Discografia HM – Dio – The Last in Line 02/jul/1984 – 40 anos 

Volto por aqui neste início de julho para trazer mais um dos clássicos álbuns de 1984. Após o sensacional Holy Diver, a banda DIO se reuniu novamente para seguir forte se destacando na cena metal da época. Era um grande desafio fazer algo que pudesse ser comparado ao Holy Diver. E no meu entender eles conseguiram, com este The Last In Line, uma bela continuação do álbum de estreia.

Esta série traz muito mais as percepções que tenho da época do lançamento, ou próximo àquele momento do que propriamente uma resenha detalhada dos álbuns que estão fazendo 40 anos em 2024. O leitor do Minuto HM pode ler mais sobre o álbum aqui, um post que já está passando de 10 anos de publicado. Alguns detalhes, como o uso das guitarras de modelo “superstrato” por parte de Vivian Campbell, detalhes da bateria de Appice, ou do local de gravação estão por lá, basta conferir.

Aqui o momento é de homenagem. O álbum é todo bom, não há faixas fracas. Há sim algumas que ultrapassaram o teste do tempo. Neste quesito, é claro que a faixa-título está um degrau acima de algumas outras que também são excelentes. E a lembrança do videoclipe que eu via tanto nos programas de tv é o que mais me marca hoje. Até hoje eu adoro o clip, desde o seu início, o protagonista andando de bicicleta, descendo de elevador para um inferno “egípcio”. Pessoal, como eu gosto desse videoclipe. A cena da queda do elevador quando a música sai do dedilhado para o peso, a guitarra estilizada que Vivian usa no solo, alimentada pelos eletrodos nos cérebros dos escravizados.

E tem o outro clip, de Mystery, voltado para a linha mais fantasiosa, espada e tudo mais. Bem menos veiculado por aqui, mas que também traz ótimas lembranças, um solo de guitarra fantástico e Dio fazendo as vezes de ator. É um disco muito forte, posso citar We Rock também como ótima faixa de abertura, mas as que mais gosto fecham ambos os lados do vinil. Uma das primeiras que ouvi deste disco, na rádio Fluminense, foi Egypt, que é a faixa mais completa do álbum. E One Night in The City traz também a lembrança dos ensaios com o Rolf e o Flávio. Essas duas, musicalmente, são as minhas preferidas. Não há desabono em qualquer das outras faixas, Breathless e Evil Eyes tem refrões certeiros, Eat Your Heart Out ressalta o baixão do saudoso Jimmy Bain. E I Speed At Night complementa com álbum como a mais acelerada de todas.

Outra lembrança é o home vídeo, lançado pós The Last In Line Tour, que foi gravado cerca de um ou dois meses após o lançamento do disco. Era a época de eu ter de percorrer as salas de vídeo do Rio de Janeiro para ver o VHS na íntegra, antes de conseguir um aparelho de videocassete. alguns anos depois. O tempo passou, mas precisamos manter estes álbuns icônicos vivos na memória de quem quiser me acompanhar nesta jornada de homenagem aos 40 anos em 2024. The Last in Line é um dos destaques em uma lista espetacular de álbuns de hard e metal lançados em 1984. Trazê-lo aqui era uma obrigação.

Até o fim do mês!

Saudações,

Alexandre B-side.



Categorias:Black Sabbath, DIO, Discografias, Instrumentos, Rainbow

10 respostas

  1. B Side muito obrigado pela homenagem a esse registro do mestre. Sempre muito bom com a resenha.

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  2. Acho que nenhum trabalho lançado pelo saudoso Dio em carreira solo (ou melhor, Dio e sua banda própria) conseguiu tão bem unir peso, melodia, dinamismo e acessibilidade como a dose dupla formada por Holy Diver e sua magnífica sequência – o álbum quarentão de hoje (mais um de 2024!) intitulado The Last in Line. Não desmereço jamais o Holy Diver, mas acho que The Last in Line para mim supera o álbum anterior em termos não apenas musicais (com Claude Schnell se juntando ao quarteto formado por Dio, Campbell, Bain e Appice), mas também, por assim dizer, “comerciais” (vide o resultado nas paradas inglesas e americanas).

    A seleção de clássicos presentes neste LP ilustra este meu pensamento muito bem: “We Rock” (abrindo os trabalhos de forma empolgante e animada), a faixa-título, “One Night in the City” (a melhor faixa pra mim), “Mystery” (que o próprio Dio a desprezava na época sabe-se lá porque), “I Speed at Night” (a mais veloz do álbum) e o encerramento climático com “Egypt – The Chains Are On” minha segunda favorita do álbum (essa sim consegue unir com perfeição a temática lírica do Rainbow com o peso arrastado do Black Sabbath, bandas das quais Dio fez parte antes de lucrar como artista solo). Portanto, nada mais merecido no dia de hoje comemorar (em alto e bom som, diga-se de passagem) – os 40 anos de lançamento deste trabalho que representou nada mais do que a consagração de Ronnie James Dio entre as maiores vozes não apenas do heavy metal e do rock, mas da música em geral. Parabéns ao The Last in Line!

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    • Igor, muito bom o seu comentário, que traz uma palavra que eu entendo que define a principal diferença entre os dois primeiros trabalhos dos discos do Dio em carreira solo. Essa palavra é acessibilidade.

      Essa é a principal diferença dos álbuns, pois a qualidade de ambos é muito próxima e a preferência por um ou por outro é algo que se entende perfeitamente.

      Acho que com o Last in Line a banda enxergou o cenário ao seu redor e fez uma cartada certeira. E embora o Sacred Heart, na minha opinião, não esteja no mesmo nível deste ou do Holy Diver, não há como contestar como a banda fazia barulho nas tour, com uma parafernália digna das grandes apresentações da época.

      Eu, pessoalmente, prefiro o Holy Diver, pela aspereza das guitarras, também pelo conjunto de canções. Mas é por um “pelinho”.

      Obrigado por sempre comentar conosco.

      Teremos mais nesta série ainda este mês.

      Sds

      Alexandre

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      • Valeu, chefe… Holy Diver e The Last in Line são dois grandes álbuns do Dio, e é difícil decidir qual deles é o melhor… Prefiro mais o segundo pelos motivos que eu citei acima. Já o Sacred Heart fecha a “trinca dourada” da carreira solo do saudoso baixinho, mas com um gosto meio amargo pela sua história que inclusive já foi analisada aqui no site (quadro “Discografia Comentada” dedicado ao vocalista). Saudações a você também!

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  3. Certamente este álbum nem precisaria da blindagem dos clássicos. Recentemente assisti com o Flávio aqui em Curitiba uma análise de 2 sujeitos que não manjavam nada de Heavy Metal, mas que demonstravam suas impressões sobre as músicas sugeridas no canal deles do YouTube. Os caras simplesmente piraram ao analisar a música the last in line. Realmente um álbum acima da medida com muita inspiração em suas composições.

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  4. Não me cansarei nunca de ler tudo relacionado ao Dio vindo dos gêmeos e Rolf, meus grandes mestres que ao longo destes anos me ensinaram e ensinam tanto. Sou na verdade sempre grato também de através deles ter dado ainda mais valor a tudo que o Dio fez, de Rainbow (ignorando o ELF aqui de momento pela relevância) a The Devil You Know.

    Este álbum realmente perde por uma formiga para o Holy Diver, e simplesmente porque o Holy Diver é sinônimo total e referência do label “heavy metal”. É algo parecido com Piece of Mind vs Powerslave, sendo que o primeiro ganha para mim em ambos casos. Em absoluto, isso não significa nada e The Last In Line é obra-prima atemporal, e outro que pavimenta o heavy metal do começo ao fim.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Aqui é mais para não deixar a data passar, de um ano que traz álbuns e álbuns como extrema qualidade e que marcaram toda uma geração , a geração que foi impactada pelo Rock in Rio de 1985.

      Ah, a eterna disputa Powerslave ( o melhor ) x Piece of Mind ( impecável também, no entanto).

      Como diria Dio, it goes on , and on , and on…

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