Cobertura Minuto HM – Simply Red em SP – 15/março/2025 – resenha rápida

Com um início de venda de ingressos mais antecipado que já pude ver em minha experiência com shows – os ingressos foram comprados em 14/dez/2023 – a banda de Mick Huchnall e cia, formada em Manchester ainda na metade da década de 1980, retornou ao país em formato estádio para 2 shows – um no Rio e outro em SP – para celebrar os 40 anos de carreira.

Falando em Inglaterra, estive por lá a trabalho esta semana e pousei de volta em SP justo na manhã do dia do show. Com fuso horário e jet leg pegando, confesso que fui no sacrifício ver a banda no Allianz Parque com minha esposa, em noite que antecedeu a primeira partida da final do campeonato Paulista do time da casa com o, espero eu, futuro campeão Corinthians.

O formato escolhido eram de cadeiras no gramado, sendo as vermelhas em uma espécie de “pista premium” e as azuis nas laterais e mais na “pista comum”, após o meio de campo. A chegada se deu sem qualquer problema e, com os absurdos preços das cadeiras no gramado, a escolha foi, infelizmente, pelas arquibancadas inferiores oeste que, apesar de terem boa visão (lateral) do palco, não é realmente a minha bolacha… e outra curiosidade foi que não haviam as tradicionais torres de PAs no gramado, deixando o som vindo do palco apenas. A “casinha” também era bem diminuta em relação ao que se vê normalmente em shows de estádio.

Com previsão de início para 21h00, o estádio demorou a encher, mas encheu em todos os setores, com muita gente correndo as 20h58, quando as luzes foram apagadas para o início 1 minuto antes da hora. Mick e banda entraram em um palco com claros problemas de som – além do som estar baixo, o microfone de Mick estava mais baixo ainda. Demoraram umas 3 ou 4 músicas para ajustarem e equalizarem as coisas. Senti a parti dali que, apesar de ter uma excelente voz, Mick não estava em sua melhor noite – me pareceu rouco, além do que já temos que considerar do passar dos anos para todos os vocalistas que estão nessa há 40 anos ou mais…

Como se sabe, o Simply Red é banda de carteirinha de rádios como Antena 1 ou Alpha FM, e tem em seu catálogo uma força enorme com uma verdadeira carteira de hits para ir jogando na mesa um após ou outros – alguns da banda, outros hits que ficaram (ainda mais) famosos com a banda, mas que são covers.

A partir da final do primeiro terço do show, não só achei que a voz dele deu uma melhorada / “esquentada”, como o som do palco também melhorou, ainda que em uma crítica pessoal, eu tenha sentido falta de grave. E foi a partir dali também que o show esquentou de vez com a tal apresentação dos hits um atrás do outro – logo as pessoas começaram a (finalmente) ficarem de pé para dançar e cantar.

Há de se ressaltar a competente banda, todos exímios em seus instrumentos para o que o som pede, e com a preocupação de cada um executar algo que vai remeter ao som de estúdio – em especial, o guitarrista japonês Kenji Suzuki, conhecido por já ter tocado com Jack Bruce (ex-Cream) e com Anton Fig, do Frehley’s Comet (banda do mais famoso guitarrista do Kiss). Mas o destaque é, obviamente, do ruivo que usou seu microfone com fio o tempo todo – e cantou ao vivo 100% do tempo. Sim, 100% – estamos presenciando o final da fase que ouviremos música ao vivo

No saldo, um show muito bonito, dentro das expectativas já ótimas, mesmo com um público meio sem graça de arquibancada, com gente no celular o tempo todo, falando alto, etc – público pop que sabemos. Foram 22 músicas na noite, com os hits que todos querem em um show como este, focado nos 6 covers com as famosas como Money’s Too Tight (To Mention), If You Don’t Know Me By Now, You Make Me Feel Brand New e o cover mais famoso de todos talvez, Holding Back The Years fechando a noite. Além dos covers, o show também focou no álbum Stars, A New Flame e Life, com tantas outras que representam estes primeiros 40 anos da discografia da banda (Picture Book / Blue).

Fecho com uma sensação boa de ter visto esta ótima banda ainda em ótimo nível e, o mais importante, se apresentando ao vivo de verdade.

Galeria de Fotos:

Vídeos:

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Eduardo.



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2 respostas

  1. Não consegui ver, mas ouvi todo o áudio dos vídeos acima registrados. Achei a voz de Mick muito boa, praticamente sem falhas. É possível que outras canções estejam em pior forma ou mesmo que eu não tenha percebido, baseado nas limitações de uma captação por celular, nuances que talvez entregassem algo da perfomance do vocalista.

    Se alguém não está atingindo os tons altos nas gravações, não é o Mick.

    Excelente resenha, presidente.

    Pelo jeito, uma noite mais do que paga (apesar do absurdo dos atuais preços dos ingressos)

    Alexandre

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    • Ele está bem sim, B-Side. Mas, como sabemos e é natural – não é um problema – a voz está descendo a montanha.

      E sim, os preços foram surreais. No final, lotou, e esse é o ponto: se lota, quer dizer que a estratégia de precificação funcionou e, como em qualquer business, isso é celebrado e vira a nova referência. É a curva da oferta e demanda nos ensinando sempre.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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