O Iron Maiden como empresa é algo realmente bastante britânico, profissional. Com a decisão já feita provavelmente há tempos, a banda fez seus anúncios de maneira muito, muito rápida, sem chance para grandes especulações, rumores, etc., logo após o término do último e segundo show do Iron Maiden em São Paulo, marcando o fim da The Future Past Tour e da era Nicko após mais de 4 décadas.
Como esperado, o Iron Maiden não foi ao mercado. Ficou em casa. Só não foi mais caseiro ao não ir naquela que achei que era a primeira opção, mas foi na segunda. E agora que o anúncio está feito, é ainda mais lógico pensar em Simon que Joe – a consideração do fator de idade também deve ter ido seu peso importante na questão. Por mais que isso seja complicado de ser discutido, é óbvio que isso tem seu peso também em uma banda como o Iron Maiden, que vai se aproximando do fim do que do meio de carreira.
Bom, Simon toca muito e tinha acabado de se apresentar com o British Lion em São Paulo. É técnico, tem pegada forte, e segue outro estilo de tocar que o “Boomer” – dessa forma, não teremos (creio) comparações que existiriam de forma mais latente com Joe, que tem um estilo mais próximo de Nicko.
Outro ponto é que São Paulo também poderá ficar marcada como a cidade que viu Simon com o British Lion talvez (talvez!) pela última vez. Digo isso pois no anúncio oficial não está claro se Simon se juntará ao Maiden MANTENDO-SE como baterista do British Lion também – junto com Steve – ou se o Maiden será seu último emprego. Para baterista, o desgaste físico também conta, então há de se esperar o que efetivamente vai acontecer.
Como pode ser visto no comunicado oficial, Simon e Steve já possuem parceria há 12 anos, tendo Simon tocado em 3 músicas do álbum debut solo de Steve e sendo o baterista no segundo álbum, The Burning, seguido dos shows pelo mundo. Simon (ainda) não tem página no Wikipedia e suas redes sociais mais parecem as do Minuto HM, com poucos seguidores. Não há dúvidas que tudo isso mudará e rápido – as redes sociais já estão “bombando” na data de hoje pós anúncio. Para mais informações da carreira dele até então, veja este link.
Então, de momento, é isso. Difícil escrever sem a emoção ainda recente da saída de Nicko – é como se o Iron Maiden tivesse “morrido” um pouquinho. É tudo muito recente ainda. De qualquer maneira e de forma pragmática, a entrada de Simon pode sim renovar o fôlego técnico e profissional da banda, inclusive voltando a possibilitar a banda a ter as músicas sendo executadas em suas velocidades consagradas – músicas como Aces High, por exemplo, que pode fazer sua volta em 2025 na tour que celebrará os 50 anos oficiais da banda, a Run For Your Lives Tour. Além disso, pode “prolongar” a duração da banda por mais anos, já que, pelo menos de momento, é muito bom ver toda a linha de frente da banda muito bem de saúde, e ainda muito bem tecnicamente.
Já temos data para saber mais, se é que não saberemos antes: em 27/maio/2025, a banda parte com Simon. E de antemão, antecipo por aqui: antes mesmo da saída do Nicko, eu já havia comprado 3 ingressos para ver a banda na Europa em 2025, em uma mistura de medo de esperar pelo término da banda em 2026 e também por ser uma tour mais que especial. Então, a cobertura no blog também já tem suas datas marcadas: 05/junho em Trondheim, na Noruega, o quinto show da tour, e 12 e 13/junho, em Estocolmo, Suécia, oitavo e nono shows.
Run For Your Lives, pessoal, e Up The Irons! Aproveitemos enquanto é tempo… somos felizardos celebrarmos a relação espaço-tempo com o Iron Maiden!

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Eduardo.
Categorias:Artistas, Curiosidades, Entrevistas, Iron Maiden
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Interessante essa decisão por Simon Dawson.
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É uma escolha que levou em conta, certamente, a habilidade e o convívio.
Eu nunca vi o baterista ao vivo, mas as referências são boas ( inclusive as suas, Eduardo)
Assim, espero que o case Blaze não se repita.
Acredito que não irá, o Iron segue firme, assim.
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Bom baterista ele é. Mas existe um abismo entre ser bom e tocar no Iron Maiden.
Só nos resta mesmo aguardar até o final de maio do ano que vem e vermos – e eu deverei ver a banda 3x em junho.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Interessante ele citar o Clive, mas será mesmo ?
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