Campanha Ingresso Justo: o Minuto HM apóia!

Caros,

como de costume, abrimos espaço para mais uma campanha interessante na internet e que fomos procurados no início da semana para dar o nosso devido apoio. A causa é justa e já estava mesmo na hora de surgir um movimento estruturado para tal. Abaixo, partes do release oficial da campanha:

Provavelmente todos já perceberam que os ingressos para shows estão ficando cada vez mais caros. Soma-se a isso a falta de profissionalismo de algumas empresas que tratam o consumidor como LIXO. A desculpa é sempre a mesma: “o governo [sic] não dá condições para que os preços sejam menores”. Não que isso não seja verdade, muito pelo contrário, faz os preços aumentarem muito, mas na maioria dos casos há abusos absurdos que não podem ter isso como desculpa.

O desrespeito pelo consumidor é cada vez mais frequente. As empresas não respeitam as mais básicas leis.

O Brasil tem recebido cada vez mais grandes eventos que geram empregos e movimentam a economia. Queremos que a cultura seja acessível igualmente à todos independente de seu poder de consumo, classe social, cor ou sexo.

A Campanha Ingresso Justo tem como objetivo chamar a atenção de todos para os preços abusivos cobrados nos shows no Brasil, discutir, propor e reivindicar soluções que beneficiem consumidores, empresas e artistas.

A iniciativa privada deve cumprir sua parte, respeitando os direitos do consumidor, evitando a prática de preços abusivos e fazendo valer o direito de TODOS, enquanto cidadãos, de terem direito a entretenimento por um preço justo.

Chamamos a atenção dos órgãos de proteção ao consumidor, que devem zelar pelos direitos dos consumidores e protegê-los dos abusos e limitações impostas pelos que agenciam e promovem os shows.

Dos consumidores, que não podem abrir mão de lutar pelos seus direitos sem que sejam privados de prestigiarem seus artistas e ídolos preferidos.

(…)

Agora falando da meia-entrada, que muitas vezes é usada como desculpa. Veja o que o Procon de São Paulo diz a respeito:

É correto os organizadores de eventos/shows limitarem a venda de meia entrada?
Não. A concessão de meia entrada deve ser garantida para todos os alunos que se enquadram na Lei Estadual nº 7844, de 13/05/92 e Lei Municipal nº 13715, de 07/01/04, ou seja, estudantes do ensino fundamental, médio e superior, sendo estendido no municipio de São Paulo, para alunos de cursos pré-vestibulares, profissionalizantes (básico e técnico) e pós-graduação. Se houver recusa no cumprimento da lei, o aluno, poderá adquirir o ingresso com valor integral e requerer posteriormente a devolução da quantia paga a maior, através de um órgão de defesa do consumidor ou o próprio Poder Judiciário. Para isto, deverá apresentar o ingresso e a identificação estudantil.
Fonte: Procon
O artigo 2º da lei municipal nº 11.355/93 que limita a 30% do total de ingressos a venda para estudantes acaba sendo anulado pela lei estadual 7.844/92 onde não existe esse limite. Como há divergências entre as leis, a lei estadual prevalece sobre a municipal fazendo com que essa cota de ingressos para meia entrada seja proibida.
Segundo o Procon, a venda de meias-entradas deve ser feita não só nas bilheterias, mas também via internet e telefone. Ainda de acordo com informações do Procon-SP, as produtoras de eventos não podem limitar a venda de ingressos especiais para estudantes a dias, horas ou locais específicos. O estudante tem direito à compra de ingresso de todas as formas oferecidas ao público em geral.
Outra pratica ilegal é a taxa de conveniência cobrada em percentual. Segundo o Procon-SP, a taxa de conveniência só pode ser cobrada se tiver um preço fixo, independentemente da localização do assento escolhido pelo cliente.

Quem quiser, pode participar do abaixo-assinado aqui.

Ao pessoal da campanha, parabéns pela iniciativa e boa sorte no processo, que apoiamos com louvor, sempre que seja conduzido a partir dos melhores princípios que a ética e a justiça possam entregar – no momento, há muito trabalho e espaço para que o verdadeiro fã não “pague o pato”… e aquelas coisas tipo “pista golden“…

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Agenda do Patrãozinho, Artistas, Cada show é um show..., Minuto HM, Off-topic / Misc

19 respostas

  1. O primeiro passo pro preço justo é acabar com a meia-entrada… É o princípio do imposto. Poucos pagam caro pq muito não pagam o que deveriam pagar. Aí o preço justo vai pro espaço.

    My 2 cents…

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    • O problema com a meia-entrada começou com a carteirinha de estudante sendo emitido pela Pizza Hut e por outras coisas não-acadêmicas, como Jovem Pan, etc.

      A raiz disso está no controle. Não acho que se deva acabar com o direito do estudante. O controle sim, deve melhorar, e bastante. Inclusive, deve ser auditado, fiscalizado.

      Os impostos são uma questão complicada em se falar, mas claro que há excessos no que são cobrados e repassados nos ingressos. No final, neste país, o “pato” é sempre repassado para o coitado do consumidor final.

      A taxa de (in)conveniência deveria ser extinta ou, NO MÍNIMO, dar mesmo algum direito VERDADEIRO de conforto ao consumidor. A questão “ponto de venda” não justifica as taxas praticada. Deve-se padronizar entre as empresas a taxa, CASO NÃO SEJA POSSÍVEL EXTERMINÁ-LA LEGALMENTE, aumentar o controle, auditoria e fiscalização, como para a carteirinha. Fora a HUMILHAÇÃO que é comprar um ingresso hoje em dia, principalmente dos shows grandes: site sem capacity (propositalmente, muitas vezes), telefones que não funcionam, filas em todos os lugares, falta de informação e organização, uso do termo “lote” que apavora o coitado do fã, forma marketeira para “criar demanda”, etc. Tudo isso deveria ser fiscalizado de perto.

      O Brasil é o país do momento no mundo, está forte e estabilizado, é destaque no BRIC, mas isso não significa que a classe média aguenta pagar estes preços abusivos que vem sendo praticados… pois não aguenta, haja vista os cancelamentos de shows recentes que tivemos por aqui.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  2. No mínimo já até passou da hora de tomar alguma atitude a respeito, pelo menos trazer à tona a exploração da tal taxa de inconviniência.
    Apoio a iniciativa, mas é uma pena que até agora pouco mais de 300 pessoas tenham assinado o abaixo-assinado

    Alexandre Bside

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    • B-Side, a campanha é relativamente recente e está sendo feita em um mês que ainda pode ser considerado “férias”. Posso comentar que o Minuto HM está sendo envolvido no movimento juntamente com dezenas de blogs na internet brasileira.

      As ideias ainda estão surgindo e tudo está caminhando para o movimento crescer. Há algumas coisas que estão sendo discutidas neste fórum para serem colocadas em prática que deverão sim aumentar o número de assinaturas e de conhecimento popular da ótima campanha. Me parece que a turma envolvida é consciente e, com a ajuda e contato de todos, talvez tenhamos resultados em um futuro a médio prazo. Há muitas ideias sendo fomentadas e começando a serem colocadas do papel para a prática.

      Conforme a coisa for se desenvolvendo, vou atualizando todos por aqui. Por enquanto, está sendo feita a divulgação em blogs e alguns canais formais de comunicação. Na Kiss FM já foi comentado, por exemplo, no Alternativa Kiss, pelo próprio “titio” Marco Antonio.

      Vamos que vamos, esperando por mudanças éticas e justas.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Vamos continuar a campanha – já são 427

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  4. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  5. Matéria interessante, porém creio que algumas informações-chave não divulgadas atrapalham para que possamos ter o entendimento completo do assunto.

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110719/not_imp746678,0.php

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  6. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • A que ponto chegamos…

      Apesar das coisas serem devidamente apontadas como irregulares e as empresas estarem sendo supostamente “multadas”, está muito claro que a operação como um todo está muito mais lucrativa que as multas que estão sendo pagas.

      Sendo absolutamente claro: a receita é muito maior que a despesa e está valendo a pena para estas empresas pagarem as multas pois o dinheiro arrecadado está sendo muito maior.

      “Quer multar? Multa! A gente paga e continua ganhando muito mais do que se não fizéssemos as vendas da forma que fazemos”.

      Solução? Aumentar os valores das multas e fiscalização. Mas aí entra também o fator humano e… melhor eu parar por aqui.

      É uma vergonha sem tamanho… até quando?

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  7. É um absurdo mesmo. E revoltante!
    E, infelizmente, acho que aumentar multa não resolve o problema. 
    Como um exemplo, saindo um pouco da área de entretenimento, vejamos o caso da Americanas.com. A empresa está impedida pelo Ministério Publico do Rio de realizar novas vendas até que todos os pedidos realizados no RJ tenham sido entregues, sob pena de multa diária de 20 mil reais. A Americanas ignorou a multa e o MP aumentou para 100 mil/dia! E continua ignorando, afinal o que são 100mil para quem fatura 11 milhões por mês?

    Como já vimos que multa não resolve, então qual seria a solução? Proibir estas produtoras de realizarem seus eventos até que elas parassem de vender ingressos a preços abusivos? E nós? Ficaríamos sem shows? É uma faca de dois gumes…

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    • Concordo plenamente com você, Suellen (inclusive, seu exemplo das Americanas foi ótimo), mas creio que há como pelo menos amenizar a situação através de ações como multas – desde que realmente possam “machucar” o spread da empresa. Afinal, não temos outro recurso – tudo na lei é baseada nisso, multas, punições… proibir a empresa de operar, no atual estado de monopólio e com o dinheiro que esta empresa faz girar na atual forte economia brasileira, é difícil.

      São muitos interesses ($$$$) em jogo e como eles sabem que é difícil um fã deixar de ir em um show, então a coisa fica assim…

      Precisamos de esclarecimentos, regras e mais clareza. A tal taxa de conveniência, por exemplo, é totalmente “desregulada”. Sem regra, cada um faz o que quer. E sempre sobra, como tudo na vida, para a parte mais fraca da cadeia: nós.

      E tudo isso para algo que nada mais é do que o direito do consumidor: pagar por algo justo e receber um serviço de qualidade – que, convenhamos, não temos em nenhum sentido: desde a compra do ingresso, como a locomoção, a acomodação, a infra, enfim, tudo que envolve o espetáculo…

      É revoltante…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  8. Aqui um update do que o Maiden está fazendo no Reino Unido para combater a palhaçada que assola a todos – me surpreende que eles digam que é lá que os maiores abusos acontecem… http://www.blabbermouth.net/news/iron-maiden-announces-extensive-plans-to-protect-fans-from-ticket-piracy-profiteering-and-counterfeiting/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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