Discografia HM – Meu tardio agradecimento para 2023!

Quase que não dá tempo, mas fiz uma forcinha e consegui trazer aqui a minha lista de álbuns que tiveram destaque em 2023. Um ano difícil para mim aqui no blog, porque a Alice nasceu em Janeiro e tomou o meu tempo, o meu sono e o (pouco) dinheiro que me restava. Mesmo assim, consegui encaixar meus ouvidos um pouquinho nas novidades desse ano, pois é o tema que sempre dou mais prioridade quando consigo me desvencilhar dos afazeres do lar.

Esse ano, inclusive, foi espetacular para a cena brasileira. Vários lançamentos excelentes e muitos eu não tinha nenhuma expectativa. Vamos aos destaques do ano, lembrando que não sigo nenhuma ordem.


MetallicA – 72 Seasons

E tinha como não abrir com eles? Fale o que quiser do Lars. Fale o que quiser dos problemas pessoais de James. Fale o que quiser do Trujillo no baixo. Um álbum do MetallicA é para ser celebrado. Um bom álbum como esse então (na minha opinião, o melhor com o Trujillo) precisa ser ouvido, e muito!

Blink 182 – One More Time

Não deixando a peteca cair na sessão de reclamações, fale o que quiser da minha pessoa em trazer esse álbum aqui. O Blink-182 está de volta com sua formação original e, mesmo trazendo uma desnecessária terceira parte de “Anthem”, os meninos de San Diego conseguiram fazer um punk rock que alcançasse os marmanjos crescidos, como eu. E eles vem ao Brasil em 2024 depois de um dedo quebrado do Travis que comprometeu a apresentação de 2023! Saúde!

Noel Gallagher High Flying Birds – Council Skies

Sou fã de carteirinha do Oasis. Não sou fã de carteirinha do projeto solo da cabeça pensante do Oasis, inclusive estive muito decepcionado com o lançamento de 2017. Noel deu a volta por cima (copiando descaradamente algumas melodias do Oasis, vamos deixar isso claro) e entregou um álbum competente.

Irmãos Mariutti – Unholy e The Last Dance

Após o término do Shaman, os irmãos Hugo e Luis Mariutti se dedicaram em seus trabalhos solos. Eles não tem nenhuma relação, mas resolvi juntar os dois em um post só por causa da proximidade familiar. Enquanto que Luis continuou demonstrando que é um dos melhores baixistas da atualidade em seu álbum Unholy (na minha opinião está no auge da forma e técnica), Hugo continuou a explorar seu lado mais alternativo em The Last Dance, se afastando bastante do Power Metal (quem acompanha a carreira solo dele sabe muito bem que ele toca coisas bem diferentes, mas que no final, é boa música). Inclusive, esse talvez seja o último álbum do guitarrista, não tendo o título que tem à toa.

Eduardo Falaschi – El Dorado

Continuando com a sua formação power metal ultrassônica e depois de um primeiro single decepcionante, El Dorado provou ser bem mais calcado no som que Edu Falaschi está mais acostumado no Almah do que em outros locais. Mesmo havendo ainda uma fritação excessiva por parte do guitarrista Roberto Barros, dessa vez vemos mais espaço para o teclado e para melódicas mais compassadas e digestivas por parte de Edu. Eu tentei escrever uma resenha para esse álbum, mas falhei. Basta, portanto, ressaltar que El Dorado é bem melhor que seu antecessor, Vera Cruz. E que os ventos continuem a soprar a favor do Edu, trazendo a terceira parte da história ainda melhor que essa.

Nervosa – Jailbreak

Impossível não cantar Thin Lizzy ao ler o título né?! Impossível também não tirar o chapéu para a Prika, que agora, além da guitarra, assumiu os vocais da Nervosa, reformulando totalmente a formação (mais um vez) do grupo feminino. Torço para que esse exército de uma mulher só consigo vencer a guerra dessa vez.

Angra – Cycles of Pain

Com uma vertente bem mais progressiva e desacelerada, esse trabalho do Angra é de longe o melhor com o vocalista Fábio Lione. Um álbum longo e que surpreende com muitos estilos (o que estava na hora de voltar a ocorrer, já que o Angra sempre se baseou na mistureba com ritmos brasileiros), inclusive com participações de Lenine e de Vanessa Moreno, dona de uma belíssima e surpreendente voz.

Crypta – Shades of Sorrow

Jesus amado, o que é esse álbum? Para onde vai essa banda? Essas meninas tem tudo para colocar o Brasil para muito além do popular Sepultura na boca dos gringos. Guitarras muito agressivas, bateria em outro nível (Luana está muito criativa, com viradas muito fora da curva para o estilo e para o que foi criado até então pela banda), Fernanda Lira com um baixo ainda mais pesado! Quase ganhou o caneco de ouro esse ano!

Eletric Mob – 2 make U cry and dance

Mas o caneco de ouro ficou com esses curitibanos. Ridiculamente pesado, vestindo o Hard Rock com uma nova roupagem, o Eletric Mob, que já tinha criado um debut muito bom e que apareceu aqui no blog, dessa vez sobrou! Canções ímpares! Obrigatório na sua discografia!

Ano que vem promete! Já temos anunciado novos álbuns de Bruce Dickinson e Caligula’s Horse! Só vem 2024! Só vem!

Um feliz ano novo aos leitores, colaboradores e esse bando de maluco aqui do blog!

Beijo nas crianças!

Kelsei



Categorias:Angra, Artistas, Discografias, MetallicA, Resenhas

3 respostas

  1. Muito boa resenha. Vou ouvir o Eletric Mob

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  2. Boa, Kelsei. Esse post e o das 500 mais da Kiss FM são tradições de final e início e anos no blog!

    Tomei a liberdade (de acordo com o PDF do blog, página 666, parágrafo 6, inciso 6, alínea 6) de colocar o vídeo do unpacking do M72 no post.

    Ah… 2024 promete mesmo :-)!

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  3. Eu já ouvi o Eletric Mob, ainda gosto mais do primeiro álbum, mas preciso ouvir mais. É impressionante a quantidade de coisas disponíveis hoje, tão bom quanto ruim..
    O MetallicA, desculpem, não que seja ruim, mas não me moveu. Os fãs precisam ter, eu sou um apreciador raso. Depois do black álbum, o trabalho que merece menção pra mim é o Death Magnetic.
    O restante da lista não tem tanto assim a ver com o que curto. Eu endosso a citação do Crypta, exímias guitarristas, ótima baterista. Não consigo ouvir vocal gutural, talvez eu fosse em um show, mas ouvir eu não consigo. Elas estão de parabéns, no entanto. Se reforçaram, galgaram um patamar, de certo.
    Os irmãos Mariutti estão aí, na luta. Também endosso quem acompanha. Luís, principalmente.
    O álbum do Falaschi é muito espadinha pra mim. Pra mim, ressaltemos. Ouvi, não deu. Mas é bom, indiscutível.

    Vou citar então aquele que considerei o álbum do ano:

    Cycles of Pain. Uma senhora recuperada do Angra, melhor álbum em décadas.
    Ouvi e estou ouvindo muito este álbum. Principalmente as faixas mais cadenciadas, trabalhadas ou com influências brasileiras. Aquelas mais levados para um som acelerado ou direto ( Generation Warriors ou Gods of the World, por exemplo) não atrapalham.
    Os refrões estão incríveis, a cozinha é sensacional.
    Bruno pra mim está no nível do Eloy. Estão ambos num nível estratosférico. Nata dos bateristas.
    Há muito eu não comprava algo do Angra.
    Pedi o cd de Natal ( voltei a ser criança)

    Valeu!

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