Os “Superblackholes” do Rock – a dura vida de um músico qualquer

On the left, an optical image from the Digitized Sky Survey shows Cygnus X-1, outlined in a red box. Cygnus X-1 is located near large active regions of star formation in the Milky Way, as seen in this image that spans some 700 light years across. An artist's illustration on the right depicts what astronomers think is happening within the Cygnus X-1 system. Cygnus X-1 is a so-called stellar-mass black hole, a class of black holes that comes from the collapse of a massive star. New studies with data from Chandra and several other telescopes have determined the black hole's spin, mass, and distance with unprecedented accuracy.

Para quem não me conhece ainda, sou Abilio Abreu, guitarrista, baixista, e eventual quebra-galho em outros instrumentos como teclado e programação de baterias, trabalhei como técnico de gravação em estúdios de Curitiba durante vários anos, gravando e produzindo vários CDs de bandas locais.

Em 2016, faço 31 anos de aventuras pelos palcos, estúdios e bares da vida. Conheci muita gente, e diversas coisas (boas e más) aconteceram comigo nesse tempo que representa 2/3 da minha vida.

Ou seja, pode-se dizer que passei toda minha vida adulta estudando, compondo, ouvindo, descobrindo, aprendendo, ensinando e, principalmente, pensando nos diversos aspectos da música, com muita ênfase no Rock n’ Roll e suas sub-classificações, do pop ao thrash.

No início, você quer tocar “aquele riff”, ou “aquele solo”, e de repente, você deseja aprender “aquela música inteira”, quando de repente cai a ficha que você tem que simplesmente aprender “música”. Você só se torna um verdadeiro músico quando compreende que isso não é uma brincadeira, e que para chegar em algum lugar, muito estudo e dedicação são imprescindíveis.

Aí começa a fase mais árdua: teoria, escalas, harmonia, tablaturas, partituras, e horas a fio de prática para ver se os dedos começam a ir nas casas certas no tempo certo.

Enquanto isso, você conhece alguns outros caras que se encontram na mesma sintonia e nível de habilidade musical, e forma uma banda com o singelo intuito de “dominar o mundo”.

E é aí que tudo começa a ficar mais difícil ainda: fazer um repertório matador, criar um nome muito inteligente que nunca ninguém antes usou, pegar as músicas em casa, ensaiar, achar bares e festas que possam contratar a banda, ter a habilidade de fechar os shows sem ser explorado pelos contratantes, e começar a criar um público que sempre siga a banda aonde quer que ela toque.

E daí?

Os integrantes da banda (um ou dois deles geralmente) começam a gastar horas e horas de suas vidas compondo melodias e harmonias, escrevendo letras, criando arranjos e ensaiando, para fazer o tão promissor “trabalho próprio”, que será o instrumento da tão sonhada e indiscutível “dominação mundial”.

Claro que isso dá certo para alguns poucos sortudos (ou seriam, os mais competentes?), mais a maioria dos músicos acaba vivendo no eterno loop dos bares da vida, sem uma projeção mínima para que seus trabalhos próprios sejam ouvidos pela grande massa, ou até mesmo por uma pequena parte do público que gosta do seu particular estilo de Rock.

Eu me enquadro nesse grupo “B”, pois por mais perto que eu tenha chegado (gravei um CD solo em New York com a banda da Leny Andrade, por exemplo), nada me aconteceu; pelo contrário, nunca recebi um tostão por esse trabalho que desde 2000 está a venda pela internet afora.

Mas como fui abençoado por este talento (ou amaldiçoado talvez…) e gosto muito de música, não consigo e não posso parar. E continuo nos bares da vida tocando quatro horas quase ininterruptas por noite, e compondo e gravando minhas músicas próprias num home studio bem simples, para que um ou outro amigo paciente possa ouvir comigo (como já fizeram nossos membros do blog, o que agradeço eternamente).

Claro que comparar as coisas pode ser algo até infantil da minha parte, mas pensem que com o preço de um ingresso para um show internacional, você pode contratar minha banda para tocar a noite toda vários clássicos do Rock, tocados com bastante fidelidade e respeito. Não há uma disparidade muito grande nisso?!?

Recentemente, numa conversa pelo WhatsApp, ao mostrar um vídeo de minha banda atual para nosso colaborador Eduardo Schmitt, o mesmo brincou que eu seria o “superstar” do blog, e isso desencadeou uma profunda reflexão em mim sobre o “viver da música/fazer sucesso”, e criei este conceito sobre minha classe de músicos, os “superblackholes” do Rock:

“No universo da música, quem somos nós? Existem as “estrelas do rock”, que emanam uma luz que alimenta toda uma indústria que orbita ao redor delas: produtores, gravadoras, e outros seres exploradores… Todos os focalizam e suas existências são sugadas pelos que se aproveitam dessa luz, fora o assédio da mídia e do público (meteoros). Então quem somos? Os “buracos negros do rock”, uma força obscura e não compreendida do universo, que absorve e destrói tudo que está em sua volta, transportando tudo isso misturado em um vácuo para uma nova dimensão…”

E vocês, o que acham dessa minha elucubração insana?

keep orbitin’

Abilio Abreu

P.S.: A título de background story deste post e sincronicidade, a foto que escolhi para ilustrar o post é a seguinte: “Uma ilustração artística do que astrônomos imaginam que está acontecendo com o sistema Cygnus X-1.  Cygnus X-1 é um buraco negro de massa estelar, uma classe de buracos negros que advém do colapso de uma estrela massiva.”

E Cygnus X-1 é também o nome da série em duas partes do Rush: a parte I é a música de encerramento do excelente álbum  “A Farewell to Kings”, e a parte II é o lado A inteiro do subsequente álbum, “Hemispheres” – mais detalhes em breve na discografia da banda aqui no blog…



Categorias:Off-topic / Misc

14 respostas

  1. Louco isso hein . Até poético . Mas gera uma boa reflexão . Sempre tenho dúvidas sobre tudo isso, todo esse caminho percorrido . A energia pra continuar as vezes míngua , mas ainda bem que não acaba . Não há outra opção , tem que se continuar . Um grande abraço

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  2. Confesso meu desconhecimento do mundo prático da música profissional seja rock ‘n roll ou outra vertente musical qualquer. Mas reafirmo tua condição de superstar, ao menos no âmbito deste blog. Tenho plena certeza que todos integrantes tem imenso respeito e, admiração pelo teu conhecimento e desempenho no campo musical. Teus feitos em um dos ensaios MHM são referidos e todos podcasts, quando não em outras conversas. ‘superblackoles’? Não de onde estou vendo. Nunquinha.

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  3. Essa luta é continua e um buraco negro como nós hoje pode ser uma supernova galaxia lá adiante quem sabe? O que importa é realmente ser estrela de si mesmo e se auto orbitar em busca do sol todos os dias encontra-lo por poucas horas e ter o seu momento de trevas para fechar os olhos e brilhar no dia seguinte até colidir um dia com algum meteoro ou ser engolido de volta por um outro buraco negro…mas sem largar de sonhar…sem perder o brilho próprio sem roubar a luz de outrem para se dar bem na vida. Sucesso, Tamo na pista chova ou faça chuva… Curitiba é cinza mas somos multicores. Abraxx do Franzini

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  4. Abílio,
    Eu não vejo o tal buraco negro, eu vejo uma estrela de enorme magnitude. Acho que seu talento garantiria sua presença em qualquer banda que tem “aquele” sucesso, inclusive no nosso famigerado Rock n Roll.
    Imagino que a trilha é dura, às vezes traz as tais indagações do tipo. o que eu estou fazendo aqui?
    Eu acabo nem sendo um bom exemplo, pois na verdade acabei fazendo (novamente) como o Leão da Montanha e mirei a saída pela esquerda; e às vezes me questiono e muito, porque o prazer de tocar, ah o prazer de tocar… tem poucas recompensas equivalentes.
    Então dá facilmente para citar que além do seu talento (já exposto acima), admiro sua vontade, e sei que é só procurando o tal caminho que não tem fim, e sempre indo na expectativa de encontrá-lo, realmente a única forma de tentar, ou melhor de fazer.
    Se você tem aquela “chama” acesa (o tal prazer acima), continue tentando, e talvez quando menos se espera, as coisas acontecem.
    Desejo tudo de bom
    Abraços
    Remote

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  5. Abílio, já diria Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
    Tens uma alma monstruosa, um talento ainda maior.
    Eu me sinto um privilegiado por ter ouvido um álbum como o seu – O Open windows to nothingness.
    Me sinto um privilegiado em ter dividido as guitarras em algumas poucas horas de ensaio num passado que é tão recente e vívido na minha memória.
    E enquanto isso o funk carioca a todo o vapor.
    É injusto, mas vale por deitar a cabeça no travesseiro sem arrependimentos.
    Eu daqui, apesar de não ser qualquer exemplo, vou sempre lhe incentivar e admirar suas genialidades.

    Fica aqui o meu muito obrigado e minha torcida sempre

    Alexandre

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  6. Bom, Abilio e galera, eu particularmente gostei do post pois ele não é somente um relato-desabafo, e sim uma análise que pode ser inclusive levada a qualquer profissão, em minha opinião, onde existem “injustiças” semelhantes, especialmente se a “mão-de-obra”, independente do cargo, é “especializada”.

    Em resumo: quanto mais qualificação, dedicação, talento, maior a expectativa e mais difícil de conseguir entrar no cume da pirâmide.

    Faço um paralelo rápido com a qualidade que temos neste blog: o que “vale” este blog na internet? O Minuto HM já recebeu até oferta de compra – se não me engano, USD 3k. Vejam que “coisa”. O Minuto HM é outro que está nos “super black holes” neste imenso mundo online. Para este espaço ter este tema moderno, não ter propaganda e termos espaço para subir as nossas fotos, eu PAGO – em dólar – por isso. É justo? Nem precisamos responder…

    Abilio, a questão para mim é a expectativa. A maldita expectativa. Eu imagino o quanto você, que está efetivamente acima de outros músicos que conheço, assim como estão por exemplo os gêmeos, sofram de acordo com o que se espera de resultado, em país onde “Belo’s” e afins “triunfam” em termos financeiros. Isso é f… demais. Aliás, é o que eu sempre digo: infelizmente, CADA PAÍS TEM A MÚSICA QUE MERECE – opa, frase para nossas expressões. E aí vem sua música – brilhante, por sinal – a “Not Meant To Be”. Fazer uma música como esta é para poucos – muito poucos – e já mostra sua reflexão perante a expectativa de tantos e tantos anos de esforço, imagino.

    Aqui é um pouco do que cada um já falou e concordo: o xará disse que você é o “rockstar” do blog. É isso mesmo – eu reforço essa condição, e não teria motivos para “puxar saco”, sou normalmente muito direto com essas coisas, seja para o bem ou não. Já o Remote disse que não vê o buraco, e sim a estrela – comentário genial e verdadeiro – no meio do universo, as estrelas estão lá, independente de onde elas brilhem. Já o B-Side comentou algo que também é verdade, que é o prazer que temos de ter você aqui no blog, com seu conhecimento, e com seu talento único que não deve – isso é importante dizer – não deve para absolutamente NINGUÉM.

    Eu fico honrado de poder ler algo do tipo e de poder ter a oportunidade de ter você como companheiro por aqui e pena que não temos mais chance de nos encontrarmos – coisa que sempre precisamos aproveitar quando surgem as chances.

    Keep rockin’.

    [ ] ‘s,

    Eduardo.

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    • Eduardo, genial foi isso aqui:
      “O Minuto HM é outro que está nos “super black holes” neste imenso mundo online”.
      E vou reforçar também:
      …”infelizmente, CADA PAÍS TEM A MÚSICA QUE MERECE”…
      E o pior: já tivemos música bem melhor neste país (em minúsculo mesmo), e o desvio é cada vez maior.

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  7. AA,

    eu tenho o privilégio de ter um pedaço do seu enorme talento no meu vlog, sinto-me abençoado por todas as questões levantadas pelos manos. Nada a acrescentar.

    O mundo da música tem me dado algumas lições. Sou compositor, muito mais que músico. Por genética, estudo e preguiça, aprendi muitas coisas que alimentaram a minha paixão.

    Permita-me dizer o que eu penso sobre essa galáxia: o caminho para mim é mais importante do que o destino. E o sonho muito mais importante do que a realização, porque o que eu considero de fato um blackhole, é a ambição. It´s never ends.

    Dessas coisas que não se podem explicar muito, a convergência das vidas resultam em encontros fora do script. O Aliterasom conhecia o Minuto HM e o Minuto HM passou a conhecer o Daniel, que conheceu o Eduardo, os gêmeos, o Rolf, o Marcus…Em outra esfera, em quaisquer outros momentos, o que nos uniria senão esses encontros não planejados, mas habituados ao ocaso.

    Toda a sua dedicação, esforço e competência – predicados que louvamos e dedicamos elogios – levaram-no para mais perto de nós, mesmo que distante de outros e é só por conta deste ocaso é que você veio aqui e escreveu o que escreveu.

    Não classifico na arte – e talvez eu seja o último romântico – pessoas a partir da altura do brilho. Dizer que você é uma estrela, para mim, é mais do que a força de reconhecer quem você é como músico, mas toda a sua generosidade e esforço de estar aqui conosco. No meu coração, amigo, você não é uma estrela (apenas) por ser o melhor de nós, mas por ter escolhido estar conosco.

    E seja que destino se tomar, seja qual for a tua chegada, estaremos aqui te esperando.

    Daniel

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  8. Tenho uma frase que repito com alguma frequência: “Gostaria de ter sido artista, mas nasci fã”. Arranhei diversos instrumentos, sempre de forma recreativa e sem fazer aulas, mas nada além disso. Admiro quem o faz por profissão e, obviamente, por prazer.

    Vi o vídeo do bar ‘perdido’ em que vocês estavam tocando. Achei sensacional. Quantas vezes, quando mais novo, não perambulava por aí TORCENDO pra chegar em algum lugar em que pudesse ouvir uma música de qualidade, fielmente executada, por pessoas que estivessem realmente a fim de tocar.

    O objetivo de “dominar o mundo” de fato não tem nada de singelo, e nem de impossível. Mas mesmo que tal dominação mundial não venha, pode ter certeza de que artistas como você tornam o mundo de muita gente um pouco melhor, mesmo que só por aquelas horas em que estão no palco. E por isso eu agradeço! 🙂

    (Se eu tivesse conhecido vocês antes teria contratado a banda pra tocar no meu casamento… seria uma maravilha!)

    Um abraço!

    Curtido por 1 pessoa

  9. Prezados Minuteiros,

    Agradeço a sequencia de comentários, um melhor do que o outro, como já estamos acostumados nos posts aqui do Minuto HM. Sou muito grato pela atenção e reconhecimento de nossos Membros, muito obrigado pelas palavras de incentivo que realmente contam muito para mim!

    Acredito que vocês compreenderam que fiz esse post não como um desabafo visando uma vitimização espontânea, mas sim como uma mera constatação do que acontece nos dias de hoje. Já superei a tristeza e o inconformismo, o que me deu nova energia para continuar a fazer o que gosto, mesmo que ninguém venha a conhecer minhas composições. As faço porque há algo em mim que me obriga a fazê-las e isso só já é o bastante para não desistir nunca.

    Mas não posso deixar de constatar que é assustador o fato de que existam por aí milhões de músicos e artistas produzindo obras que nunca serão apreciadas pelo “grande público”. Ou seja, realmente chegamos à ruína do mercado do entretenimento, aonde a pirataria veio colocar o prego final no caixão de quem um dia sonhou em ter sua arte projetada para a fatia do público que lhes condiz. Houve uma discussão outro dia numa certa rede social com o guitarrista do Marillion em pessoa, o qual reclamou de estarem disponibilizando online faixas do novo CD ainda não lançadas, que foram fruto de anos de trabalho de muitas pessoas envolvidas, e não posso deixar de concordar com ele. E no caso do músico que pirateia agora penso que ele está mesmo é bebendo um pequeno copo de veneno por dia… É bastante contraditório o tema, principalmente no Brasil aonde o salário da maioria da população mal dá pra comprar comida, quem dirá gastar com arte e diversão… E o músico de hoje toca muito e recebe mal, como poderá ele renovar suas baterias se não for pela pirataria? É a cobra comendo o próprio rabo!

    Aquele mercado que emergiu com os Beatles, e levou nomes como Led Zeppelin, Pink Floyd e outros ao cume da montanha do mercado fonográfico, morreu por completo. Hoje temos milhares de bandas produzindo-se de forma independente, e nesse formigueiro fica difícil demais alguém despontar. Ou seja, não consigo ver, num futuro próximo, um novo Black Sabbath ou Iron Maiden, ou mesmo uma Madonna ou Michael Jackson.

    Devaneios à parte, retornando ao tema central do post, gostaria de explanar com mais detalhes o fato de eu ter escolhido o termo “Superblackholes do Rock”. Como já disse aqui nesse blog diversas vezes, sou extremamente curioso, e se gosto de um tema acabo me aprofundando abissalmente nele. Pois bem, sempre gostei de Astronomia e ciências naturais, mas quando assisti ao filme que hoje considero o meu favorito, o fantástico e ‘cientificamente-correto’ “Interstellar” dos irmãos Nolan, decidi estudar um pouco sobre o tema. Aí ando consumindo obras como a “Teoria da Relatividade” de Einstein e “The Fabric of the Cosmos”, de Brian Greene, assim como tenho acompanhando as missões espaciais da Nasa em busca das respostas sobre o sistema solar, seus planetas, os misteriosos buracos negros, e as inexplicáveis matéria escura e energia escura.

    Mas os buracos negros são meus favoritos: nunca foram observados pelo olho humano, pois nem a luz à eles sobrevive, e na maioria das galáxias, há um buraco negro massivo ao redor do qual giram as estrelas e sistemas planetários. E os buracos negros têm uma massa tão espetacular que distorcem o espaço-tempo, fazendo com que hipoteticamente o tempo passe de forma diferente à medida que as coisas se aproximam deles. Ou seja, o buraco negro é a força mais “kick ass” do Universo, e apesar dos avanços científicos, estamos ainda longe de compreendê-los.

    Acho uma boa metáfora, já que o “músico de boteco” é o cara que deve saber tocar decor e salteado tudo que todo mundo quer ouvir e um pouco mais, ele tem que absorver tudo e interiorizar a fim de transformar essa matéria toda em uma nova energia. E isso acaba por demais influenciando este tipo de músico quando vai compor, e aqueles que buscam a originalidade, vão reciclar tudo que sabem em uma coisa nova, e por muitas vezes, inatingível e incompreensível como um buraco negro.

    E gostei muito do nosso Presidente ter levado essa comparação ao nosso blog, pois concordo que ele também é um dos “superblackholes” desse segmento, aqui tudo é absorvido e ideis até muitas vezes simples acabam virando algo inédito e sensacional!

    keep absorbin’

    Abilio Abreu

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    • Meu jovem, eu não o conheço, mas entendo muito bem seu ponto. Tenho amigo músico (que trabalhou já inclusive com o selo da Hellion Records), tem 3 CDs, vi ele se dedicar até sangrar, pagando quincalhões de coisas do próprio bolso e o retorno ser muito pouco (bem, digo o retorno financeiro, porque o retorno de amigos e contatos que ele fez no mundo da música é surreal).

      Realmente “dominar o mundo” é algo pra poucos, e, como já foi dito em posts anteriores, em todas as profissões é possível fazer um paralelo do Super Black Holes. O mais importante é nunca desistir e continuar fazendo aquilo que se gosta, pois uma hora ou outra vem a recompensa, que pode não vir na forma de “dominação mundial”.

      À propósito, tem algum local onde eu consigo ouvir / comprar suas músicas?

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      • Obrigado pelo feedback, Kelsei!

        Realmente, como você e outros acima bem colocaram, vemos várias “injustiças” em todos os campos profissionais, pois nem sempre o mais dedicado tem o retorno que merece.

        Agradeço o teu interesse em ouvir meus trabalhos, e para tanto, sugiro que inicie com esse post de 2013 aonde nosso Presidente Dutecnic apresenta meu disco conceitual “Open Windows to Nothingness”: https://minutohm.com/2013/07/09/abilio-abreu-open-windows-to-nothingness/

        Este CD também aborda o tema deste post, quando o protagonista pondera se ele era “Not Meant to Be”, espero que curta, pois este CD foi composto e gravado com muita dedicação da minha parte de forma totalmente independente (literalmente!).

        Caso queira ouvir outros trabalhos mais recentes, inclusive várias composições em português que também curto fazer, poderá achá-las na minha página do Soundcloud: http://www.soundcloud.com/abilioabreu

        keep listenin’

        Abilio Abreu

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