Cobertura Minuto HM – Paul McCartney em Brasília – parte 2: Hot Sound (resenha)

Fala, galera!

Com a correria dos shows acumulados e muito sono pendente, além do dia-a-dia “profissional”, ficou difícil agilizar o post do Hot Sound como desejado, está difícil por todas as “pendências” em dia. A ideia original sobre este post era fazer logo após o Hot Sound. Mas logo abaixo vocês entenderão o motivo do post “live” não ter sido possível…

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A credencial para acesso ao Hot Sound

 

Após o almoço e todos os avisos que foram dados na primeira parte, foi dado um aviso que estava tudo pronto e que logo seríamos “encaminhados” ao “cercadinho”. Foi o momento que descobri (e fiquei um decepcionado) que a gente veria a passagem de som na separação entre a pista VIP e a pista normal. Essa “decepção” foi pela minha expectativa em pegar uma grade da pista VIP para isso, mas logo eu veria que, mesmo do ponto que ficamos, não havia como ficar triste: era praticamente (ou exatamente, como queiram) um pocket show em um estádio enorme…

Avisos dados, banheiros usados pela última vez na noite, fomos finalmente direcionados, em fila quase indiana, ao local. Foi impressionante notar a quantidade de gente que se conhecia no evento e que, pelo jeito, são as figuras de sempre nos Hot Sounds – é seguro dizer que metade ali já tinha tido a experiência, o que dá ainda mais a sensação de um show fechado, reservado aos amigos…

Houve um atraso considerável com relação ao que era esperado de horário de início. E agora vou usar um pouco também das anotações do amigo Charles (menos a parte que ele me chama de “pé frio”, só porque choveu O DIA INTEIRO, hahahaha) para relatar.

Foi as 14h03 que Anie e Dom, da organização de Macca, chegaram até o portão. Na sequência, entramos ganhando pulseira e passando pela primeira revista. Enquanto a gente almoçava, tínhamos imagens de “Live Kisses” e o áudio era de grandes hits de Macca.

Somente as 16h26 chegamos ao “cercadinho”. Como os portões estavam previstos para serem abertos as 16h30, ficou claro desde este momento que tudo atrasaria, não apenas a passagem de som. Cerca de 20 minutos depois, Brian foi o primeiro da banda a aparecer, seguido dos outros. Paul, claro, foi o último e levou a mim, Charles, esposa (Luciana) e os outros 80 (!) presentes ao delírio com um “Oi, Brasília”. Após as boas-vindas à passagem de som, ele, naquela humildade que é exemplar e quase inexistente neste mundo da música, leu os cartazes dos fãs.

Com toda a banda reunida, houve uma rápida conversa no palco e logo percebi que a parte de som, na verdade, já estava realmente toda ajustada. É impressionante notar o profissionalismo da equipe de Paul, mesmo sendo algo óbvio a se falar, é algo muito legal de observar e ressaltar. A “passagem de som” é mesmo um show, onde a banda aproveita para inclusive se divertir tocando sons que não são executados em shows normalmente e que são um privilégio absoluto para quem pode estar lá.

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A primeira música foi Honey Don’t e, no meio da emoção absoluta de já ouvir um som de tanta qualidade que parecia que Paul já estava tocando para os quase 50.000 presentes que estariam logo mais ali, eu já comecei a olhar bem mais desconfiado para o céu. A garoa que caia logo se transformaria em um verdadeiro dilúvio a partir da terceira música.

Paul e banda tocaram Matchbox na sequência, e foi interessante notar que eles fecharam o som por duas vezes, sendo que ambos fechamentos foram bem legais, com compassos sendo executados de maneira diferente e deu para ver que o entrosamento da banda nos olhares é mais do que pleno. Paul lidera claramente isso, mas a banda possui uma maturidade enorme para entender o que está acontecendo.

Paul estava de paletó azul que, assim como ele faz no show, aproveitou para retirar e já levar os presentes a brincar com ele. Já de camisa cinza apenas, me levou rapidamente às lágrimas pela primeira vez quando soltou Drive My Car. Em meio ao meu choro, São Pedro começou então a “chorar” mais forte também, algo que assim permaneceu até o primeiro terço do show a noite. Incrível como a banda realmente se preocupa em fazer tudo como se fosse no show, inclusive backing vocals, solos de guitarra perfeitos, sem qualquer “economia”.

O Sir então agradeceu com um “obrigado, Brasília” (quero deixar claro: é um show o negócio, não apenas uma passagem de som). A próxima foi One After 909, outra que rapidamente me fez permanecer em estado lacrimoso. A fidelidade com a música original foi de assustar e, por um momento, fechei os olhos e imaginei que seria daquela forma que a música seria executada pelo Fab Four se isso pudesse existir de alguma forma…

A banda então fez uma jam, “Brasília Jam”, calcada em blues e com solos de guitarra. Uma delícia. Veio então a primeira dica do que poderia ser a abertura da noite: “Magical Mystery Tour”, com direito aos efeitos de avião e tudo. Que privilégio. Mais uma vez, é fundamental ressaltar que não há economias, ou seja, o que aconteceu ali é o que aconteceria algumas horas depois.

Na sequência, um lado B dos Wings, C Moon, com direito a toda batida do estilo “reggae”. Coisa que só um Hot Sound mesmo proporciona, pelo jeito.

Com a chuva cada vez mais estável e todos cada vez mais ensopados, Paul brincou com os presentes cantando como se fosse cantar a música My Valentine: “what if it rained… we got soaped”… isso arroncou, obviamente, risadas e aplausos…

Viria então Let ‘Em In, em mais uma dica do que possivelmente viria mais tarde (mas, neste caso, não veio). Nesse momento, surgiu uma garrafa de água Fiji mas que continha algum outro líquido, provavelmente um suco. Paul se hidrataria bastante a partir daí, prática que sabemos que não acontece em palco durante os shows. Durante esta música também, notei que Paul olharia por uns 5 “infinitos” segundos aos céus, como se estivesse pensando: “que chuva do $#$#$#%$$%”.

A próxima foi Don’t Let The Sun Catch You Crying, cover do Gerry and The Pacemakers. Logo começamos a nos direcionar mais à direita da grade, pois foi onde observamos que seria a saída para acesso à pista VIP e, lógico, pegar o melhor lugar da grade.

“Rain, rain, go away / come back another washing day…”. Paul brincava com a situação, que não dava qualquer sinal de melhora. Como em um contraste à situação, viria I’ll Follow The Sun que novamente me tirou da situação de controle do choro enquanto cantava e sinalizada com as mãos a letra da música. Ao final, Paul novamente brincou com a situação climática, dizendo que chuva faz bem à pele.

Next, Things We Said Today, com um show dos backing vocals de toda a banda e do violão de Macca. Após, Midnight Special seria outra pérola aos presentes, com todos, mesmo na chuva forte, cantando e dançando. Na sequência, um petardo: Ram On, diretamente de 1971 para delírio dos fãs presentes em 2014. Ao final, Paul agradece público com “muchas gracias”, o que levou a um certo fã que vos escreve a gritar “obrigado” e ele acenar um “positivo” com a cabeça…

A passagem de som ia se encaminhando para o fim, mas ainda viria mais uma raridade: Bluebird. Que coisa genial e que privilégio poder conferir algo assim.

Para terminar, um medalhão dos Beatles e figura fácil nos shows de Macca: no piano, Paul mandaria Lady Madonna, e deu para notar ali que ele não economizou na voz em nada. Um comentário extra sobre os telões: os das laterais ficaram desligados por toda a passagem de som, mas o telão atrás do palco, central, foi ligado para alguns testes de imagens, como em Magical Mystery Tour e na música que fecharia este “show”.

A passagem de som durou praticamente 1 hora (57, 58 minutos), fechando de vez com um agradecimento especial de Paul aos presentes e um grito de “rain, STOP!”, com se em um passe de mágica aquele dilúvio fosse parar. Realmente só faltou isso para o Sir conseguir, pois de resto, a magia foi feita.

SETLIST – HOT SOUND – PAUL MCCARTNEY EM BRASÍLIA (23/NOV/2014):

· Honey Don’t
· Matchbox
· Drive My Car
· One After 909
· “Brasília Jam”
· Magical Mystery Tour
· C Moon / “My Valentine” com Paul alterando a letra ao vivo devido à chuva
· Let ‘Em In
· Don’t Let The Sun Catch You Crying
· I’ll Follow The Sun
· Things We Said Today
· Ram On
· Bluebird
· Lady Madonna

E, abaixo, como ficou o Tour Book após o dilúvio desde este Hot Sound, passando pelo show até o retorno ao Hotel. Infelizmente, o livro ficou em estado deplorável, mas a lembrança fica:

[ ] ‘ s,

Eduardo, com enorme contribuição do Charles.



Categorias:Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Músicas, Resenhas, Setlists, The Beatles

3 respostas

  1. Muito legais as fotos, Eduardo. Certamente, uma experiencia inesquecível!!

    Alexandre

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