Discografia HM – [Novos projetos, velhos conhecidos] California Breed

Panela velha é que faz comida boa…

Tenho uma vontade incansável de descobrir bandas novas e expandir o meu vocabulário musical. Essa vontade foi um dos estopins para a série Novidades HM, abraçada pelo time do blog, e que está trazendo aos leitores o contato com novos grupos musicais e novas experiências.

Só que tem horas que esses novos grupos musicais possuem uma figurinha carimbada: um músico que é bem conhecido dentro de sua carreira, solo ou de alguma outra banda. Algumas vezes chamados de “projetos paralelos” (outras não), o que não é escopo do Novidades HM, também trazem muita coisa boa, que muitas vezes passam despercebidos pelos fãs não tão fanáticos.

E volta e meia eu topo com bandas desse tipo: coisas que eu acho que são novas, mas na verdade são projetos novos com velhos conhecidos. E olhando para o teto hoje, resolvi que deveria escrever sobre isso: apresentar bandas (uma por post), extintas ou existentes, que não são escopo no Novidades HM, e que por vezes ignoramos a existência, devido ter um “nome novo”, mas que tem alguém conhecido e que geralmente entrega qualidade.

Para dar um pouco de suspense (se é que vai criar mesmo, sei lá), os títulos só terão a informação do nome da banda, não mostrando quem é a figurinha carimbada. Ideia que tive, assim, rápida como a cerveja que desce goela abaixo em uma dia muito quente, e que pode mudar mais tarde.

E nada mais justo que começar pelo álbum que eu estava ouvindo e que me deu essa ideia.


Banda: California Breed

Figurinha carimbada: Glenn Hughes

Banda de um álbum só. Na formação, o conhecido baixista do Deep Purple (que tem passagem por outras bandas e uma excelente carreira solo), junto de Jason Boham (filho do John Boham) na bateria e Andrew Watt, guitarrista, que também assume os vocais junto de Glenn.

Jason Boham também é um músico conhecido, convenhamos, mas é mais lembrado pelo sobrenome que seu pai construiu no Led Zeppelin do que com suas artimanhas nas baquetas. Não que não seja um bom baterista, mas a “figurinha carimbada”, aqui, eu mantenho o Glenn e fim de papo!

Já Andrew Watt é um daqueles músicos completos, que canta, toca e produz, mas que nunca entrou em algo de peso que ultrapassasse as barreiras dos E.U.A. (até o mês passado, já que ele  é o guitarrista e produtor do último disco de Ozzy, Ordinary Man, e isso deu uma maior projeção de seu nome aqui no Brasil, por razões óbvias).

A banda nasceu da separação do Black Country Communion, que Glenn e Jason eram parte. A cozinha resolveu chamar um novo guitarrista e criar um novo grupo, pois achavam que os artefatos criativos criados com o Black Country deveriam prosseguir.

A audição de seu único álbum, homônimo, é muito prazerosa, com um som calcado nos pilares oitentistas do rock’n’roll, doses de hard-rock e elementos de post-grunge, com uma pela pegada e um belo trabalho de mesa. São pouco mais de 50 minutos que se mantém acima da média todo o tempo, com uma música boa atrás da outra, bons solos de guitarra e até uma balada, All Falls Down.

A banda acabou pouco tempo depois de formada, com o desmanche iniciando com a partida de Jason Bohan, que chegou a ser substituído, mas; após isso, Glenn não achou justo continuar sem a formação original. Mesmo assim, é um álbum que vale a pena parar e sentar para escutar com calma. Sonzeira!

No youtube não há um “vídeo” com o streaming completo do álbum, mas há uma lista com as canções, mas meio que uma miscelânea, com várias performances ao vivo – ou seja, um famoso “catadão” que tiveram a boa vontade de criar. O álbum tem no Spotify e esse eu recomendo para comprar sem medo.

Beijo nas crianças!

Kelsei



Categorias:Curiosidades, Deep Purple, Resenhas

3 respostas

  1. Sim, Califórnia Breed teve repercussão quando a parceria com Bonamassa desandou conforme você menciona aí. Na época achei a banda com vida curta demais e não fazia ideia quem era o guitarrista.
    Muito bom trazer a voz do soul de Glenn Hughes. Esse clipe aí debaixo ele está incomparável.
    Eu gosto de Jason como baterista. Longe de ser um virtuoso mas só em ele trazer a sonoridade do pai e usar os mesmos kits já vale a audição

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  2. Tendo ouvido falar bastante deste trabalho, os músicos dispensam maiores comentários. É mais um para ficar na lista interminável de sons que preciso checar. De qualquer forma, Kelsei, vale a dica, ainda mais vindo de um minuteiro.

    Alexandre

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  3. Kelsei, que boa ideia fazer posts como esse!
    Talvez se não fosse sair por aqui eu jamais teria curiosidade de ouvir alguma coisa deste projeto. Pois nem o nome banda e nem a capa me chamariam a atenção, possivelmente passaria batido sem que eu soubesse que Hughes e Bonham faziam parte dele.
    Que venham muito mais posts como este post. Um abraço.

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