Discografia Scorpions – [CAPÍTULO 27] 

Hoje, 16 de fevereiro de 2024, este post aqui completa 7 anos. Era o último capítulo da discografia Scorpions. Bem, era… hoje, exatos 7 anos depois, o Minuto HM vai novamente colocar a Discografia Scorpions em dia, com um novo álbum, lançado em 2022. Também em fevereiro, os alemães lançariam Rock Believer, contando em definitivo com Mickey Dee na bateria.

Antes de colocar-nos em dia com a discografia Scorpions, cabe aqui homenagear o ex-baterista James Kottack, que nos deixou em neste último dia 09 de janeiro. Independente da causa da morte, sabia-se que Kottack lutou, durante o seu tempo no Scorpions, com problemas que o levaram a buscar tratamento em clínicas de reabilitação. Mais do que avançar na real causa de seu falecimento, o Minuto HM presta um devido reconhecimento ao seu tempo na banda por 20 anos, com diversos trabalhos, entre eles 5 álbuns de estúdio.

{ Rock Believer – álbum & Tour 2022/2023 }.

Após duas turnês de retorno às atividades, entre elas a de 50 anos de carreira, os alemães começaram a preparar este Rock Believer a partir do fim de 2019, tendo experimentado, assim como todas as outra bandas, as dificuldades do período de pandemia em 2020. Antes, porém, o grupo lança em 2017 a coletânea Born to Touch Your Feelings: Best of Rock Ballads, contendo diversas baladas da carreira, em versões produzidas a partir de 2014, sejam elas remasterizadas, acústicas, ou mesmo regravações que pertencem ao álbum Comeblack, além das faixas Melrose Avenue e Always Be With You. As exceções são: a faixa Lonely Nights, do álbum Face The Heat (1993) e The Best Is Yet To Come, de 2010 (álbum Sting In The Tail).

As gravações do novo álbum, então, seguiram-se, entre os diversos adiamentos trazidos pelo COVID-19, principalmente em 2021. Em setembro sai o primeiro single, Peacemaker, antecipando o lançamento do álbum no início de 2022.

Lineup:

Klaus Meine: Vocal

Matthias Jabs: Guitarra

Rudolph Schenker: Guitarra-base, backing vocal

Pawel Maciwoda: Baixo

Mikkey Dee: Bateria

1.“Gas in the Tank”Rudolf Schenker3:40
2.“Roots in My Boots”Schenker3:17
3.“Knock ‘em Dead”Schenker4:11
4.“Rock Believer”Meine, Schenker3:57
5.“Shining of Your Soul”Schenker, Greg Fidelman3:57
6.“Seventh Sun”Schenker, Hans-Martin Buff, Ingo Powitzer, Fidelman5:30
7.“Hot and Cold”Jabs4:12
8.“When I Lay My Bones to Rest”Schenker3:07
9.“Peacemaker”Schenker, Paweł Mąciwoda2:56
10.“Call of the Wild”Schenker5:20
11.“When You Know (Where You Come From)”Schenker4:22

E assim como no Return to Forever, há diversas outras versões do álbum, com até 17 músicas. A versão deluxe ainda traz ainda as faixas Shoot For Your Heart, When Tomorrow Comes, Unleash The Beast e Crossing Border, todas inéditas, além de uma versão acústica de When You Know (Where You Come From). A versão japonesa também traz a faixa Out Go The Lights, a versão francesa traz The Language of My Heart e a versão inglesa traz a faixa Hammersmith, todas constituindo-se a 17ª faixa nas citadas versões.

Tour:

A turnê chamou-se Rock Believer World Tour, percorrendo os Estados Unidos e Europa em 2022, estendendo-se em 2023 para a América do Sul e América Latina até uma última perna europeia, ao finalizar-se em Portugal, no dia 16 de julho. A banda esteve no Brasil para 5 shows (São Paulo, Ribeirão Preto, Manaus, Florianópolis e Porto Alegre) . Na tour, quatro novas faixas foram tocadas (Gas in The Tank Peacemaker, Rock Believer e Seventh Sun), além de outros 11 clássicos, com predominância de músicas do Love at First Sting e do Crazy World. Entre as faixas, há espaço para solos de bateria e de guitarra de Mathias. 

Avaliação:

A coletânea Born to Touch Your Feelings: Best of Rock Ballads é prioritariamente indicada aos fãs mais ardorosos. As novas canções não empolgam e a grande maioria das versões atualizadas dos clássicos perdem em comparação com as originais. Com Rock Believer, no entanto, a banda acertou em cheio. Com uma proposta de reviver os grandes momentos da banda, as composições se relacionam especialmente com a fase clássica dos anos 1980, Mathias Jabbs, por exemplo, está muito à vontade. A banda também soube tirar proveito da grande categoria e pegada mais vigorosa de Mikkey Dee, perfeitamente adaptado aos seus colegas. Músicas como Gas In The Tank e a faixa-título se destacam.

As faixas mais cadenciadas são, pra mim, as melhores do álbum, pois aliam a incrível capacidade de fazer riffs de Schenker, uma ótima performance vocal de Klaus e o peso trazido por Dee. Dentro destas, destaco Seventh Sun, que remete a China White, do espetacular álbum Blackout (1982). O álbum fecha com a matadora balada When You Know (Where You Come From). A versão standard, com pouco mais de 44 minutos, passa voando pelo player. Na versão deluxe a banda se aventura um pouquinho mais em músicas menos calcadas no estilo clássico, principalmente Unleash The Beast. Rock Believer é, principalmente para o fã clássico, o melhor álbum dos Scorpions pelo menos desde o Crazy World (1990) e um dos grandes momentos de 2022.

Premiações:

O álbum atingiu a posição 59 da top 200 da Billboard, chegando também a atingir o primeiro ou segundo lugar nas paradas da França, Alemanha, Polônia e Bélgica. 

Avaliação do álbum: 4 estrelas (* * * *)

Ouça: Gas In The Tank, Rock Believer, a balada When You Know (Where You Come From) e principalmente Seventh Sun.

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Alexandre Bside



Categorias:Curiosidades, Discografias, Músicas, Resenhas

6 respostas

  1. B-side muito bom essa continuidade nessa discografia. Muito legal a homenagem ao Cottack. Vimos ele ao vivo e era um músico excelente

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  2. Exato, Rolf, uma pena que ele tenha tido esse fim precoce. Em relação à discografia, neste momento ela está em dia.

    Mas nunca se sabe se haverá outro álbum ou não.

    Sds

    Alexandre

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  3. Para mim, um disco formidável como o Scorpions não lançava há muito tempo. Se for mesmo uma despedida, que Rock Believer seja assim de forma digna e gloriosa. Ótima resenha! Das faixas bônus que eu acrescentaria no tracklist oficial de 11 faixas, a minha escolhida é “Shoot for Your Heart”, que por mim se encaixaria sem problemas neste tracklist, para assim termos 12 faixas completas no CD.

    Lembrando que em março a banda iniciará as festividades de 40 anos de lançamento de Love at First Sting – o disco que, na minha opinião, foi o responsável pela trajetória da banda quase ter acabado nos anos 80. Sinceramente não vejo motivo algum para EU comemorar esta data apenas porque eu não gosto tanto assim deste disco (acho que vocês do site já sabem bem a razão maior de eu realmente não gostar do LAFS). Enfim, a obra dos escorpiões alemães é mesmo para todos os ouvintes, e eles podem muito bem escolher a sua fase preferida – a minha é do Lovedrive ao Blackout, mas também gosto do Crazy World e do Savage Amusement. E agora o Rock Believer entra no meu top 6 da banda!

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    • Igor, muito bom você ter trazido aqui as suas impressões sobre o que talvez possa ser o último álbum dos alemães. E concordamos inteiramente em que este Rock Believer está entre os melhores trabalhos da banda, mas eu não saberia indicar em que posição colocaria no meu top list, visto que a fase Ulrich Roth toda me agrada demais,ale´m da fase clássica dos anos 80, até o por você defenestrado Love At First Sting.

      E por falar em LAFS, você mesmo já mencionou que o álbum completa este ano de 1984 40 anos, juntando-se a uma seleta coleção de álbuns que ficaram para história neste que é considerado por mim o ano do metal e hard rock.

      Assim, como já temos em curso uma discografia homenagem ao ano, imagino que todos aqui vão vivenciar em pouco tempo, certo ? Para o agrado de um e desespero de outros, rsrsrsrs…

      Saudações e obrigado por comentar

      Alexandre

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      • Grande relato, amigo Alexandre… Aliás, que palavra difícil é essa que você usou: “defenestrar” (nunca tinha ouvido, vou procurar seu significado). Corrigindo seu comentário: Love at First Sting e outros álbuns clássicos de 1984 completam 40 anos agora em 2024. E sobre esse álbum dos Scorpions, eu tenho várias razões – ou melhor, uma única razão – para não gostar dele, inclusive já te contei anos atrás qual é esse motivo do meu descontentamento com o qual não coloco esse disco entre os melhores da banda…

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  4. Essa é a típica banda cuja semente apareceu numa tal Visconde de Abaeté. Essa semente ficou em hibernação por décadas! Isso mesmo! Lá por 1985 tive contato com a banda através de dois caras meio parecidos, mas não desceu. Lá pelos idos de 2000 e bilhões linha os caras entraram numa furada e tiveram que resenhar um monte de álbuns de gosto duvidoso sob convite de um presidente. Eu adorava ler as resenhas das bandas de Death , mas tudo bem! Em meio aquela zona tinha 1 ou mais álbuns do Scorpions e eu li. Fiquei curioso com a leitura e resolvi dar uma chance. Comecei pela fase Uli e algum tempo depois fui digerindo a fase oitentista. Esse último lançamento foi o primeiro que adquiri próximo do lançamento e a coleção vai só até aí mentandi.
    Mais um bela resenha!

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