Esta interessantíssima obra, publicada originalmente pela Editora Orion de Londres, em 2012 e aqui no Brasil pela Editora Globo Livros, traz um detalhado quadro da banda australiana.

Aliás, em seus primeiros capítulos o livro nos conta desde a migração da família dos Young da Escócia para a Austrália, retratando aquela velha situação de quando famílias, sem perspectiva no velho mundo, buscam uma nova oportunidade num país mais recente.

A obra traz várias informações que, para mim, vieram como surpresa. Não sabia como Malcolm Young tinha, desde os primórdios, uma prevalência no comando da banda, sempre aconselhado por Georg Young, seu irmão mais velho que já havia conseguido moderado sucesso na Europa com o seus “The Easybeats”.

Outra informação interessante, só à título de aperitivo, é a dificuldade do AC/DC em atingir o sucesso no mercado mais importante da indústria, os Estados Unidos. Mesmo após discos, hoje considerados como clássicos como “Dirty Deeds…”, “Let There Be Rock” e “Powerage” ainda eram considerados uma força menor nos USA. Só com a mudança do produtor da banda para Robert “Mutt” Lange, se retirando os produtores de todos os primeiro álbuns, o irmão mais velo George Young junto com Harry Vanda (antigo companheiro de The Easybeats), conseguiu-se mudar este quadro com o mega sucesso “Highway To Hell”.

O livro é “salpicado” com histórias “de estrada” da banda, desde os primórdios, na Austrália até a fase “limousine” nos quatro cantos do mundo, transmitindo a impressão de ser um exemplo típico de “sexo, drogas e rock ‘n roll”, mas surpreendo-me de novo: o Angus Young, aquele doido no palco, nunca usou drogas, consumindo além de cigarros, apenas Coca-Cola e chá. Quem diria…

Enfim, recomendo a leitura desta obra, bastante interessante e bem escrita que, como para mim, tenho certeza, aumentará o conhecimento desta excepcional banda, fazendo entender melhor a história por trás dela.

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