Discografia Scorpions – [CAPÍTULO 1]

{Lonesome Crow – álbum & tour: 1972}

A recém formada banda Scorpions debuta através de seu primeiro álbum de estúdio, Lonesome Crow (Corvo Solitário), lançado em 1972.

Lineup:

Klaus Meine: Vocal

Michael Schenker: Guitarra, backing vocal

Rudolph Schenker: Guitarra-base, backing vocal

Lothar Heimberg: Baixo, backing vocal

Wolfgang Dziony: Bateria, backing vocal

Tracklist:

Faixa Título Compositor Duração
1 I’m Going Mad Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 4:55
2 It All Depends Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 3:26
3 Leave Me Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 5:04
4 In Search Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 4:59
5 Inheritance Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 4:40
6 Action Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 3:55
7 Lonesome Crow Dziony, Heimberg, Meine, Schenker, Schenker 13:28

O álbum seria mais tarde (1986) utilizado como trilha sonora do filme alemão Das Kalte Paradies (O Frio Paraíso, em tradução livre, sem título oficial em português).

Tour:

A turnê nacional Lonesome Crow durou cerca de um ano (1972-73) e foi feita de forma a atender algumas limitações próprias: a primeira e principal delas, os SCORPIONS se resumiam a abrir os shows da banda inglesa UFO na Alemanha, a segunda e mais icônica: se locomoviam entre as cidades onde fariam apresentações junto com todos os equipamentos em uma única e velha VW Kombi, adquirida através de um esforçado rateio entre Klaus Meine e os irmãos Schenker. E assim como os que acreditam que tudo na vida tem um propósito, estas duas limitações teriam repercussões na saga da banda, como veremos nos próximos capítulos.

Avaliação:

Tal qual um historiador do pós-guerra, um ex-árbitro comentarista televisivo ou ainda um ex-cineasta crítico de cinema, não existe tarefa mais fácil do que comentar (e criticar) o início de uma banda conhecendo toda a sua fama e repertório…

Um começo fraco… Esta talvez seja a melhor definição para Lonesome Crow. Com melodias que em algum instante lembram Black Sabbath, Led Zeppelin ou mesmo Rolling Stones, mas de forma piorada e desorganizada. Os irmãos Schenker conseguem entregar alguns reefs interessantes, mas é só. Klaus Meine passa aqui completamente despercebido como vocalista. A audiência, assim como nós, responde passando indiferente a esta turnê e álbum. Fica claro então que a banda ainda não havia se encontrado. Sem dúvida alguma, um dos releases mais fracos do SCORPIONS.

Premiações:

Lonesome Crow e suas músicas nunca atingiram posição de destaque, tão pouco receberam algum prêmio.

Para seu iPod:

Avaliação do álbum: 2 estrelas ( * * )

Ouça: I’m Going Mad; Leave Me.

[ ]’s

Julio.



Categorias:Curiosidades, Discografias, Resenhas, Scorpions, UFO

17 respostas

  1. Amanhã publicamos o último capitulo da discografia do Kiss e ficamos felizes por termos uma outra para apreciar – a do Scorpions pelo Julio.

    Bom, show de bola o primeiro capítulo e fiquei com vontade de ouvir o album, que já conheço um pouco.
    Concordo com o seu excelente review – não tem nada a ver nem com a primeira fase do Scorpions – parece outra banda, muito mais para o começo do Sabbath do que qualquer outra coisa.
    Acho que nada desse album ficou para a posteridade e a banda teve que mudar ou melhor – se achar para ir em algum lugar.
    O Black Lawless disse que se o primeiro album é o mais fácil de fazer, pois você tem muito tempo para compô-lo, e se ele é ruim, nada mais prestaria – ledo engano como veremos a seguir.
    Vamos esperar o 2o capitulo.
    Parabéns e Abraços
    Flavio Remote.

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  2. Julio,

    primeiramente, obrigado e parabéns pela primeira parte da Discografia Scorpions.

    Gostei bastante da estrutura que você montou para apresentação geral do disco, e destaco o título final, “Para seu iPod”, onde você coloca os destaques do disco. Pô, demais mesmo essa ideia!!!

    Sobre o disco (e sobre o Scorpions como um todo), conheço MUITO pouco. Tenho certeza que essa discografia fará não só meu conhecimento aumentar (naturalmente), mas principalmente meu interesse musical por eles.

    Mais uma vez, parabéns pelo trabalho e estou a disposição para qualquer ajuda.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  3. Opa galera! Parabéns pela iniciativa! Scorpions é uma banda a qual acompanho mais. Tornarei assíduo em acompanhar a discografia!

    abraços de Imperatriz-MA

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  4. Excelente resenha, eu também já conheço um pouco o álbum , e num geral concordo com a opinião do autor. A coisa já começa a esquentar no próximo capítulo, que aliás, mal passo esperar para ler. Grande contribuição, Julio!!

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  5. Não concordo com o seu comentário sobre esse disco!! O problema desse disco ñ ser aclamado nem muito conhecido é o fato de suas músicas ñ ter apelo comercial!! Prefiro os discos dos Scorpions da década de 70 por eles serem mais ousados em sua sonoridade e mostrar um Scorpions ultrapassando barreiras musicais!! Lonesome Crow prova isso!! A partir dos anos 80 Scorpions perdeu muito da sua originalidade e seu som ficou semelhente a milhares de bandas do mesmo estilo!! Acho que muitas pessoas só consideram uma banda boa se ela tiver reconhecimento na mídia!! Eu não penso assim!! Scorpions forever!! “If your blood s too hot stand up and rock with me”!!

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    • Olá Edu, primeiramente, seja bem-vindo ao blog do Minuto HM.

      Aqui no Minuto HM, procuramos comentar e discutir as coisas, mesmo com opiniões distintas do autor do artigo (seja este ou qualquer outro aqui) ou qualquer outro comentário realizado no artigo – desta forma, aprovei seu comentário para o post em questão.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

      Curtir

  6. Conheci o Scorpions em 1976, quando foi lançado, no Brasil, o álbum Fly To The Rainbow. Gostei! Depois adquiri os “In Trance” e “Virgin Killer”, importados. Eles não haviam sido lançados no Brasil. Fiquei fã da banda, e jamais poderia esperar que ela ficasse tão popular. Mas, como de praxe, o som do grupo foi caindo, nos anos 80. Até que “Crazy World” , é bonzinho. Mas a melhor fase, foi até o “Animal Magnetism”. Outra coisa: com a saída de Ulrich Roth, o Scorpions perdeu muito.

    “Lonesome Crow” é bem diferente mesmo, de fato, até parece ser outra banda, mas o disco é ótimo!!! Um dos melhores, talvez o melhor. Um típico disco de banda alemã dos anos 70, nunca o som do baixo no Scorpion, teve tanto em evidência, a bateria idem. Backing vocals, um pouquinho de efeito eletrônico, letras de cunho existencialista, o bonito vocal de Klaus Meine, e ótimos riffs e solos de guitarras!

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    • Roderick, primeiramente, seja bem-vindo ao Minuto HM. Seu comentário é excelente, muito legal mesmo, e creio que bastante em linha com o que a ótima discografia trazida pelo Julio e amigos traz por aqui.

      Continue participando por aqui, ok? Sempre muito bom ter opiniões bacanas como a sua permeando os posts e ajudando a complementar o texto.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

      Curtir

    • Roderick,

      Agradeço seu comentário, continue acompanhando o Minuto HM pois como já deve ter lido, por aqui muitas vezes os comentários são melhores ou tão bons quanto os posts.

      Quando alguém diz curtir Scorpions, é sempre possível emendar uma pergunta do tipo “Qual período dos Scorpions?”. Algo como Star Wars/Star Trek ou Malmsteen/Steve Vai onde quem gosta do primeiro odeia o segundo e vice versa.

      Para analisarmos a predileção por um ou outro período da banda imagino que entraríamos em aspectos psicológicos da personalidade de cada um e fugiria completamente da nossa (pelo menos da minha) alçada.

      E esta é uma das pedras fundamentais do Minuto HM, manter a diversidade de opiniões lado a lado, facilitando com que todos enxerguem diversos aspectos até então não percebidos até que alguém de opinião diferente o mencione.

      No primeiro parágrafo da seção de Avaliação, quando eu disse que “(…) não existe tarefa mais fácil do que comentar (e criticar) o início de uma banda conhecendo toda a sua fama e repertório (…)” estava justificando que olhando o primeiro disco ‘de trás pra frente’, sabendo tudo o que já criaram, podemos considerá-lo fraco – mas em uma observação tão simplista quanto a própria descrição. Evidentemente é quase que uma banda diferente, não há o apelo comercial, a produção blockbuster e diversos outros fatores que tornariam os Scorpions o que são hoje.

      [ ]’s
      Julio

      Curtir

  7. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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