Discografia HM – Queensrÿche – Promised Land – 18/out/1994 – 30 anos

Mais um trintão no ano, Promised Land é outro dos meus álbuns favoritos que assopra as 30 velinhas em 2024. E ao contrário da série de álbuns de 1984, para os álbuns de 1994 que venho trazendo aqui a minha régua é bem mais restrita. Embora eu tenha certeza que há vários álbuns que poderiam estar em uma homenagem pelos 30 anos de lançamento, minha relação pessoal da lista de 1994 é restrita a apenas cinco trabalhos. Promised Land é, cronologicamente, o quarto desta sequência.  O fato de trazer apenas cinco discos que completam 30 anos em 2024, reforço, tem muito mais relação com o fato de eu em 1994 já estar passando por uma fase onde o meu apuro crítico e a minha empolgação precisassem serem mais sacudidos que no tempo nas descobertas de adolescente. Ou seja, apesar de eu achar que 1984 para o metal e hard rock é um ano com poucos concorrentes em termos de quantidade e qualidade, não dá pra cravar que 1994 ou outro ano próximo tem uma safra menos relevante.

Pra contextualizar, em outubro de 1994 eu tinha acabado de ser pai. E desta série de álbuns de 1994 que estou traçando linhas neste ano, este é o único que comprei no lançamento, os outros que aqui foram ou serão citados foram conhecidos bem depois. Já era uma época onde eu dava muito mais valor aos discos que também fossem fruto de um amadurecimento, seja ele na proposta, da evolução musical da banda, dos músicos, ou outro aspecto correlato. Promised Land é provavelmente que mais reflete este amadurecimento duplo, tanto meu e quanto do próprio Queensrÿche.  É um disco para adultos, por assim dizer.

E sim, eu não vou traçar especificamente neste momento detalhes sobre o álbum, pois isso eu mesmo fiz antes aqui no blog.  O momento é apenas para reviver com alegria as memórias da compra do álbum já em formato de cd, do tanto que eu o ouvi já no meu primeiro apartamento como casado, dos cuidados com a filha recém-nascida. As memórias são de uma época muito feliz, de uma vida que eu jamais poderia me queixar, até hoje.

Em relação ao conteúdo musical, além do que já escrevi antes, só reforço que este é o meu álbum favorito da banda, com certa facilidade. Posso acrescentar também a informação acerca da minha faixa favorita, já que isso eu não escrevi em 2018. Out of Mind é a minha eleita, pelo conjunto que engloba a delicadeza do instrumental, o solo irretocável e na medida de Chris DeGarmo, a melodia melancólica dos vocais de Geoff e a letra que traça considerações sobre doenças mentais. Promised Land traz um grupo ímpar e com ampla variedade nas canções, o desprendimento de qualquer estilo. Naquele momento, o Queensrÿche era uma banda madura, capaz de experimentar com categoria para qualquer direção que apontasse suas flechas, tudo isso volta hoje de forma bastante sedimentada. É uma pena que isso tudo que escrevi aqui não seja uma unanimidade, já que o álbum foi bem criticado por boa parte daqueles que fizeram do álbum anterior, o multi-platinado Empire, o sucesso que foi.

Mas pra aqueles que passaram ou mesmo não passaram por aquele momento de amadurecimento simultâneo ao vivido pela banda e por mim por volta de 1994, mas admiram tanto Promised Land, vai aqui um muito obrigado por eu ter essa sensação de que pertencemos a um restrito grupo privilegiado. Um grupo de fãs que se deslumbra ainda hoje, 30 anos depois, revisitando o álbum enquanto escrevo essas linhas. E se emociona com momentos mais específicos, como nas lindas melodias do piano, cordas e guitarras de Lady Jane, que estão chegando aos meus ouvidos exatamente agora.

Este será sempre o meu álbum favorito desta banda tão querida.

Escrever essas linhas era uma obrigação, um necessário agradecimento aos esses cinco incríveis músicos de Seattle. Chris, Michael, Eddie, Scott e Geoff, meu sincero muito obrigado!

Bem, estamos enfim quase chegando ao fim. Para aqueles que vem me acompanhando durante as duas séries, eu ainda volto por apenas mais 2 vezes, para fechar ambas.

Até!

Alexandre B-side



Categorias:Curiosidades, Discografias, Queensrÿche, Resenhas

5 respostas

  1. Não sei dizer quando adquiri o álbum. Como passei por um grande hiato entre 1990 e 1999, muita coisa ficou para traz sendo resgatado um bom tempo depois. Também veio a família nesse período e o foco mudou bastante. 

    Esse é um dos álbuns preferidos, mais introspectivo e ache que mais Prog na minha percepção. Essa banda querida e longínqua vai seguindo com bons álbuns e alguns nem tanto. 

    Parabéns pela bela homenagem merecida desse ótimo álbum. 

    Valeu e até breve!

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  2. Muito Maneiro essa Conexão da música com a vida afetiva…e que conexão ……muita coisa relevante e importante de vida que cruzou com Promised Land. Pergunta: posso entrar por Out of Mind?

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