Cobertura Minuto HM – Summer Breeze 2023 em SP (dia 1): Blind Guardian, Lamb of God, Skid Row, Stone Temple Pilots, Accept, Apocalyptica, Sepultura, Bruce Dickinson (keynote) – pré-show, Live Blogging e resenha – e considerações do dia 2 do festival

Salve, salve, e que comece mais um final de semana especial para o metal em São Paulo! Seals & Croft para todos! 🙂

Com um festival no Memorial da América Latina (só quero ver como vai funcionar isso na prática em termos de circulação de pessoas entre os palcos), e para “ajudar” a região, com um Palmeiras x Corinthians ao lado no Allianz Parque, todos se preparam para estarem de preto – e também de verde, pelo jeito…

Como pode ser visto, uma organização de horários que não está ajudando em nada e deixou o quarteto Marcus-Rolf-Kelsei-Eduardo irritado com os conflitos de horários, especialmente Rolf-Eduardo que assistirão, pela enésima vez, uma palestra do Bruce e seu .PPT repetido. A destacar, os conflitos que começam a partir do Skid Row são realmente de matar, mas o STP com Accept é a cereja (podre) do bolo… realmente não dá para entender e aceitar!!

Bom, as primeiras fotos desta cobertura começam pelo Kelsei, em vista exclusiva do Memorial da América Latina. Melhor que isso, só se ele soltasse um drone. Vai, Kelsei, cadê? 🙂

Pista Premium para o SUMMER Lounge Card
Em verde: o recinto exclusivo. Em amarelo, os banheiros exclusivos

Fotos noturnas – noite anterior ao festival:


Dia do show!

Dia de possível chuva. O sol insiste em tentar aparecer. Mas não dá para garantir nada…

08h40 (Kelsei): começa a passagem de som. Já é possível ouvir a bateria e algumas passagens de guitarra. Céu cinza e um número considerável de pessoas de preto do lado de fora, provavelmente vindas com ônibus de excursão.

09:58 (Kelsei): fila grande no local e expextativa para abertura dos portões. Tivemos uma passagem de som bem “thrash metal”, wue arrancou aplausos da fila.

10:20 (Kelsei): portões abertos. Já temos euforia e gritos na fila!


[Kelsei] Após o término dos shows, resolvi colocar aqui algumas observações rápidas sobre minha experiência no local. Assim como o Rolim colocou acima, acho que o evento teve coisas muito positivas, mas também alguns pontos falhos. Do lado positivo, eu preciso destacar a organização pré-show. Para quem não sabe, eu moro do lado do Memorial da América Latina, local onde foi sediado o evento. Todo santo show quem tem lá eu sofro com passagem de som. No festival Rock Brasil, por exemplo, mesmo com o primeiro show iniciando 16:00, a passagem de som iniciava 08:30. No Summer Breeze a história foi outra, toda a passagem de som foi feita um dia antes e, com a primeira banda iniciando 11:00, a passagem de som começou 09:00. Foi muito profissional essa parte de bastidores. Agora, não posso deixar de colocar que e evento precisa ser feito em um local com mais espaço, para que as atrações que não sejam os palcos fiquem em evidência. A feira Geek, o estúdio de tatuagem, as “lojinhas” diversas, ficaram jogadas para depois dos três palcos, chamando muito pouco público. Os palcos precisam ser os fins, com as “lojinhas” estando na passagem do público, até porque ninguém vai a um festival de música pesada para olhar feira Geek (isso aqui não é Loolapalooza)! Outra coisa foi o espaço para circulação de pessoas – a ponte que ligava os palcos do recinto não dá! Pequena e sem separação para pessoas irem e virem. Por fim, era muita banda boa para pouco tempo – os horários precisavam ser revistos para que a gente não perdesse início e fim das atrações (isso porque eu não tinha ingresso do Lounge, porque se tivesse eu ia ficar muito chateado com a quantidade de coisas que teria que escolher renegar). É isso, fiquem com algumas micro resenhas dos shows que vi, algumas fotos e uma pequena crítica extra ao dia 2, já que a meu apartamento continua no mesmo lugar 🙂

[Kelsei – Crypta] Entrei no evento para ver a Crypta, banda que tentei, sem sucesso, ver no Rock In Rio de 2022. Devido ao fluxo de pessoas na entrada e do fluxo de pessoas na ponte que ligava um pedaço do recinto ao outro, consegui me enfiar no canto direito do palco, enquanto a primeira faixa já estava em andamento. Como o tributo ao Andre Matos iniciaria pouco depois das 14:00 e já tinha percebido que a passagem pela ponte seria um problema, já tinha em mente que não seria possível ver muitas faixas. Vi cerca de cinco ou seis músicas, que mostrou quatro garotas extremamente azeitadas em seu Death Metal. As duas guitarristas, Tainá e Jéssica, mandam bem, apesar de perceber que tecnicamente elas podem melhorar muito. A primeira coisa que notei, inclusive, quando cheguei ao palco, foi a palhetada alternada da guitarrista Jéssica, que substituiu a Sônia Anubis, que é muito fora do comum – ela palheta de uma maneira com muita raiva e movimentando muito a mão rítmica. A bateria de Luana é certeira para o estilo, muito precisa e ela toca com uma tranquilidade que parece fácil o que está fazendo. E Fernanda, então, sobra no palco! Muita presença, muito carisma e muito metal na veia, com muita energia e muita raiva, sempre afinada. Elas anunciaram que um novo álbum está para sair e, se for como o primeiro, a carreira dessa nova banda brasileira tem tudo para dar certo.

[Kelsei – Tributo ao Andre] Começou com o Viper. Continuou com o Shaman e convidados. E nas duas aberturas, problemas de som. É incrível isso! A gente manda homem para a lua e não consegue acertar som de início de show. Na entrada do Viper o microfone do Leandro Caçoilo ficou mudo por mais da metade da música, assim como a guitarra do Kiko Shred estava muito baixa. Com o Shaman, falha no playback (no playback!) do teclado que introduz Lisbon e a guitarra de Hugo Mariutti muda! Valeu mais o tributo ao falecido Andre Matos do que a execução das músicas em si, cheia de medalhões, mas claramente de pouco ensaio.

Skid Row

Slave To The Grind:

18 And Life:

Accept

Fast As A Shark:

Balls To The Wall:

[Kelsei – Blind Guardian] Eu saí no meio do evento e voltei 19:30. Como o Stone Temple Pilots estava tomando a plateia, me enfiei em um buraco na parte da frente do palco do Blind Guardian até o início do show, 20:05. Foram 12 anos de espera, desde a última vez que os vi, no extinto Via Funchal. 12 anos que valeram muito a pena. Dentre músicas que eram tiro na cabeça atrás de tiro na cabeça, fomos ainda contemplados com o álbum Somewhere Far Beyond na íntegra! Uma abertura fora do comum, com Imaginations From The Other Side (já que era de se esperar que Into The Storm fosse executada) mostrou um Hansi Kursch ainda cantando muito, mesmo com a idade chegando. O timbre está ótimo, a afinação continua perfeita e em somente alguns pontos do show eu percebi que algumas partes altas ele resolveu deixar a “plateia cantar” e deu uma economizada. Nada que atrapalhasse. Outra grata surpresa foi a presença de palco do Marcus Siepen, que estava muito entusiasmado com o show, cantando todas as músicas mesmo quando não precisava fazer backing vocal. De longe foi a melhor apresentação do guitarrista base que vi. André Olbrich estava impecável em todos os solos, como sempre – muito concentrado e preciso, se movimetando pouco, como já era esperado (atér porque os fraseados rápidos não permitem ficar de corre para cá, corre para lá). Já a bateria do Frederik estava com o volume dos pratos baixo, além de várias viradas ultra rápidas terem sido economizadas. Achei o baterista muito cansado durante a execução das músicas, creio eu por algum outro motivo que não o show em si. O Blind também teve problemas no som, com uma PA estourada no final da faixa Somewhere Far Beyond e com problemas no som durante The Bard’s Song, que, só para variar, foi cantada a plenos pulmões por todos que estavam ao meu lado (como o local não tinha acústica, o brilho deu uma perdida em faixas como essa, onde sempre é possível ouvir a plateia como protagonista). Eu fiz três vídeos, que estão abaixo: Welcome To Dying (um dos primeiros solos que aprendi na guitarra), Ashes to Ashes (não acredito até agora que pude presenciar isso!) e Valhalla (um dos maiores clássicos dos alemães e presença obrigatória nos shows).

Keynote / palestra (ou seria stand-up?) do Bruce Dickinson – trechos, diretamente da primeira fileira – e Bruce, todos nós aqui te amamos, eu então nem falo nada, mas duas coisinhas para você:

  • Não fale mais de Let It Be / Beatles, hein? (Vídeo 2)
  • Caramba, Bruce – sair do palco sem nem uma palhinha de uma música, especialmente às vésperas de uma tour celebrando o Somewhere In Time? ESTÁ DE BRINCADEIRA, HEIN??? (Vídeo 3)

Apocalyptica – covers do MetallicA

Nothing Else Matters:

Seek & Destroy:

Galeria de fotos:


Voodoo Kiss Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023
Benediction Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023, Scriptures
João Gordo Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023
Marc Martel Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023
Shaman Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023
Crypta Setlist Summer Breeze Brazil 2023 2023

[Kelsei] Queria deixar aqui algumas considerações sobre o dia 2:

  • Kreator arrebentou a maior roda que eu já vi na vida! Foi insano o quebra pau!
  • The Winery Dogs foi de tirar o chapéu. Esses músicos sobraram em termos de virtuose.
  • Avantasia tocou muita coisa antiga, levantando muito a galera. Ainda bem que o Jorn não estava nesse show, porque senão eu ia ter me arrependido tanto de não ter ido…
  • Quem é esse Parkway Drive que fechou a noite no palco principal? Quem teve a ideia de ursinho de trazer esses caras para fechar o dia? Foi a coisa mais ridícula que vi! 80% do público ou foi embora ou foi ver o Stratovarius, banda importantíssima de Power Metal que foi “jogada” no terceiro palco. Ficaram meia dúzia de gatos pingados de um lado e todo mundo espremido no terceiro palco para apreciar os finlandeses. E para piorar, a apresentação do Parkway Drive, que tinha que ir até 21:50, acabou 21:20, com muita dó, muita dó! Um erro grosseiro dos organizadores! Um verdadeiro tiro na água!

Eu tirei duas fotos por volta das 21:00. Vejam isso:

Público espremido prestigiando o Stratovarius
Público do Parkway Drive

[ ] ‘ s,

Eduardo.

Com participação mais que especial do Kelsei.



Categorias:Accept, Agenda do Patrãozinho, Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Iron Maiden, Músicas, MetallicA, Resenhas, Sepultura, Setlists, Shaman, Stratovarius, Testament, Viper

5 respostas

  1. Presidente e Kelsei, quase uma cobertura conjunta, e muito boa , diga-se de passagem.
    A questão da sincronia de horários é muuuuuuuito lamentável, como juntar as atrações principais de dois palcos em mesmo horário ?? Vai entender o critério disso……
    Por fim, fiquei curioso acerca do ” mico do festival “, ao que parece, o tal Parkway Drive ficou longe de ser uma unanimidade… Peço mais considerações, se possível.
    E os meus ” hat-offs” para a pérola desta resenha:

    …”A gente manda homem para a lua e não consegue acertar som de início de show….”

    Hahahahahaha, além de muito engraçada é uma pura verdade !

    Alexandre

    Curtir

    • B-Side, eu li que o Parkway Drive fez a mesma coisa em toda a América Latina nesse festival – saiu antes do horário previsto. É uma banda que eu não conheço, mas que tem boa visibilidade na Europa, inclusive em festivais grandes. Eu ainda não fui atrás do som deles ….

      Foi confirmado o festival em 2024, dessa vez com três dias: vamos torcer para uma maior distribuição dos horários dos shows e que dessa vez acertem o som das bandas brasileiras …

      Curtir

  2. A toquinha do Bruce na palestra foi de matar hein?!
    Eu queria estar do seu lado só para rir da piada que ele fez com Let It Be! Esse é o tipo de piada que só gigantes da música podem fazer com outros gigantes.

    Curtir

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.