É ruim, mas é bom…

Longe de querer ser “científico” ou dono da verdade, e com certeza mexendo com certas características como a própria opinião pessoal de quem for se arriscar a ler e principalmente participar na área de comentários do post, trago um rápido post-provocação, onde o foco também é termos um pouco de diversão: o que é ruim, mas ao mesmo tempo, é bom?

capa-born-again

Explicando e dando um exemplo mais claro e clássico, trago de volta a história da capa do Born Again, do Black Sabbath, detalhada aqui. Tony Iommi acabaria aprovando a “arte”, e Geezer soltaria a famosa frase “é uma merd*, mas é boa para caralh*”.

Convenhamos: a capa é realmente o que o Geezer acha. Mas aí entra um pouco do tal inexplicável: é boa! Quem aqui quer se arriscar a justificar o motivo? Simplesmente é! E quem quiser tentar falar das próprias músicas do álbum também neste aspecto, que se arrisque…

O segundo exemplo que trago é Dave Mustaine e seu vocal “único”. Eu confesso que demorei mais a ouvir Megadeth em minha vida simplesmente porque não conseguia entender como um som espetacular como o que se ouve no Youthanasia poderia ter aquele “vocalista” Pato Donald do Metal rouco.

O tempo foi passando, passando, e eu fui ouvindo, ouvindo, ouvindo… e até hoje, não dá para dizer que Dave Mustaine canta alguma coisa… mas agora eu gosto – não “apenas” do som, o vocal acabou se tornando… bom, “certo”! E antes que alguém fale que é apenas porque eu me acostumei, ou que apenas “relevo” pelo restante, eu arrisco dizer: não teria graça ouvir Megadeth sem pensar na voz de Mustaine, mesmo se pensásemos em outros nomes do thrash metal! É ruim, mas é bom!!!

Vou parar por aqui para abrir o espaço… eu tenho mais alguns que podem ser pelo menos analisados dentro deste contexto, mas quero também ouvir de todos. Vale tudo: capa, músicas, músicos, banda inteira, o que quiserem…

Por fim: seria este próprio post mesmo ruim, mas que é bom? 🙂

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Black Sabbath, Curiosidades, Megadeth

13 respostas

  1. O post não tem nada de ruim, então é menos um exemplo para eu colocar aqui. Tenho alguma coisa na manga e acho que vou polemizar, mas o que é ruim para mim, não é necessariamente ruim para outros, não é?
    Volto mais tarde

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    • Vamos ao primeiro exemplo , e controverso.
      Ao conhecer Black Sabbath com Live Evil criei um monstro: As versões ao vivo com Dio são até hoje insuperáveis (para mim). Eu já falei isso várias vezes e já fui chamado de louco outras tantas, mas não consigo mudar de opinião.
      Mas aqui é o ruim que é bom. Então poderia citar a primeira vez que ouvi NIB ou Iron Man com Ozzy e achei ruim pacas!!! O tempo foi passando e eu me acostumando, até hoje quando gosto de todas as versões. Posso afirmar que Ozzy está muito bem nos discos Sabbath Bloody Sabbath e Sabotage e veio crescendo desde o começo da carreira, mas não dá para isentar o vocal de Ozzy, principalmente no primeiro disco. É aquilo, não consigo dizer que é bom, mas gosto assim mesmo. Então deixo para vocês um exemplo – e devo receber saraivadas de criticas mas tudo bem. Segue abaixo Wicked World

      Aproximadamente em 1:05 começa a ruindade que aprendi a gostar…

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  2. Presidente,

    O post pra variar é muito pertinente. O famoso “ame-ou-odeie” se aplica a diversas facetas das bandas que se consagraram mundialmente ao longo da história do Rock.

    Obviamente irei direto ao Rush (e porque não?!). Como você mesmo já comentou sobre suas impressões no passado, este tema é comicamente abordado no próprio documentário “Beyond the Lighted Stage”: é fato incontroverso que os vocais do Geddy Lee causam espanto a todo e qualquer novo ouvinte. Apesar de sua técnica e afinação serem aguçadas, o timbre da voz do Canadense não é de fácil ingestão, e acompanhado de seu visual também um tanto “exótico”, fazem com que muita gente relute em apreciar esta incomparável banda.

    Outro vocalista que ao meu ver é “ruim e bom”, é o Roger Waters do Pink Floyd. Muitas vezes parece soar desafinado, mas tal característica é relevada devido à enorme carga emocional que ele coloca em suas interpretações, beirando o desespero que os personagens por ele criados vivem no decorrer das histórias contadas em suas músicas.

    Por fim, gostaria de citar o Kiss, mas nesse caso, não tem nada a ver com a performance, mas sim com a qualidade da gravação dos primeiros álbuns. Como já foi citado aqui na excelente discografia dos gêmeos-gênios, havia uma enorme dificuldade em se gravar esta banda no estúdio, e eles só foram emplacar com o lançamento dos seus “Alive” aonde a energia da banda foi registrada de forma mais representativa.

    Concordo com o que disse o Remote, também conheci o Sabbath através do “Live Evil” e foi muito difícil me acostumar com os vocais do Ozzy, que até hoje são bastante bizarros (bem, não seria este o espírito da banda?).

    Excelente post, fico no aguardo dos demais comentários.

    keep the bad good…

    Abilio Abreu

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  3. Tema espinhoso… Minhas contribuições:

    – Concordo com Mustaine. A voz dele é algo próximo de horrível, mas acaba-se acostumando. Se, por exemplo, ouvíssemos músicas do Megadeth com Bruce Dickinson cantando, acharíamos bom?

    – Nirvana: cantor ruim, guitarra sem grandes evoluções. Mas eles foram o último ponto de mudança na cena rock. É ruim, mas sem eles o que a juventude ouviria na década de 90? N’Sync?

    – A música “Mama Said”, do Metallica. É ruim, fraca, mas acho boa rs!

    – Cannibal Corpse; É difícil ver algo bom na cena “death”. Mas tem algumas músicas da banda que são ótimas para alguns momentos, como no álbum Torture.

    Abraços!

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  4. Bem, o post foi muito bem desenvolvido , considerando o aspecto altamente subjetivo da questão.
    A questão que envolve o Ozzy, eu concordo inteiramente.
    Em relação ao KISS, o meu gosto pessoal aponta mais especificamente para o álbum Dressed to Kill, com um som de radinho de pilha, que eu adoro. Bem observado pelo Abílio, no entanto acho o som do Hotter Than Hell ruim mesmo. As músicas são boas, apesar disso.
    Como vemos , o assunto pode render um bocado mesmo.
    Eu confesso gostar bastante do super poser primeiro álbum do Vinnie Vincent.
    Aliás, entre os habitantes do blog, um certo ser errático tem a mesma opinião.
    Mas não dá para dizer com todas as palavras que aquilo é bom.
    Eu tenho de admitir que é ruim. Mas é bom para diabos!!!

    Alexandre

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  5. Presidente,

    Farei provavelmente o meu mais breve e polêmico comentário na minha história no MHM, e já estou de armadura e escudo pra receber as pedradas e mísseis atômicos que virão certamente em minha direção:

    É ruim mas é bom: Lars Ulrich! (você mesmo já assumiu isso na discografia aqui no blog…)

    keep bashin’

    Abilio Abreu

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    • Excelente, quem é o Abílio? Aquele Ex- funcionário… do MHM…

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    • Abilio, meu caro amigo Abilio, que fria você me colocou, hein?

      Bom, vocês que me perdoem, mas vou ter que acionar o modo Eduardo The Wall aqui, talvez… ou não, vamos ver.

      Ouvindo a bateria de Kill ‘Em All até o S&M, eu não vou poder concordar que é “é ruim, mas é bom”. Eu acho bom demais. BOM DEMAIS. De cada fase deste período, o que se ouve tanto em estúdio, quanto ao vivo, não dá para ser considerado ruim de forma alguma. Pode não ser o que há de melhor, mas ruim, não dá para falar que é…

      AGORA… de S&M para frente, meu amigo… de lata de nescau para frente… inclusive ao-vivo… temos um Lars iniciando seu declínio técnico até os dias de hoje, que é sacanagem pura e que compremete as músicas clássicas. A banda voltou a tocar músicas como Hit The Lights e o que se ouve passa do lamentável… parece eu tocando bateria… ou mesmo One, que ele mal preenche os espaços, faz ali um surdo + caixa que acho que até eu daria um jeito de fazer outra coisa (ou faria igual, mas não sou profissional, aliás, não sou nada)…

      Considerando que estamos em 2015 e diminuindo do primeiro lançamento de 1983, são aí 32 anos. Considerando ainda que estou falando de problema, arredondando, de 2000 para frente, são 15 anos de comprometimento x 17 anos de qualidade. Logo estaremos equalizados e logo o período “ruim, mas é bom” vai ser maior que o começo da carreira.

      Você poderia guardar este comentário mais uns 3 anos, por favor? Hahahaha…

      Agora, antes de ir, quero falar o seguinte: a bateria do Death Magnetic, TIRANDO A MIXAGEM, não é ruim… mas com a mixagem, “é ruim, mas é bom”… é isso?

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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      • Presidente Metallico-mor,

        Quis jogar uma isca azeda e você realmente a fisgou de primeira! Que excelente a gente discutir isso aqui nesse espaço tão democrático que é o MHM!

        Lendo tua excelentíssima discografia (um absurdo, estive lendo várias partes de novo agora pouco), notamos que Lars era um cara rico, instruído e muito, mas muito interessado e empenhado com relação ao Heavy Metal. Mas isso não significa que ele tivesse um “dom nato”, ou seja, “nasceu pra isso” e no primeiro dia que pegou uma baqueta ele já tocou “La Villa Strangiatto” do Rush perfeitamente… Pelo contrário, você mesmo afirmou que ele tinha uma técnica rudimentar e que seus companheiros estavam bem cientes disso.

        Pelo contrário, ele correu atrás, conheceu de tudo, gastava trilhões de libras esterlinas em discos, era e ainda deve ser um verdadeiro pesquisador do rock, que devia estar na verdade aqui escrevendo comentários e posts no MHM.

        E daí em diante, ele foi o verdadeiro “team player”, um cara que a todo custo aprendeu a tocar e junto com seus companheiros do Metallica, transformou o gênero conhecido como Heavy Metal em uma coisa antes inimaginável. Sua liderança e perseverança são notáveis e sem ele o que seria do Rock hoje em dia?

        Sei bem disso, pois já toquei com músicos excelentes que tem o estilo “Romário” (toco muito e que se dane o ensaio, ficar conversando sobre música, ir atrás de shows, promover a banda e fazer o logo, por exemplo) e prefiro muito alguém que nem toque tudo aquilo, mas consiga realmente incorporar o espírito de ser uma banda de verdade.

        Voltando ao Lars, sempre fico um pouco transtornado ao vê-lo tocar, dá pra sentir que é tudo com um esforço enorme, e como você falou, ele teve uma fase áurea, enquanto ainda provavelmente estudava bastante, e sua performance e timbre foram caindo de qualidade com o passar do tempo, talvez porque nem precise mais se empenhar já que se consagrou e hoje prefere mais viver a vida do que passar horas a fio numa bateria.

        E, assim sendo, apesar das fantásticas frases e patterns por ele desenvolvidos ao longo da discografia da banda, sempre em perfeita sincronia com o baixo e guitarras, elemento essencial ao som Metallica e todos seus clones e seguidores, ainda acho ele ruim, mas bom pra c*@*@%@&!

        keep it comin’

        Abilio Abreu

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        • Estou achando este post muito bom. E concordo com o que disse Abilio e também Eduardo.

          Um outro ponto: acham bom o trabalho de Lars ruim em Lulu? Eu gosto, com boas viradas e até muito rápido. Também gosto do trabalho em DM.

          Ao vivo realmente não se compara. Ele está fraco, acredito que até a parte física compromete.

          Abraços!

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          • Hahahaha, o Abílio meteu o presidente numa encrenca das boas…
            E até que ele se saiu bem, devo admitir…

            A minha opinião sobre o Lars é outra:
            Quando ele é bom, ele é bom
            Quando ele é ruim, ele ruim…

            Ou seja, não se aplicaria a fórmula do título : É ruim, mas é bom..

            Ele já foi muito bom…

            Hoje infelizmente tá indo pro ruim….

            Alexandre

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