Cobertura Minuto HM – MetallicA em SP [Lollapalooza 2017 – dia 1] – parte 1 – pré-show

O MetallicA está voltando a São Paulo – e que grande maneira para celebrar este dia especial de aniversário de 8 anos do blog Minuto HM! A última passagem da banda pela cidade havia sido na ótima tour “By Request“, onde perdemos uma grande chance de curtirmos muita coisa inesperada vimos um ótimo show, mesmo com a chuva que caia forte no Estádio do Morumbi.

Desta vez, a banda fecha o primeiro dia do festival Lollapalooza, que será realizado no Autódromo de Interlagos. Sim, sempre dá para piorar, não é mesmo? O autódromo em questão, particularmente meu traçado predileto de todo o calendário da F1, é um… pasmem… autódromo! O local já se provou em todos os aspectos possíveis ser péssimo para a realização de shows e festivais. Lembremos rapidamente aqui sobre como foi ir, estar e sair de lá: Kiss em 1999 – uma lástima. Iron Maiden e a lama de 2009 – terrível. Espero estar errado que a coisa funcione melhor – mas o próprio local e toda nossa “organização” de trânsito já praticamente me adianta a resposta.

Junte a tais fatos: um lineup que mostra como o MetallicA precisa mais do festival para poder chegar com sua logística e ter algum lugar para tocar no país, do que o festival do MetallicA – ainda que se não fosse o MetallicA, o festival teria que encontrar outra banda de verdadeiro porte para justificar a data em questão no local. O lineup é tão “desinteressante” como o local. Não há absolutamente NADA que me interessou ao menos ir mais cedo. O Duran Dura é no outro dia. Um dos resultados disso – o mais direto – é que nem no dia o MetallicA os ingressos estão esgotados. Mas o errado aqui é o MetallicA, realmente, em estar neste festival – o resto está “certo”, o MetallicA, “banda de rock pesado“,  é quem não deveria estar aí. Mas é aquele negócio – são os contratos que as bandas estabelecem de longo prazo com determinados festivais…  eu acho que uma coisa “afugenta” a outra – aliás, o MetallicA toca neste festival desde 1996… enfim, o festival para este blog é como se fosse um “show convencional”.

O MetallicA tocará a partir das 21h00 no tal “Palco Skol”, pelo que é dito no site (e vale lembrar que o show de hoje será transmitido ao vivo, não sei se integralmente ou não, a partir deste horário no canal Multishow e outros canais pela internet, inclusive com câmeras em 360º – entretanto, meus sinceros sentimentos aos que forem ouvir os comentários dos tais “YouTubers”).

O palco parece estar montado no trecho próximo da curva da Ferradura.

Também tivemos tentativas de contato com a organização do evento, pois há muita confusão quanto ao sistema mal copiado dos festivais europeus, como o do Download, e o nível de resposta foi baixíssimo. O FAQ do site é uma outra porcaria – mal explica claramente a obrigatoriedade em se registrar ou não a pulseira com RFID. Para piorar, mesmo após o registro, não se tem a informação se a tal pulseira corresponde a uma meia entrada ou inteira de um pedido, assim, com a pulseiras iguais, não dá para saber. Enfim, é muita corzinha, hashtag (que perdeu sua real utilidade), autorretratos (não falo o termo nojento inventado para isso), figurinhas e emoticons, termos de internet e pouco conteúdo e informação correta – nós, brasileiros, caminhamos a passos largos a níveis jamais alcançados de burrice e falta de… de tudo.

Essa foi a única resposta. As outras dúvidas não foram esclarecidas – e a insistência foi grande:

Mas falemos do lado positivo, além do óbvio “é o ‘chamado‘, é o MetallicA”, a vontade de ouvir a banda tocando especialmente coisas do novo material é grande.  A própria faixa-título é uma delas, além de outras boas faixas como Moth Into Flame e Atlas, Rise!, apenas para citar duas possíveis candidatas. Há o “core” que a banda sempre toca – e nosso pedido foi por isso:

Há muitas músicas que pouco ou nunca figuraram em São Paulo e no Brasil como um todo, e quem sabe Lars não desconsidera a maioria e prestigia os fiéis fãs que lá estarão no festival?

Apesar das enormes dificuldades logísticas, a expectativa pelo show é grande, então é torcer para a banda estar em uma ótima noite. Ter Hetfield bem já é 90% do caminho andado, ultimamente. Torçamos ainda por um Kirk sem preguiça. O Rob é um excelente músico, ainda que pareça para alguns não estar “encaixado” na banda, então é esperar que saia algo especialmente com a distorção da época do Cliff. Já o Lars, enfim, deixa para lá.

Espero voltar a atualizar este post diretamente do local do show mais tarde, como sempre, se as condições permitirem, especialmente do sinal da rede de dados. O tempo também deu uma mudada, mas não há previsão de chuva, talvez uns chuviscos típicos paulistanos (assim espero).

View this post on Instagram

Tomorrow! #LollaBR #metallica #MetAtLollaBR

A post shared by Metallica (@metallica) on

View this post on Instagram

‪Hope you all have a 🤘🏻type of weekend‬

A post shared by Kirk Hammett (@kirkhammett) on

View this post on Instagram

Um dia perfeito! O #lollaBR está chegando!

A post shared by Lollapalooza Brasil (@lollapaloozabr) on

View this post on Instagram

E aí, galera. Vamos de Kamikaze?

A post shared by Lollapalooza Brasil (@lollapaloozabr) on

View this post on Instagram

#MetAtLollaBR #GigTime #Timelapse

A post shared by Metallica (@metallica) on

——————————————————-
Fomos de taxi do Shopping SP Market. A chegada no autódromo foi marcada por um esquema de trânsito com relativa organização, ainda que a região não ajude – não tem muito milagre. Era comum também ver muita gente circulando que pouco ou nada tinha a ver com o show – algo para possíveis furtos.

Com a costumeira escuridão do local, não dava para saber onde eram as entradas. Havia pouca sinalização externa. Para quem já conhecia o autódromo, era mais tranquilo. Haviam pessoas com megafones tentando ajudar. A entrada através do portão 8 foi tranquila, estava bem organizada, e também o esquema da pulseira para entrada funcionou sem problemas, ainda que, novamente, qualquer pessoa poderia ter entrada com meia ou inteira, já que não houve conferência – afinal, nem eles mesmos sabiam o que era inteira e meia com a pulseira igual.

Os palcos estavam muito bem distribuídos pelo autódromo, que efetivamente estava em alto nível em termos de organização de evento. Haviam mapas na entrada e todo tipo de comércio de bebidas e comidas, ainda que os mais importantes – bebida e comidas – tivessem filas e filas, mesmo com a tal pulseira. Não havia sinalização clara de qual estabelecimento aceitava além da pulseira, dinheiro e cartão. Os “ambulantes oficiais” normalmente só aceitavam pulseira, e quem pegava fila para pagar com dinheiro ou cartão, se dava mal. Os pontos de recarga estavam suficientes e tranquilos de movimento. Haviam poucos banheiros mais próximos do Palco Skol, lugar do show da noite, o que sem dúvida foi uma falha, pois havia espaço. Os banheiros químicos no padrão Interlagos: escuros e, por não ter chovido, sem lama, mas era garoar que tudo ficaria bem mais complicado.

Apesar da boa distribuição dos palcos, o som de um palco com outro conflitava. E haja coisa ruim que tocava nos outros palcos, é impressionante como as pessoas realmente só vão a este tipo de festival pela “festa”, pelo “get together” e as tais fotos para redes sociais. Não é possível que alguém veja música naquilo, bem se trata de gosto. Mas, enfim, viu-se um bom número de pessoas chegando – fãs do MetallicA – mais tarde como Marcus Batera e eu. Minha irmã já estava desde a tarde e se juntou a nós em torno das 20h15.

Vamos para a parte 2, com a resenha do show.

——————————————————-

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Agenda do Patrãozinho, Backstage, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Iron Maiden, Kiss, MetallicA, Off-topic / Misc

8 respostas

  1. Impressionante o nível de detalhes desta parte 1. Só faz um post assim quem tem história pra contar e consegue comparar ( e normalmente se decepcionar) com as estruturas de shows e eventos aqui e as que existem fora do Brasil. Além disso, é irônico em um festival tido como alternativo ter um palco que se chama Skol. A questão das pulseiras e a completa falta de resposta às dúvidas que deveriam ter sido clarificadas antes do festival é a tônica dos shows daqui. Gaste o dinheiro ( que normalmente não é pouco) e o resto também é com você , se vire….
    Eu vi o show em casa ( além de algumas besteiras que os apresentadores sempre acabam falando…) e tenho algumas das respostas pra vocês que estiveram ao vivo, mas vamos tratar disso na segunda parte do evento ?
    Aliás, cadê???

    Alexandre

    Curtir

    • E não é irônico um festival alternativo ter Metallica? Como era mesmo a frase …. ah é …
      “Pode isso Arnaldo?”.
      Resposta provável da organização: Sim, pode! Pra garantir público – senão dá preju no nosso bolso!

      Curtir

  2. Fala, galera!
    Convidamos toda essa moçada fã de carteirinha do grande Metallica para ler o nosso relato do show lá no Roque Reverso!
    Fiquem completamente à vontade para comentar, elogiar, discordar, acrescentar experiências do show ou descer a lenha lá no nosso espaço!
    Grande abraço!

    https://roquereverso.com/2017/03/26/em-show-excelente-em-sp-metallica-lota-autodromo-e-mescla-boas-musicas-do-novo-album-com-classicos-da-carreira/

    Curtir

  3. Números absolutos de festivais são sempre impressionantes – especialmente quando colocados sem base de comparação – mas dá para se ter uma ideia, ainda que em vários pontos possamos questionar várias coisas:

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

    Curtir

  4. Ponho aqui por ser da época deste tour do MetallicA, com um visitante mais que ilustra… vai ver, as bandas ainda não tocaram juntas por causa do Bruce mesmo…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

    Curtir

  5. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

    Curtir

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.