Série Novidades HM – Ano 2002

2001 ficou prá trás! Chegamos em 2002! Está na hora de vermos as bandas que surgiram como novidades na voz dos nossos consultores e os feedbacks das audições.

Participe pelos comentários, debatendo os álbuns escolhidos e com sugestões de álbuns que deveriam estar aqui, especificamente para o ano de 2002.

Voltei a deixar a apresentação com a ordem alfabética pelo nome das bandas.


Breaking Benjamin - Saturate

Breaking Benjamin – Saturate

Sugestão de: Flávio Remote

Ouça você também:

Alexandre: Mais um exemplo nesta série de trilha sonora de Malhação, com um “plus” indesejado de momentos mais agressivos no vocal. Num geral se mantém aquele rockzinho modernoso do inicio dos anos 2000 e os momentos de “malvadeza” (que eu também não curto) são meio “o café com leite” da pelada do futebol do fim de semana. Não ajuda e não atrapalha em nada. Pode botar no time que tem mais ou tem menos, o resultado é nenhum. Esse Breaking Benjamim segue todos os defeitos do gênero, falta de criatividade, músicas óbvias dentro de um estilo já não muito trabalhado, pouquíssimos e ineficazes solos e aquela voz com “ovo na boca”. É competente, não é mal feito, mas é exclusivamente pra quem gosta desse estilo que dominou a década, um rock inssosso, cria do Grunge, sob a alcunha de pós Grunge, inapelavelmente comercial. Dentro dessa proposta eu separo o Creed, que tem um ótimo guitarrista e pertence ao início do movimento, de certa forma mais original. Então, aqui é difícil destacar alguma coisa, mesmo as baladas são esquecíveis. Com muito custo destaco um riff de guitarra e as levadas de bateria da faixa “Natural Life”, mas chega o refrão e tudo vai por água abaixo. Eu não acho que alguém precise de um outro Nickelback; aliás nem do original eu entendo que se precise.

Eduardo Schmitt: Logo nos primeiros acordes, se nota uma sonoridade mais moderna para o som desta banda americana, que pegou seu nome emprestado do guitarrista, compositor e vocalista principal Benjamin Burnley. A banda mostra uma proposta clara, fazer um “nu metal” bem polido, com pitadas de “agressividade” mais polida ainda. Muitas vezes critica-se uma banda por uma produção descuidada. Aqui, a produção parece over-cuidadosa. Há que se elogiar a banda pelo trabalho bem-acabado apresentado na bolacha, mas o resultado final é “aparado” demais, a palavra que me vem à cabeça é que o som ficou pasteurizado. O dono da banda se destaca, cantando, compondo e guitarrando. O trabalho do baterista é bastante respeitável, apesar de que o som da caixa me pareceu um tanto estalado, e o baixo não se destaca. A verdade é que, para uma pessoa que escuta muito pouco alternative metal, as composições me pareceram um tanto genéricas, sem uma identidade precisa. Recomendado somente para os apreciadores do sub-gênero.

Flávio: Disco que traz influência pós grunge, com pegada pop e trechos de vocal gutural. Já vou dizendo que não é muito a minha praia, mas não é de todo ruim. Não há muita novidade aqui, na banda executando com competência o acompanhamento para o bom vocal bem calcado no estilo já descrito – 12 músicas que passaram de forma razoável, cansando um pouco no final e na 13o vem a semi baladinha, refrão grudento, descaradamente apontando em nicho para fazer sucesso, mostrando que a proposta está bem em cima de fórmulas para encaixe de vendas e, aí, me desculpe, mas é chata pacas. Disco que vou esquecer facilmente…

José Paulo: A guitarra inicial da primeira música me soou um pouco estranha, mas também bem interessante, afinal de contas nem tinha ideia do que esperar. Mas quando começou o vocal… “pera aí”, isso parece Rock Alternativo! Genérico de Soundgarden, Pearl Jam, Alice in Chains, etc. Eu sei que para quem gosta do estilo o que estou escrevendo aqui é uma heresia, mas pelo menos pra mim, cabem todos na mesma gaveta. Bem, mas e a música? Hoje em dia não ligo mais se um grupo é comercial ou não, fazer um som acessível não é pré-requisito de que a banda é boa ou muito menos ruim. E a música do Breaking Benjamin é comercial, é acessível, mas também é agradável de ouvir, Saturate não é um CD que irei comprar, possivelmente não irei escutá-lo novamente, mas de forma alguma me incomodou, o vocal é bem característico das bandas citadas acima e para quem gosta desses mesmos grupos penso que o Breaking Benjamin seja bastante interessante.

Kelsei: Breaking Benjamin era uma banda que eu conhecia só de nome, e nunca tinha ouvido justamente por causa do nome, pois achava que iria topar com um daqueles sons alternativos ao extremo (com metais e até sanfona, tipo o Gogol Bordello). Entretanto, é uma banda de hard rock contemporâneo – um gênero que é difícil de se reinventar, mas que teve uma certa mudança no timbre na década de 90, devido a uma mistura com o grunge (inclusive existe o rótulo “post-grunge” para esses casos – o que vale aqui). Esses caras beberam da fonte de grupos como Creed e Soundgarden e, com certeza, foram influência para grupos que apareceram mais a frente, como o Shinedown e o Revis. E apesar de eu torcer o nariz para o Hard Rock, quando misturado com o Grunge e com as distorções de cordas aplicadas na dose certa, eu até que gosto. E foi o caso aqui: o álbum é bom, se mantendo acima da média durante todo o decorrer de suas treze faixas (mesmo você já prevendo como a música se comportará durante a audição)! Até a baladinha clichê-comerical que encerra o álbum eu me peguei cantando mais tarde. Esse álbum, inclusive, fez eu mudar a minha sugestão de 2003, pois tinha justamente colocado o debut do Shinedown (que é pior que Saturate). Vou procurar mais coisas, até porque esse é o tipo de som que eu gosto de escutar quando não quero ficar prestando atenção em nada, tipo “música de fundo”…


Dream Evil - Dragonslayer

Dream Evil – DragonSlayer

Sugestão de: Kelsei

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Alexandre: Tem o Gus G, inegavelmente um ótimo guitarrista em seu período pré-Ozzy e uma banda de competência também inquestionável. Gus chamou mais a atenção pelo que fez no Firewind, ressalto. E ainda que tente fugir do metal melódico, achei genérico demais pra sair do lugar comum. Não há nada de errado, mas falta identidade. E se o instrumental ainda tenta driblar as armadilhas para fugir de um estilo à época já desgastado, não se pode dizer o mesmo das letras: lá estão os dragões, os reis, os escolhidos, as profecias entre os demais exemplos do que já é manjado desde que Blackmore formou o Rainbow em 1975. Não achei bom, não achei ruim. A balada “Losing you” me agradou um pouco mais que as demais, mas sem um motivo maior. Álbum que transita sem novidades entre o power e o heavy metal. Falta inspiração, mesmo para um álbum de estréia. Eu sei que temos admiradores dos estilos citados no blog e entre os leitores, mas eu sou meio que obrigado a passar este também. Recomendo para aqueles que se identificam com o gênero. Para mim, é meio “picolé de chuchu”…

Eduardo Schmitt: Uma banda que faz de seu nome uma homenagem a um álbum da banda solo de Ronnie James Dio, já começa com uma impressão positiva, da minha parte. Além do reconhecido Gus G, faz parte da banda, como guitarra base, Fredrik Nordström, que tem créditos de produção em álbuns do Hammerfall. O álbum conta com sólidas canções de metal mais tradicional com pitadas de power metal, mas sem uma inventividade mais destacada. Os músicos são de boa qualidade, se destacando os solos de Gus G. a produção da bolacha merece elogios, conseguindo trazer um som “gordo” e forte, com espaço pra todos os instrumentos e voz. Destaques: “Kingdom of the Damned” e “The Prophecy”. Pra pular direto: “Losing You”. Em resumo: se tu quiseres ouvir um álbum de metal de verdade, muito bem executado e produzido, ponha esta bolacha a tocar, mas se procura algo inovador e diferente, esta não é a sua praia.

Flávio: A banda no seu disco de estréia, perambula entre heavy metal e power metal, e para mim é simples: não sou fã de power metal, e quando ela se afasta dos temas fantasiosos, coros bélicos e acelerados, me agrada; de outra forma, não. Ressalta-se que não se traz nenhuma novidade, é um prato cheio para o estilo; já todos os elementos delineadores estão muito bem executados, inclusive com um vocalista que tem bom timbre e sabe cantar, bem posicionado no seu range vocal, sem exageros agudos, o que não deixa de ser mérito. Vai agradar aos adeptos do estilo, sem maiores problemas.

José Paulo: Confesso que a primeira coisa que me chamou a atenção nesta banda foi o nome, que me remeteu ao disco do Dio lançado ainda nos anos 80, e também a participação do multi-instrumentista Snowy Shaw que antes do Dream Evil havia tocado com King Diamond, Mercyful Fate, Memento Mori e Illwill – grupos que gosto muito. DragonSlayer segue a linha daquele Heavy Metal tradicionalíssimo, estilo que simplesmente adoro!! Particularmente penso que os discos posteriores a este sejam superiores, porem de forma alguma acho este debut ruim; pelo contrário, é muito, mas muito bom mesmo!!! Porém após ouvir o disco, o que mais me chamou a atenção foi o vocal extremamente afinado de Niklas Isfeldt e do fantástico guitarrista Gus G., porém não posso deixar de citar três grandes faixas: “Chasing the Dragon”, a rápida e maravilhosa “The Prophecy” (que tem um refrão que fica na memória por muito tempo) e a épica “The Chosen Ones”. Só essas faixas já valeriam todo o disco, clássicas!!! O outro ponto que se destaca é a produção/gravação, tudo muito bem feito colocando cada instrumento no devido lugar, que fica a cargo do experiente produtor Fredrik Nordström, que também é o líder, guitarrista e tecladista do Dream Evil. Enfim, para quem aprecia o Heavy ou Power Metal e que ainda não conhece, DragonSlayer merece ser apreciado!

Kelsei: O debut do Dream Evil é o clichê dos clichês do Power Metal Europeu. Formado na Suécia e com o produtor que lançou o Hammerfall, é como se fosse um “the best of” do que o gênero pode reunir: termos como “slay the dragon”, “the chosen ones”, “hail the king”, orquestrações, coro de vozes; só faltou uma flautinha. Tem um guitarrista nesse álbum conhecido como Gus G, no auge dos seus vinte aninhos, que mais para frente tocaria com um tal de Ozzy. Outro destaque é o vocalista, Niklas Isfeldt, que canta muito bem! Mesmo com a saída do prodígio grego, anos mais tarde, a banda ainda está na ativa, com os cinquentões até hoje pintando a cara e fazendo cara de mal nas fotos. O Remote deve ter feito um bonequinho vodu com o meu nome e, nesse momento, ele já deve até estar com a cabeça arrancada por uma machadinha…


Falconer - Chapters From a Vale Forlom

Falconer – Chapters From A Vale Forlorn

Sugestão de: José Paulo, o JP – A Enciclopédia

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Alexandre: Numa lista de 6 álbuns, mais um da Suécia e tome power e metal melódico. São três da Suécia e uma da Noruega. Precisava sentir frio em boa parte do ano pra chamar a atenção musical em 2002? Bem, deixemos claro, nem todas fazem esse som mais power que é a tônica do Falconer. E brincadeiras à parte, o que se entende é que havia uma cena forte na Escandinávia naquele momento. Fora isso, não tenho muito a dizer do Falconer. Não me chamou a atenção pelo estilo, que me soa muito genérico. É tão bem feito tecnicamente como descartável para o meu gosto pessoal. O começo é desanimador com a acelerada “Decadence of Dignity” e o uso em profusão do bumbo duplo. Um arranjo recheado de obviedade, mas evidentemente que isso é uma questão pessoal. O cd segue nessa linha, às vezes mantendo o bpm, mas com certo espaço para sons mais lentos e uso de elementos folk, que também não estão entre as minhas preferências. No final do álbum, consegui destacar a faixa “Stand in Veneration”, que sucedeu a correta balada “Portal of Lights” e olhe lá. Para mim é não, embora não tenha nada de errado, nem no instrumental, nem no vocal.

Eduardo Schmitt: Eis uma bela surpresa, vinda desta banda da cidade de Mjölby na Suécia. Um power metal de responsa, com pitadas de folk/celta ou sei lá. É verdade que Falconer parece mais com uma “one man band”, centrada no guitarrista Stefan Weinerhall, que neste álbum toca todos os instrumentos de corda, com exceção de uma participação de Sami Yousri no violino em “Portals of Light”. Mas a realidade é que o resultado, neste álbum é pra lá de agradável. Chama a atenção a pouca prevalência dos teclados, rara para o estilo – que ótimo. O vocalista, Mathias Blad, pode ter um alcance vocal limitado, mas compensa isso com um timbre agradável e um bom arranjo de voz nas composições. Destaco a música “Laments of Minstrel”, que tem um andamento intermediário bem interessante e “The Clarion Call”, com algumas mudanças de andamento bem pensadas. O trabalho da cozinha me pareceu discreto, mas profissional, não tira e nem acrescenta nada à avaliação geral. Descontando a música tradicional, o ponto mas abaixo na bolacha, “Portals of Light”, poderia ter sido descartada, como uma tentativa de balada que não atinge um nível de qualidade semelhante ao restante do álbum. Ainda assim, de modo geral, a banda (e seu dono Stefan Weinerhall) mostram um apuro estilístico em suas opções de produção neste álbum, muito acima da média. Parabéns ao rapaz e Long Live Rock’ ‘n Roll, Long Live Power Metal, Long Live Falconer’s Power Metal.

Flávio: E voltamos à Terra Média, ô que saudade! Então temos tudo aí: marchas bélicas, melodias, com aquelas rimas perfeitas alternadas, sempre encaixadinhas, de vez em quando tem aquele ritmo acelerado (não é a tônica do disco), que altera com o nosso tão adorado “la la la”. Violinos e flautas ocasionais temáticas e uns tecladinhos orquestrais e pianos aqui e ali, né? Gostei que fiquei preso nos tempos feudais dos anos escuros por apenas 40 minutos, mas para que mais?

José Paulo: Segundo disco da banda sueca, nesta época o Falconer ainda se mantinha como um trio. Porém menos de um ano antes o grupo lançava o seu (na minha opinião) melhor trabalho, o clássico autointitulado debut, onde seu Power Metal rápido com influências de Blind Guardian se misturava com melodias vocais que nos remetia a álbuns da dupla Blackmore’s Night. Mas falando deste Chapters from a Vale Forlorn que é um álbum de transição entre o Power Metal inicial e o som com mais influências de Hard dos anos 70 e o folk regional que seriam adotados nos próximos trabalhos. O Falconer é capitaneado pelo guitarrista e baixista Stefan Weinerhall, que além de tocar os dois instrumentos no disco, ainda assina todas as faixas, com exceção de “We Sold Our Homesteads” que é uma canção tradicional sueca. Os destaques vão para a musica que abre o disco, “Decadence of Dignity” que é a que mais segue o estilo adotado no disco anterior, com instrumental bem rápidos e melodias marcantes; “For Life and Liberty” chama atenção pelas guitarras galopantes e versos e refrões excelentes; “The Clarion Call” que conta com riffs que me lembraram a época da N.W.O.B.H.M. e um refrão muito bonito e marcante. Também não podemos esquecer a balada “Portals of Light” que conta com uma interpretação emocionante do vocalista Mathias Blad. Se o resultado não chega a igualar ao trabalho anterior, de forma alguma não deixa de ser um excelente álbum, altamente recomendável!!!

Kelsei: Devo uma ao JP, porque queria encaixar o Falconer na série e não estava conseguindo. A aposta inicial era em 2001, com o debut desses suecos, mas o Adagio venceu. Bem, o segundo álbum tem uma sonoridade que me agrada muito – lembrar do Kamelot (na fase com Roy Kan nos vocais) é automático; não pelo instrumental, mas porque o tom de voz de Mathias Blad também me chama a atenção, por não ser aquele padrão melódico alto que o power metal geralmente pede. O Falconer tem referências instrumentais de todos os grandes do gênero, que, ainda bem, se individualizam nas canções (é impossível não lembrar do Blind Guardian na muito boa faixa de abertura ”Decadence of Dignity”, con a guitarra solo acompanhando as melodias vocais; ou o Rhapsody of Fire com a flauta de “Lament of a Minstrel” – até esse título poderia estar em um álbum dos italianos). O que sobra de referências, falta em solos – poxa, uma boa cozinha, com “aquele bumbo duplo” em algumas ocasiões, e as guitarras não protagonizam como deveriam. Um álbum curto e uma banda obrigatória para amantes do gênero. Caso não seja sua praia, fique ao menos com “For Life and Liberty”, o destaque do álbum.


Mastodon - Remission

Mastodon – Remission

Sugestão de: Eduardo Rolim

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Alexandre: Antes de qualquer julgamento acerca do aspecto musical do álbum, entendo que o Mastodon já encontra-se estabelecido que seja, pelo menos, em um segundo nível do atual cenário do gênero que pertence e, pra mim, é uma autentica realidade. Então fica aqui uma reflexão da escolha deste trabalho; talvez não se mostrar como uma busca por novidades dentro do estilo. O álbum começa com aquele vocal gutural berrado que acaba com quase a totalidade da minha isenção para tentar resenhá-lo. Lembrei de ter ouvido o bom álbum Crack the Sky para a consultoria do Rock e embora não morresse de amores pelo vocal de timbre parecido com o Ozzy, o instrumental compensava bem. Aqui, a primeira música já mostra que novamente terei de separar vocal de instrumental. O vocal é impossível de digerir, durante todo o álbum. Quando pára de cantar, como no meio da segunda faixa, há uma impressionante melhoria instantânea para os meus ouvidos. Achei também o álbum meio embolado, em especial quando há a predominância alta das frequências mais graves, o uso de afinações baixas dentro da profusão de viradas de bateria deixou a coisa às vezes meio confusa. Não há, no entanto, como não entender que a pancadaria misturada à ótima técnica pavimentou a escolha de quem desejou atualizar seu som de origem, como o Sepultura anda fazendo nos mais recentes álbuns. A influência me parece indiscutível nos recentes Machine Messiah ou Quadra, por exemplo. Voltando às canções de Remission, “Trilobite”, se fosse instrumental, seria um destaque bastante grande no álbum. O vocal gutural volta a estragar tudo e a sequência com a pancadaria técnica de “Mother Punch” também funcionaria com um vocal que me agradasse, assim fiquei esperando que a faixa final instrumental – “Elephant Man” – fosse me saltar aos ouvidos, mas, apesar de correta, não me empolgou. Destaco o bom solo, aliás poderia haver mais bons solos durante todo o trabalho. É uma pena, mas eu não posso endossar essa escolha.

Eduardo Schmitt: snif, snif, vocal gutural na primeira música… e continua assim por todo o álbum. Não se pode negar a fantástica energia das composições, daquelas capaz de movimentar uma locomotiva. Passa aquela ideia de raiva incontida, que, entendo, até combina com o tal vocal “agressivo”, só não combina comigo mesmo… Incomoda a ausência do baixo na mixagem de som. De outra parte a performance do baterista Brann Dailor se destaca bastante, carregando a cozinha do grupo. “Ol’e Nessie” começa com bela introdução em progressão, mas então entra nosso querido vocalista, e complica a situação. Difícil permanecer na música. Resta tentar isolar os vocais, mas eles são bem presentes… Em “Burning Man” encontramos uma tentativa de dar uma roupagem nova a uma batida que lembra Hard Core com esteroides. Pra quem quer ser esmurrado e chutado numa roda punk é uma beleza (#sqn). Talvez seja o caso de declarar que eu tenha me tornado um velho, retrospectivamente, em 2002. Ou apenas que não seja meu tipo de som.

Flávio: Bom, aqui a barulheira come solta, incluindo um vocal totalmente insuportável. Haja paciência para aturar uma britadeira sonoro, urrada a plenos pulmões. Há alguns momentos que se salvam como alguns trechos iniciais e finais da música “Ol’E Nessie” e outros aqui e ali, mas quando entra a pauleira alucinada e senhor urrante, tudo vai por água abaixo. Então é falar o que? Banda muito competente, instrumental intruncado e 50 minutos que demoraram 50 horas…

José Paulo: Me lembro como se fosse hoje do momento em que vi a capa deste Remission em uma loja de discos usados chamada Banana Records. A capa logo me chamou a atenção, pois realmente é perturbadora e além disso o nome remetia algo pesado, porém acabei não levando o CD, pois tinha outras prioridades. Mesmo assim fiquei intrigado, talvez poderia ser um bom disco. Mais tarde resolvi pesquisar sobre a banda e notei que o Mastodon é um grupo de extremos, o ouvinte ama ou detesta. Então deixei de lado e acabei esquecendo. Após ouvi-lo atentamente cheguei à conclusão que dessas duas opções extremas, escolheria a segunda com toda a certeza. Caramba que disco chato! Guitarras sujas, vocais gritados que depois de algum tempo começam a te irritar e ainda para completar, as músicas teimam em se repetir. A coisa parece mudar justamente na última faixa, “Elephant Man”, parece que finalmente teremos alguma coisa aceitável, mas no final das contas não vale o trabalho de escutar, é mais do mesmo. Remission pode até agradar muitas pessoas… Particularmente, não pretendo ouvi-lo nunca mais.

Kelsei: Em 2002 apareceram duas bandas que fariam a cabeça da nova geração de adolescentes que ouvem “música pesada”: o Mastodon e o Avenged Sevenfold. Apesar de conhecê-las, não sou fã de nenhuma delas; mas revisitei os dois debuts para ver se eu poderia indicar algum deles para esse ano. Resolvi por deixá-los de lado. Mesmo assim, os tatuados de Atlanta apareceram por aqui. Remission é um álbum fraco, frente ao que o Mastodon iria produzir em álbuns futuros (sempre é difícil acertar a mão em um debut). O som me incomoda, pois é preciso saber “fazer barulho”, coisa que eu acho muito exagerada aqui: enquanto os instrumentos de cordas vão por uma linha, dá a impressão que o baterista toma uma overdose de Red Bull e começa a bater em tudo quanto é coisa de maneira desenfreada (nem parece que tem marcação de tempo). E no meio disso tudo, um monte de urros. Acabo por ter mais compaixão nas poucas faixas que possuem alguma linha mais harmonicamente estável, que são “OI’e Nessie” e “Elephant Man”. Para as demais músicas, dá vontade de chamar o pessoal do Slayer e pedir para botar ordem na bagunça.


Pagans Mind - Celestial Entrance

Pagan’s Mind – Celestial Entrance

Sugestão de: Alexandre B-Side

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Alexandre: Aqui está, para mim, o melhor álbum da relação. E, confesso, nem eu, que escolhi o álbum, esperava bem isso, pois as minhas indicações são bem “no escuro” mesmo, uma audição de uma ou outra faixa, em geral trechos delas, algo bem randômico. E aí quando botei esse Celestial Entrance pra tocar, de início entendi que seria outro som mais puxado para o melódico ou power. A impressão inicial se desfez em torno de 2 minutos da faixa de abertura, a instrumental “Approaching”. O som de bateria, as viradas, o “approach” das escolhas dos riffs de guitarra, tudo me lembrou o icônico Scenes From a Memory, do Dream Theater. A segunda faixa, “Through Osiris’ Eyes”, é muito boa, continua lembrando a obra-prima do Dream Theater, mas trazendo uma identidade própria e um bom refrão, pois o instrumental é irretocável, como todo o prog-metal, do início ao fim do disco. Ao ouvir a terceira faixa, Entrance Stargate”, o que já era promissor, melhorou ainda um pouco mais, pois o vocal de Nils K. Rue remete não ao La Brie, mas ao Geoff Tate, aliás ainda lembra mais o atual Queensrÿche, Todd La Torre. É outra faixa que o refrão também me agradou bastante. Por vezes o clima dá uma refrescada, com ótimos solos e teclados mais suaves, outro ponto bastante favorável no meu entender. O disco, no entanto, pode soar bastante enfadonho para aqueles que não curtem a referência de uma ou outra banda citada. Além disso, é bastante longo, mais de 70 minutos. Então é pra quem gosta do estilo, definitivamente. E as referências ao Dream Theater por vezes são claras demais e, ainda que não sejam exatamente plágio, deixam um pingo de dúvida em relação à originalidade. A faixa que fecha o álbum lembra bastante Learning to Live (do Images and Words) ou Breaking All Ilusions (do A Dramatic Turn of Events). Aliás, Breaking All Ilusions já é uma quase cópia de Learning To Live, mas vamos manter o foco no Pagan’s Mind, e esquecer que o Portnoy já prévia esse atual bater ponto do DT, e caiu fora… vou encerrar a resenha escrevendo que aqui ficou um álbum para ouvir mais vezes, o único da lista. As partes 1 e 2 da faixa Back to the Magic of Childhood são maravilhosas e se destacam num álbum bastante promissor, mas novamente tem trechos que lembram outras músicas. O começo da parte 1 me levou diretamente na lembrança a faixa Hell’s Kitchen, novamente do Dream Theater, desta vez do álbum Falling Into Infinity. O final da parte 2 é literalmente chupado do solo de guitarra de Eddie Van Halen em Pleasure Dome, do álbum F.U.C.K.. Ainda que haja essas referências meio dúbias, ficou a vontade de “quero mais”… álbum para mais audições, sem dúvida.

Eduardo Schmitt: Não sei se será uma impressão única de minha parte, mas a primeira impressão surgida da audição deste, que é o segundo álbum da discografia da banda norueguesa, é a semelhança de timbre do vocalista Nils K. Rue com André Matos, destacado vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman, tragicamente falecido em 08 de junho de 2019, data que foi consagrada como Dia Municipal do Metal pela prefeitura de São Paulo. Voltando ao álbum em análise, esse é um álbum naquele estilo power/prog que tem o condão de agradar desde os fãs mais tradicionais de metal (eu incluído) como também os admiradores mais novos do estilo. E realmente tem muitos elementos pra se gostar, alguns riffs poderosos, e mudanças de andamento aqui e acolá. Alguns solos bastante capacitados, tanto do tecladista Ronny Tegner quanto do guitarrista Jorn Lofstad, e aquela ocasional dobradinha teclado-guitarra, que sempre cai bem. Por meu gosto, eu aliviaria um pouco a presença de algumas camadas de teclados mais aéreos, que, apesar de combinar com a temática antigo Egito da obra, me parecem exageradas, por vezes. De qualquer modo, as qualidades superam em muito alguns poucos defeitos apresentados. Vale a pena ouvir, sem medo.

Flávio: O início do disco mostra a clara influência de Metropolis Pt2. (Dream Theater), que vai se repetir nas partes instrumentais da bolacha, o que não deixa de ser um bom indício. Ao entrar o vocal, esta semelhança se reduz, e que bom, já que estávamos tentando fugir dos clones aqui. É… estávamos… a mistura de prog-metal, com heavy metal, e novamente as referências aparecem nas próximas faixas com o vocal que inegavelmente procura o timbre e os maneirismos vocais de Geoff Tate, com tons de guitarra limpos, típicos do Queensrÿche pós Operation: Mindcrime. Temos uns guturais aqui e ali, que não incomodam, e uma o outra modernidade no som da época, mas o que temos então daí pra frente: ótimo nível instrumental, que me agrada, já que em boas partes funciona como um filho bem composto misturado de Dream Theater com o Queensrÿche; que nos anos 2000, já estava fora de forma.

José Paulo: O som que a banda norueguesa faz em Celestial Entrance, seu segundo disco, segue a linha de vários outros grupos contemporâneos como o Brainstorm, Vanishing Point, Symphorce e até mesmo o Kamelot. O sexteto conta com instrumentistas extremamente competentes, inclusive boa parte deles participaram paralelamente de outras bandas/projetos, como o Firewind do guitarrista Gus G., o Jorn e o Eidolon, grupo dos irmãos Drover, ex-Megadeth. Já o vocalista Nils K. Rue tem uma voz bastante potente, nos momentos mais líricos me lembrou o saudoso Midnight do Crimson Glory e em outros até o Geoff Tate do Queensrÿche. Mas voltando ao som, o Pagan’s Mind segue um Prog/Power metal bem característico do estilo, na minha opinião até abusando um pouco dos teclados, porem isso não compromete negativamente o trabalho como um todo, mas as vezes chega a cansar um pouco. Entre as músicas não há uma grande variação de qualidade no decorrer do álbum, mantendo sempre um bom nível, porem mesmo algo que é positivo depois de algum tempo tudo vai ficando meio monótono, sem brilho e meio monocromático. Para mim os destaques vão para as músicas Dreamscape Lucidity e Entrance: Stargate. Talvez os amantes do estilo possam gostar mais do que eu.

Kelsei: Já tinha visto esse álbum em uma loja de CDs, mas ele não me chamou a atenção. Na época pensei que era algo de relaxing music, do tipo da Enya. Aí ele aparece aqui. E o que eu ouço? Um dos filhos do Dream Theater, vindos da Noruega. Um progressivo que me cansou nas primeiras audições, visto que Celestial Entrance é um álbum longo, ainda que não tenha toda a quebra matemática de tempos que os americanos fazem direto. Se te cansar também, te digo que vale a pena insistir. Entre as faixas, destaco “Dreamscape Lucidity”, que é um petardo da melhor qualidade e a faixa final “The Prophecy of Pleiades”, que é praticamente uma homenagem ao Dream Theater, com o som bem timbrado no Images & Words.


Spiritual Beggars - On Fire

Spiritual Beggar’s – On Fire

Sugestão de: Eduardo Schmitt

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Alexandre: Uma já tinha ouvido esse álbum ano passado, quando fiz uma peneira nas indicações pessoais da galera do Consultoria do Rock. Lembro-me que o álbum agradou pela proposta e pelo instrumental, tanto que resolvi ouvi-lo mais vezes. Talvez o ponto mais delicado é que o vocal rasgado e grave de estilo stoner pode ser um impedimento, mesmo pra quem goste dessa mistura retrô de guitarras de estilo Sabbath / Soundgarden e teclados característicos Hammond de sonoridade a lá Uriah Heep. Alguns sintetizadores lembram de longe o Rainbow. Destaco as faixas “Killing Time”, “Fools Gold” e as duas últimas “The Lunatic Fringe” e “Look Back”, essas com ótimos solos de guitarra. Trata-se de uma banda competente com destaque para alguns solos, realmente o guitarrista tem bastante bom gosto. O que pegou para o meu gosto pessoal é mesmo o estilo de vocal, quem se agradar com essa questão e tiver interesse na proposta desenvolvida tem aqui uma boa chance de acompanhar melhor o grupo. Dentro da seleção de 2002 foi um dos álbuns que mais me agradou, ainda que eu ainda não tenha desenvolvido, nem nesta nova audição, uma motivação maior para avançar em mais entendimento da proposta.

Eduardo Schmitt: Uma banda de Stoner Metal, vinda da Suécia. Não há o que não “haja”. Além da óbvia questão quanto a (proposital?) “sujeira” do som, produção característica das bandas Stoner Metal, fica difícil pra mim encontrar alguma crítica a este álbum. Anima qualquer espírito pedinchão por boas notícias em tempos de pandemia, ou em qualquer outro. Riffs que funcionam, batera – muito presente, dando o tom das músicas mesmo, voz no estilo – mas sem exageros, e que pitada excelente são esse teclados bluseados estilo hammond. Algumas psicodelias aqui e ali. Chama a atenção a distinção entre as faixas. E vejam a introdução de teclado em “Back Feathers”, memória de “Lazy” para alguém? E os solos em “The Lunatic Fringe”, de ouvir ajoelhado! Black Sabbath, Bad Company, Led Zeppelin, Deep Purple, Rainbow. Todas referências ali, mas embaraçadas com uma personalidade própria bem marcante. Não precisa mais nada. Quero mais!

Flávio: O último disco que ouvi. Depois de passar por urros paquidérmicos e espadististas medievais acelerados, o que mais esperar? Um tal de stoner metal apontava para mais uma decepção, um treco lerdo, arrastado, sei lá…. porém, o que se ouve na bolacha é um bom Heavy Metal, com trechos de um Hard rock mais antigo (Deep Purple) e uma afinação um pouco mais carregada nos graves, mas o som é bem harmônico, melodioso, ótimos e bonitos solos de guitarra e os músicos são bem competentes, inclusive o vocal um pouco grunhido, mas dentro do limite de não incomodar. Então, uma bela surpresa para terminar essa audição e fiquei como uma boa referência para novas incursões na banda.

José Paulo: O disco já começa arrebentando com “Street Fighting Saviours” e o vocal rasgado de JB Christoffersson, uma excelente faixa de abertura e, digo mais, só ela já valeria o disco. Mas aí emenda com a pesada “Young Man” mantendo o nível altíssimo de qualidade, depois vem “Old Soul”, “Killing Time” e “Fools Gold” e as músicas vão se sucedendo e não há defeitos, um disco perfeito do início ao fim! O guitarrista e multi-bandas Michael Amott é o capitão do Spiritual Beggars e sem dúvida, para mim, esse é de longe o seu melhor projeto. Além disso soube convocar com maestria o time de músicos para acompanhá-lo, principalmente o vocalista que ao lado do baterista integra outra fantástica banda, o Grand Magus. Não tenho muito mais o que falar sobre este álbum, porém tenho apenas um conselho para quem está lendo tudo isso aqui no Minuto HM, se você está meio deprimido, meio fraco, desanimado, sem disposição… ouça este disco do Spiritual Beggars e tudo irá mudar pra melhor, muito melhor!!! On Fire é nota 10, com toda a certeza um dos melhores lançamentos de 2002.

Kelsei: Boa banda hein! O Spiritual Beggars foi criado na década de noventa, pelo guitarrista Michael Amott, mais conhecido pelo seu trabalho na excelente Arch Enemy. Mas aqui não temos gutural nem death metal. O que vale em On Fire é o chamado Stoner Rock, só que nesse caso uma experiência muito melhor que o que tivemos na edição de 2000, com a Orange Goblin: nostalgia mas soando atual, pegada blues, excelentes solos de guitarra, emulação de Hammond na medida certa e vocal puxado e com presença. E olha, foi o primeiro álbum da minha vida que gostei mais do final do que o início. Enquanto as faixas iniciais me traziam uma “banda nova” entregando “mais do mesmo”, do meio para o final, é sen-sa-ci-o-nal (de onde surgiu essa “The Lunatic Fringe” – Deus do Céu!)! Já busquei mais da banda! Aprovado 200%!


Até o ano de 2003 pessoal! E que os amigos que estão faltando apareçam! E se você quiser fazer parte da bancada de comentaristas (ou dar seus pitacos), coloque nos comentários que entraremos em contato!

Beijo nas crianças!

Kelsei



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9 respostas

  1. Li os comentários acima e ao que parece eu estou ficando um ” ranzinza ” do metal. Fico até feliz de ver que os meus colegas de aventura estão aprovando a maioria dos discos indicados, mas já com três edições esta série ainda não me despertou uma indicação que realmente eu tenha ficado muito entusiasmado. Nessa de 2002, e por acaso, a banda que deixou a sensação de se querer ouvir um pouco mais acabando sendo a que indiquei. Escrevo que é por acaso por que estou tentando arriscar nas indicações e as audições prévias são muito rasas.
    3 ediçoes se passaram e eu até agora salvo o Pagans Mind, ainda assim sem aquele entusiasmo.

    Alexandre, o ranzinza do metal.
    Mudem o meu apelido, por favor.

    Parabéns aos otimistas do blog

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    • hahahahaha !!! B-Side, lembre-se que o objetivo do projeto não é que tenhamos novas bandas para seguir e sermos fãs (se isso acontecer, ótimo), mas a ideia é nos expormos às novas bandas dessas épocas. Pense como uma aula de inglês onde você é exposto à 30 palavras: se você aprender 30 ou se você aprender 3, você enriqueceu seu vocabulário da mesma maneira!

      Devo concordar, entretanto, que o começo dos anos 2000 é dose! Uma década anterior vimos o grunge e o nu metal tomar forma e tomar conta das principais vias musicais. Em 2000 os Estados Unidos estavam sendo invadidos pelo metalcore. É fato que os sons mais palatáveis estavam perdendo espaço para as modas juvenis daquela época, então o seu lado “ranzinza” não é de todo ranzinza.

      2003 vai ser um ano difícil também, porque as coisas boas (que eu conheço) são todas conhecidas, de bandas mais velhas – não são novidades. A partir de 2004 a coisa começa a ficar melhor e, a partir de 2010, aí sim, haverá uma ruptura sonora com o que crescemos ouvindo (até para mim, que sou de 81).

      O importante é não desistir. Joel Santana não conseguiu treinar uma seleção em inglês, mas conseguiu contratos de shampoo e refrigerante que lhe renderam um bom dinheiro com as piadas que foram criadas. Tem que saber ver o lado bom!

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  2. Já li aqui e comecei a ouvir esse registro do Dream Evil………..só conhecia o TBoHM

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  3. Kelsei, tenho muito a agradecer por ter a oportunidade de participar desta série. O principal motivo além de descobrir algo novo que possivelmente nunca ouviríamos se não fosse pela seria, é que acabamos reencontramos com excelentes discos que estavam esquecidos. Nesse “episódio” de 2002 existiram dois casos assim, CDs que estavam encostados aqui em casa, o On Fire do Spiritual Beggar’s foi o primeiro, até agora não consigo entender como fui esquecer deste cd! On Fire é bom demais!!!
    O outro foi o Falconer, mas não o disco sugerido e sim o clássico debut da banda. É um dos discos que mais tenho ouvido ultimamente, Wings of Serenity é fantástica… um absurdo!!!
    Por outro lado, o contrário também acontece, por incrível que pareça não deixa de ser algo bom, pois foi por pouco não comprei o referido disco do Mastodon, me desculpe aqueles que apreciam o dito cujo, mas que disco chato! Foi torturante ouvi-lo inteiro.
    Quanto ao Dream Evil acho que já comentamos em outra ocasião, penso que nessa época nossos gostos musicais estavam bem parecidos, apesar da diferença de idade, penso que o Heavy Metal além de tudo é atemporal.
    Que venha 2003… um abraço a todos.

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  4. O que me resta aqui, além de aprender com essas resenhas ótimas, é pedir desculpas pela indicação do ano que, de indicação INDICAÇÃO mesmo, não tem nada… foi apenas um mero “chute” na lista do ano, e, pelo jeito, a bola foi para escanteio – ou melhor, para fora do estádio…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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