Discografia Iron Maiden – Episódio 12: Virtual XI

Herrar é umano! Inçistir é burrisse!

No capítulo anterior (que você poder ler aqui), acompanhamos o décimo trabalho de estúdio do Iron Maiden, que trouxe uma nova formação com o vocalista Blaze Bayley, uma nova atmosfera musical, muito mais densa, e uma nova postura ao vivo, com a banda tocando em locais menores e em cidades do mundo nunca antes visitadas. As críticas da imprensa especializada eram muitas. As vendas estavam baixas. Os fãs presenciavam com o nariz torcido as performances ao vivo. E a tempestade ainda estava para chegar…

O ano agora é 1998. Desde o lançamento da coletânea Best Of The Beast, em Setembro/1996, que o Iron Maiden não lançava material. E antes de um novo single, a banda ganharia uma áudio-biografia. Escrita e narrada por Mike Hurst, produtor musical, o In Profile contava a história da Donzela de Ferro de uma maneira diferente do que se apresentada em um livro: sendo narrada em CD.

O CD era dividido em cinco partes, contedo excertos de canções ao vivo e entrevistas com os membros da banda. Hoje em dia isso é uma ideia que morreu, pois é como ouvir um documentário na TV sem estar assisstindo. O In Profile foi adicionado ao The Eddie Head Boxset, uma coletânea de CDs da banda (do debut até o Live At Donington), todos resmaterizados, e que vinham em uma caixa com o formato da cara do Eddie. Esse box também foi lançado em 1998 e é uma porcaria. A cara do Eddie é horrível e outros boxes bem mais legais foram lançados oficialmente de lá para cá.

In Profile

In Profile: o primeiro audio-book contando a história da Donzela de Ferro.

Singles de Virtual XI

The Angel And The Gambler

Lançado em 09 de Março de 1998, o single foi lançado em duas versões diferentes, contendo, em ambas, duas músicas e um vídeo. Estávamos na época dos “enhanced CDs” e Steve Harris aproveitou esse recurso para promover o single com um plus a mais. Vou chamar cada CD de Parte I e Parte II:

Parte I

  1. The Angel And The Gambler: mesma versão que está em Virtual XI.
  2. Blood On The World’s Hands (Live): versão ao vivo gravada na Suécia, em 1995.
  3. Afraid To Shoot Strangers (vídeo): áudio gravado durante a X-Factour, mas o vídeo é um apanhado de cenas ao vivo da banda (durante a mesma turnê) e cenas da Guerra do Golfo.

Parte II

  1. The Angel And The Gambler: versão editada da versão de estúdio, sendo mais curta.
  2. The Aftermath (Live): versão ao vivo gravada na Suécia, em 1995.
  3. Man On The Edge (vídeo): versão ao vivo gravada em Israel, em um programa estilo Top Of The Pops israelense (um programa de auditório famoso na Inglaterra).

As duas partes vinham também com cards, que eram diferentes: a primeira continha a banda toda formando um time de futebol, além da foto com jogadores reais (que está dentro do encarte do Virtual XI e eu coloquei abaixo); e já a segunda vinha com cards isolados dos membros da banda, também vestidos de jogadores. O uniforme foi criado de forma personalizada e acabou virando um item de comércio entre fãs, além de ganhar outras muitas versões em anos seguintes (inclusive muitas versões “independentes”).

Soccer

Os jogadores que posaram com a banda foram: (em pé) #3 Stuart Pearce, #10 Faustino Asprilla, #8 Paul Gascoine, #9 Ian Wrigth; (sentados) #4 Patrick Viera e (sem número) Marc Overmars. Dos membros da banda, vale destacar o cabelo ridículo do Nicko e a camisa 11 de Steve Harris, pois Virtual XI é o décimo primeiro álbum da Donzela.

Single 1

As capas do que chamei de Parte I e Parte II do single, respectivamente

Futureal

Lançado em 28 de Setembro de 1998, após o lançamento de Virtual XI, vinha com as faixas:

  1. Futureal: mesma versão que está em Virtual XI.
  2. The Evil That Men Do (Live): versão ao vivo gravada na Suécia, em 1995. Essa versão tem um erro muito feio de letra por parte do Sr. Bayley – ele praticamente erra toda a segunda estrofe. Como deixaram lançar uma versão dessa oficialmente?!
  3. Man On The Edge (Live): versão ao vivo gravada na Suécia, em 1995.
  4. The Angel And The Gambler (vídeo): é o video-clipe da canção, que você encontra mais abaixo, na sessão onde as faixas são comentadas.

E mais uma capa tosca, hein?! Na época, o Iron Maiden estava preparando um jogo de computador, chamado Eddie Hunter, e Steve fez questão de fazer um merchã do jogo onde ele podia. Tanto que as capas do single e os desenhos dentro do encarte de Virtual XI vinham de Eddie Hunter. Nosso grande desenhista, Derek Riggs, fez uma proposta de capa para esse single, que foi recusada devido ao fator do jogo, mas que acabou indo como um pôster bônus. Saca só a diferença entre as artes (não dá para deixar as duas imagens do mesmo tamanho):

Futureal

A horrível capa de Futureal e o pôster feito por Derek Riggs que acompanhava o single

Derek simplesmente criou uma capa futurista de Powerslave, com um nível de detalhes muito, mas muito melhor que a computação gráfica promovida por Eddie Hunter. E aposto que muito fã por aí não conhece esse desenho…

Virtual XI (1998)

Coisas que ninguém presta atenção Ficha Técnica:

  • Produtor: Steve Harris
  • Engenheiro de som: Nigel Green
  • Engenheiro auxiliar: Steve Harris
  • Capa: Melvyn Grant
  • Gravado no Barnyard Studio, em Essex
  • Mixado no Chop ‘Em Out, por Simon Heyworth
  • Fotos: Ross Halfin e Simon Fowler

Lançado em 23 de Março de 1998, foi o segundo álbum da banda com Blaze Bayley. Dessa vez, o tom sombrio e depressivo do álbum anterior deu lugar novamente a canções mais enérgicas e com diversas construções progressivas, com uso de sintetizadores discretos em algumas canções, assim como “aquele teclado” que Steve e Michael Kenney usam (sim, o baixista apronta nas teclas em três faixas do álbum).

A capa novamente foi feita por Melvyn Grant, que trabalhou na arte de Fear Of The Dark. Nela, temos um garoto usando um aparato de realidade virtual e Eddie pronto para agarrá-lo e, provavelmente, levá-lo para uma outra realidade do mundo virtual, repleta de dor, fogo e destruição (uma analogia, deveras exagerada, para os perigos que podemos ter se abandonarmos nossas vidas reais para imergir no mundo virtual tecnológico). Ao fundo da colina que o garoto está sentado, Brasil e Inglaterra estão jogando futebol, sendo que os ingleses estão atacando os tupiniquins. Teríamos Copa do Mundo em 1998 e Steve quis criar um material que remetesse à música, ao jogo Eddie Hunter que estava para ser lançado e ao futebol, outra grande paixão do baixista. Me recordo de ler uma entrevista à época de lançamento do álbum, aonde Janick Gers comentou que desenha os ingleses atacando “era a única maneira de vermos a Inglaterra atacar o Brasil em uma partida”. Eu particularmente gosto dessa capa e acho a melhor desde o Seventh Son Of a Seventh Son.

Capa

A capa de Virtual XI

Tracklist

  1. Futureal (Harris / Bayley) – 3:00
  2. The Angel And The Gambler (Harris) – 9:51
  3. Lighting Strikes Twice (Murray / Harris) – 4:49
  4. The Clansman (Harris) – 9:06
  5. When Two Worlds Collide (Murray / Bayley / Harris) – 6:13
  6. The Educated Fool (Harris) – 6:46
  7. Don’t Look To The Eyes Of A Stranger (Harris) – 8:11
  8. Como Estais Amigos (Gers / Bayley) – 5:26
lineup

O Line-up de Virtual XI – Esq. para dir.: Dave Murray (guitarra) Steve Harris (baixo e teclado), Blaze Bayley (vocais), Nicko McBrain (metrônomo) e Janick Gers (guitarra). Atrás da formação, o Eddie computadorizado que iria patrocinar o jogo Eddie Hunter.

Faixa a faixa

Você provavelmente não deve ter esse álbum na sua relação de favoritos. Virtual XI tem sim seus defeitos, dentre os quais eu vou destacar dois: a bateria do Sr. Nicko McBrain e o demasiado exagero de repetidas repetições de trechos intermináveis.

Me lembro da sensação de quando terminei de ouvir o álbum pela primeira vez: era um vazio. Eu olhava no encarte para a foto do Nicko e, além de reclamar para mim mesmo daquele cabelo ridículo, eu pensava em como o álbum todo não tinha uma única virada de bateria. Não tinha um trecho marcante nas baquetas. Dava para trocar o Nicko por um metrônomo.

O segundo problema é algo que você nota no início e, com o tempo, a raiva só cresce: trechos onde uma determinada estrofe fica sendo repetida sem nenhuma noção do “o que é ser progressivo” versus “o que é ser repetitivo”. Certas músicas eu nem chego perto hoje em dia, porque só a sensação de lembrar o quanto a canção é enjoativa já não deixa vontade em ouvi-la. Ah, e um bônus extra: o exagero da aparição de teclados em ritmos amadores e com um som que mais parece alguém tentando aprender o instrumento. É muito ruim!

O álbum abre com Futureal, com um riff veloz e potente, fazendo jus a uma boa faixa de abertura (inclusive com um excelente solo e boa levada de baixo). A letra descreve o ponto de vista de um “cyber-addicted”, um termo usado para as pessoas que passam horas e horas na frente do computador, imersas em seus mundos virtuais e que acabam dependentes em lá permanecer (naquela época não existiam aparelhos celulares como os de hoje, então internet era só no computador mesmo). A primeira estrofe dá a entender que na verdade se trata de uma perseguição, mas na verdade essa é a sensação do cyber-addicted por não estar na frente do computador: ficar sem sono e se sentir imerso em um complô, não sabendo mais distinguir o real do virtual. Isso fica claro quando a letra menciona “Whenever anyone seems to treat me like a freak” (freak é um adjetivo para “aberração”), pois essas pessoas sofrem tanto preconceito quanto dependentes químicos, por exemplo.

A segunda faixa dá até vergonha de ter sido escolhida como single. The Angel And The Gambler é uma daquelas canções sem nenhuma pegada e com excertos intermináveis e que não empolgam. O tecladinho logo após o início dá o tom do que vem pela frente – parece até uma criança fazendo barulhinho, mas é o Steve Harris. A canção, no sentido literal, conta uma situação de encontro e diálogo entre um Anjo e um Jogador (gambler é um termo usado para quem é viciado em jogos de azar, como cartas ou em cassino); e no sentido metafórico, o Anjo e o Jogador são nossas consciências boa e má da vida (como aquele anjinho e diabinho, que apareciam em muitos desenhos televisivos da década de 80). O Anjo fica insistindo para que o Jogador pare de continuar fazendo o que é errado, mas ele não dá ouvidos. E é por isso que aquele refrão é interminável: porque ele é como um mantra do Anjo na cabeça do Jogador, tentando fazer com que ele veja a verdade e entenda que apostar só faz mal para sua vida. Só que esse mantra vira uma tortura. Eu já vi até uma piadinha que o nome da música deveria ser The Angel And The Never-Ending Chorus. Os solos de guitarra, mesmo com um pezinho em um blues mais rítmico, não seguram o tranco de quase 10 minutos de chatice. Até o vídeo oficial foi feito sob a versão editada:

A terceira faixa, Lightining Strikes Twice, começa calma para simbolizar o início do que virá a ser uma tempestade, a qual vai se aproximando com o aumento do ritmo e chega na parte mais pesada. A questão de que talvez um raio cair duas vezes no mesmo lugar é uma metáfora relacionada a você ter o mesmo problema mais de uma vez na sua vida. No caso do narrador na canção, é relacionada a algum trauma de infância. O texto deixa isso muito claro em excertos como “and as I sit in a corner alone, it takes me back to my childhood again” ou em “and as I wait and I look for an answer, to all the things going round in my head, I ask myself could it be a disaster and when its maybe threatening to happen again”. Aqui também vale destacar as repetições intermináveis do refrão, que poderia ser melhor trabalhado. Pessoalmente, as repetições nessa faixa não me incomodam, mas são reflexo de falta de criatividade. É uma canção bem legal, com o riff mais rápido baseado em Heaven Can Wait, assim como tem um excelente solo do Dave. Ponto baixo é a performance vocal de Blaze, principalmente na parte inicial, mais melódica, onde sua voz dá uma destoada.

The Clansman, quarta faixa, virou um dos novos hinos da banda. Constantemente ela é executada em turnês. Acho, inclusive, que junto com Sign Of The Cross, são as canções que melhor se adaptaram na voz do Blaze. Ela foi inspirada em dois filmes de 1995 que contavam sobre batalhas escocesas: Coração Valente (Braveheart), retratado por William Wallace, antes da liberdade da Escócia e Rob Roy (Rob Roy – A Saga de uma Paixão), retratado por Rob Roy MacGregor, após a liberdade da Escócia (os dois protagonistas têm pouco menos de 400 anos de diferença na história). Obviamente que a canção está mais centrada na batalha de um povo contra a opressão, o que é mais claramente retratado no filme de Mel Gibson, mas Steve deu entrevistas que o segundo filme também foi inspiração para a faixa. Eu, particularmente, não acho a canção nem perto dos sons épicos que a banda já criou, mas no todo que Virtual XI apresenta, ela tem destaque, principalmente nas levadas progressivas de baixo e por ter uma harmonia mais enérgica. O teclado que Steve Harris toca aqui também é amador!

Clansman

Os bravos guerreiros escoseses Mel Gibson, Liam Neeson e Eddie.

Quinta posição, When Two Worlds Collide narra um hipotético acontecimento onde dois mundos colidem, com o narrador confirmando o fato através de seu telescópio e seus cálculos. Uma letra fraca sobre uma melodia tão franca quanto, mas que tem um começo bem interessante na levada progressiva (que é repetida ao fundo do refrão). Se essa canção fosse um pouco mais curta, tirando a parte final depois do coro do “ôôô-ôôô-ôôô” e o que se segue, talvez ela até que seria lembrada hoje em dia.

The Educated Fool, na sexta posição leva um título que descreve alguém muito sábio que percebe que todo o seu estudo em nada adiantou para o que é importante na vida, e com isso ele parte em busca de novos conhecimentos, mais desafiadores. Foi recente à composição do álbum que o pai de Steve Harris falecera e é nessa música que o baixista fez a primeira referência a seu pai (I want to meet my father beyond). A música é parada e tem um refrão muito monótono e mal cantado, com um backing vocal que consegue ser tão ruim quanto o do próprio Blaze.

Sétima posição: sejam apresentados a uma das maiores porcarias que a Donzela já fez: Don’t Look To The Eyes Of A Stranger. Essa música mais parece um catadão de excertos, mais ou menos umas oito ou nove frases, que foram copiadas e coladas em diferentes sequências e que são repetidas ao longo de oito minutos. A letra é outro petardo, com um trecho onde o título é repetido infinitas vezes enquanto o tecladinho infantil soa ao fundo. Essa é outra canção que Steve escreveu como um alerta para seus filhos (e outras crianças e adolescentes), pois o mundo estava se tornando perigoso.

E fechando o álbum, na oitava faixa, uma música que é detestada por muita gente, mas que eu acho que faz um bom trabalho de canção de fechamento. Como Estais Amigo é um tributo aos soldados que participaram da guerra nas Ilhas Malvinas, travada entre Argentinos e Britânicos, em 1982. A letra, escrita por Blaze, além de bem escrita, é carregada de sentimentos. Mesmo assim, o tecladinho infantil presente na canção é muito ruim!

Virtual XI bateu um recorde para o Iron Maiden: foi o primeiro álbum da Donzela que não conseguiu nenhum disco de ouro em lugar algum do mundo.

E se por acaso você nuuunca ouviu Virtual XI, nunca é tarde eu avisei:

A Virtual XI World Tour durou de Abril até Dezembro de 1998. E a novela teve novos  capítulos adicionais: além de ainda errar letras de clássicos da banda e não ter uma boa presença de palco, agora (I) as vendas despencavam, (II) Blaze entrava de camiseta regata e boné virado para trás e, (III) durante a turnê americana, o vocalista alegou problemas de voz e metade dos shows precisaram ser cancelados. O “final aterrorizante” estava ganhando forças contra o “terror sem fim”…

Eddies

As versões de Eddie na Virtual XI Tour

The Angel And The Gamblers

Imagina você mochilando pela Inglaterra. Você vai para um barzinho e a banda que vai tocar se chama The Angel And The Gamblers. Você pega uma boa cerveja e se prepara para um razoável Iron Maiden Cover. Só que, no caso do pub The Oval, que fica em Norwich, Inglaterra, foi o próprio Iron Maiden que apareceu no pub para um show de três horas, sob tal pseudônimo.

The Gamblers

Foto amadora do show na cidade de Norwich

O jogo Eddie Hunter e a saída de Blaze Bayley

Depois de tanta propaganda do jogo, é de se esperar que comentemos sobre Eddie Hunter, um first-person shooter bem meia boca que foi lançado somente para computador (ou seja, sem nenhum videogame tendo o jogo disponível em sua plataforma), que possui uma belíssima trilha sonora (são só músicas do Maiden). Na época o jogo era revolucionário em termos de gráfico, o que significa que hoje, em 2020, a tecnologia é totalmente ultrapassada.

 

Só tem uma coisinha que me impede de escrever maiores detalhes sobre o jogo nesse momento: ele foi lançado no meio de em 1999; e no início desse mesmo ano, Blaze Bayley foi desligado em uma reunião que ele achava ser para começar a discutir um novo álbum.

Steve Harris nunca deu detalhes da demissão de Blaze. Ele começou a falar sobre o assunto somente para efeitos da biografia autorizada, que foi lançada em 2014. Mas seja lá qual foi o real sentimento de Steve, para mim é imperdoável cantar de boné e camiseta regata (é o mesmo ódio que sinto quando vejo o Trujillo no baixo do Metallica, usando aquele bermudão e regata – não combina em nada com o estilo que a banda já criara).

A formação que estaria dentro do encarte de Eddie Hunter teria novos membros, que ainda não estavam definidos, mas que Rod Smallwood já tinha uma ideia na cabeça e, junto a isso, muito trabalho para convencer o general Steve Harris do que havia em sua mente…

Setlist tocado na Virtual XI

  1. Futureal
  2. The Angel And The Gambler
  3. Man On The Edge
  4. Lightning Strikes Twice
  5. Heaven Can Wait
  6. The Clansman
  7. When Two Worlds Collide
  8. Lord Of The Flies
  9. 2 Minutes To Midnight
  10. The Educated Fool
  11. Sign Of The Cross
  12. Hallowed Be Thy Name
  13. Afraid To Shoot Strangers
  14. The Evil That Men Do
  15. The Clairvoyant
  16. Fear Of The Dark
  17. Iron Maiden
  18. The Number Of The Beast
  19. The Trooper
  20. Sanctuary

No próximo capítulo, o recomeço!

Até mais! Beijo nas crianças!

Kelsei Biral


Atualização em 31/ago/2022:

 

Um “achado” de internet: a reportagem na Revista CD Expert trazendo o informação do então lançamento do jogo “Melt”.

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Discografias, Entrevistas, Iron Maiden, Músicas, Resenhas

10 respostas

  1. Esse é um disco difícil até pra quem é fã. Enquanto no trabalho anterior eu achei que o único problema era mesmo o tal de Blaze, nesse penso que o restante da banda é que faz a coisa desandar, inclusive o vocalista que também compromete.
    A coisa já começa ruim no trabalho gráfico do álbum, talvez uma das poucas coisas legais seja a foto interna com os jogadores de futebol. Inclusive com o “bad boy” Paul Gascoigne, coincidentemente me lembro de ter assistido uma matéria na tv sobre ele, um pouco antes do lançamento do Virtual XI, a tal reportagem dizia que o cara era um craque, só que vivia bêbado e fora de forma, quase agrediu o técnico da seleção, mas mesmo assim era um ídolo e o técnico foi quase obrigado a convoca-lo novamente por pressão dos torcedores ingleses.
    Mas voltando ao disco, assim como todos os lançamentos do Maiden, me lembro de ter ouvido bastante na época. O álbum começa matador com Futureal! Gosto demais dessa música, mas por mais que eu goste dela, ainda prefiro a versão Live com o Bruce Dickinson que saiu no The Wicker Man e no Best of the B’Sides do Eddie’s Archive.
    Ouvindo hoje em dia, acho que o único problema do disco é quando que acaba a primeira faixa. The Angel and the Gambler está no meu top 1 de pior música do Iron Maiden. A faixa seguinte é chata pacas, The Clansman é até boazinha, mas a performance do Blaze compromete muito e quase estraga. Já o resto é simplesmente o resto!!!
    Para terminar, gostaria de dizer que apesar de Virtual XI ser bem ruim, o post é excelente!!! Como tudo que já nos acostumamos a ler no restante da discografia feita pelo Kelsei.
    Mais uma vez agradeço pelos momentos de distração e acredito que o pior já passou… como diz a última frase do disco: “Amigos no more tears”. Que venha Brave New World!

    Curtir

  2. Kelsei, primeiro parabéns pelo post, está muito bom! Segundo, parabéns por tê-lo escrito, haja parabéns para conseguir escrever sobre esse que está entre as grandes porcarias do heavy metal de todos os tempos.
    E até eu, tido como um Bside, não consigo sair do óbvio para indicar The Clansman como a música que consegue alguns furos positivos dentro da discografia do Maiden e aceitar Futureal como uma música ok, até por que essa não enrola.
    O resto não dá . Não dá mesmo… Cara, é muito ruim….. E the Angel and the Gambler , além de não dar, é uma vergonha… Escrever um título em espanhol para mim também não dá … Ou seja, resumindo, que tristeza….
    Conheço opiniões que a banda conseguiu buscar um estilo nesse álbum que se encaixasse melhor na voz de Blaze. Eu tive até a curiosidade de buscar onde se encaixam as linhas melódicas ” desenvolvidas ” pelo cantor e comparar com o X factor. Honestamente, não há diferença nenhuma . O clima sombrio de lá não está aqui, o que para mim não é nenhum problema. Aliás, o X factor perto desse ganha um Grammy fácil..

    Que bom que a “inçistença” ficou por aqui e eles entenderam que não dava para continuar com o cara. Aliás, também não curto a carreira solo do vocalista , mas é muito melhor do que tudo que ele fez no Maiden, principalmente o desempenho vocal.

    Aguardando a volta dos que não deviam ter ido..

    Alexandre

    Curtir

  3. Os comentários são de doer e chegam a ser impressionantes, parecendo até piada – coisas como “Como Estais Amigos” sendo consideradas como “grandes momentos da banda” – alguns de argentinos, entende-se (talvez) um pouco mais, outros da terra da maluquice, só pode. Só recomendo se o estômago estiver em dia…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

    Curtir

  4. Sempre muito bem escrito, conteúdo com profundidade mesmo para um álbum fraco como esse. Para o Virtual XI faltou de tudo, inspiração nas composições, distorção nas guitarras, vontade de fazer um bom trabalho. Mas sobrou aquele detestável teclado. Não entra na minha cabeça qual é a necessidade de teclado no Iron Maiden. Completamente desnecessário. A músicas ruins ficam piores e as boas (dos outros álbuns) para mim perdem em peso. Os arranjos poderiam ser feitos com as guitarras. Mas tudo bem nem músico eu sou… apenas um fã descontente.
    Mas valeu Kelsei!!!
    E que venham Bruce e Adrian!!!

    Curtir

    • Sem dúvida, o hammond na The Angel and The Gambler é óbvio , trazendo mais um elemento de mesmice pra faixa. Aliás, Hard Rock pra banda é sempre motivo de preocupação , no meu entendimento. Volta e meia eles falham miseravelmente
      Taí um assunto pra um podcast…

      Alexandre

      Curtir

  5. Cara, a coisa é simples: Um excelente baixista é um excelente baixista. Um excelente compositor é um excelente compositor , e a criatividade depois de anos pode acabar para os dois temas… Então pensando nesse aspecto, às vezes a banda se aproximar de outros compositores externos pode sim ser uma boa ideia. Ou você precisa ter um time versátil que dê conta em todos os discos. No caso do Iron, Bruce e Adrian fazem muita falta também a nível de composições, bom eu já havia falado isso antes no X Factor. Agora vamos ao resto: Um excelente baixista não necessariamente é bom produtor, não sabe tocar e escolher timbres de teclado, não sabe escolher vocalista, não pode perder tempo com isso, tem que focar onde é melhor. Então aqui o baixo é pífio, não parece o Steve Harris, só por isso o disco já é pior que o anterior. Se o disco é mais animadinho, também não significa nada, as composições são mais fracas e não tem uma The Sign Of The Cross para tentar salvar o “insalvável”. Vou dizer que Futureal é aquela formuleta de música rápida de entrada, The Clansman é tida como boa, mas é outra formula gasta e olha que talvez seja a menos pior aqui E os problemas vocais continuam…When Two Worlds Colide, o refrão grave e no limite de afinação e depois tentando subir com aquele grunhido horrivel, aqui fiquei com vontade de afogar o Bailey, chama qq outro vocalista, chama o Pato Donald, chama Mickey, qq um….. Aí vem outra para o Pato Donald: The Educated Fool, galera ele não tem extensão vocal… ta grave para car…. O Teclado está horrivel na horrorosa e repetitiva Don´t Look To The Eyes Of Strangers (medinho de escuro de novo…) e no fim será que ele vai parar com o Don´t Look to….. depois de quantos minutos? Vou dar uma dica, quando você resolve fazer uma música de 8 minutos, não é para repetir 4 músicas de 2 minutos dentro dela…. e no final deixei duas pérolas completamente podres para dar o tom do disco. O tal single The Angel and the Gambler é a melhor definição de repetição infinita de um tema insuportável, e adorei a tal tentativa de justificar o anjo sussurrando no ouvido duzentas e oitenta vezes, mas não precisa ser o meu ouvido. E Como Estais Amigo? Estou triste, mas isso aqui me traz alegria: Foi o fim dessa era, desses dois discos para quase esquecer completamente, sendo que esse não salva realmente nada.
    Kellsei que ótima tarefa num momento realmente de fim de poço. Que venham os cavaleiros para salvar isso aqui…

    Curtir

  6. BLAZE BAYLEY – “We took it to rehearsal, showed it to Steve Harris, he sprinkles his magic on it, and there it is, of course, and it makes complete sense”: https://www.eonmusic.co.uk/blaze-bayley-eonmusic-interview-september-2021.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

    Curtir

Trackbacks

  1. Iron Maiden – Discografia Comentada Episódio 13: Brave New World – Minuto HM

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.