Discografia HM – Whitesnake: Flesh & Blood – resenha

Agora sim, parando rapidamente para ouvir o novo trabalho do Whitesnake e dar sequência a este post. Nada muito elaborado. Apenas alguns comentários adicionais em cada faixa. 

O disco vai bem. Não que já não fosse esperado algo fora no sentido dos áureos tempos de Slide It In ou 1987… dentro das expectativas que eu tinha, o disco se saiu bem. Dentro da honestidade esperada e da forma como sempre aguardamos o formato de DC e seguindo o que muitas bandas vem fazendo ao longo de anos: fórmulas que se repetem. Isso não precisa ser visto como algo ruim. Só requer que seja feito dentro de um senso de qualidade melhor… no mais, estou de acordo em manter a fórmula. Só isso!

Do aspecto pessoal, eu achei que dos 03 últimos registros inéditos, Good to the Bad é disparado o melhor (esquecendo o tributo ao Purple). 

Vamos lá (Edição Deluxe):

Good to See you Again – é uma boa música. Traz um formato hard com blue, mas não acho que deveria ser a escolhida para abrir o disco. Nota 8

Gonna be Alright – uma música ruim e que poderia ser cortada facilmente. Nota 5.

Shut Up & Kiss Me – música de trabalho da banda para o álbum. Tem a função de credenciar a proposta do disco nos caminhos que serão trilhados. Cumpre esse papel. Segunda música com final em que banda termina segurando nota. Média, mas passa sim. Nota 8.

Always & Forever – a música de cara possui algo positivo por que posiciona a voz de Coverdale fora da zona esganiçada e acaba aquela agonia de parecer que tem um gato com as bolas sendo cortadas parecendo que vai explodir. A melodia é muito boa, mas limitada. Nota 7,5. 

Hey You (Tou make me Rock) – a melhor música até o momento. Possui uma proximidade com o peso. A levada de andamento da música é muito boa e a construção de saída do riff ficou muito boa. Um solo com entrada matadora e o virtuosismo esperado. Nota 9. 

When I think About You – uma balada bem amorosa naquele esquema Coverdale. Possui uma melodia de construção entre estrofe e refrão honesta. Demasiada balada. Nessa linha, deve agradar aos que gostam do estilo. Nota 7. 

Trouble is your Middle Name – opa… rock and roll em formato blues trazendo o melhor da criatividade da banda, falando de mulher… todos os componentes. Convenções difíceis, solo muito bom e final bom. Nota 9. 

Flesh & Blood – música que dá nome ao disco possui uma cadência boa, um equilíbrio nas convenções e merecia algo melhor por ter criado uma expectativa grande em torno do credenciamento do nome do disco. Nota 8. 

Well I Never – boa levada hard e boa saída de estrofe pro refrão. Insiste demais no refrão e isso cansou a música. Nota 7,5. 

Heart of Stone – possui uma melodia bem construída e um bom trabalho de manter um clima sem descambar para a farofada. Gostei bastante da música e merece um destaque, boa voz e bom resultado musical. Todo mundo comprometido em manter a música dentro do ambiente de “dor” que traz a letra. Nota 8,5. 

Get Up – aparece bem como uma variação buscando o rock and roll com pitadas de blues e na linha do aceitável. O flanger na voz de Coverdale foi bem colocado. Nota 7. 

After All – achei que fosse algo dos Beatles quando começou mas não… era DC mesmo fazendo mais uma das suas declarações de amor encapsulada em um formato bonito prometendo o mundo After All, ela é a devoção dele, rsrsrsrs… muito bom… não muda… aquele teclado molhado no fundo… dependo do propósito, tá valendo… aqui não deu, não. Nota 7. 

Sands of Time – a música começou bem mas o refrão não me agradou a ficou pelo meio do caminho. Não sei se era pra fazer algo diferente dos modelos de balada ou não. Ficou confusa e não gostei. Nota 6. 

Can’t do Right for doing Wrong – baby, baby… lá vamos nos de novo em uma balada com mais sentimentos mas sem se arriscar em sair do formato lento com um refrão que pega… fórmula aplicada = resultado mesmo. Nota 7. 

If I Can Have You – proposta de hard com boa convenção, mas não trouxe nada de novo. Ficou pelo caminho. Nota 7. 

Gonna Be Alright (X-Tendo Mix) – a música possui uma excelente levada de hard com um duelo de solos que valeu a pena ouvir. Há uma quebrada no tempo que manteve a música longe da mediocridade por um certo tempo.

É isso, folks!

Baby baby baby… love and slow and easy

Rolf “Dio” Henrique



Categorias:Curiosidades, Discografias, Músicas, Resenhas, Whitesnake

5 respostas

  1. Olha Rolf …. do post anterior que você escreveu eu já estava com uma lição de casa para ouvi o álbum, que foi hoje, inclusive. Juro que tentei, mas hard rock não é minha praia. Todas as músicas me soam iguais, com exceção da faixa de abertura, Good to see you again, que se me falassem que era o Coverdale, eu não acreditaria – achei de um vocal mais limitado que as demais faixas.

    Uma das minhas maiores críticas ao Hard Rock é que a reinvenção no gênero é muito difícil. Soa tudo muito igual. Se alguém, inclusive, tiver bons exemplos de álbuns de uma mesma banda que conseguiu se reinventar no hard rock, me dêem a dica, por favor.

    Um dia, talvez, eu tente de novo …

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    • Kelsei
      Eu te entendo
      Isso tem ocorrido comigo ultimamente também

      Eu acho que você deveria ter “entrado” pelo Slide it In do Whitesnake que é um disco fantástico

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      • Eu conheço o Slide it in, e acho ele muito bom! O problema é que os anos que se seguem são repetições de uma mesma fórmula.

        Se eu já fico nervoso quando pego repetições que o Dream Theater faz em trechinhos de músicas de 15 minutos, quando pego uma fórmula inteira copiada em uma música de 3 minutos eu não consigo digerir…

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        • Concordo sobre a fórmula
          Na verdade isso acomete todos os artistas que estão aí há um tempo. Há obviamente exceções mas no geral todo mundo passa a adotar um formato vencedor
          O Good to be Bad tem a fórmula mas possui boas composições
          Já o Forevermore e esse são mais “quadrados”

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  1. Whitesnake: os planos em 2020 continuam… coletâneas e inéditas a caminho – Minuto HM

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