Cobertura Minuto HM – [ESPECIAL] Paul McCartney em SP – 16/out/2024 (show 2/2) – Got Back Tour (2024) – Meet & Greet com Paul McCartney

Galera – a parte 2 do relato da Letícia é qualquer coisa que só esse blog mesmo para unir. À Leticia, além dos necessários “parabéns”, deixo o obrigado em nome do Minuto HM por ter compartilhado conosco esse texto e memória sensacionais que, agora, ficam eternizados por aqui. E quero destacar que nosso amigo de tantos anos aqui do blog, o Charles, também estava no Hot Sound deste dia e que, espero eu, também veremos um relato dele publicado por aqui (eu o encontrei no final do show, lá na grade, onde é o lugar dele).

Conhecer Paul McCartney é algo que levo no nível da fantasia – seria como conhecer algo que não existe, tipo um super herói, ou um ancestral, sei lá, algo que “não é viável”. Mas, vejam só, é viável sim.

Paul McCartney é a referência absoluta do que é ser um artista completo. E isso só mostra mais um dos inúmeros lados desse fato. Como sempre digo, não há ninguém que conseguiu, consegue, e dificilmente conseguirá chegar neste nível.

Com vocês, um Meet & Greet com o maior dos maiores Sirs – e que arrancou lágrimas minhas, só de ler. E, de quebra, a Leticia ainda trouxe comentários dos outros felizardos. Sem dúvidas, o que está abaixo é a essência de ser um fã da música, e um dos pilares deste blog existir.

[ ] ‘ s,

Eduardo.

Por Letícia Gonçalves.

Como contei pra vocês no relato do Hot Sound do dia 15/10/2024, dia 16 retornei ao Allianz Parque com um privilégio enorme: conhecer Paul McCartney. Não foi minha intenção (ou talvez sim, haha) deixar vocês na curiosidade em saber como foi essa minha aventura. Então cá estou mais uma vez muito feliz em dividir o maior sonho da minha vida, ou melhor, das nossas vidas.

Quando comecei a escrever esse texto era um relato sobre a Leticia e como começou esse amor pelo Paul, mas na verdade essa história não é só minha, essa história pertence a 10 pessoas conectadas pelo Paul para sempre. O sonho da Carol, Flávia, Grahl, Helena, Karen, Laura, Pietra, Rina, Vinicius e meu.

Então decidi contar essa história com ajuda dessa galera.

Desde 2010, quando o Paul retornou para o Brasil após a última passagem em 1993, diversos concursos e sorteios foram feitos para conhecê-lo. Não só eu, mas algumas outras pessoas do grupo também participaram não só uma, mas inúmeras vezes. No meu caso, até em concurso de desenho eu fui parar (e olha que nem saber desenhar eu sabia), tudo pelo Paul.

Mas no dia 20/09/2024 nosso destino mudou. Um blog lançou um concurso cultural que contemplaria 10 ganhadores a ir na passagem de som, um ingresso pista premium e o melhor, conhecer o Paul. A missão (não tão simples) era gravar um vídeo de 30 segundos inspirado em uma música, show ou momento da carreira de Paul mostrando nosso amor por ele (faço das palavras da Laura às minhas: essa parte foi a mais fácil).

Teve vídeo de tudo quanto é jeito, missão para reproduzir capa de álbum, envolvendo a família toda, arrancando boas risadas, contando histórias emocionantes e por aí vai. 

No dia 03/10 às 18h saiu o resultado, a sensação de ver meu nome ali entre os vencedores é indescritível. Foi, com certeza, a maior emoção da minha vida, lágrimas misturadas com gritos de alegria. 

Alguns dias depois recebemos instruções da produção do concurso, como horário, local de encontro e algumas regras. 

Durante o show do dia 15, eu fiquei muito emocionada e cada olhar do Paul eu pensava: é amanhã! Chorar em Let it Be, Blackbird, super normal mas eu estava tão emotiva que até New arrancou lágrimas minhas.

No dia 16/10 acordei com uma sensação anestesiada, não parecia real o que me aguardava. Eu e os outros 9 vencedores combinamos de almoçarmos juntos no shopping, foi muito legal conhecer pessoalmente as pessoas que agora dividem não mais um sonho mas um momento mágico para o resto das nossas vidas. Aproveitamos para nos conhecer e compartilhar nossas histórias com o Paul. Gente que cresceu ouvindo Beatles, que aprendeu inglês ou instrumento por influência deles, que ensina os filhos a amarem, que segue o Paul pelo mundo…muitas histórias lindas.

Às 13:10 nos encaminhamos para o portão C1 do Allianz, já que nós pediram para chegar às 13:45 e pontualidade era o objetivo de todos nós. Alguns dos vencedores foram na frente e foram informados que deveríamos aguardar do outro lado da rua, onde já se formava uma fila de estudantes de música convidados para a passagem de som. 

Às 14h nos chamaram para entrar junto a outros estudantes e pediram que aguardássemos a Renata, que seria a responsável por nós. Aproveitamos para tirar algumas fotos e selfies para acalmar os corações.

Alguns minutos depois chegou a Renata da Bonus Track que nos deu os parabéns pela vitória e disse que havia assistido nossos vídeos. Ela fez uma chamada para conferir se estavam todos e confesso que até ouvir meu nome não parecia ser real, tinha a sensação de que a qualquer momento alguém diria “você imaginou tudo e não vai conhecer o Paul.”. 

Ela então pediu para que a seguíssemos, entramos no estádio, recebemos uma pulseira diferente da que recebemos no show e fomos para a sala de imprensa que ficava no piso térreo do estádio. Lá tinham algumas comidinhas, que eu não me atrevi, estava tão nervosa que achei melhor ficar só na água. Nessa sala também encontramos a Sarah, também da Bonus Track que nos acompanhou e também estava gravando alguns conteúdos do nosso meet. A Renata deu algumas instruções como não levar celular, caneta e que toda iniciativa deveria ser do Paul (sobre apertos de mão e abraços), e também nos avisou que a equipe do Paul viria em seguida para dar algumas instruções e gravar alguns conteúdos conosco.

Perto das 14:30 entrou o Stuart (assistente pessoal do Paul) e o Ross (social media do Paul), acho que nossa cara entregava a tensão do momento e o Stuart já quebrou o gelo nos parabenizando, perguntou quem falava inglês e nos fez algumas perguntas como qual nossa música favorita, quem viajaria para outros países para acompanhar a Got Back Tour.

Achei muito legal e sensível da parte do Stuart ter nos dito pra ficarmos calmos que o Paul estava tão ansioso quanto nós para esse encontro.

Depois de algumas instruções do Stuart sobre o encontro ele nos deixou com o Ross que disse já reconhecer algumas carinhas do show da noite anterior. Ele se apresentou e disse que gravaria algumas entrevistas conosco. Algumas pessoas contaram que aprenderam inglês por conta dos Beatles e histórias da família, outras que já haviam ido a mais de 20 shows e teve também quem mostrou tatuagens inspiradas nos Beatles e no Paul. Para mim ele perguntou qual minha música favorita, qual era minha expectativa para o dia e qual música mais gosto de ouvir ao vivo. Eu estava até que tranquila com as minhas emoções mas só foi começar a responder que senti aquele nó na garganta e as emoções querendo tomar contas mas segurei, afinal ainda tinha chão pra conhecer o Paul.

O Ross foi extremamente doce e gentil com todos nós, se mostrando interessado nas nossas histórias, paciente com a barreira do idioma e até disse ter assistido nossos vídeos. Claro que já consideramos ele parte do grupo e tiramos uma foto do momento.

Perto das 15:00 a Renata veio nos buscar para irmos para a passagem de som, que dessa vez para mim teria um gostinho diferente e especial.

Fomos posicionados do lado esquerdo do cercadinho e os estudantes de música já ocupavam a grade, mas acabamos conseguindo um espacinho ao lado deles. O Don (da produção do Hot Sound) veio falar com a gente e disse: “O pessoal de ontem foi animado, vamos ver se vocês superam”, em referência aos passinhos que encantaram o Paul. Até cheguei a dar “oi” para ele, mas não sei se me reconheceu do dia anterior.

Outras pessoas do grupo como a Flávia, preferiram ficar mais pra trás com o celular esquecido (no melhor sentido possível) no chão. Afinal curtir um show particular antes de conhecer o Paul não é para qualquer um.

Às 15:20 o Paul entrou no palco e começou abraçar os membros da banda, claro que nós, os 10 sortudos já começamos a cogitar sobre o Paul estar de ótimo humor e “abraçativo”. Sorte nossa, não é mesmo?

O Paul pegou a guitarra, nos deu as boas-vindas e iniciou uma Jam. Durante a passagem de som teve algumas repetições do dia anterior como Let’ Em In e Ram On, mas novidades que fiquei muito feliz em ouvir como All My Loving, C’moon, Fuh You e Every Night.

Faltando duas músicas para acabar, a Renata nos chamou: “Chegou a hora de conhecer o Paul”. Ela recolheu nossos celulares e a partir daqui eu perdi totalmente a noção de tempo e não tenho mais fotos (conto com a imaginação de vocês). Stuart e Ross também nos acompanharam até o local do encontro, descemos uma escada por baixo do gramado, passamos por um corredor cheio de fotos do Paul no Allianz (The Long and Winding Road) e fomos posicionados em frente a um banner do Paul McCartney. Lá encontramos o MJ (fotógrafo oficial), o Charlie (cinegrafista oficial) e depois se juntou a nós um segurança do Paul.

O MJ deu orientações e nos disse que treinaríamos as posições para a foto antes do Paul chegar. Ele só deu uma orientação: duas fileiras, os mais altos atrás e os mais baixos na frente. Nos organizamos e então o Stuart veio todo brincalhão pra quebrar a tensão e disse “Hi, I’m Paul McCartney” (Oi, eu sou o Paul McCartney) e se posicionou no meio de nós. Tiramos uma foto teste e começou a mais longa espera de nossas vidas, não pelo tempo mas pelas emoções. Claro, que a equipe percebeu e tentou tornar o momento mais leve possível. Nos perguntaram a música favorita de McCartney III (a maioria respondeu Slidin’ mas eu ainda sou do time Women and Wives, haha), o Stuart fez exercício de respiração que sua filhinha havia ensinado, o segurança do Paul brincou com uma das meninas que estava muito emocionada, a Laura, dizendo que não podia chorar. A cada som, sombra, movimento achávamos que era o Paul e nada dele. 

De repente a minha direita desceu um batalhão de policiais e eu pensei “é agora!” e não era. O Abe passou por nós e ninguém ia perder a oportunidade de arriscar uns passinhos com ele, teve quem fez Macarena e eu fiz o gesto de enquadrar o rosto com as mãos como ele faz em Dance Tonight, ele retribuiu nossas dancinhas com muito bom humor. Também vimos o Wix que passou todo tímido, se escondendo mas não conseguiu fugir do nosso tchauzinho. A Flávia, primeira da fileira, estava de costas para o corredor que o Paul viria mas não podia virar de jeito nenhum, só acompanhar as expressões da equipe de produção que estava à nossa frente. Até brincou com a Renata que se sentia como um noivo esperando pela noiva, ela riu e cochichou isso para o Stuart, que riu também.

De repente ouvimos uma voz e quem vira a esquina e dá de cara com a gente? Paul McCartney! 

Nesse momento eu perdi audição e só consegui arregalar os olhos, colocar a mão no rosto e dizer: Paul! Mas ainda bem mais 9 pessoas me acompanharam nessa jornada pra trazer detalhes que perdi por conta da emoção. O Paul disse: “Boa tarde” e foi apertando a mão de um a um, estávamos lado a lado em frente ao banner, até que chegou na Laura que estava muito emotiva e não conseguiu conter as lágrimas. Em um gesto muito bonito o Paul disse pra ela “Come here” (Vem aqui) e deu um abraço nela. Ela ainda dividiu que era um dia muito especial e o Paul respondeu que também era um dia especial pra ele, muito fofo!

A Pietra contou pra ele que ele é a inspiração fashion dela e o Paul brincou: “ Have you been on therapy?” (Você vai à terapia?). Também mostrou um boné com vários bottons que o Paul se encantou, pediu para ver de perto e ainda entregou pra equipe gravar. Ele seguiu cumprimentando um a um, até que chegou a minha vez. 

Um sonho de 15 anos ali na minha frente, inacreditável! Eu olhei nos olhinhos dele (tão verdes) e disse: “Paul, can I hug you?” (Paul, posso te abraçar?) e ele respondeu “Of course.” (Claro), não perdi tempo e envolvi o Paul em um abraço. Ainda disse “You are the love of my life.” (Você é o amor da minha vida.), ele arregalou os olhos se mostrando muito surpreso e soltou um “Oh!”. A Laura comentou: “Don’t let Nancy hear this!” (Não deixa a Nancy ouvir isso!) e com o jeito todo adorável e brincalhão ele se inclinou pra mim, olhou nos meus olhos e disse: “Nancy is not here” (Nancy não está aqui).Tem como alguém ser mais fofo e encantador do que isso?

Após cumprimentar todo mundo, ele se posicionou na nossa frente, bateu as mãozinhas e nos perguntou o que havíamos feito para estar ali. A Carol e Laura explicaram que tínhamos que gravar um vídeo de 30 segundos inspirado na carreira dele e eu complementei que também deveríamos mostrar nosso amor por ele. Ele muito atencioso com cada fala, fazendo questão de ouvir e prestar atenção em todos. 

Após nos ouvir o Paul sugeriu tirarmos a foto e todo mundo se posicionou conforme no ensaio. Foram 2 fotos, uma apenas sorrindo (que eu não lembro) e a clássica foto erguendo a mão e dizendo “yeah”. E pelo visto o Paul adora essa pose porque ele perguntou para o MJ: “Are you gonna do the 1,2,3?” (Vamos fazer o 1,2,3?). Engraçado como as emoções ofuscam algumas memórias. 

Depois da foto o Paul fez questão de interagir e ouvir cada um. A Helena compartilhou com ele que é baixista por conta dele (na sala de imprensa, ela nos contou que quando criança tocava muito mal violão e o professor de música sugeriu o baixo por conta do Paul, então cortou as duas cordas debaixo do violão, improvisando um baixo). A Rina mostrou a camiseta do “About fuck*** time” da coleção da Stella McCartney e perguntou a ele se ele lembrava de ter interagido com o cartaz dela de Lonely Rina. O Grahl arrancou um sorriso do Paul dizendo: “You are very important to me” (Você é muito importante para mim). 

Aqui a cronologia se perde um pouco e eu não lembro em que momento exato aconteceu, mas de repente o Paul olhou pra todos e disse: “You know what? Let’s do a round of hugs!” (Quer saber? Vamos fazer uma rodada de abraços) e foi abraçando cada um. Na minha vez eu disse “Can I hug you again?” (Posso te abraçar de novo?), ele deu um sorrisinho e disse algo como “Again, ok” (De novo, tudo bem). Essa iniciativa dele me deixou bem orgulhosa e feliz, esse é o tipo de pessoa que eu escolhi admirar e estava certa, um doce de pessoa.

O Billy Shears foi o tema central do meu vídeo para o concurso, logo foi meu “ticket to ride”, meu passaporte para conhecer o Paul, então levei um adesivo (que usei no meu vídeo) escrito: “Hello, my name is Billy Shears” (Olá, meu nome é Billy Shears). Aproveitei a abertura do Paul e apontei para o adesivo e disse: “I did this joke for you!” (Fiz essa piada pra você!). O Paul disse rindo “It’s a good joke!” (É uma boa piada!). Eu complementei dizendo que fiz aquilo pra livrá-lo dessa história, ele sorriu, não lembro mas graças à memória da Laura agora sei que ele disse “Billy Shears is a good guy!” (Billy Shears é um cara legal!).

Então o Paul começou a se preparar para ir embora, mas o papo estava tão bom que ainda nos deu oportunidade de interagir um pouquinho mais. Afinal, quando vamos jogar conversa fora com um Beatle?

A Laura disse “Paul, your Portuguese is getting better all the time.” (Paul, seu Português está cada vez melhor), ele ficou todo orgulhoso, até brincamos com ele com “O pai tá on!”, tenho a sensação que ele repetiu a frase quando fizemos um coro. Pra completar, ele ainda nos deu uma pista do que falaria no show: “I’ve learned a dirty word for tonight.” (Aprendi uma palavra suja pra hoje a noite). Ele disse isso de um jeito todo misterioso e brincalhão, como se fosse um segredo. Todo mundo tentou arrancar dele essa palavra nova mas sem sucesso ele fez questão que aguardássemos até o show, eu até garanti a ele que sabíamos guardar segredo mas ele que guardou bem esse segredinho. (No show ele disse: “Essa festa foi f***”). Nem parecia que estávamos conhecendo o Paul pela primeira vez, parecia mais um reencontro de amigos. 

E claro que tiveram mais interações que a emoção do momento não me deixam lembrar de exatamente tudo.

Tudo que contei até agora foi bom demais, não foi? Mas conseguimos tornar esse encontro ainda mais emocionante. A Rina havia sugerido antes de entrarmos no estádio de cantarmos “I love you” de Silly Love Songs para ele. Cantamos enquanto o Paul subia a escada para ir embora e para nossa surpresa ele voltou, fez algumas dancinhas no ritmo da serenata. Ia e voltava, fez isso por três vezes (parece que alguém também amou esse encontro e não queria que acabasse, não é?). Até que ele parou no degrau, fez um coração com os braços e mãos e realmente se foi.

Nesse momento desabamos, choramos, nos abraçamos e emocionamos até a produção do Meet & Greet. 

Essa foto representa um pedacinho de momentos preciosos que vamos levar nos nossos corações para sempre. E Paul, você é demais. Um artista genial e um ser humano incrível. Obrigada por ser do jeitinho que você.

Enquanto tudo acontecia, na minha cabeça tocava sem parar aquele trecho de Nineteen Hundred and Eighty Five que diz: ‘I didn’t think, I never dreamed, that I would be around to see it all come true’. Porque tudo em relação a esse encontro parecia mesmo sonho. Não só no sentido figurativo, por parecer impossível o fato de conhecer um Beatle, ou melhor, dar a mão pra um Beatle… quer dizer, abraçar o Paul McCartney! Mas porque na hora tudo parecia mesmo um sonho: os sentidos menos apurados, as pernas fracas, o coração disparado e até aquela névoa branca em volta de tudo, como nos filmes.

Eu poderia contar muita coisa sobre tudo que aconteceu até ali e sobre o momento em si. Mas foi no momento em que o Paul subiu as escadas daquele cantinho subterrâneo do Allianz, dando fim aquele sonho, que a ficha caiu. E por mais que fosse triste pensar que aquele momento tinha passado, foi também o momento de nos dar conta de que ele realmente tinha acontecido. Todo mundo se juntou num abraço e a gente não sabia se sorria, se chorava, ou se fazia as duas coisas junto.

Na vida, às vezes a gente demora pra saber que um momento vivido foi único e especial. Mas acho que o que fez desse abraço tão marcante, pra mim, foi o fato de que a gente tinha convicção de que tínhamos vivido algo muito grandioso. Que tínhamos todos já sonhado com isso separadamente, mas que tínhamos realizado aquele sonho, ali, naquele momento, juntos.”

Carol

“Como eu já sabia que não conseguiria falar com ele, e nem me arrisquei, eu foquei em observá-lo. Fixei o olhar no olhar dele, que é tão mais claro pessoalmente. E assim continuei vivendo aquela experiência. Olhando sua pele, seu cabelo, sua voz e toda a magia de estar junto a um ícone, que não é só um ídolo nosso, mas também um pedaço da história. E pra ficar ainda melhor, ganhamos um abraço dele. Eu me lembro da minha prima ter dito: “Flavia, você abraça as pessoas de lado, dando o ombro. Não faça isso com o Paul McCartney”. E então o abracei pra valer. De repente, sinto ele dando um “pulinho”, como quem quer sair daquele abraço, rs. Talvez eu tenha sido a pessoa que menos interagiu com ele do grupo todo. Mas mesmo assim eu não mudaria NADA do que vivi naquele dia. Minha experiência foi muito ao modo que sou e isso me deixa muito grata e feliz. Vou me lembrar eternamente que conheci um Beatle 🩷.” 

Flávia 

“Infelizmente não consegui falar muita coisa pra ele, eu perdi completamente o raciocínio perto dps que ele chegou, já não sei falar inglês e quando ele chegou eu fiquei mais nervosa ainda e nem consegui pensar em nada (estou me remoendo por isso até hoje 🥹). No máximo consegui chamar ele, pedir um abraço (como ele tinha parado a fila de abraços pra falar com alguém fiquei morrendo de medo dele me esquecer e resolvi pedir, ele respondeu algo tipo “obvious” e me abraçou, mas eu não lembro se era isso mesmo) e soltar um “I love you” durante o abraço, o que para mim já foi incrível só de poder falar algo olhando nos olhos dele, mas enfim, mesmo que mínimo o contato foi especial e incrível demais!”

Karen

Pra mim, o mais marcante foi quando ele ficou me olhando dando uma risadinha e me abraçou, aí eu disse aquilo que é o maior sonho da minha vida e o único que o dinheiro não compra e eu estava muito feliz, aí ele disse: “You know what? This is one of my best days too!” 🥹💕”

Laura

Alguns sonhos não envelhecem; eles crescem com a gente e continuam a pulsar dentro de nós. Ser fã do Paul McCartney, desde pequena, é uma herança dos meus pais, que me ensinaram a amar a música dele. Ouvir “Blackbird” ao vivo era um dos maiores sonhos da minha vida, e estar ali, tão perto, parecia surreal.

Assim que ele me cumprimentou, já notou e apontou minha camisa – a mesma que ele usou no Clube do Choro no Brasil no ano passado! De cara, apontei e brinquei dizendo que ele é meu ícone fashion! Hahaha! Tirei o boné que estava usando e mostrei um dos bottons que fiz especialmente para esse dia, com uma foto nossa: eu vestida como ele se veste – camisa social branca, suspensórios, calça preta e guitarra, e ele, ao lado, na mesma pose. Ele deu um ‘ohhhh!’ – fofo, pegou o boné da minha mão e pediu para o câmera filmar de perto, trazendo o boné bem pertinho para a câmera. Foi uma graça ver esse cuidado!

Um momento breve, mas inesquecível que, no final, ainda teve a foto. Naquele instante, quem estava ao ladinho dele era a Pietra criança, com um sorriso puro, desmontada de qualquer pose séria, vivendo o instante que sempre esperou. Um momento que vou guardar para sempre e contar para todas (as minhas) gerações.”

Pietra

Após nosso encontro recebemos nossos ingressos, saímos do estádio e entramos pelo portão B. Algumas pessoas do grupo foram se encontrar com a família, namorados e amigos, mas tenho certeza que todos assistiram aquele show com um olhar diferente, como a Carol comentou comigo, como se guardássemos um segredo no meio daquela multidão.

Carol, eu, Laura, Flávia e Rina (da esquerda para a direita)

Foi um prazer enorme dividir com vocês minhas experiências na Got Back Tour 2024. Obrigada pelo convite Eduardo e 2025 eu já conto com o retorno do Paul ao nosso país.

Até a próxima não, até o mais breve possível, Paul!



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2 respostas

  1. Bem, eu li a primeira parte meio sem entender o que seria essa segunda, e gastei o meu Uau lá.

    Dá pra trazer esse Uau pra cá ?

    Bem, como não dá , eu vou de novo…

    UaaaaaauuuuuuuU!!!

    Sim, esse é um uau muito maior que o outro.

    Eu não consigo escrever muito mais do que isso.

    Felicito, de verdade, a Leticia por essa experiência única.

    E deixo as perguntas no ar :

    Qual é a sua música favorita? E ao vivo ? qual você gosta mais de ouvir ?

    Alexandre

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    • hahahaha Fico feliz de ter arrancado esse uau!

      Sobre as perguntas, vou responder brevemente o que falei para o Ross.

      Música favorita: Calico Skies. Gosto muito da construção com o violão e a profundidade da letra. Acho uma música especial para dividir com alguém.

      Favorita ao vivo: Jet. É uma música que me faz querer cantar alto e pular.

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