Paul Macca está de volta com sua eterna e de fácil nome “Got Back Tour”, que acaba de partir na Austrália e passará também pelo México, e em seu core, mais uma vez traz aquela enxurrada de hits atemporais que, sinceramente, nenhuma outra banda or artista chegou, chega ou chegará perto um dia. Aos 81 anos, é um verdadeiro privilégio pararmos um minuto (hm) para refletirmos sobre a energia deste Sir e o quanto o Brasil passou a ser um dos lugares especiais para ele passar nesta provável (???) despedida dele…

Sim, eu acho que, desta vez, podemos começar efetivamente a considerarmos que é uma tour de despedida. Desde que as primeiras datas começaram a ser anunciadas, a primeira coisa que percebi foi a possível não-coincidência de colocar o último show da tour no Rio, no templo Maracanã, onde Paul Macca, lá em 1990, viria pela primeira vez para nossas terras. O show é reconhecido por ele até hoje como um dos maiores e mais relevantes de sua magistral carreira e, assim, “fechar” por lá me faz crer que é proposital. Vale lembrar que o Rio não foi palco de TODOS seus shows depois que ele voltou a frequentar terras brasilis, que tanto o esperou de 1993 até 2010 – apenas São Paulo teve tal privilégio.

Assim sendo, minha intenção foi comprar todos os shows possíveis – e no final da primeira “rodada”, consegui, com a ajuda dos amigos Kelsei e Marcus, comprar para todos os shows na abertura das primeiras datas. E, para o Rio, não comprei o ingresso pela Eventim – fui direto para a “nave mãe” (VIP Nation) e comprei o Hot Sound – aquele ingresso que dá direito a ver a passagem de som na tarde no estádio com poucas pessoas e que, na verdade, de passagem de som não tem nada: é mesmo um show à parte, onde Macca e sua competente banda que hoje o acompanha já há tantos anos acaba executando poucas músicas do set core principal e dá espaço para lados B, C, D… de todas as fases da carreira musical de Paul (e de suas influências também) – ou seja, um verdadeira presente de músicas dos anos 1940/50 para frente!

Com os ingressos virtuais “em mãos”, foi hora de começar a logística de hotéis e passagens aéreas. No Rio, o privilégio de contar com a amizade única dos gêmeos e poder saber que pelo menos nos veremos durante o final de semana para um bom papo. Em São Paulo, a companhia de diversos amigos, claro, Rolf e Marcus em um dia, e outros amigos como meu professor de bateria e esposa em outra data.

E, aí, começou o “inferno”: shows extras. Lá fui eu encaixando mais um em São Paulo. E, há poucos dias atrás, a surpresa do show extra em BH (não esperava mesmo por essa!). Com 7 shows já na conta, recebo um e-mail da empresa aérea dizendo que meu voo havia sido alterado (justo o de BH) e que eu poderia remarcar o voo sem custos. Estava em viagem a trabalho e não consegui dar a atenção!ao devida – achei também que a compra do show extra na pista premium não seria mais possível. Mas havia ingresso disponível. Sem titubear, consegui alterar então o voo para voltar um dia depois de BH para São Paulo, estou em processo para ver a reserva do hotel e, com isso, fechar os 8 shows, ignorando todos os outros shows e eventos que estão rolando em SP por um tempo para poder cumprir essa loucura sem precedentes até para um louco como eu, que já tinha visto por duas vezes 5 shows do Iron Maiden em suas respectivas tours – mas OITO shows e uma passagem de som, realmente, fica injustificável para 99% das pessoas do mundo. Será que o leitor daqui entende? Acho que sim.

Será um enorme prazer poder provavelmente me despedir do maior músico de todos os tempos. Somadas as horas de show e do Hot Sound, será mais de um dia inteiro vendo-o no palco nesta que marca também sua maior tour no Brasil. O investimento, entretanto e obviamente, é muito maior que “apenas” isso – até férias terei que tirar no trabalho para poder encaixar. Há muito mais nos bastidores familiar, o que também sou extremamente grato.

De resto, é realmente inacreditável tentar mensurar o que isso significa. Paul, claro, está com a voz bastante desgastada, falhando, e isso faz alguns anos já. Mas vê-lo ainda fazendo que faz – tocando minimamente 4 horas e meia por dia de show (hot sound e show somados) é, para mim, um sinal de que estamos de frente a alguém inigualável. Assim, o esforço do meu lado é muito grande, mas o retorno, não tenho dúvidas, estará pago com muitos juros de um gênio que tivemos o privilégio de dividirmos o planeta ao mesmo tempo!

Bom, falta pouco agora, Paul. Obrigado por GET BACK, YEAH, GET BACK TO WHERE YOU *WILL ALWAYS BELONG*!

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• Clique aqui para ver os posts pré-show desta cobertura especial.
• Clique aqui para ver post com as resenhas combinadas de todos os shows “oficiais” do Paul McCartney pelo Brasil em 2023.

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[ ] ‘s,

Eduardo.

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