Pessoal – qual não é o prazer em termos um texto fantástico como o que todos terão a oportunidade de ler abaixo registrado aqui no blog?

A Letícia é nossa leitora e interagiu conosco através do nosso Instagram nesta perna 2024 da Got Back Tour. Quando confirmou que estaria em um Hot Sound, obviamente o convite para postar por aqui foi feito – e ainda bem que ela aceitou :-).

Deixo então o relato dela e desde já registro novamente as boas-vindas a ela ao Minuto HM de maneira mais “oficial”, e na expectativa de termos mais e mais dela por aqui.

E Letícia – o final deste relato vai deixar todos aqui babando de vontade pela continuação :-).

[ ] ‘ s,

Eduardo.

—

Por Letícia Gonçalves.

Em 2023 fui ao meu terceiro show do Paul McCartney, dia 09/12 no Allianz Parque – São Paulo e sabe aquela sensação de êxtase? Quem já foi sabe do que estou falando. Ali saí decidida que iria de Hot Sound na próxima visita do Sir ao Brasil. 

Para minha surpresa o Paul anunciou em junho show para dia 15/10/24 em São Paulo. E então começou o dilema, será que vale ou não vale ir de HotSound? Eu acompanho os relatos do Minuto HM há anos e sempre que lia me dava mais vontade de me aventurar. Decidi então ler novamente, conversar com pessoas que já haviam ido e claro, fazer as contas. Oportunidade única assistir a passagem de som, ver o Paul de pertinho e ter um dia mais confortável sem ter que madrugar na fila. Comprei!

A expectativa foi grande, um misto de sei o que esperar e que seria uma grande surpresa. Ao comprar o ingresso há uma descrição informando que uma semana antes do show receberia as informações sobre check in. Entrei em contato com a Eventim porque não havia recebido nada e me informaram que deveria aguardar. Então resgatei um relato aqui do blog, pedi orientação para o Eduardo e enviei um email para a VIP NATION. Eles foram super solícitos e me tranquilizaram quanto aos detalhes.

No dia seguinte recebi o e-mail com todas as instruções e o coração já foi ficando mais ansioso.

Então chegou dia 15/10, o tão esperado dia. Cheguei por volta das 12:10 no Allianz, passei na fila da Pista Premium para falar com uma amiga e pegar a plaquinha “It’s all because of you” que seria utilizada na homenagem em Now And Then. Às 12:17 estava na frente do portão C1 onde o check in começaria às 12:30 e fui informada por uma moça da produção que deveria esperar do outro lado da calçada onde uma pequena fila já se formava.

Portão de entrada do HotSound 

Pequena fila se formando 

Alguns minutos depois chegou uma moça falando inglês, Karen, que seria umas das minhas parceiras do dia. Enquanto aguardávamos Karen me contou que é Australiana, já foi em mais de 130 shows do Paul, já encontrou o Paul mais de 50 vezes, me mostrou fotos desses encontros e compartilhou que seria sua primeira vez em um show no Brasil. Uma pessoa incrível, que com certeza vou manter contato.

Às 12:40 entramos no estádio e ficamos em um corredor aguardando a chegada da produção. Um membro da produção veio de um em um solicitando documento, conferindo uma lista e nos dando boas-vindas. Logo posicionaram um freezer horizontal com água e nos disseram para ficarmos à vontade e que poderíamos levar água na bolsa. 

Em seguida fomos direcionados para uma área de estacionamento onde já haviam pessoas posicionadas para nos revistar e entregar as credenciais. Nesse momento nos avisaram que atrasariam alguns minutos a nossa entrada. 

Às 13:08 passei pela revista com um detector de metais e recebi o meu tão aguardado laminado, que crachá precioso! Aqui já percebi que o tratamento seria bem diferenciado, todos nos tratando com muita educação e cuidado.

Após receber o crachá passei pela catraca com o ingresso QR code no aplicativo da Eventim e uma moça da recepção nos guiou para o local do almoço.

Atravessamos a área interna do estádio, passamos pelas lojinhas de merchandising mas sem tempo para parar o que gerou uma certa preocupação em mim já que queria muito comprar alguns itens.

Às 13:17 chegamos no Braza, restaurante em que seria servido nosso almoço. E já fiquei impressionada com o banner da turnê decorando o lugar. Fomos recepcionados ao som de Beatles, se não me falha a memória estava tocando All My Loving. A equipe do restaurante muito receptiva e o lugar lindíssimo, com vista para a frente do palco. Sentei com Bryan, um mineiro/carioca muito gentil que conheci na fila e com a Karen. Escolhemos um lugar excelente, uma mesa com um sofá que nos ajudou a descansar da maratona de comidas deliciosas que comeríamos.

Assim que sentamos já recebemos nosso kit e um pôster numerado, bem exclusivo! O garçom Wiliam que nos atendeu no dia, muito simpático. Já fomos servidos com as bebidas que pedimos e servida a primeira entrada, uma salada deliciosíssima, e olha que não sou fã de salada. O cardápio já prometia uma experiência gastronômica interessante já que seria vegetariano.

Aqui vai um feedback para a equipe. Carregar o pôster sem nenhuma proteção foi uma tarefa muito difícil e tanto o meu quanto do Bryan ficaram um pouco danificados por conta das movimentações do dia.

Itens recebidos no nosso kit

Cardápio do almoço 

Após comermos a salada, Karen, Bryan e eu aproveitamos o tempo para a chegada do próximo prato para nossa sessão de fotos no banner da turnê.

Quando voltamos para a mesa já nos aguardava uma sopa de cebola lindíssima além de deliciosa. Como o restaurante tinha vista para o palco conseguimos ouvir alguns instrumentos sendo afinados, até Let It Be foi tocado no piano. O Bryan tentou dar uma espiada do lado de fora do restaurante mas nos contou que do gramado pediram para ele entrar, tudo bem sigiloso.

Antes do prato principal, foram servidas fatias de pizza e o membro do time que havia nos recebido lá na entrada (acho que o nome dele era Don, não tenho certeza) pediu nossa atenção para nos dar boas-vindas, interagir com a gente e dar instruções sobre a programação. Ele já conhecia a Karen de shows do Paul em outros países e fez questão que ela contasse a todos que havia estado em 138 shows do Paul em diversos países. Todo mundo ficou muito impressionado e aplaudimos ela. Também perguntou quem estava no Hot Sound pela primeira vez e algumas pessoas levantaram a mão, incluindo eu. Ele seguiu explicando algumas regras da passagem de som como não filmar, apenas fotografar e que próximo às 15h deveríamos já ir ao banheiro e ficar atentos que poderia ser a qualquer minuto a chegada do Paul.

Nosso grupo tinha 50 pessoas, pra mim foi uma enorme surpresa já que estava esperando 100-150 pessoas. Achei muito legal essa experiência reduzida.

Karen, eu e Bryan 

Logo, às 14:27 chegou a sequência de pratos principais: ravioli e risotto. Nesse momento eu já estava bem preocupada com a quantidade de comida já que enfrentaríamos dois shows contando com a passagem de som, mas a comida foi bem leve e o risotto acabei optando por apenas experimentar e não comer tudo.

Às 15h aproveitei para ir ao banheiro, o que seria a última vez até a ida para a grade do show. Para minha surpresa o Don nos avisou que o Paul já estava no estádio e devíamos já formar uma fila para ir para a passagem de som.

Fiquei um tanto decepcionada por perder a sobremesa, eu sou o tipo de pessoa que adora doce mas pelo menos foi por um bom motivo.

Descemos em pequenos grupos guiados pela recepcionista do evento até a parte térrea interna do estádio e ficamos aguardando outros membros da produção virem nos buscar. Nesse tempo fomos abordados por um vendedor autorizado com copos oficiais, aproveitei e já adquiri o meu.

Às 15:17 entramos no gramado e não tinha como conter o sorriso, sonhei muitos anos em ver uma passagem de som e ali eu estava. Muita gente correu pra pegar o meio da grade, mas a Karen me deu a dica de ficar à esquerda porque provavelmente sairíamos por ali para ir para a grade da pista premium, claro que confiei na especialista em shows do Paul. 

Além de nós do Hot Sound havia estudantes de música convidados, cerca de 50 ou mais adolescentes. Achei muito legal o Paul ter aberto para eles, uma experiência única na vida deles.

A visão longe mas ainda assim perfeita, primeiro os membros da banda e Hot City Horn entraram até que o Paul entrou. Uma gritaria (eu contribuí bastante pra isso), Paul veio até o microfone nos cumprimentou e disse que seria um ensaio com algumas coisas diferentes. 

Às 15:30, Paul iniciou com uma Jam e foi interagindo com a gente durante a passagem. Eu fiquei muito feliz de poder ouvir Mrs. Vanderbilt, Women and Wives, Coming up, Ram on, Drive My Car e outras. Também teve dois momentos muito divertidos, em Let ‘Em In houve um desencontro entre a banda e o Paul e foi bem engraçado ver a banda tentando se encontrar, tudo muito natural e descontraído, algo que não vemos no show com frequência (exceto momentos como o solo de In Spite of all the Danger no dia 16/10 que o Paul errou o solo e fez a banda voltar com muito bom humor). E também os estudantes fizeram uma dança em grupo bem sincronizada durante as músicas, foi muito legal de ver, até colocaram eles no telão. Depois o Paul comentou que gostou da dança e arriscou uns passinhos. Fofo como sempre.

Perto das 16:10, em Lady Madonna, Karen já me avisou que o momento de ir para a grade estava chegando e me chamou para irmos para a área da saída. Ficamos posicionadas mais para o fundo, o Paul agradeceu a nossa presença e encerrou o ensaio com um tchauzinho. Nesse momento todo mundo correu para onde estávamos. Os seguranças disseram que a saída seria por ali mas não era pra correr, éramos um grupo pequeno e tinha grade para todos. 

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A ansiedade foi aumentando e o Paul continuava no palco conversando com a banda, só seríamos liberados assim que todos deixassem o palco. Ficamos uns 20 minutos esperando, até que nos liberaram, foram bem enfáticos sobre não correr. Eu estava bem disposta a não correr, só andar rápido, mas quando o pessoal começou a correr aí tive que quebrar a regra e correr também. Consegui ficar bem centralizada ao microfone e guardei um lugar à esquerda para Karen que estava com o pé machucado e não poderia correr, do meu lado direito ficou o Bryan. Fiquei muito feliz de conseguir ficar bem no meio da grade. Aproveitei esse tempinho para ir ao banheiro e ir à lojinha comprar camiseta.

Eu achei que teríamos algum tempo para esticar as pernas até abrirem os portões, mas assim que voltei em questão de 5-10 minutos foram chegando as pessoas que aguardavam do lado de fora. 

Fiquei bem feliz por conseguir encontrar uma amiga, estávamos combinando de ficarmos juntas no show mas não sabia se seria possível. Deu tudo certo!

Bárbara veio de Natal e foi uma das organizadoras da homenagem “It’s all because of you” em Now And Then.

Depois a missão foi aguardar o show começar, tentei ficar o máximo de tempo possível sentada pra descansar. O DJ Chris iniciou com alguns sucessos como Paperback Writer e animou a galera. 

Às 20:00 iniciou o vídeo de retrospectiva e por mais que já tenha visto algumas vezes, quando apareceu o baixo no telão eu fui à loucura, logo o Paul entrou acenando e tirou todo mundo do chão com A Hard Day’s Night.

Ver o show de pertinho foi muito incrível, o Paul olhou e interagiu comigo algumas vezes. A homenagem em Now And Then deu certo, quando iniciou a música muita gente levantou a plaquinha “It’s all because of you” e ficou nítido que o Paul estava tentando ler. Ao final da música ele agradeceu e disse que não havia conseguido ler por conta das luzes, então todo mundo fez um coro de “it’s all because of you”, acredito que tenham mexido nas luzes também pra que ele conseguisse ele e ele ficou bem lisonjeado.

Quando estava decidindo ir ou não ir ao Hot Sound ficava pensando sobre se o valor equivaleria a experiência. Todo mundo que conversei disse “vá, a experiência é única.” E realmente, vontade de repetir a dose não falta. Esse ano foi extremamente especial, no dia 16/10 voltei para a passagem de som mas com o privilégio de conhecer o Paul nos bastidores, mas isso é assunto para outro momento. Só adianto que ele é incrível!

Foto postada pelo Paul no Instagram onde apareço à esquerda perto dos cartazes.

Como o Paul diz, até a próxima!

Letícia.

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