Cobertura Minuto HM – Première Mundial “Flight 666” – Cine Odeon, Rio de Janeiro (14/03/2009)

Fala galera!

Trago neste primeiro post uma resenha da première do documentário “Flight 666”, já tão comentado por aqui. Tive a felicidade (inclua a sorte e o oportunismo, no bom sentido) de ter conseguido fazer parte da sessão, e seguem impressões sobre o documentário e sobre o evento de uma maneira geral.

Os fãs já formavam a fila e se acotovelavam na entrada do Cine Odeon horas antes da apresentação, marcada para as duas da tarde. Eu estava do lado de fora, esperando um amigo chegar com os ingressos, observando a movimentação. Sean Dunn e Scot McFadyen já estavam no saguão, conversando com os repórteres de diversas emissoras e jornais, quando duas vans com a identificação de Rod Smallwood se aproximaram da entrada. A reação dos fãs à chegada da banda pode ser vista no vídeo abaixo:

Após a bagunça inicial e com a banda já acomodada dentro do cinema, as últimas pessoas também entraram a sessão começou sem maiores atrasos.

Observação: este é um texto grande que detalha algumas das cenas do filme, o que pode ser considerado um spoiler para alguns. Se não quiser saber sobre o filme, pule para o final, após as fotos.

O filme começa com Sean Dunn entrando no Ed Force One, explicando o porquê do Maiden fazer essa tour. As câmeras mostram o avião por dentro, e flagram diálogos e brincadeiras que os ocupantes fazem. Bruce, por exemplo, fala ao sistema de som que “o vôo vai levar 45 minutos, tempo suficiente pro Nicko tomar seu vinho”, arrancando risadas de todos. O clima parece ser bem descontraído.

São mostrados, então, trechos da tour do ano passado, começando na Índia. É bem interessante ver os diferentes povos e culturas dos países. Mostra um pouco da “tietagem” dos fãs, das coisas que a banda fez durante a estadia, e um trecho de uma música do show naquele lugar, com uma excelente qualidade de áudio. A cada vôo do Ed Force One um mapa é mostrado, no melhor estilo Indiana Jones, com o avião indo para cada uma das cidades. A cada desembarque é mostrada a legenda “dia tal, tantas mil milhas”, como em um diário de bordo! Muitos músicos famosos aparecem aqui e ali fazendo comentários, entre eles Dio, Adreas Kisser e Lars Ulrich, por exemplo.

Passam pela Austrália, sem muita coisa “especial”. No Japão entrevistam uma menininha, de uns 12 anos, falando “eu quero ser a filha do Steve Harris”. Passam rapidamente pelos EUA e chegam ao México, com cenas do Bruce cantando com o sombrero. São apresentadas também as camisetas oficiais que lançam nos lugares.

Tem uma cena deles visitando as pirâmides do Sol e da Lua na Cidade do México. Adrian comenta que o Janick é “o cara mais reservado da banda”, falando que ele sempre anda na frente, nunca ao lado dos demais, e fica “perdido em seus pensamentos”. Na verdade, naquela cena ele se engana, porque não tinha percebido que o Janick estava na verdade bem ao lado dele. Claro que Nicko não perde a oportunidade de tirar um sarro da cara do companheiro.

Uma das partes mais legais em minha opinião é quando chegam à Costa Rica. Mostram fãs emocionados, e um deles explica bem o sentimento coletivo: “É algo surreal! Moramos no ‘c* do mundo*’ e nunca pensaríamos que algo assim pudesse acontecer aqui. Vieram pessoas da Guatemala, El Salvador, Equador, Venezuela, e toda a parte”.

* perdoem o termo, mas é a tradução literal do que ele diz.

Mostra também o “day off” da banda, e uma curiosidade. Nicko, durante uma partida de golfe, acabou levando uma bolada logo acima do punho direito. O inchaço é visível, e todos ficam preocupados. Nicko comenta para as câmeras: “Meninos e meninas, se essa bolada tivesse sido alguns milímetros mais pra baixo, estaríamos voltando pra casa agora mesmo, cancelando o resto da tour”.

Seguem pra Colômbia, onde mostram a bagunça na organização do evento. As pessoas tentam entrar, mesmo com ingresso, e a polícia reage violentamente. A polícia montada joga os cavalos em cima dos fãs. Um deles é entrevistado: “Aqui eles não respeitam quem gosta desse som. O Metal aqui é ferido, humilhado, desrespeitado”.

O mapa brasileiro é mostrado, ao som de bossa nova, momento este que foi aplaudido pelos presentes no cinema. Fato curioso: quando a legenda indica São Paulo o público carioca solta vaias, é claro. É mostrado o jogo de futebol que fizeram, e trechos do show no Palestra Itália. Destaque “negativo” para a legenda seguinte, indicando “Porto Allegre”, com dois L’s.

No show de 2009 em Interlagos Bruce comentou brevemente sobre o filme, mencionando que o público de São Paulo seria “the fucking star of it”. Na tela, Bruce comenta sobre o que a música representa para São Paulo e para o Brasil, e também fala o que os brasileiros representam pra banda. Ao comentar que o fanatismo das pessoas é quase uma religião a cena é cortada para um certo “padre que costuma explicar a filosofia do Iron Maiden em seus sermões”. São os três minutos de exibicionismo do infame Marcos Motolo, também já mencionado neste blog. Ainda no Brasil, a câmera flagra por vários segundos um fã que pegou a baqueta do Nicko, que chora copiosamente, cena esta que arranca aplausos do público.

Filmam a entrada do hotel da Argentina simplesmente bloqueada por fãs, o que causa um comentário de Adrian Smith, lá de dentro: “Cara, isso me dá até medo”. A banda então passa por Chile e Porto Rico, retornando aos Estados Unidos e terminando no Canadá, onde Bruce comenta as origens dos dois diretores/roteiristas do filme.

Ao final da sessão um organizador foi ao palco e disse que “a banda já foi pro show, mas temos aqui diretor e produtor… além de um baterista maluco”. E subiram ao palco Nicko, Sean e Scot. Responderam perguntas do pessoal, em maio às tradicionais brincadeiras do bem-humorado Nicko McBrain. Ele brincou, tirou sarro de quem pediu autógrafo, brincou com uma menina que gritou “I love you Nicko” (ele respondeu “You don’t love me more than I love you”, e logo depois apontou uma outra mulher ao lado do palco e completou: “Now I love her more than I love you, sorry”).

O que foi interessante dessa entrevista é que um repórter perguntou se algo seria filmado naquela noite para que os fãs do Rio de Janeiro tivessem algo especial nos extras do DVD. Sean respondeu que os fãs do mundo todo, e não só os do Rio, mereciam os extras, comentando então que todas as músicas que aparecem no filme, em todos os lugares, estarão completas nos extras do DVD. Teremos, portanto, em alta qualidade pelo menos uma música de cada um dos shows que aparecem durante o filme. Uma excelente notícia, já que não lançar nada oficial desta incrível tour, em minha opinião, seria um grande desperdício.

É isso aí. As sessões nos cinemas já estão marcadas, e eu recomendo o filme a todos aqueles que têm o heavy metal como um estilo de vida. E que em breve venha o DVD, recheado de extras sobre esta que certamente foi uma das maiores turnês de uma banda de metal de todos os tempos.

Grande abraço!

Caio



Categorias:Cada show é um show..., Curiosidades, Entrevistas, Iron Maiden, Off-topic / Misc, Resenhas

11 respostas

  1. Caio, para variar, impecável !!! Muito legal mesmo !!! Ter vc por perto no blog, participando e escrevendo, é uma honra !!! O mundo do metal agradece por ter um cara como vc nesta família !!!

    Valeu!

    Aquele abraço e UP THE IRONS!

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  2. Excelente resenha, Caio!!

    Abs.,

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  3. Caio, seu post só fez crescer minha angustia pela espera do filme, heheheehe! Sua resenha foi muito boa!!

    Abraços,
    Renato

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  4. Pessoal, vejam que fantástico os números do filme pelo mundo.

    http://whiplash.net/materias/news_875/089348-ironmaiden.html

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  5. Rio perde o Cine Odeon (não se sabe ainda se definitivamente). De quebra, o Cine Leblon também está indo para o vinagre…

    http://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de-janeiro,rio-perde-o-odeon-mais-antigo-cine-de-rua,1507019

    Uma pena… em São Paulo, os grandes cinemas já foram engolidos há anos…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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