Começando esta cobertura que já me deixa emocionado só de pensar… depois de ir nos 7 shows anteriores, chegou a hora de assistir ao último show no país, e mais que isso: assistir também ao soundcheck, conhecido como Hot Sound – um pequeno show à parte de Paul e sua “banda fantástica”!
São 9h40 do dia anterior ao show, e sigo em Curitiba. Logo embarco para São Paulo e correndo tudo bem, deixo a família em casa e imediatamente retorno ao aeroporto para seguir ao Hell Rio de Janeiro, onde reencontrarei B-Side em terra natal e terei o privilégio de ficar hospedado com o Remote!!
Já sei que o calor no Rio está…. normal por lá, ou seja, ficar na estufa do estádio desde meio dia será um desafio físico, mental e espiritual, acompanhado de um cansaço da “Eduardo On The Run” e uma garganta seca e arranhando…
Será minha primeira vez em um show no Maracanã, estádio que também nunca vi um jogo também. Só conheci o Maraca ficando pronto para a Copa de 2014, e visitei o museu e a calçada da fama. Amanhã será, assim, um dia especial, realmente.
Seguirei atualizando este post com as informações do pré-show e aqui mesmo trarei a resenha do Hot Sound – essa parte demorará mais um pouco, já que tenho desde o terceiro show em SP para atualizar tudo por aqui.
Ah… o show, que será transmitido pelos streamings Disney+ / Star+ a partir das 21h15 deste sábado, ficará disponível também por 30 dias nas plataformas. Sensacional para eu ver neste final de ano e seguir no clima :-).
Enquanto isso, deixo como registro um pouco da troca de e-mails que tive com a VIP Nation entre 11 e 14 de dezembro de 2023, dado que n!ao havia recebido nada sobre o Hot Sound…
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From: Eduardo Bianchi Rolim
Sent: Monday, December 11, 2023 3:52 AM
To: SLO Customer Service <slocustomerservice@slotix.com>; Info (VIP Nation) <info@vipnation.com>
Subject: Re: Your Order With VIP Nation #xxxx | Order for EDUARDO B ROLIM
[EXTERNAL]
Hi there. Just confirming if everything is ok as it’s now only 5 days to the hot sound / concert and I didn’t hear from you.
Thank you,
Eduardo.
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Hello,
I have copied your itinerary below. Enjoy the show!
Thanks,
Ruby
YOUR VIP NATION TEAM
Email not displaying correctly? View it in your browser English translation is below! Olá VIP Guest,It’s almost time for your show! Please read the information below in full as it includes all the details about your Paul McCartney Hot Sound package! It is important to say that we have your tickets, so DO NOT go to the box office. Your tickets will be delivered at the time of your check-in upon arrival at the Stadium. It is important to say that tickets that are not collected at the time of check-in will be left at the ticket office for collection after the gates open to the public. General Information: Show Date: December 16, 2023 Venue: Maracanã Soundcheck: 3:00PM (approx.) Public Doors: 5:00 PM Show: 9:00 PM Check-in information: Check-in time: 12:30 PM – 1:30 PM Location: Address: Gate F, next to gate 2 on Av Rei Pelé If you arrive after 3:00pm you may miss the sound check.All schedules are subject to change without notice. How to check in: Please proceed to the above check-in location with your valid photo ID and ticket(s) in hand.If you do not have your ticket(s), please contact the purchase channel to find out how to pick it up(s).The original purchaser’s photo ID of the package is required at check-in, and the original purchaser and all members of your party must be present and enter the venue together.Check-in is required to receive package items.After check-in, exit and re-entry into the stadium will not be permitted.Resold tickets will not be accepted.Please plan to arrive early at the venue. There will be no late check-in entry, so please arrive on time. Sound Check is a private rehearsal. Please abide by these rules and regulations: Small digital cameras and cell phone cameras are allowed at soundcheck. However, professional cameras, cameras with removable lenses, iPads, and tablets of any kind will not be allowed. Any of these items will be confiscated by security. Any kind of video is prohibited. Recording devices of any kind are not allowed during soundcheck. In the event that the “do not record” rule is disregarded, security has the right to confiscate your device until the end of the soundcheck and erase any recorded content related to the soundcheck. Please do not make cell phone calls or text messages during the soundcheck.No items such as album covers, guitars or memorabilia will be allowed on site. Bags and backpacks will be thoroughly searched prior to entry.There will be no autograph session. You will receive your package of goods after the sound check. PLEASE NOTE: Goods not picked up at the venue during check-in cannot be shipped after the event. Remember that there is no reserved area within the Premium Track for buyers of the “Hot Sound” package. The “Hot Sound” package does not include parking.” Please pay attention to the venue’s BAGS & BACKPACKS POLICY ! That’s all you need to know! We hope you have a great time and look forward to seeing you there. You can share your photos or VIP experience with us by tagging #PaulMcCartneyVIP. Once again, we can’t wait to see you on the show! -SLO VIP Services Do you still have any questions? Click here for FAQ: FAQs! Customer Service: For any other questions regarding the package itinerary, please email slocustomerservice@slotix.com – We will be happy to assist you! |
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From: Eduardo Bianchi Rolim
Sent: Thursday, December 14, 2023 5:19 PM
To: Info (VIP Nation) <info@vipnation.com>
Subject: Re: Your Order With VIP Nation #xxxx | Order for EDUARDO B ROLIM
[EXTERNAL]
So just a final confirmation please on the item below:
- If you do not have your ticket(s), please contact the purchase channel to find out how to pick it up(s).
As I have nothing at all, I presume my name will be on the list for the VIP sound check, concert ticket, etc, correct? So I just show up with my local photo ID, right?
Thanks.
—-
| Info (VIP Nation) | Dec 15, 2023, 12:28 PM | ||
to me![]() | |||
Hello,
Thanks for reaching out!
Your tickets will be provided on site upon check-in. Please proceed to your VIP check-in as instructed in your itinerary and don’t be late! We don’t want you to miss out on the fun stuff.
Thank You,
Zoe
YOUR VIP NATION TEAM
+1-888-458-8297 toll free from the U.S., Canada and Mexico
00-800-458-82971 toll free from UK, Germany, Ireland, Netherlands, Spain, Belgium, Switzerland, Australia, New Zealand, Austria, Denmark, Finland, Sweden, Norway, Czech Republic & France.
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Essa foi a troca de e-mails, ficou bastante claro e mais ou menos o mesmo esquema que foi no meu Hot Sound anterior em Brasília, lá em 2014. Mas acho que a VIP Nation falhou em não mandar informações com mais antecedência. E não acho razoável falhar para quem compra algo tão caro e especial assim…
Voltando às informações:
Remote e B-Side já me avisando do calor único do Rio. As fotos abaixo do B-Side anulam qualquer possibilidade de eu considerar grade amanhã pensando no Hot Sound…


Chegada no aeroporto de Curitiba meio tensa, dado horário meio em cima para meu padrão de antecedência. Quase chegando, carros e pessoas com a bandeira do Brasil buzinando, gritando “Presidente”, coisas do tipo. Por sorte, estávamos na frente disso e tudo e não atrapalhou a devolução do carro, já que a velocidade de Curitiba para serviços, obviamente, não é igual ao São Paulo. Despachada a mala, passamos pela segurança e o ex-Presidente Bolsonaro e seus seguranças passam na frente. Ou seja – ver um artista em aeroporto eu não vejo – não sou mesmo dos mais sortudos, hahaha.
Voo atrasou uns 20 minutos e pousou apenas 10 atrasado. Portanto, deu tempo de ir para casa (apesar de Congonhas estar parecendo um formigueiro), assim como todo o trânsito dessa cidade. McDonald’s solicitado e devorado, hora de voltar ao aeroporto uma hora depois para reencontrar o aeroporto lotado novamente. Voo aparentemente na hora, resolvi embarcar rapidamente para me sentar e descansar logo… vai caindo a ficha que verei o Paul no Maraca, e com direito ao Hot Sound. Não dá para ser melhor que isso…


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16/dez/2023 – dia do Hot Sound, dia do show!!
07h25 – acordo 6h30 após uns sonhos doidos de que vou conhecer o Paul e suas filhas hoje (hahaha, é o soundcheck que mexe com a cabeça assim) com a realidade: um sol para cada cidadão MUNDIAL no Hell de Janeiro! Ar condicionado ligado à noite toda para suportar… e o sol já está ardido agora. A previsão parece “boazinha”, mas eu duvido que ficará só nisso…

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O dia começa do melhor jeito possível: um café-da-manhã com o Remote (aliás, faz um café e um pão de queijo bons pra car***), e logo após a chegada do B-Side para um papo. O que foi resgatado? Os “fontes” das músicas do A1000NOÁCIDO, com o Remote brincando no software com os canais.

Logo após, uma saída mais que tradicional para a Vitrine da Tijuca, também conhecida antigamente como a “Galeria do Rock” do Rio. Sobrevivem 4 lojas lá (infelizmente não esta) e após uma passada por três delas, nos “instalamos” mesmo na Headbanger, onde comprei uma camiseta (ok, camisa, era o Rio) do “Paul Is Live” e trocamos muita informação de metal. Aliás, o dono da loja, muito lúcido, também prefere o Piece Of Mind na briga com o Powerslave :-). Tivemos até que colocar um despertador para não me atrasar para o horário do Hot Sound :-).

Uma gentil carona do Remote até o Maraca. Chegamos até cedo, então pudemos dar uma volta completa pelo estádio (de carro) antes da minha descida para acesso ao Hot Sound.



Uma certa confusão na entrada deste Hot Sound: os outros sete shows contavam com um banner gigante “Hot Sound” no portão correspondente. Olha, se esse teve, confesso que estou cego. Vi um grupo de pessoas (que logo se tornariam alguns dos contatos do dia na mesa do almoço e futura grade também), mas logo vi outro grupo mais para o lado, fazendo fila. Fomos todos para lá e vimos a placa do Hot Sound (não o banner, um “pirulito”, mesmo), conforme foto mais abaixo. O portão não abriu exatamente no horário esperado (12h30), e vi uma bela fila na qual eu não fiquei no sol. Logo após, resolvi entrar ali mesmo “na boca” (afinal, nada mudava ficar em fila naquele momento, aliás, qualquer fila de Hot Sound é irrelevante).
Hot Sound:
Subimos um nível no estádio pela rampa de acesso e o check in era feito com um notebook e uma planilha Excel (grande Excel!) e o documento. O rapaz me disse “você já esteve conosco (sim, já), seja bem-vindo novamente, Eduardo”. Muito legal o histórico. A entrada se deu depois sem grandes problemas e o espaço para os 178 “hot sounders” do dia (questionei o número na entrada – em uma conta de padeiro, isso representa USD 240.000 para a conta do Paul) se deu com tranquilidade, ainda que muita gente insistia em filas inúteis. A música quando cheguei era Hey Jude, e o repertórios dos clipes se repetiu bastante durante a nossa estada…
Um vídeo dando uma volta pelo espaço antes do Hot Sound iniciar, onde estávamos reunidos para o almoço vegetariano (mas com diversas opções, conforme será visto em detalhes mais abaixo) nas mesas acompanhados de videoclipes do Paul / Beatles. Também filmo um pedaço da fila da entrada da Pista Premium, onde as pessoas tentavam a todo custo se protegerem do sol tipicamente carioca…

























Aqui, agradecimentos à Maria Estrella, que estava na mesa que eu estava, gentilmente enviou as fotos do cardápio deste Hot Sound:










Agora vou contar uma “história dentro de outra” aqui, daquelas coisas únicas mesmo. Decidido a não ir para a grade no dia, e com o calor maluco do RJ, resolvi, no Hot Sound, me esbaldar com líquidos: bebi muita água e com o espumante passando, eu, que normalmente não bebo em dia de shows, resolvi tomar uma duas três tacinhas… além disso, comi bem também no almoço (sou inversamente proporcional ao Paul, confesso, zero vegetariano, 100% bacon, como sabem) – estava preocupado com a comida, mas tinha pizza, macarrão com molho vermelho… mandei ver!
Tudo isso, claro, nas quase 3 horas ali no espaço, renderia algumas visitas estratégicas aos banheiros, que estavam impecáveis com uma equipe de limpeza paradinha na porta. Os banheiros ali do Maraca são bem grandes. Em uma dessas “visitas”, entrei e fui em literalmente qualquer “casinha”. Ao entrar, me deparo com isso:


Senhoras e senhores – uma credencial de backstage ali, penduradinha no trinco do banheiro… além dela, uma credencial do Hot Sound, indicando que quem a tinha, era uma das 178 pessoas que ali estavam. A credencial não tinha nome, apenas um número (090).
Um filme passou na minha cabeça, devo confessar. Afinal, conhecer o Paul mora no fundo de um coração que já o assistiu tantas e tantas vezes, que faz parte da infância, que faz parte de mim.
Passada a revolução na cabeça, guardei ambas credenciais no bolso e saí em busca do responsável pelo Hot Sound. A memória escrevendo uma semana depois já me trai, mas creio que era Michel(l)e a responsável brasileira. Ela não estava disponível de imediato, e depois de algumas cobranças minhas, acabei ficando “famoso” no pedaço, até que uns 40 minutos depois, ela apareceu. O pessoal ficou me perguntando o motivo de querer falar com ela, e em nenhum momento eu disse o que era… afinal, cada cabeça, uma sentença…
Trouxe a pessoa a um canto e fui devolver. Ela fez questão de não receber e me chamar para uma mesa, onde estava um pai com uma filha, preocupados. Quando devolvi diretamente a eles (ideia da pessoa da organização), ali valeu todo o esforço – a alegria misturada com alívio deles não teve preço. A filha ganhou uma promoção de Instagram de rádio para conhecer Paul com um acompanhante. Tudo que pedi, em tom de brincadeira, era de ir junto :-). Ao final, muitos agradecimentos deles e da pessoa da organização (“ainda bem que caiu nas mãos de uma pessoa como você”. Confesso que ali foi sensação de missão cumprida, mesmo…
Ufa… depois dessa, vamos voltar à programação normal daqui…
Com a passagem de som esperada para as 15h00, um pouco antes, as pessoas, novamente, insistiram em fazer fila para a descida. Após a fila ir aumentando, o pessoal da minha mesa insistiu que eu fosse junto (especialmente o “amigo” que fiz no dia, o Bruno, o rapaz de BH que está ao meu lado na grade do show, de camiseta azul, gente boníssima, músico, muito, mas muito conhecedor de Macca e Beatles). O restante da mesa também insistiu (Solante, Maria Estrella, Lady “Lucia” Madonna. Inicialmente não fui, mas depois fui lá, ainda que sabendo que nada adiantava, mais para ficar com a companhia deles. Um dos rapazes da organização falou em um megafone um pouco depois das 15h00 algo como “o Paul ainda não saiu do hotel, temos informações aqui, podem sentar-se, está cedo ainda, não há necessidade de fila”. Poucos saíram da fila.
Em torno das 15h50, veio o anúncio que Paul tinha saído do hotel já e estava chegando ao Maraca, e aí sim, todos foram para a tal fila indiana.
As 15h45, então, finalmente chegava a hora de descer para o gramado (ah, sim, e para o calor absurdo que fazia) para a passagem de choro som. Aqui este momento:
Minha preocupação foi de imediato: o sol. O calor já era absurdo, mas o sol estava batendo DE FRENTE no palco. Sinceramente, não sei se é uma questão mais técnica de logística, mas ninguém olha o leste/oeste para montagem de palco considerando que Paul sempre se apresenta às tardes? Por que o palco não foi montado do outro lado? De novo, pode ter mil motivos logísticos, mas fica a dúvida.
Juro que pensei , e muito, que o Hot Sound não aconteceria. Inclusive, chuto eu que o “atraso” tem a ver com isso. Apenas Abe tinha um pouco de sombra no palco, mas o sol batia na bateria (bumbo) mesmo assim. Os instrumentos deviam estar “pelando”. Os equipamentos estavam cobertos e muitos assim ficaram durante o Hot Sound.
Mas eis que as 15h55, o pessoal dos instrumentos de sopro aparecem e a banda entra logo depois – todos de óculos escuros, exceção a Abe. Paul entra com uma camisa social de manga cumprida e um paletó (!!!), que rapidamente é removido. Paul estava um camarão, coitado – rosa/vermelho. A camisa logo molhou de suor. E lá foi a banda tocar por praticamente uma hora, menos músicas que no HS de Brasília, mas mesmo assim, não há como não elogiar e agradecer a banda e ao Sir pelo profissionalismo fora de qualquer escala – ainda mais nos tempos de hoje, que muitos “músicos” cancelam show se o cabelo não estiver na cor desejada…
Abrindo com uma jam de aproximadamente 15 minutos (blues na essência, com direito a solos de Paul) e com um set com um representante dos 3 “McCartneys”, Paul emendou a improvisação inicial com Matchbox, música que ele adora e um cover já tradicional de uma das suas maiores influências, o Carl Perkins.
A sequência com Drive My Car foi um presente – ainda que a música já tivesse sido tocada no terceiro show de SP. Women and Wives é outro presente lado B para os fãs dali, com Let ‘Em In, a primeira do set da noite presente. Coming Up é um dos auges, com Every Night na sequência. Para complementar In Spite Of All The Danger e Love Me Do, Paul sabiamente mete uma From Me To You para a terceira, quarta vez do choro da tarde. Ram On, clássica, vem homenageando a fase com Linda. New é tocada e por um momento pensei que ali pudesse ser uma dica que ela não estaria no show da noite, mas Paul e banda fizeram o set base “A” mesmo, onde ela é executada. Por fim, o clássico Lady Madonna, talvez a única que eu questione mais fortemente do motivo de estar sendo que é figura carimbada nos shows e poderia ter dado lugar no set reduzido a outra como Magical Mystery Tour.
Não há, entretanto, do que reclamar. Ver uma passagem de som do Paul é um privilégio daqueles únicos da vida. Sinceramente, é algo que registro em minha cabeça e coração tão forte como outros grandes momentos da minha vida que são mais “lógicos” de assim serem lembrados. Paul e banda não economizaram, não se pouparam, como sempre, no Hot Sound, mesmo com o sol absurdo (e a gente meio na sombra, meio no sol – eu consegui a sombra). A banda realmente executa o set como se fosse o show principal. É louvável e admirável, e arrisco dizer que, ainda mais aos 81 anos, é sem precedente o que Paul faz.
E abaixo, um compilado especial de fotos do Hot Sound. A organização repetiu múltiplas vezes tanto durante o almoço quanto já no gramado as restrições de gravação de vídeos, permitindo somente fotos… as fotos são das 15h45 as 16h56 (horário exato do fim do HS) desta tarde mais que especial…

































































O “causo” agora é o seguinte: um pouco antes do final, muitos hot sounders foram se posicionado ao lado esquerdo para a saída (corrida) para a grade, inclusive o Bruno, que me chamou, mas não fui. Estava decidido em não ir. Preferi focar em ver tranquilo o HS (que, para mim, naquele momento, valeria até mais que o show que já havia visto por 7 vezes na tour). O HS é algo único e cada segundo conta. Com as pessoas se apertando do lado esquerdo, metade da galera mais ou menos seguiu em seus lugares até o fim do HS.
Eis que a organização também se direciona ao lado esquerdo. Todos, eu inclusive, não tinham dúvidas que era ali que a grade do “cercadinho” seria aberta para a galera ser liberada para a grade da Premium. Para a surpresa de todos, a organização resolve abrir a grade praticamente na minha frente, mais para o meio, causando um verdadeira alvoroço e até princípios de confusão / tumulto, ainda que em geral a galera era extremamente educada (exceção, como sempre, a um ou outro). Com a galera se espremendo agora mais no centro, eu inclusive, confesso que olhei o Maraca vazio e a oportunidade de grade e ali foi que comecei a mudar de ideia. Mas não estando 100% convencido (pelo calor, cansaço acumulado, e principalmente por não poder ir ao banheiro mais depois de tomar muito líquido), decidi corretar também para a grade e não me posicionei bem no início, ficando na segunda fileira, mas bem no centro, perto do Bruno, de uma outra garota belga com o namorado italiano (meus futuros “vizinhos” da grade, lado direito e esquerdo nos vídeos, respectivamente), de uma mãe e filho peruanos, e de 2 americanas. Ali fiquei falando 4 línguas (italiano só o cumprimento básico, praticamente) enquanto ouvia as histórias das fãs dos EUA que estavam em seus shows de número 95 e 101, respectivamente (!!!). A garota dos 95 shows foi a que mais pude conversar, até pela posição, e já chegou a este número com “apenas” 33 anos. Em seu terceiro show, Paul a chamou para o palco e assinou o que viraria uma tatuagem em seu ombro.
Bom, e aí? Fico ou não fico? Essa era a minha questão de momento. Eu estava em cima daquelas proteções dos cabos centrais que ligam a mesa de som ao palco, então estava mais alto (sem precisar), mas mais desconfortável para achar posição para os pés. Eu estava com uma sacola com power bank, salgadinho, água, e outras coisas, e ainda com a eco bag do HS, com o poster numerado e outras coisas que poderiam amassar (definitivamente iriam) em uma grade. Já de posse de mais “liderança” ali no pedaço, incentivei com apoio de outros a nos sentarmos. Foi essencial:
Sentado, ali deveria estar uns 60 graus. Sem brincadeira. O calor era tanto que eu parecia não suar mais, apenas estava melado sem precedentes. Com a abertura dos portões, ficou ainda mais quente. Por sorte, a galera que chegou não forçou a barra em tentar pegar grade, exceção aqui e ali. Havia um hot sounder mais “nervosinho” que gritava com quem queria passar, como se fosse o lugar dele ali. Bom, em show, pelo menos para mim, é a lei do mais forte (no momento em questão) que prevalece. Enfim, alguns gringos tentaram, mas pelo menos ali no centro, ficou a galera do HS mesmo.








Bom… aí foi esperar. E esperar muito… por sorte, com a galera legal por perto, o tempo demorou, mas não tanto, a passar. Resolvi estrategicamente, em torno das 17h30-18h00, “hibernar” em um cochilo (com sucesso) e consegui por uns 45 minutos (!) tal façanha. Me sentia bem, e o cochilo (algo que fiz em outras tardes dos shows anteriores, mas na cama, confortável) foi fundamental para acelerar a espera, descansar, e não me desgastar ainda mais com o calor. Água foi oferecida o tempo todo na grade, e isso foi assim até o final do show, mas eu resistia no momento a tomar e acelerar o banheiro, que era minha maior preocupação dado que em termos físicos, eu estava super bem! Já o iPhone – esse dava vários avisos de que estava quente, os aplicativos travando… algo que só no RJ mesmo para existir :-).
E foi isso. O tempo foi passando e a cada 20 minutos, eu perguntava as horas para o italiano, o único com relógio de pulso, enquanto meu celular ficava guardadinha no “airplane” para não torrar. Comecei a ficar mais confiante que aguentaria ali em torno das 19h30, ainda que meu psicológico tenha tentado me trair me mandando ao banheiro. Consegui bravamente resistir…
20h00: DJ no palco, pela última vez nesta tour! Vejam também a linda lua que deu as graças nesta noite mágica, o estádio lotado, e meu “caminho até a grade”:-).





20h30-20h39: “até a próxima, DJ”. Telões ligados. Show deverá começar mesmo as 21h00, com a transmissão da Disney+ / Star+ a partir das 21h15 (que depois começou realmente em torno das 21h40, pelos relatos). E eu cheguei, com educação, à grade – avisei aos 2 “vizinhos” que acharia um espacinho, pedi para eles andaram “um formiga” para cada lado. Eles não o fizeram, mas eu entrei mesmo assim, e de novo, sendo o mais respeitoso possível :-). O resto estará no post dos shows consolidados…



[ ] ‘ s,
Eduardo.
Categorias:Agenda do Patrãozinho, Artistas, Backstage, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Instrumentos, Músicas, Off-topic / Misc, Resenhas, Setlists, The Beatles




Hospedagem no B side é a cereja do bolo
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Sempre… mas hoje será no Remote, igualmente sensacional – pertence à mesma holding gemística de qualidade!
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Aqui eu cheguei, na cereja do bolo. O mais importante ficará para o final deste comentário.
No entanto, tem muita coisa legal aqui para comentar, eu nem sei por onde começar, de fato.
Acho que posso começar mencionando o café na casa do Flávio, na manhã do show. O papo, sempre muito agradável, e aí o gênio da tecnologia ( além de exímio baixista) resolve mexer nos tracks da nossa antiga banda. Anos que eu não ouvia aquilo, foi um 3,2,1 caseiro. Mexendo nos fades, deixando a bateria mais alta, reclamando da falta do bumbo, elogios a uma passagem aqui e ali, um solo, uma linha de baixo, experiência surreal, ainda mais com o Eduardo do lado.
Isso foi o início do dia. Depois rolou a galeria do rock carioca. Muito bom o papo, como sempre, mas ter o paulista mais carioca que eu conheço do lado não tem preço.
Daí seguimos para o estádio, confesso que me preocupei com o calor infernal que estava fazendo, até para o Rio é algo não tão comum. Que bom que você se cuidou.
Voltei para casa, assistimos o show juntos, eu, a Cláudia, o Flávio, para depois oferecer aquela generosa carona que o Flávio tanto faz questão de fazer. Durante o show, apareciam as imagens da grade, novamente o choro, não dá nem pra imaginar a emoção.
E no fim, encontrei-o, a expressão que se aplica aqui é : Pinto no Lixo.
Então valeu cada segundo, incluindo a volta no carro do Flávio para o aeroporto, no dia seguinte. A primeira ida ao Maraca, que já foi mais bonito ( coisa de velho que ia nas arquibancadas de cimento dos anos 70 e 80, sem nenhum explicação mais coerente), mas ainda é o Maraca, o hot sound, eu tenho certeza que são momentos sem nenhuma comparação.
E o show? O show, vendo de casa, foi a constatação que a música ainda pode vencer os playbacks, os autotunes, o excesso de marketing, de falta de músicos, de backing vocals pré gravados, etc…. É um pena que nós estejamos cada vez em um grupo mais seleto que ainda se orgulha disso. O show, como os outros, foi uma aula.
Agora, finalmente, o mais importante.
Parabéns por ter devolvido a credencial. Não me surpreendi, mas preciso enaltecer. Me fez ainda ter mais orgulho de ser alguém que você quer bem. Atitude a ser sempre reforçada.
A cereja do bolo. Seus filhos, um dia , vão saber disso, e vão se orgulhar do pai exemplo que tem.
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Bom, eu que achava que já tinha chorado tudo nos shows, agora choro com o comentário…
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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