{ Face the Heat – álbum e tour: 1993 }
Em 1991 os alemães voltam ao estúdio para a gravação da versão em russo de Wind of Change, intitulada Veter Peremen. Logo após, conhecem um de seus mais distintos fãs, desconhecido até aquele momento: os SCORPIONS são convidados ao Kremlin para conhecerem Mikhail Gorbachev, último líder e chefe de estado da União Soviética. Foi neste evento único, que marcou presença na história da USSR e do rock, que ‘Gorba’ anunciou ter auxiliado a realização de diversos shows dos alemães em solo russo.
Mais tarde, ao término da turnê de Crazy World, em 1992, o baixista de longa data Francis Buchholz deixa o grupo. Para seu lugar é então contratado Ralph Rieckermann.
De volta ao estúdio, em 1993, os alemães de Hanover começam as gravações de Face the Heat (Encare o Calor), o 12º álbum de estúdio do grupo, agora produzido por Bruce Fairbairn.
Novamente fazendo uso da música para figurar no cenário político, o álbum traz a faixa Alien Nation, em clara alusão à re-unificação alemã no período pós guerra-fria que já se iniciava.
Lineup:
Klaus Meine: Vocal
Matthias Jabs: Guitarra, backing vocal
Rudolph Schenker: Guitarra-base, backing vocal
Ralph Rieckermann: Baixo, backing vocal
Herman Rarebell: Bateria, percussão
Tracklist:
Faixa | Título | Compositor | Duração |
1 | Alien Nation | Meine, Schenker | 5:44 |
2 | No Pain, No Gain | Meine, Schenker, Rieckermann | 3:55 |
3 | Someone to Touch | Meine, Schenker, Rieckermann | 4:28 |
4 | Under the Same Sun | Meine, Schenker, Rieckermann | 4:52 |
5 | Unholly Alliance | Meine, Schenker | 5:16 |
6 | Woman | Meine, Schenker | 5:56 |
7 | Have to Be Nice | Meine, Schenker | 4:30 |
8 | Taxman Woman | Meine, Schenker | 4:30 |
9 | Ship of Fools | Meine, Schenker | 4:15 |
10 | Nightmare Avenue | Meine, Schenker, Rieckermann | 3:54 |
11 | Lonely Nights | Meine, Schenker | 4:44 |
Tour:
Mais uma vez, os SCORPIONS entram na estrada para apresentações em todas as partes do mundo, sendo sempre recebidos com muito carinho e audiência, apesar do fraco desempenho deste trabalho.
Durante a própria turnê já ficou claro a todos que o sucesso desta obra seria apenas moderado, nada comparado ao que antes fora o release do álbum de Wind of Change.
Avaliação:
Decepcionante! Ainda mais se comparado ao já consistente reportório e qualidade demonstrado pela banda em anos e trabalhos anteriores.
O Face the Heat aliás em nada parece seu antecessor, por exemplo, ao negar o foco em faixas melódicas, voltando a um metal de característica duvidosa.
Se não fosse por Alien Nation, Under the Same Sun e No Pain No Gain, este disco seria desastroso.
Premiações:
Ainda graças à inércia, o Face the Heat alcançou a 24a. posição do Billboard 200 de 1993. Já entre os singles, Alien Nation ficou com a 10a. posição, enquanto Under the Same Sun conseguiu a 16a. no Billboard Award da América do Norte, no mesmo ano.
Em terrítório americano, Face the Heat ganhou ainda o disco de ouro.
Under the Same Sun foi tocada nos créditos finais do filme On Deadly Ground (Em Território Selvagem) de 1994, com Michael Caine e Steven Seagal.
Para seu iPod:
Avaliação do álbum: 2 estrelas ( * * )
Ouça: Alien Nation; No Pain, No Gain; Under the Same Sun; Lonely Nights.
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Julio
Categorias:Curiosidades, Discografias, Resenhas, Scorpions
Também considero o álbum bastante fraco, apenas salvo as citadas Alien Nation (apesar de considerar o trocadilho de gosto bastante duvidoso) e principalmente Under The Same Sun , balada que mesmo num trabalho ruim mantém a qualidade das demais músicas mais lentas que a banda sempre consagrou.
O post está excelente, como sempre, Parabéns!!!
Alexandre Bside
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Concordo com voces, Julio e B-side, novamente um album fraco, a banda muito focada em sons mais leves e perdia a sua essência mais rock.
Num geral não gosto de quase nada, a unica que se salva é a balada Under the same sun, com uma letra muito bonita, o resto …..
Abraços Julio e estamos na expectativa do proximo…
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Julio, mais um ótimo post e muito legal, como de costume, o envolvimento político que você traz…
E olha aí um “fã” super curioso da banda que, como você bem abordou, deve claramente ter influenciado na questão de abrir o portão para que a banda pudesse entrar em terras da USSR (fiz a correção no post para você).
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Eduardo.
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Anos e anos depois, um novo encontro da banda com Gorbachev:
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Eduardo.
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Eduardo.
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[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Julio, post publicado no Whiplash: http://whiplash.net/materias/news_850/131285-scorpions.html
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Acho o Face The Heat um disco muito injustiçado. E digo mais: é o meu favorito do Scorpions, junto com o Taken By Force e Animal Magnetism.
Engraçado que nessa época muitos taxavam o Scorpions de baladeiros e melódicos demais, mas quando os caras lançaram um disco pesado, com ótimas letras com teor crítico/político e excelente produção, os criticaram justamente por isso.
Acredito que o Face The Heat é o disco certo que foi lançado na época errada, pois nessa época, o hard rock/metal estava perdendo espaço pro grunge, principalmente na MTV. Acredito que isso tenha sido a principal influência negativa deste trabalho.
Além das citadas na matéria (Alien Nation, No Pain No Gain e Under The Same Sun), também destaco uma das melhores músicas da banda na minha opinião, Woman. Excelente música, uma power ballad arrepiante! Além destas, também destaco Unholy Alliance (que aborda a polêmica do neonazismo se espalhando pelo mundo) e Someone To Touch, um belo hard rock.
Certamente é um dos discos mais pesados do Scorpions, onde eles deixam de lado o perfil melódico demais e um pouco poser/glam/festeiro que era claro no Crazy World para investir num álbum mais pesado com ótimas letras de conteúdo social, bastante críticas e políticas. Acho uma injustiça considerarem ele um álbum mediano…
Abraços!
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Fabio, primeiramente, seja bem-vindo ao Minuto HM. Aproveite o espaço e obrigado pelo comentário.
Não sou um dos especialistas na banda e neste álbum específico, mas fico feliz com seu comentário que, com certeza, cabe ser analisado.
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Eduardo.
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Fabio,
Agradeço e aprecio seu comentário sobre o Face The Heat.
Uma das marcas mais notáveis do Minuto HM é justamente a convivência entre diversas opiniões, mesmo que distintas, sobre determinado assunto.
Tal como beleza física, música não é um padrão universal, ou seja, nossa predileção sofre influências implícitas de diversas variáveis, as quais por carregarmos sempre em nossa personalidade, não as enxergaremos. A menos que alguém nos mostre outros pontos de vista, diferente dos nosso!!
Voltando ao álbum: ao avaliar Face The Heat, o que mais me faz pesar negativamente é o ponto de ruptura em relação ao seu antecessor. Crazy World é um álbum surpreendente, e contém justamente a fórmula que popularizou e eternizou os Scorpions: um som pesado mas que mantém a margem melódica. E apesar de presente neste trabalho, esta tal fórmula desaparece no disco seguinte, justamente, o Face The Heat.
Vale mencionar que o disco contém sim músicas interessantes, tanto que estão indicadas cinco (05) faixas de um total de 11 na seção de ‘Ouça’.
Independente de fatos e argumentos, não é foco do Minuto HM se na avaliação do disco ‘eu estou correto e você errado’ ou vice versa, mas sim que possamos discutir e reconhecer os diversos pontos de vista, mantendo desta forma a chama do verdadeiro rock acesa para sempre!
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Julio
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Face The Heat 2 estrelas? pãtz… Discordo de quase tudo que os autores trouxeram sobre este álbum, é um dos meus favoritos e também não é p/ menos: Alien Nation; No Pain, No Gain; Somenoe to Touch; Under The Same Sun; Lonely Nights; Nightmare Avenue; Woman (que é uma das melhores interpretações/atuações de Klaus)… Um álbum que contém essas músicas não pode ser “decepsionante”…
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Olá Cristiano, seja bem-vindo ao Minuto HM. Aproveite o espaço e obrigado pelo comentário!
Mesma coisa que disse acima para o Fábio… não sou conhecedor, mas agradeço pela opinião e justificativas trazidas!
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Eduardo.
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Cristiano,
Também agradeço e aprecio comentário sobre o Face The Heat.
Assim como disse ao Fabio, acima, uma das marcas mais notáveis do Minuto HM é justamente a convivência entre diversas opiniões, mesmo que distintas, sobre determinado assunto.
Tal como beleza física, música não é um padrão universal, ou seja, nossa predileção sofre influências implícitas de diversas variáveis, as quais por carregarmos sempre em nossa personalidade, não as enxergaremos. A menos que alguém nos mostre outros pontos de vista, diferente dos nosso!!
Voltando ao álbum: ao avaliar Face The Heat, o que mais me faz pesar negativamente é o ponto de ruptura em relação ao seu antecessor. Crazy World é um álbum surpreendente, e contém justamente a fórmula que popularizou e eternizou os Scorpions: um som pesado mas que mantém a margem melódica. E apesar de presente neste trabalho, esta tal fórmula desaparece no disco seguinte, justamente, o Face The Heat.
Deixe-me ilustrar o ‘decepcionante’ utilizado na seção Avaliação: suponha que seu time favorito de futebol venha de 10 vitórias consecutivas no campeonato brasileiro, sendo que nesta sequência tenha vencido embates com outros times de peso e clássico. Eis que surge um jogo contra determinado time o qual subiu à primeira categoria no campeonato do último ano. Após um confronto direto, o resultado final é um mísero 1×0 para seu time. Que resultado “decepcionante”. (apesar de ter sido uma vitória)
A quebra do embalo, do ritmo, da fórmula de antes impacta diretamente a percepção deste trabalho.
Vale mencionar que o disco contém sim músicas interessantes, tanto que estão indicadas cinco (05) faixas de um total de 11 na seção de ‘Ouça’.
Independente de fatos e argumentos, não é foco do Minuto HM se na avaliação do disco ‘eu estou correto e você errado’ ou vice versa, mas sim que possamos discutir e reconhecer os diversos pontos de vista, mantendo desta forma a chama do verdadeiro rock acesa para sempre!
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Julio
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Julio, ótimos comentários acima – acho que você trouxe bem a ideia do blog, o sentimento do Minuto HM.
Obrigado a você e novamente obrigado também ao Fabio e Cristiano pelas posições!
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Longe de mim criticar os autores deta analise da discografia do Scorpions (que é uma maravilha – está me proporcionando reescutar a discografia com toda uma atenção diferente). Acontece é que, no meu caso, um admirador da fase Uli Roth do Scorpions, esse disco traz um pouco de volta as origens com uma mudança de rumo ao que vinha acontecendo no Savage e Crazy World. Ele é bem mais pesado. E o timbre das guitarras está simplesmente perfeito. Músicas como “Someone to Touch”, “Taxman Woman”, “Alien Nation” e principalmente “Nightmare Avenue” – esta quase um power metal” trazem mais peso à banda. Não podemos nos deter na questão de sucesso comercial, que tem pouca relação com a qualidade musical de um disco.
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Eduardo, legal que está curtindo a discografia, sei que posso falar pelo Julio que a ideia é justamente esta, reunirmos sempre grandes comentários como o seu que complementam tão bem os posts. Seu comentário vai em linha com a resposta dele a você lá no capítulo 7: https://minutohm.com/2010/05/29/discografia-scorpions-captulo-7/#comment-9896
Continue conosco.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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