O MetallicA está voltando a São Paulo – e que grande maneira para celebrar este dia especial de aniversário de 8 anos do blog Minuto HM! A última passagem da banda pela cidade havia sido na ótima tour “By Request“, onde perdemos uma grande chance de curtirmos muita coisa inesperada vimos um ótimo show, mesmo com a chuva que caia forte no Estádio do Morumbi.
Desta vez, a banda fecha o primeiro dia do festival Lollapalooza, que será realizado no Autódromo de Interlagos. Sim, sempre dá para piorar, não é mesmo? O autódromo em questão, particularmente meu traçado predileto de todo o calendário da F1, é um… pasmem… autódromo! O local já se provou em todos os aspectos possíveis ser péssimo para a realização de shows e festivais. Lembremos rapidamente aqui sobre como foi ir, estar e sair de lá: Kiss em 1999 – uma lástima. Iron Maiden e a lama de 2009 – terrível. Espero estar errado que a coisa funcione melhor – mas o próprio local e toda nossa “organização” de trânsito já praticamente me adianta a resposta.
Junte a tais fatos: um lineup que mostra como o MetallicA precisa mais do festival para poder chegar com sua logística e ter algum lugar para tocar no país, do que o festival do MetallicA – ainda que se não fosse o MetallicA, o festival teria que encontrar outra banda de verdadeiro porte para justificar a data em questão no local. O lineup é tão “desinteressante” como o local. Não há absolutamente NADA que me interessou ao menos ir mais cedo. O Duran Dura é no outro dia. Um dos resultados disso – o mais direto – é que nem no dia o MetallicA os ingressos estão esgotados. Mas o errado aqui é o MetallicA, realmente, em estar neste festival – o resto está “certo”, o MetallicA, “banda de rock pesado“, é quem não deveria estar aí. Mas é aquele negócio – são os contratos que as bandas estabelecem de longo prazo com determinados festivais… eu acho que uma coisa “afugenta” a outra – aliás, o MetallicA toca neste festival desde 1996… enfim, o festival para este blog é como se fosse um “show convencional”.
O MetallicA tocará a partir das 21h00 no tal “Palco Skol”, pelo que é dito no site (e vale lembrar que o show de hoje será transmitido ao vivo, não sei se integralmente ou não, a partir deste horário no canal Multishow e outros canais pela internet, inclusive com câmeras em 360º – entretanto, meus sinceros sentimentos aos que forem ouvir os comentários dos tais “YouTubers”).
O palco parece estar montado no trecho próximo da curva da Ferradura.
Também tivemos tentativas de contato com a organização do evento, pois há muita confusão quanto ao sistema mal copiado dos festivais europeus, como o do Download, e o nível de resposta foi baixíssimo. O FAQ do site é uma outra porcaria – mal explica claramente a obrigatoriedade em se registrar ou não a pulseira com RFID. Para piorar, mesmo após o registro, não se tem a informação se a tal pulseira corresponde a uma meia entrada ou inteira de um pedido, assim, com a pulseiras iguais, não dá para saber. Enfim, é muita corzinha, hashtag (que perdeu sua real utilidade), autorretratos (não falo o termo nojento inventado para isso), figurinhas e emoticons, termos de internet e pouco conteúdo e informação correta – nós, brasileiros, caminhamos a passos largos a níveis jamais alcançados de burrice e falta de… de tudo.
Essa foi a única resposta. As outras dúvidas não foram esclarecidas – e a insistência foi grande:
Mas falemos do lado positivo, além do óbvio “é o ‘chamado‘, é o MetallicA”, a vontade de ouvir a banda tocando especialmente coisas do novo material é grande. A própria faixa-título é uma delas, além de outras boas faixas como Moth Into Flame e Atlas, Rise!, apenas para citar duas possíveis candidatas. Há o “core” que a banda sempre toca – e nosso pedido foi por isso:
Há muitas músicas que pouco ou nunca figuraram em São Paulo e no Brasil como um todo, e quem sabe Lars não desconsidera a maioria e prestigia os fiéis fãs que lá estarão no festival?
Apesar das enormes dificuldades logísticas, a expectativa pelo show é grande, então é torcer para a banda estar em uma ótima noite. Ter Hetfield bem já é 90% do caminho andado, ultimamente. Torçamos ainda por um Kirk sem preguiça. O Rob é um excelente músico, ainda que pareça para alguns não estar “encaixado” na banda, então é esperar que saia algo especialmente com a distorção da época do Cliff. Já o Lars, enfim, deixa para lá.
Espero voltar a atualizar este post diretamente do local do show mais tarde, como sempre, se as condições permitirem, especialmente do sinal da rede de dados. O tempo também deu uma mudada, mas não há previsão de chuva, talvez uns chuviscos típicos paulistanos (assim espero).
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Fomos de taxi do Shopping SP Market. A chegada no autódromo foi marcada por um esquema de trânsito com relativa organização, ainda que a região não ajude – não tem muito milagre. Era comum também ver muita gente circulando que pouco ou nada tinha a ver com o show – algo para possíveis furtos.
Com a costumeira escuridão do local, não dava para saber onde eram as entradas. Havia pouca sinalização externa. Para quem já conhecia o autódromo, era mais tranquilo. Haviam pessoas com megafones tentando ajudar. A entrada através do portão 8 foi tranquila, estava bem organizada, e também o esquema da pulseira para entrada funcionou sem problemas, ainda que, novamente, qualquer pessoa poderia ter entrada com meia ou inteira, já que não houve conferência – afinal, nem eles mesmos sabiam o que era inteira e meia com a pulseira igual.
Os palcos estavam muito bem distribuídos pelo autódromo, que efetivamente estava em alto nível em termos de organização de evento. Haviam mapas na entrada e todo tipo de comércio de bebidas e comidas, ainda que os mais importantes – bebida e comidas – tivessem filas e filas, mesmo com a tal pulseira. Não havia sinalização clara de qual estabelecimento aceitava além da pulseira, dinheiro e cartão. Os “ambulantes oficiais” normalmente só aceitavam pulseira, e quem pegava fila para pagar com dinheiro ou cartão, se dava mal. Os pontos de recarga estavam suficientes e tranquilos de movimento. Haviam poucos banheiros mais próximos do Palco Skol, lugar do show da noite, o que sem dúvida foi uma falha, pois havia espaço. Os banheiros químicos no padrão Interlagos: escuros e, por não ter chovido, sem lama, mas era garoar que tudo ficaria bem mais complicado.
Apesar da boa distribuição dos palcos, o som de um palco com outro conflitava. E haja coisa ruim que tocava nos outros palcos, é impressionante como as pessoas realmente só vão a este tipo de festival pela “festa”, pelo “get together” e as tais fotos para redes sociais. Não é possível que alguém veja música naquilo, bem se trata de gosto. Mas, enfim, viu-se um bom número de pessoas chegando – fãs do MetallicA – mais tarde como Marcus Batera e eu. Minha irmã já estava desde a tarde e se juntou a nós em torno das 20h15.
Vamos para a parte 2, com a resenha do show.
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Eduardo.
Categorias:Agenda do Patrãozinho, Backstage, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Iron Maiden, Kiss, MetallicA, Off-topic / Misc
Impressionante o nível de detalhes desta parte 1. Só faz um post assim quem tem história pra contar e consegue comparar ( e normalmente se decepcionar) com as estruturas de shows e eventos aqui e as que existem fora do Brasil. Além disso, é irônico em um festival tido como alternativo ter um palco que se chama Skol. A questão das pulseiras e a completa falta de resposta às dúvidas que deveriam ter sido clarificadas antes do festival é a tônica dos shows daqui. Gaste o dinheiro ( que normalmente não é pouco) e o resto também é com você , se vire….
Eu vi o show em casa ( além de algumas besteiras que os apresentadores sempre acabam falando…) e tenho algumas das respostas pra vocês que estiveram ao vivo, mas vamos tratar disso na segunda parte do evento ?
Aliás, cadê???
Alexandre
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E não é irônico um festival alternativo ter Metallica? Como era mesmo a frase …. ah é …
“Pode isso Arnaldo?”.
Resposta provável da organização: Sim, pode! Pra garantir público – senão dá preju no nosso bolso!
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Fala, galera!
Convidamos toda essa moçada fã de carteirinha do grande Metallica para ler o nosso relato do show lá no Roque Reverso!
Fiquem completamente à vontade para comentar, elogiar, discordar, acrescentar experiências do show ou descer a lenha lá no nosso espaço!
Grande abraço!
https://roquereverso.com/2017/03/26/em-show-excelente-em-sp-metallica-lota-autodromo-e-mescla-boas-musicas-do-novo-album-com-classicos-da-carreira/
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Números absolutos de festivais são sempre impressionantes – especialmente quando colocados sem base de comparação – mas dá para se ter uma ideia, ainda que em vários pontos possamos questionar várias coisas:
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Eduardo.
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Ponho aqui por ser da época deste tour do MetallicA, com um visitante mais que ilustra… vai ver, as bandas ainda não tocaram juntas por causa do Bruce mesmo…
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Eduardo.
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[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Eduardo.
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Dona do Rock in Rio assume controle do Lollapalooza no Brasil: https://veja-abril-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/dona-do-rock-in-rio-assume-controle-do-lollapalooza-no-brasil/amp/
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Eduardo.
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