Para o incauto leitor que agora passa as vistas nessas parcas linhas desse que vos escreve, saiba que, em um 07 de janeiro, o mundo perdeu aquele que talvez tinha sido o mais influente baterista dos gêneros mais pesados de todos os tempos. Neil Peart, aos 67 anos, em 2020 perdia a batalha pra uma forma bem agressiva de câncer no cérebro. Baterista e letrista do Rush ele, assim como provavelmente muitos de vocês, foi um dos meus heróis de infância e adolescência. Tive a oportunidade de ver o Rush em 2002 e em 2013. Duas grandes emoções ao lado de amigos como Eduardo “Presidente” Rolim, Marcus Batera e Andrezito.
Uma nota curta aqui para agradecer por tudo: pela obra musical, pelos livros, pela virtuosidade, pelos tributos como de Buddy Rich, pelos vídeos detalhando sua técnica e todo o seu exemplo de humildade.
Muito obrigado em nome do Minuto HM!
For those about to rock… I salute you.
Rolf “Dio” Henrique
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Minuto HM – Retrospectiva 2024 
56º Podcast Minuto HM – 22/março/2024 – e a pausa dos podcasts… 
Minuto HM 
E já se vão quatro anos da partida de Neil Peart.
Já devo ter mencionado aqui: ao final de outubro de 2002 fiquei internado por mais de uma semana por conta de uma cirurgia que levara cerca de seis horas. Minha companhia naquele quarto de hospital foi meu disc-man com poucos CDs, entre eles dois CD-R com o possível setlist do Rush, que dali um mês desembarcaria no Brasil pela primeira vez em seus 30 anos de carreira. Apesar de ter também o Live After Death do Iron Maiden e o Dark Ride do Helloween, não parei de ouvir Rush pois já estava em minha tradicional fase de “estudos” pré-show, em que decoro letras e (confesso) aprendo as músicas que talvez ainda não tenha ouvido do trabalho mais recente. Houve atraso de 12 horas para o início da cirurgia, o que me deu chance de ouvir a coletânea dupla mais umas duas vezes, pelo menos.
Já na sala de cirurgia, enquanto injetava o anestésico a enfermeira me desejou “boa sorte”. Eu respondi: “eu vou dormir, boa sorte PRA VOCÊS que vão me operar e, doutor… não me deixe perder o show do Rush”. Vi o sorriso do médico por trás da máscara enquanto a enfermeira me pedia pra contar “de dez a zero”…
Não lembro de ter chegado no “cinco”, mas lembro da recuperação durante a semana seguinte ao som de Rush, das semanas seguintes em casa, e de ter ido (apesar de todo o protesto da família) ao menos ao show em São Paulo naquele 22/11/2002, ainda com dores, pontos e com um dreno saltando pra fora do abdômen, mas feliz!
Foi a primeira vez em que vi o Rush ao vivo, o que repetiria por duas vezes em 2010 durante a “Time Machine Tour”. Difícil não acreditar que a banda e as letras de Neil Peart tiveram papel fundamental em minha recuperação, e em muitos outros aspectos de minha vida de uma maneira geral. Além disso, aquela baforada do dragão do Vapor Trails antes de One Little Victory cauterizou todos os cortes e cicatrizou tudo que eu precisava! Então fica o agradecimento a Geddy Lee, Alex Lifeson e, obviamente, ao Professor, por tudo que nos deram em 45 anos de estrada – muito mais que “apenas” música.
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Um mestre na essência da palavra. Um cara tão discreto quanto genial. Um cara tão humilde quanto técnico. Influência absoluta de todos aqui e de todos que apreciam música – até quem possivelmente não goste de Rush. Um dos pouquíssimos que aqui mencionei:
Depois do relato do Caio aqui, fica muito difícil “acompanhar” (aliás, obrigado, Caio, por contar isso de novo, creio que a primeira por aqui, mas eu lembrava da história mais ou menos – fantástico). Mas só queria dizer que, de maneira sincera, não lembrei da data hoje – talvez porque seja a mesma data do aniversário do meu pai, que como sabem, não anda bem de saúde, e meu cérebro talvez não tenha ligado uma coisa a outra… enfim… ontem (sábado, dia 6), fui à Galeria do Rock e levei meus baixinhos. Na Stamp Rockwear, tradicionalíssima loja, comprei 4 camisetas infantis do Iron Maiden (2 para cada). Ao final, além de ganhar 2 adesivos (cada um escolhei um – o Eric escolheu do Trooper, o Ivan, do Master of Puppets), o cara falou que eu tinha direito a uma quinta camiseta “grátis”…
Achei que era somente infantil, mas ele deixou eu pegar uma para mim. Escolhi, então, minha primeira camiseta do Rush – da capa do Fly By Night…
Acontece que ele me ofereceu a tradicional e tinha uma outra que achei mais bonita. Era mais cara e ele disse que aquela não podia. Nada que uma boa conversa não resolvesse e eu então ficasse com a minha PRIMEIRA camiseta do Rush! Ahhh, excelente. E a usei HOJE, por aquelas coincidências que só esse blog possui…
Termino com essa fantástica homenagem de outro dos grandes no instrumento, um dos que mais foram influenciados por Peart:
Mais:
Watch MIKE PORTNOY, FRANK BELLO And JASON BITTNER Perform At 2024 Tribute Concert To Late RUSH Drummer NEIL PEART: https://blabbermouth.net/news/watch-mike-portnoy-frank-bello-and-jason-bittner-perform-at-2024-tribute-concert-to-late-rush-drummer-neil-peart
Obrigado, Peart!
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Dois moleques já com idade de ir à Galeria e escolher camiseta e adesivo. Tempo não passa, ele voa! Muito legal a coincidência da camiseta do Rush. E na Galeria sempre foi assim, nada que um pouco de negociação não resolva, rs.
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Rolf, obrigado por lembrar do mestre e para mim o maior de todos os tempos em seu instrumento.
Além disso, uma figura chave que não se consegue substituir por baterista que for, mesmo o discípulo Portnoy. Aliás, vivemos 13 anos de uma substituição de Portnoy por Mangini pra entender que não se trata apenas de pegar as baquetas. No Dream Theater, ficaram faltando os outros tantos aspectos. No Rush faltariam também, sem sombra de dúvida.
O que me faz refletir que a discografia do Rush aqui parou.
Abílio, onde você está ?
Precisamos desse retorno…..
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