Discografia-homenagem DIO – parte 8 – álbum: Sacred Heart

ÁLBUM: SACRED HEART

A capa do Vinil Brasileiro de Sacred Heart

■ Gravação: 1985 – Los Angeles, California – EUA.

■ Lançamento: 15/08/1985.

■ Produtor: Ronnie James Dio.

■ O Álbum atingiu 29# nas paradas americanas e #4 nas paradas inglesas.

■ O Álbum vendeu mais de 500.000– Gold Certification (RIAA)

Faixas:

1- King Of Rock ´n´ Roll –  3:49 5- Hungry For Heaven – 4:10
2- Sacred Heart – 6:27 6- Like The Beat Of A Heart – 4:24
3- Another Lie – 3:48 7- Just Another Day –  3:23
4- Rock ´n´ Roll Children – 4:32 8- Fallen Angels – 3:57
9-Shoot Shoot – 4:20

No início de 1985 , a banda Dio encontrava-se em um momento comercial extremamente favorável, com seus dois primeiros álbuns atingindo mais de 500 mil cópias vendidas, além de turnês de grande sucesso. A banda havia se tornado uma realidade, e Ronnie estava definitivamente consagrado como líder de um dos grandes conjuntos da época. O próximo passo era entrar em estúdio para um terceiro trabalho, que daria suporte para uma grande turnê durante os dois próximos anos.  Antes, porém, Dio, Vivian e Jimmy participam de um programa com fins beneficentes na rádio KLOS e daquela participação surge a ideia de gravar um projeto contendo apenas músicos de hard rock e heavy metal para ajuda ao povo africano, já que os projetos anteriormente lançados praticamente não traziam músicos desse estilo.

Hear ´n´ Aid - Capa do Vinil

Entre 20 e 21 de maio de 1985, vários artistas se reuniram nos estúdios A&M para gravar a música composta por Dio, Vivian e Jimmy chamada Stars. O nome do projeto chamou-se Hear ‘n Aid e acabou por angariar cerca de 1 milhão de dólares para seus favorecidos. Capitaneados por Dio, diversos vocalistas consagrados dividiram as linhas de voz da música e um solo de guitarra longa-metragem com quase três minutos foi feito contendo grandes guitarristas da época. O projeto foi filmado e lançado como home-video em VHS,  além da venda diversos outros produtos, como camisas e bonés, com toda a renda revertida para a ajuda filantrópica proposta. A música também foi lançada como single e como parte de um álbum, que continha diversas outras músicas de metal e hard-rock de diversas outras bandas, como KISS, Accept, Rush e a própria banda Dio numa versão live de Hungry for Heaven, que já fazia parte da trilha sonora do filme Vision Quest, lançada em fevereiro daquele ano.  Por problemas de liberação de direitos, o álbum somente foi lançado em janeiro de 1986.  Há atualmente por parte de Wendy Dio a intenção de relançar o projeto em CD e DVD, já que em tais formatos o álbum e vídeo nunca foram veiculados. o álbum foi lançado no Japão apenas, em CD e o vídeo em LD.

Stars – Video Clip

Após tal projeto, a banda reune-se em Los Angeles para as gravações do novo trabalho. Neste momento já se evidencia uma divisão de interesses entre Dio e Vivian Campbell, talvez em decorrência da popularidade de ambos na banda, além de divergências financeiras supostamente reclamadas por Campbell. O novo álbum tem ainda mais espaço para os teclados de Claude Schnell, em especial na faixa-título Sacred Heart (que mantém a tradição das faixas-títulos dos álbuns anteriores ao se colocar como segunda canção do trabalho) e sobretudo nos singles Hungry for Heaven e Rock and Roll Children.  Ambas as faixas atingem posições intermediárias nos charts, com o trigésimo e vigésimo sexto lugar, respectivamente. Para Rock and Roll Children é feito um vídeo clip conceitual.

Rock and Roll Children – Video Clip

A concepção da capa traz um tema mais medieval, com um dragão que seria um grande destaque na turnê subsequente. Na capa há uma frase em latin: “FINIS PER SOMNIVM REPERIO TIBI SACRA COR VENEFICVS OSTIVM AVRVM”, algo como: “junto às fronteiras dos sonhos, eu achei para ti o sagrado e venenoso coração e a porta dourada”.  O diabólico mascote Murray dos dois primeiros álbuns é deixado de lado, toma o seu lugar o dragão da capa que é inicialmente apelidado de Dean, mas definitivamente recebe pela banda o nome Denzil. A faixa inicial, The King of Rock and Roll, finalista da pesquisa do Minuto HM, traz uma suposta versão ao-vivo que nada mais é do que uma gravação em estúdio adicionada de efeitos de plateia. Ainda assim, é uma novidade na discografia da banda, que nunca tinha partido para tal ideia, e tornou-se o outro clip do trabalho.

The King of Rock and Roll – Video Clip

O álbum é lançado em 15/08/1985, chegando ao 29º lugar nas paradas e exatos dois meses depois atinge o Gold Status, performance que a banda só repetiria novamente no fim da primeira década do século XXI, com a coletânea The Very Beast of Dio.  A banda faz três shows antes do lançamento oficial do trabalho, sendo o primeiro num festival em Tokyo chamado Super Rock, ainda sem o cenário definitivo da turnê, contando com diversas bandas japonesas e atrações como Rough Cutt, Foreigner e Sting, para uma plateia estimada em 25 mil pessoas.

Hungry for Heaven

A turnê se segue durante o restante do ano de 1985 em solo americano até o show final em Honolulu, em janeiro de 1986.  O cenário é grandioso, e contém um enorme dragão com quem Dio duela durante a faixa-título. A banda faz uma pausa de três meses para a segunda parte dos shows a se iniciar em território europeu, mais precisamente na Inglaterra, e nesta interrupção as divergências entre Dio e Vivian tornam-se insustentáveis, com o guitarrista sendo supostamente demitido após não aceitar os termos financeiros de um novo contrato para o restante dos shows. A alegação de Vivian é que os membros da banda receberam cerca de 60 mil dólares durante o ano de 1984, enquanto Ronnie conseguiu acumular uma fortuna de 11 milhões da moeda americana no mesmo período. O guitarrista alegava que até mesmo responsáveis pela luz e cenário recebiam importâncias maiores.  Desde o início de 1985, ainda segundo o guitarrista,  havia a promessa de que os valores seriam substancialmente modificados , mas o contrato para o ano de 1986 previa cerca de 200 dólares semanais a mais.

Vivian Campbell na tournê de Sacred Heart

Ao não assinar o contrato, Vivian foi substituído por Craig Goldy, ex Rough Cutt e Giuffria, bandas de hard-rock americanas e que coincidentemente (ou não) participou do Projeto Hear ‘n Aid, dividindo o solo com vários guitarristas, entre eles o próprio Campbell.

Dio, Craig Goldy e Murray

Vivian tem oficialmente ainda uma última participação em estúdio de uma faixa-bônus do álbum, que acabou na coletânea The Dio E.P. , lançado em maio de 1986.  Hide in the rainbow, que teve boa participação na pesquisa do Minuto HM, chegando a dividir brevemente a preferência dos votantes pela finalíssima no início da segunda etapa do poll, também fez parte da trilha sonora do filme Iron Eagle, também de 1986.

A estreia de Goldy se dá no programa inglês The Tube, no dia 12/04/1986, uma inédita participação ao-vivo em programa de auditório onde a banda toca duas músicas do novo álbum: Hungry for Heaven e Rock and Roll Children.

Craig Goldy ao vivo com DIO

Interessante notar que Craig ainda faz uso de uma guitarra modelo Strato, mas iria trocá-la a partir do restante da tour por outro modelo Bc RIch.

Com Craig, a banda segue com shows pela Europa até o fim de maio de 1986, ironicamente fazendo os últimos shows na Irlanda, terra natal de Vivian Campbell. Novos shows se seguem novamente pelos EUA, onde a banda grava o Home-Video Sacred Heart The Video em 17/06/1986, novamente na Philadelphia, como na gravação do Home-Video de 1984, Live From Spectrum.  Nele se destaca uma versão estendida de Sacred Heart, a vencedora da pesquisa do álbum aqui no Minuto HM.

Os shows enfim terminam no início de outubro daquele ano.  A intenção da banda era por um lançamento de álbum duplo ao-vivo, mas a gravadora não aceitou o projeto, optando por um lançamento em EP de gravações de 5 músicas dos shows de San Diego em dezembro 1985, contando portanto ainda com Vivian Campbell, mas com alguns overdubbs efetuados por Goldy. Chamado Intermission, o EP foi lançado em junho de 1986 e faz parte juntamente com outras faixas dos lados B dos compactos do segundo CD da versão Deluxe Edition deste Sacred Heart, lançada neste mês.

O mini-ao vivo Intermission

O EP Intermission originalmente ainda traz uma faixa inédita, a primeira com o novo guitarrista na formação. A faixa, chamada Time to Burn, está fazendo parte da nova pesquisa do Minuto HM, com o álbum Dream Evil que é a próxima etapa desta discografia-homenagem ao baixinho de imensa voz.

N.R.: Em nossa avaliação, Sacred Heart ainda é um trabalho muito bom, mas que alterna momentos não tão inspirados e lembro que pela irregularidade preferimos não comprá-lo logo após o lançamento. Alguns anos depois nosso erro foi corrigido e a bolacha faz parte de nossa coleção tanto no formato vinil, quanto em CD.

O Nosso Vinil de Sacred Heart

O chamado lado A do álbum traz um clássico inquestionável, a excelente faixa-título, que até soa deslocada das demais por ser mais próxima às características épicas de canções que Dio construiu em toda a sua carreira.  O trabalho vocal do vocalista beira à perfeição neste destaque absoluto do trabalho. O restante do álbum apresenta uma mixagem que muitas vezes privilegia os teclados, em conformidade com o panorama da época, fica muito claro que Dio quis se aproximar dessa tendência. Ainda assim, Rock and Roll Children é um bom single, com boas intervenções de Vivian Campbell. O guitarrista também está muito bem na tradicional faixa rápida que abre o álbum, King of Rock and Roll, outra que não sofreu com o excesso de teclados. A “cozinha” original da banda está bem durante todo o trabalho, mas não apresenta nenhum grande destaque que entendemos merecer uma menção.  O ponto crítico da falta de inspiração do trabalho está no lado B, onde exceto pela talvez mais pesada canção do álbum, Like a Beat of the Heart e o outro single, Hungry for Heaven, uma boa música, mas que poderia apresentar mais guitarras em seu arranjo, o que se encontra são faixas que nitidamente ali estão para “cumprir tabela”. Assim, o disco terminal mal, especialmente nas músicas Fallen Angel e Shoot Shoot. É uma pena que a faixa Hide in the Rainbow, que aparece num EP lançado posteriormente, mas pertence à essa formação, não esteja em Sacred Heart. A canção, que traz um bom exemplo de colocação de teclados em seu arranjo, é muito melhor do que as citadas duas músicas finais do álbum e merecia estar registrada no álbum.

A contracapa de Sacred Heart com a lista das músicas nos dois lados.

O momento que vivia nosso baixinho de grande voz nos anos de 1985 e 1986 traz outros destaques que não tão somente as boas faixas contidas em Sacred Heart. O Home-Video Sacred Heart é uma super-produção digna do ótimo momento comercial favorável da banda, com um palco ainda mais grandioso do que o visto na tour anterior, do álbum Last in Line. Já o EP live Intermission é uma bola fora da gravadora, que não permitiu um lançamento tradicional através de um duplo ao-vivo. Contando ainda com Vivian, tal versão dupla ao-vivo seria um fecho de ouro para a melhor formação que a banda viveu. O EP ainda traz as guitarras muito baixas em sua mixagem, talvez pelo fato de ter sido lançado com Vivian fora da banda. O maior destaque da época, sem dúvida maior até que o álbum Sacred Heart, é o projeto filantrópico Hear ‘n Aid. A faixa Stars é um ótimo exemplo da força da parceria entre Dio, Campbell e Bain e o álbum ainda trazia outras faixas de outras grandes bandas (Accept, Scorpions, Rush, etc…), inclusive uma inédita versão ao vivo de Heaven’s On Fire (Kiss), que nos fez comprá-lo assim que lançado no Brasil. O Home-Video completo então é de cair o queixo, pois traz lado a lado “feras” como Geoff Tate, Rob Halford e o próprio Dio no auge de suas formas vocais, registrando brilhantemente suas partes para a ajuda aos africanos.

Hear N’ Aid – Stars Full LD Version – Making Off

O solo “longa-metragem” de guitarra é outro momento brilhante, com vários virtuosos de momento fervilhante do instrumento, como Yngwie Malmsteen, George Lynch, Neal Schon, além do próprio Campbell. E, de quebra, dois bateristas dividindo a faixa: ao lado de Vinnie Appice, o excelente Frankie Banali (Quiet Riot).  E como se não bastasse tudo isso acima, o refrão da música traz uma linha melódica instrumental reproduzida simplesmente por Adrian Smith e Dave Murray, que estavam nos EUA em plena World Slavery Tour, mas tiveram um tempinho para deixar suas marcas no projeto.

Vários artistas na coletânea filantrópica Hear ´n Aid

Mas o ponto negativo deste momento da carreira da banda Dio vai sem dúvida para a saída de Vivian Campbell. O desgaste da relação entre o guitarrista e Ronnie chegou a um ponto tão insustentável, que nem os muitos anos que seguiram fizeram ambos voltarem a se falar. Algumas acusações foram vistas pela mídia e o que podemos observar é que até a diferença de idade de ambos foi um dos fatores que contribuiu para o fim da parceria. Vivian aproveitou o momento de grande exposição como um guitar-hero da época e acabou entrando em outras duas grandes bandas de hard-rock:  no Whitesnake, fez apenas uma tour (entre 1987 e 1988), com uma super-banda que continha Rudy Sarzo, Tommy Aldridge e Adrian Vandenberg, além do “dono” Coverdale. Em 1992, ingressou no Def Leppard , aonde está até hoje, mas suas brilhantes intervenções como guitarrista-solo jamais foram ouvidas nesta outra banda britânica, seus registros são apenas uma sombra do grande músico que habitou a banda Dio.

Podemos dizer que a época de ouro da banda Dio teve seu fim com a primeira mudança da formação, mas os detalhes do próximo passo com Craig Goldy serão melhor esplanados no próximo post-homenagem, até lá!

Alexandre Bside e Flávio Remote



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25 respostas

  1. B-Side, Flavio, primeiramente, quero pedir desculpas pela demora em comentar por aqui. Mas acho que vocês viram como os últimos dias foram corridos, não? Tenho muitas pendências por aqui ainda, mas acho que agora vou conseguir começar a por tudo em dia – começando por este post, que reli com muita satisfação.

    A quantidade de informações e “amarrações” que vocês trouxeram neste post é algo que surpreende mesmo a mim, acostumado já em “me assustar” com o conhecimento inigualável de vocês. Desde os detalhes no projeto Hear ‘n Aid (me deu vontade de correr atrás de novo de tudo desse material, vou ressuscitá-lo), a explicação da frase em latim e toda a história da capa.

    Realmente é interessante o approach da banda em adicionar efeitos de público em The King of Rock and Roll, vocês teriam ideia do porquê a banda quis fazer isso, exatamente? Eles tinham um objetivo com isso ou foi apenas uma ideia pontual? Vocês tem alguma opinião específica sobre essa ideia?

    Já os tais problemas financeiros apontados por Vivian e o processo da entrada do Goldy em seu lugar também foram muito bem detalhados. É uma pena ver que coisas financeiras acabam prejudicando parcerias brilhantes de 2 gênios que se acharam no mundo.

    Já sobre o álbum, concordo que Sacred Heart está muito acima das outras músicas do disco e que realmente o chamado Lado B são mais “encheções de linguiça”, com as duas últimas músicas do álbum sendo realmente muito fracas, especialmente Shoot Shoot, que chega a dar uma certa vergonha. E realmente Hide In The Rainbow cairia muito bem no disco, no lugar de quase qualquer uma nesta parte final do disco.

    Já a mixagem do disco, como comentei com vocês e pelo menos na versão digital que eu tenho, é sofrível. Eu até preciso conseguir ouvir o álbum em outro formato a fim de verificar este ponto – quem sabe um dia o vinil com vocês? 🙂

    Amigos, o post está brilhante e é um dos melhores já escritos nesta discografia (apesar de eu sempre achar isso post após post, hahahaha). Parabéns, de verdade!

    Agora estou ansioso pela sequência e pelas suas observações com relação a este próximo trabalho, sem o Vivian.

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. Eduardo,
    O tempo anda um pouco escasso para todos e senti falta dos seus sempre pertinentes e complementadores comentários, mas eles estão aí , e isso é o que vale.
    Vamos as minhas respostas:
    1) King of rock and roll com aplausos – acho que a idéia era aproximar o fã, mostrando uma participação na musica de abertura, como se fosse ao vivo. No fim preferia uma versão em estúdio no álbum, e depois um registro ao vivo no Intermission ou outro Live.
    2) A Mixagem parece mais leve trazendo a tal aproximação a cena L.A, o vinil está aqui sempre a disposição para ser ouvido, você está “as usual” convidado.
    3) Esse video do Hear n Aid é do LD Japonês e traz cenas que eu nunca tinha visto – alias que momento mágico esse meio dos anos 80 mesmo!
    4) O Dream Evil já está no forno – eu estou fazendo alguns adendos – esperemos o resultados da votação, que no meu ver, já está definida.

    Abraços
    FR

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    • Remote,

      1) também creio que preferiria algo “normal”, sem a “montagem ao-vivo”. Existiria alguma outra versão dessa música sem estas edições, mesmo que não oficialmente lançada?

      2) será um prazer.

      3) demais mesmo. Preciso investir um tempo e rever tudo.

      4) excelente… e sim, mais do que definida. A questão agora, como comentei por lá ontem, é vermos o tamanho da goleada.

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  3. Só para complementar o comentário do Flávio acerca de King of Rock and Roll: É possível que a hipótese que ele levantou esteja correta, e eu também preferiria que a versão não estivesse o “fake” live que ficou registrado no álbum. Pior ainda é a gravadora lançar um Ep com 6 faixas , sendo 5 ao vivo, supostamente para registrar o momento a banda vivia , com três álbuns de sucesso e ser justamente uma delas novamente King of Rock and Roll. Muita falta de critério , haviam tantas músicas que pudessem ser ouvidas ao vivo, que não justamente outra versão teoricamente ao vivo , como a primeira . Dio ficou tão triste com a idéia ( ele queria um duplo ao vivo) , que chamou o álbum de Intermission, e assim ficou…
    Ah…e o Hear and Aid….É sensacional mesmo, atesta o grande momento que o Metal viveu , acho que ele registra o ponto alto da curva . Dali pra frente, com honrosas exceções , o que se viu foi uma descida na parábola..
    E essa versão nem eu conhecia, pois tem diversos e deliciosos takes que foram editados na versão em VHS mais conhecida.
    O que deixou o projeto ainda melhor, se é que isso ainda seria possível. Os solos são fantásticos , os vocais , extraordinários…
    Em relação ao post, novamente ele ficou grande para “diabos”…Sei que isso cansa um pouco , e sei também que muitos não conseguem tempo para ler tanta informação…O certo é que não conseguimos fazer mais enxuto, tinha muita coisa para ser colocada ..
    E o do Dream Evil, adianto, pode até ficar menor, mas a diferença não é tanta não ….

    Um abraço,

    Alexandre

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    • B-Side, é muito legal ver estes complementos que poderiam até ser posts, hehehehe. Estou com você e seu irmão na lamentação pela escolha da inclusão da plateia em estúdio e a opção da gravadora. Realmente dava para fazer bem diferente e o desejo do Dio teria sido muito melhor – é duro quando as decisões esbarram no aspecto financeiro (e pior ainda quando erradas).

      Agora estou AINDA com mais vontade de parar tudo e conferir novamente o Hear and Aid. Realmente, se olharmos mesmo a partir dali, há sim honrosas exceções, mas a queda na curva é intensa, mesmo…

      O único ponto que gostaria de humildemente “não concordar” contigo é quanto ao tamanho dos posts. Esse negócio de “cansa um pouco” não é verdade quando o texto tem a qualidade que você e seu irmão entregam por aqui. Sério! O que cansa é ler baboseira por aí (em tantos outros lugares). E eu diria ainda mais: a capacidade de vocês em “sintetizar” o que conhecem é INCRÍVEL, pois conhecendo vocês um pouco melhor agora, após estes anos todos, sei que cada post poderia ser até um mini-livro, de verdade – e isso não é um exagero meu.

      Portanto, nada de se preocupar com isso, por favor…

      E que venha o Dream Evil!!

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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  4. Antes de partir para o Dream Evil que já está por aqui, venho aqui cumprir minha pendência com este post. E como não poderia ser diferente, mais um texto incrível repleto de detalhes (tour, Hear n’ Aid, Intermission, desavença com Vivian Campbel) que só tendo muito conhecimento sobre a carreira do baixinho para para escrever algo com tanta qualidade. Parabéns, Bside e Remote. 🙂

    Não gostei da mixagem deste disco. Achei que faltou um pouco de peso. Por uns instantes achei até que fosse algum problema com as minhas mp3 mas depois que troquei os arquivos, continuou estranho… mas agora como vocês citaram que os teclados foram privilegiados, talvez seja este o caso.

    A avaliação do disco é sempre a parte que mais gosto do texto e desta vez foi melhor ainda porque bateu exatamente com o que penso sobre este Sacred Heart. A faixa-título está muito acima das demais, no nível das faixas épicas de Holy Diver e Last In Line. O lado B é realmente complicado de ouvir, especialmente Shoot Shoot que da até um certo constrangimento. E Hide in the Rainbow caberia muito bem neste disco, especialmente pra levantar um pouco a moral do lado B. Uma pena que tenha ficado de fora. Me senti tão esperta pela minha análise ter batido com a de vocês hahahaha

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  5. Suellen , gosto é uma questão muito pessoal, assim não podemos considerar de forma alguma a nossa análise como a mais correta . Não há certo ou errado nisso, apenas normalmente as opiniões vão de encontro pelo simples fato de termos fronteiras musicais mais próximas , assim eu acredito.
    Ainda assim, existem certas opiniões que beiram à unanimidade, como a questão envolvendo a fraca Shoot Shoot, talvez uma das piores faixas que o saudoso Dio gravou.
    Em relação à mixagem, acreditamos que realmente houve um propósito de “americanizar” o trabalho, afinal era a época do “hair-metal”.
    Eu agradeço as palavras elogiosas e aproveito para novamente destacar e ressaltar o que considero imperdível no post .
    Reservar um tempo e assistir os cerca de 50 minutos do making-of do Hear and Aid.
    Quem não viu, não sabe o que está perdendo…

    Saudações

    Alexandre

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  6. DVD “Finding The Sacred Heart – Live In Philly 1986”, da segunda perna da tour, já com Craig Goldy, será lançado em 28/maio/2013.

    http://www.blabbermouth.net/news.aspx?mode=Article&newsitemID=186885

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  7. EU gostaria de ver algo com o Vivian, já que o outro dvd dessa época já traz o Craig. De qualquer forma, é sempre bom ver algo desse momento glorioso da banda

    Alexandre

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  8. VIVIAN CAMPBELL On Strained Relationship With RONNIE JAMES DIO: ‘We Both Made The Mistake Of Going After Each Other Through The Media’: http://www.blabbermouth.net/news/vivian-campbell-on-strained-relationship-with-ronnie-james-dio-we-both-made-the-mistake-of-going-after-each-other-through-the-media/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  9. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  10. IRON MAIDEN’s ADRIAN SMITH On His Guest Appearance On HEAR ‘N AID’s ‘Stars’: ‘I Wasn’t Looking Forward To It’: https://www.blabbermouth.net/news/iron-maidens-adrian-smith-on-his-guest-appearance-on-hear-n-aids-stars-i-wasnt-looking-forward-to-it/

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Claramente se percebe uma participação à parte da dupla do Maiden.
      Era quase com uma ” participação especial “, pois a banda estava no auge , era a maior banda do mundo naquela época.
      Na mixagem ficou muito baixinha essa linha dobrada. Se fosse no Maiden seria bem mais destacada.
      Mas aqui a canção tem a marca Dio muito forte.
      De qualquer forma, é muito legal vê-los no making off e ver Dave e Adrian usando guitarras disponíveis no estudio, muito diferentes das que usavam. Adrian está usando uma de Vivian Campbell.

      Sds

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