeo é incrivel, muito obrigado por trazê-lo por aqui, Eduardo.
        E não há como negar, o tempo está passando para todos.
        As histórias são sensacionais, da linha de teclado em Rainbow in the Dark às gravações de Kashmir.
        Vai fazer falta pra nós, imagino para os mais próximos.
        Quem não viu o vídeo acima, sugiro ver o quanto antes.

        Alexandre

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    • Vi o video da última performance ( We Rock) com atenção…

      A ressaltar, que o vocal ( embora de timbre bem diverso do grande Dio) entrega uma ótima perfomance. Idem para Viv Campbell, incrível, ele ainda sabe tocar guitarra e bem, depois de tanto tempo de ostracismo no Def Leppard….
      E a parte triste: Quem viu Jimmy nos vários vídeos com a banda Dio sabe que ele não era de ficar parado. Aqui , mal se move , até para escolher as notas no baixo. Não devia estar lá muito bem , mesmo.
      Mas como disse, isso não vai fazer diferença alguma .
      É mais um dos nossos ídolos que se vai .
      Mas deixa sua marca pra sempre, é o que vale.

      Alexandre

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    • Eduardo, foi cumprir um dever mesmo. Algo precisava ser feito em forma de homenagem para Bain. Poucos blogs ou sites fizeram um décimo do que fizemos aqui, e ainda assim o que fizemos é pouco.
      Você tinha inteira razão, só acho que estaria melhor escrito nas mãos do Flávio ou Rolf, mas pelo menos fica registrado. Não há razão de se desculpar por alguma saia justa ( na verdade, não houve mesmo saia justa nenhuma).

      E vamos enaltecer o legado de Bain junto ao Rainbow e Dio, além das demais bandas

      Alexandre

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  6. Bside e amigos,

    fomos e somos sortudos de vermos e ouvirmos uma geração de gente especial, capaz de nos emocionar e deixar o metaleiro de coração mole, por conta do sentimento e da força de uma canção.

    Esses caras juntos faziam dos momentos – no quarto, na sala, no show – especiais.

    Mas também estamos vivos para vermos uma geração se despedir e entregar – de bandeja – o bastão para outra. Não é fácil.

    Que as canções fiquem, que nossos filhos e amigos ainda descubram, através de nós, aquilo que também nos emocionou e nos tornou cativo a eles, os ídolos.

    E que sejamos convidados a olharmos o presente com um olhar mais arqueológico e um tanto desprovido de nostalgia, porque a dura realidade nos diz, diariamente ao espelho: “hoje é um novo dia e ontem não retornará”.

    Estou extremamente triste pelo momento de tantas pessoas queridas estarem indo ‘cedo demais’, mas de maneira controversa, feliz por estarmos vivendo bons e maus momentos juntos.

    Ainda vivos,

    Daniel

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    • Daniel, belas palavras.
      Alguns vão nos tocar mais quando forem ( pra mim, é o caso de Jimmy, assim como Dio e Eric Carr, por exemplo), outros um pouco menos.
      Quem possamos passar a obra para quanto puderem e quiserem apreciar.
      Vale muito à pena, eu concordo.
      É o que nos resta.

      Obrigado pelo comentário

      Alexandre

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  7. Amigos, tenho um respeito MUITO especial pelos baixistas.

    Geralmente são o “filho do meio” na banda. O conjunto tem vocalista, guitarrista e baterista. Ah, tem “também” o baixista! É quase sempre assim…

    Meu filho faz guitarra e bateria numa escola de música aqui na cidade, que nos brinda uma vez por ano com uma audição (só ROCK e MPB, felizmente!!!) em clube fechado. Compareço como se estivesse indo a um show, porque é um! E geralmente tem apenas um baixista para acompanhar todas as músicas. Pouca procura pelo curso.

    Por isso valorizo muito esses caras.

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    • A Torres, bem vindo ao clube.
      A grande maioria de nós preza demais esses heróis anônimos, os baixistas.
      Todos que deixarem seus talentos nas quatro ( ou cinco, seis, etc…) cordas graves, serão ressaltados aqui, pode acreditar.

      RIP JImmy Bain

      Alexandre

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  8. Bom, levei quase 1 semana para comentar por aqui. Ao receber a notícia, outro impacto daqueles… é devastador. Não sei ainda o que dizer, a não ser que Jimmy Bain é um daqueles que talvez passassem desapercebidos, escondidos na banda, mas sim, aqueles que faziam um ótimo trabalho de base, sem o qual, o som não se constitui, não se sustenta, não permanece.
    Assim como um técnico de futebol uma vez disse que existia o zagueiro zagueiro, aquele que não brinca em serviço e mantem a defesa sólida, Jimmy Bain era aquele baixista baixista, que mantinha a cozinha sólida, e a banda coesa.
    É interessante ver no video-homenagem da sua última banda, como Jimmy Bain atuava também como compositor, outra tarefa que fica ali, quase que escondida e tem importância inquestionável. Não é à toa que ele participou de tantos discos de sucesso, tantas musicas foram compostas com sua colaboração. Então temos musicas com a participação na composição de Jimmy Bain na carreira solo do Dio: Stand Up And Shout, Straight Through The Heart, Rainbow In The Dark, Shame On The Night, The Last In Line, One Night In The City, Mystery, Egypt, King Of Rock N Roll, Sacred Heat, Hungry For Heaven, Like a Beat Of The Heart e também de Stars (do video acima), entre outras…
    Lembro de comprar um baixo Yamaha alguns anos atrás e ao perceber que parecia com o instrumento que talvez por mais tempo foi o utilizado por Bain, me deu imediata alegria.

    Enfim, eu sou mais um desses fãs sem mais um ídolo, e realmente tenho que me acostumar com a idéia de perder vários outros na sequência.
    Agradeço ao Alexandre por ter escrito por aqui, eu não poderia ter feito nada melhor, nada mais homenageador.
    E vamos ficar com o seu legado, que o que de melhor podemos fazer.

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  9. Para atualizar as informações, a morte de Bain teve um diagnóstico de câncer no pulmão. Aliás, câncer este ao que parece, que nem o falecido músico tinha conhecimento. Jimmy aparentemente vinha sofrendo com uma pneumonia.
    A banda Last in Line prestou um tributo a Jimmy ainda dentro do cruzeiro tocando algumas canções com um baixista convidado, na noite posterior ao seu falecimento. Abaixo seguem alguns vídeos feitos de forma amadora. Eddie Trunk é o responsável por apresentar a banda e prestar também alguma homenagem a Bain no inicio do material. A se notar, que a temperatura no ambiente da homenagem claramente era de frio severo.

    Stand up and Shout :

    Aqui no show completo , com outra câmera:

    E aqui presto mais uma homenagem a Jimmy, com um vídeo alguns dias antes de sua morte, em um show de Miami. Uma canção menos propalada do Holy DIver, mas simplesmente sensacional : Invisible.

    RIP Jimmy

    Alexandre

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  10. Depoimento, em formato de memorial, dos membros do Last in Line ainda no cruzeiro.
    No início do vídeo, tem-se Eddie Trunk informando os presentes sobre o falecimento de Jimmy.

    O álbum da banda, recentemente gravado com boas músicas inéditas, sai dia 19/02.
    Alexandre

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