Depois de um longo período de ausência, volto para colocar minhas impressões da edição 2019 do tão esperado Rock in Rio. Este blog já esteve presente em todas as edições “modernas” desde 2011 (na verdade, os membros frequentam o festival desde o Rock in Rio 2) e já era de se esperar que estaríamos presentes de novo.
Sem mais delongas, vamos lá. Ah, sempre que eu disser “pulseira”, leia-se “ingresso”. Agora sim, do começo…
Muito tem se falado sobre registro de pulseiras, vincular as pulseiras com o voucher para o ônibus primeira classe (transporte opcional do evento). Na prática, NADA é obrigatório. Eu mesmo, querendo testar, entrei no ônibus acessando o QRCode diretamente do browser do meu celular, sem utilizar o app. No entanto, para efeito de praticidade, é bem melhor fazer o vínculo e utilizar a pulseira para acessar o transporte. Para efetuar o vínculo, é necessário o app, mesmo.
O trajeto que fiz com o ônibus, do Aeroporto Santos Dumont até a Cidade do Rock, levou cerca de 1 hora. Alguns pontos de lentidão, mas nada absurdo. Lembrando que o trajeto foi feito no sábado, saindo às 18hrs de SDU. A chegada no evento, por volta das 19hrs, foi extremamente tranquila. NENHUMA fila. Uma novidade deste ano que não me lembro em edições anteriores, foi um espaço reservado para quem utilizou este ônibus. O “Espaço Primeira Classe”, ainda fora do evento principal, possuía pontos de venda de comes e bebes e banheiros químicos.
Depois de uma entrada rápida e bem tranquila, foi hora de mais uma vez ficar impressionado com a estrutura e o tamanho do Rock in Rio. Tem coisa acontecendo em todos os lados o tempo todo. Ouvi e li relatos que teve chuva pesada no local antes de chegarmos e com uma poça aqui e outra ali, nada foi prejudicado! Contamos também com a sorte de não ter chovido mais a partir de então, apenas garoas intermitentes aqui e ali. Paulistano que sou, me senti em casa.
Outra coisa que entendo ser novidade é a existência de uma rede Wi-Fi gratuita com suposta cobertura em todo o evento. Digo “suposta” pois não utilizei o serviço. O que posso afirmar é que o sinal de celular (voz e dados) lá dentro funcionou muito bem (o meu é Vivo).
E tem mais uma novidade: um Espaço Gourmet. Um local fechado e coberto, com alimentos mais requintados e de famosos chefs. Vai de japonês, pizza, cortes nobres de carne, português… até hamburgers e hot dogs. Tem também um stand da cerveja Eisenbahn, com 4 tipos de cerveja. Os preços, como devem imaginar, também ficam um pouco mais salgados aqui.
O que já vimos nos últimos anos continua lá: Rock Street, roda gigante, vários palcos menores espalhados, uma área de games, etc.
Partindo para os palcos, cheguei pra ver a abertura do Palco Mundo e a ótima apresentação do Tenacious D, banda do ator Jack Black. Eu sou razoável conhecedor do trabalho da banda e gosto bastante. Pra ser honesto, ver o Tanacious D foi o principal motivo da minha ida ao festival neste dia. E não me arrependi. O show ainda contou com a participação de Júnior Groovador no baixo e a performance ao vivo de Smells Like Teen Spirit na versão forró, um dos vídeos que contribuiu muito para a fama do potiguar. O som do palco estava simplesmente espetacular!
Acabado o show de Jack Black, Kyle Garse e companhia, foi hora de conferir novamente o Whitesnake nesta passagem pela América do Sul, desta vez no palco Sunset. Depois de ter visto a banda no Rockfest em São Paulo, já sabia mais ou menos o que esperar. E o show foi exatamente o mesmo em termos de setlist, mas teve uma bela economia de tempo pois o único solo foi o do animal Tommy Aldridge, de simplesmente 69 anos. Mas aqui também fica minha única impressão negativa deste dia: o som do Palco Sunset estava muito baixo. Eu não estava perto do palco, mas eu estava num local de gente de fato vendo o show. Estava mais perto (na minha percepção) do que estava do Palco Mundo quando do show do Tenacious D, e ainda assim o som estava incrivelmente baixo, a ponto de você conseguir conversar tranquilamente com quem estivesse perto sem sequer forçar a voz. Espero que tenha sido apenas impressão ou talvez não tenha ficado em um bom local. E este foi o único show que vi neste palco então nem consigo comparar.
Antes de começar o show principal da noite, de Dave Grohl e sua turma, aproveitei para comer, beber e andar pelo festival, visto que não sou o maior dos fãs de Weezer. Foi basicamente deste tempo que pude coletar as impressões que coloquei acima.
Voltei para o Palco Mundo para o grande show do Foo Fighters, uma banda que me traz um mix interessante de sentimentos. Nunca tinha visto nenhum show deles até o ano passado. Vi o primeiro. Gostei demais! No dia seguinte (show extra) comprei ingresso e fui de novo. E agora no Rock in Rio, de novo! Nunca foi minha banda de cabeceira, mas o show deles é de uma energia descomunal. Além disso, a banda parece ser uma máquina de hits, e todas as músicas foram muito bem aceitas pelo público. O show teve tudo que um show da banda tem. Teve Dave tocando batera e Taylor cantando Under Pressure, clássico do Queen com David Bowie. Teve fã subindo no palco pra pedir a namorada em casamento. Enfim, um show completo do Foo Fighters. Só não teve o tradicional “bis” ou “encore” para os poliglotas. Não sei se será uma regra (não vi mais nada de nenhum outro dia, nem na TV), ou se Dave Grohl fez isso para salvar tempo e tocar mais músicas.
Impressionante também é a entrega de Dave Grohl e Taylor Hawkins, na minha opinião os pilares da banda. Um excelente show e uma ótima forma pra se encerrar este primeiro dia no Rock in Rio 2019.
A saída também se deu de forma tranquila, os banheiros tinham ainda tinham sabão e papel, algo impensado bons anos atrás. Nos encaminhamos para a saída do ônibus Primeira Classe e muita coisa ainda acontecia no festival. Muita gente ainda parou na música eletrônica. Haja energia. A distribuição para os ônibus também foi rápida e bem organizada.
Que dia e que bela impressão eu fiquei desta edição do festival, mesmo num dia que tinha tudo pra ser estragado pela chuva.
Próximo final de semana tem mais… 😉
Até lá…
Marcus [106] Batera
Contribuiu: Eduardo.
Categorias:Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Foo Fighters, Músicas, Queen, Resenhas, Setlists, Whitesnake
Batera excelente post meu irmão
Assinar como 106 foi chave de ouro
Gostei muito do seu texto aqui
Achei que tivesse que esperar até um próximo show do Metallica pra ver um post seu
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Sobre o FF eu tenho exatamente e mesma percepção que você.
Quando li achei que estivesse tirado algo do meu pensamento. Vi todos os shows possíveis pela televisão e pensei a mesma coisa
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Marcus, muito bom tê-lo de volta por aqui.
Que bom ter trazido boas impressões dos shows e da estrutura do Rock in Rio versão 2019. Estaremos juntos essa semana, espero que todos os prós continuem nessa próxima aventura do Minuto HM. E se possível, com um som alto, do jeito que tem de ser.
Alexandre
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Eduardo.
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